“Você ja ficou repetindo uma palavra várias vezes até ela perder o sentido?”
É dessa forma que eu começo esse sétimo dia da 6ª Edição do Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória”, pois hoje (19/10/2010) subirá ao palco do Theatro Carlos Gomes o espetáculo “A Menina”. Mas vamos deixar isso para depois, pois Fabiola Buzim me mandou o material que eu terei o prazer de publicar, após publicar mais esse “cardápio” de espetáculos.
Voltando um pouco a normalidade, ontem (18/10/2010), tive a oportunidade de passar pela Praça Costa Pereira e vislumbrar – somente =( - “Café Pequeno da Silva e Psiu”, com o palhaço, ator e dramaturgo Richard Riguetti, que animava a todos que por ali passavam e deicidiam parar, embaixo de uma fina garoa, para admirar o vigor dessa pessoa que enobrece a arte circense. Eis que vejo a ajudá-lo um dos atores a quem adoro admirar como atuante em espetáculos de rua e também como pessoa, Wyller Villaças, membro integrante da Companhia Folgazões de Arts Cênicas. Me fascina ver que, mesmo com o céu ameaçando uma chuva, somente mantendo leves gotas frias, esses dois mostraram que “o show tem de continuar!”. E continuando nesse ritmo, a primeira apresentação de hoje acontecerá na Praça Costa Pereira, com o espetáculo de rua “A Chegada de Lampião ao Inferno”, com direção de Wilson Chagas, mais tarde, as 19h00, no Theatro Carlos Gomes, todos poderão curtir o solo cênico “A Menina”, com direção de Virginia Jorge. As 21h00, o Teatro Universitário, localizado no Campus da UFES, abre suas portas para o festival para a apresentação do monólogo “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, com direção, adaptação e atuação de Beth Goulart. Nesse mesmo horário, no Armazém 5 – Estação Porto, reprisa a peça “Na Solidão dos Campos de Algodão”, com direção de Caco Ciocler.
A entrada é franca e os ingressos precisam ser retirados a partir das 13h00, no teatro aonde a peça será encenada. No caso do espetáculo de rua, é só chegar a apreciar. Abaixo seguem os releases e as fichas técnicas de cada encenação. Bom espetáculo para todos!
Peça: A Chegada de Lampião no Inferno / MA
Horário: 12h00 Duração: 40min
Local: Pça Costa Pereira
Direção: Wilson Chagas
Grupo Gamar
Classificação: Livre
Sinopse
A peça é um espetáculo teatral baseado no texto de José Pacheco e nas tradições populares e cordelísticas do sertão brasileiro. Quanto à Morte de Lampião, havia nos arraiais do sertão, o costume de conduzir os defuntos ao cemitério em uma padiola ou rede, por grupos constituídos de amigos e parentes entoando-se cantigas e “incelenças” adequadas ao ato fúnebre. À frente do préstito, um padre, empunhando um ramo e água benta e fazendo trejeitos, puxava a “melopeia” para os demais que o acompanhavam repetindo em coro.
Só que desta vez, o defunto é alguém muito especial: é Lampião, o maior cangaceiro do sertão. Cabra macho, chegado a uma confusão e que de tudo e mais um pouco aprontou pelas bandas do sertão. Lampião, após bater no portal do Céu e ter sido rejeitado por São Pedro, vai bater nos portões do Inferno e aí a confusão é certa, pois de tanto aprontar em vida, nem o Diabo quer aceitá-lo.
Ficha Técnica
Direção Geral: Wilson Chagas
Assistente de Direção: Hellyson Layo
Maquiagem: Wilson Chagas
Figurino: Grupo Gamar
Sonoplastia: Grupo Gamar
Cenário e adereços: Grupo Gamar
Elenco: Rafael Feitosa, Paulo Roberto Aguiar, Edinaldo Júnior, Hellyson Layo
Dia: 19 de Outubro / Terça-feira
Horário: 19h Duração: 40min
Direção: Virginia Jorge
Público: 290 pessoas
Classificação: Livre
Sinopse
O espetáculo teatral A Menina é um solo cênico influenciado pelo teatro essencial, que consiste na força do ator, livre dos demais elementos cênicos, para contar uma história. É um espetáculo que contempla praticamente todos os públicos, pois discute com leveza as relações sociais e transita pelo universo feminino abordando as relações entre mãe e filha e os rituais de passagem femininos. A peça agrada a todas as faixas etárias e classes sociais.
