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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Na Coxia: Agito Cult - O que as paredes escondem

O sucesso de "Bernarda, por detrás das paredes", do Grupo Repertório Artes Cênicas e Cia. é
indiscutível. A peça, que é uma montagem do espetáculo "A Casa de Bernarda Alba" de Frederico Garcia Lorca com "Arte Poética" do filósofo Aristóteles, foi escrita e dirigida por Nieve Matos e tem como elenco Nicolas Correa Lopes e Roberta Portela, que demonstram uma fanstástica sincronia em cena. Mas não estou aqui para rasgar mais elogios para o espetáculo, quero sim mostrar que é uma peça teatral que merece ser conferida por todos, sendo assim, segue o material que Lívia Corbellari disponibilizou no blog Agito Cult (Parabéns Lívia!)

SEXTA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2011

O que as paredes escondem

Postado por Lívia Corbellari

A partir do livro “Arte Poética” de Aristóteles e da peça “A casa de Bernarda Alba” de García Lorca, o espetáculo “Bernada, por detrás das paredes” é montado. A mistura de dois livros tão distintos não é o único fato que chama a atenção na peça. Os únicos atores são Nicolas Corres Lopes e Roberta Portela, que emprestam seus corpos á nove personagens diferentes, nove mulheres.

A peça é encenada no “Espaço Coletivo Folgazões e Repertório”, um casarão da década de 50 no centro de Vitória. “A apresentação na casa é uma forma de chamar atenção para esse novo local de apresentação fora dos palcos”, explica o ator Nicolas. A peça começa no pátio da casa com os

dois atores cobertos com um pano fazendo um alvoroço e causando espanto no público.

Em seguida somos convidados a entrar e assistir ao espetáculo, que mesm

o baseado em uma obra que já foi interpretada diversas vezes oferece linguagens e narrativas surpreendentes. “Em ‘Bernarda, por detrás das paredes’ não falamos em dramaturgia, falamos em "dramaturgismo" que é um termo mais contemporâneo, já que faço uma colagem de textos de outros atores, teatrais e filosóficos, com textos meus e dos atores”, explica a dramaturga e

diretora da peça Nieve Matos.

Amizade e dedicação

Nicolas e Roberta estudaram na Universidade Federal de Ouro Preto e trabalham juntos desde 2004. Apesar da longa parceria, eles contam que a peça “Bernada por detrás das paredes” foi muito diferente de tudo que já fizeram e que a preparação foi longa.

“Até então eu só tinha trabalhado com a perspectiva de fazer o mesmo papel durante o espetáculo todo. Já em ‘Bernada’ há uma troca de personagens e tivemos que pensar na mudança de voz, no jeito de andar e em outros detalhes para que cada personagem tivesse uma vida própria e não confundisse o público”, diz Nicolas.

Para ambos a sensação de interpretar, apesar de ser a mesma peça durante três finais de semana, é sempre nova. “Cada apresentação para mim é como se fosse um encontro. A preparação e a resposta do público sempre geram resultados e impressões diferentes”, conta Roberta.

Metalinguagem
A narrativa da peça é interrompida várias vezes para citar Aristóteles ("Para que uma tragédia seja bela, ela precisar sofrer mudança da felicidade para a infelicidade"), ou como forma de digressão e metalinguagem. Porém, algumas vezes a “pausa” é para narrar a cena, pois em certos momentos há mais de 2 personagens no palco e o narrador precisa explicar onde eles estão e o que estão fazendo. A sonoplastia é feita ao vivo por músicos que ficam escondidos por trás das cortinas, com forte influencia espanhola e cigana.

Segundo Nieve Matos, o termo correto para as “pausas” é "narrativas épicas - dramáticas". Esse recurso (utilizado para gerar um "distanciamento" do espectador com a obra) é do Teatro Épico de Bertold Brecht. “Usamos isso para ilustrar os trechos da obra do Federico Garcia Lorca em que os elementos da tragédia aparecem”, diz Nieve.

Com patrocínio da Lei Rubem de Incentivo à Cultura, da Secretaria de Cultura de Vitória, a peça “Bernarda, por detrás das paredes” chega a sua segunda temporada, que se encerra neste final de semana. Para garantir seu lugar é preciso fazer uma reserva por email ou telefone antes, pois o espaço é reduzido e só há lugar para 30 pessoas.

domingo, 29 de maio de 2011

Aberta as inscrições para o Aldeia SESC Ilha do Mel 2011

O SESC Cultura abriu as inscrições para o Aldeia SESC Ilha do Mel 2011 no dia 25 de maio de 2011 (quarta-feira) e estarão aceitando inscrições até o dia 20 de junho de 2011 (segunda-feira). As apresentações de teatro e dança acontecerão entre os dias 30 de julho de 2011 (sábado) a 13 de agosto de 2011 (sábado), no Teatro José Carlos de Oliveira, no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, no Theatro Carlos Gomes, nas praças de Vitória/ES, no Campus da Universidade de Vila Velha e em espaços alternativos. Abaixo, para os interessados, segue o Edital para inscrições e a Ficha de inscrição pode ser pedida pelo e-mail teatrocapixaba.es@gmail.com ou pode se adquirida pelo Google Docs. Boa sorte para os inscritos!

sesc-es EDITAL PARA INSCRIÇÕES NA ALDEIA SESC ILHA DO MEL 2011

TEATRO E DANÇA

De 30 de julho a 13 de agosto de 2011

Inscrições de 25/05 a 20/06 de 2011

REGULAMENTO

A Aldeia SESC Ilha do Mel 2011 é uma mostra não competitiva, e está aberta à participação de grupos de Teatro e Dança, de todo Estado do Espírito Santo, profissionais e amadores, os quais serão selecionados por uma comissão indicada pela Coordenação Artístico-Cultural do CENTRO CULTURAL SESC GLÓRIA. Além da participação de grupos interestaduais e internacionais, convidados pelo SESC Espírito Santo.

Art.1º - As inscrições poderão ser feitas no período de 25/05/11 à 20/06/11, valendo o carimbo postal até esta data como comprovante de inscrição.

Art. 2º - O material para inscrição poderá ser entregue em mãos, no horário de 9:00 às 11:00 h e 14:00 às 17:00 h, à Coordenação Artístico-Cultural do Centro Cultural SESC Glória ou, ainda, ser enviado por Sedex (Rua Misael Pedreira da Silva, 138, salas 503/504, Ed. Casa do Comércio, Santa Lucia, Vitória, ES, 29056-230), não se responsabilizando o SESC/ES por extravio do material encaminhando por esta última forma de entrega.

Art. 3º - Os espetáculos inscritos deverão já ter estreado até o fim do período de inscrição.

§ 1º. Poderão ser aceitas inscrições condicionais de espetáculos que tenham estreia prevista até o dia 19/06/11, sujeitas a avaliação mais