Misturando momentos lúdicos, cômicos e dramáticos, é mostrado o conflito da heroína: uma menina mulher na busca pelo significado de uma palavra.
Ficha técnica
Direção: Virigina Jorge
Interpretação: Fabiola Buzim
Texto: Ivan Ângelo
Adaptação: Fabiola Buzim, Virginia Jorge
Cenografia / Figurino: Luiza Fardin
Assistente de Figurino: Samira Alcântara
Pesquisa Corporal: Leonardo Patrocínio
Iluminação: Toninho dos Anjos
Operador de Luz e Cenotécnico: Jorgemar de Oliveira
Sonoplastia: Fernanda Butiar
Trilha Sonora Original: Juliano Gauche
Operador de Som: Anauã Vilhena
Produção: Fabiola Buzim, Juliana Costa
Fotografia: Bianca Pimenta, Leonardo Merçon
Peça: Simplesmente Eu, Clarice Lispector / SP
Dia: 19 de Outubro / Terça-feira
Horário: 21h Duração: 1h
Direção: Beth Goulart
Público: 650 pessoas
Classificação: 12 anos
Sinopse
O espetáculo mostra a trajetória de uma mulher em direção ao entendimento do amor, de seu universo, suas dúvidas e contradições. Uma autora e seus personagens dialogando sobre a vida e morte, criação, Deus, cotidiano, palavra, silêncio, solidão, entrega, inspiração, aceitação e entendimento. O texto é extraído de depoimentos, entrevistas, correspondências de Clarice e trechos das obras: "Perto do Coração Selvagem", "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres" e os contos "Amor" e "Perdoando Deus". E toda essa ligação se dá por uma única linha: o amor.
Ficha Técnica
Texto: Clarice Lispector
Adaptação, Interpretação e Direção: Beth Goulart
Supervisão: Amir Hadad
Direção de Produção: Pierina Morais
Gênero: Espetáculo Poema
Peça: Na Solidão dos Campos de Algodão
Local: Armazém 5 – Estação Porto
Horário: 21h Duração: 1h30
Direção: Caco Ciocler
Público: 400 pessoas
Classificação: 16 anos
Sinopse
Um negociador e um cliente encontram-se ao acaso num local indefinido. A princípio, não se sabe exatamente o que o cliente quer comprar e o que o negociador tem para vender. Aos poucos, estabelece-se entre eles uma estranha relação, um exuberante diálogo cheio de suspense e duplas intenções, onde ambos procuram dissimular suas ações através de um inteligente combate verbal. A partir daí, a peça se transforma de uma simples relação comercial entre os dois, em uma importante discussão sobre o homem. O tema de "Na Solidão dos Campos de Algodão” aborda questões fundamentais para se compreender a sociedade atual: solidão, dificuldade de comunicação e o abismo intransponível que cada vez mais permeia a condição humana na busca pela saciedade total de seus desejos.
Ficha Técnica
De: Bernard Marie-Koltès
Direção: Caco Ciocler
Elenco: Armando Babaioff e Gustavo Vaz
Cenário: Bia Junqueira
Figurinos: Amanda Carvalho
Iluminação: Rodrigo Portella
Música composta e desenho de som: Felipe Grytz
Assistente de direção: Pablo Sanábio
Direção produção: Liliana Montserrat e Damiana Guimarães
Sonorização: Rossini Maltoni
Um comentário:
Por favor, nçao deixe de comentar do grande fiasco que foi a distribuição de ingressos para o espetáculo "Simplesmente Eu, Clarice Lispector".
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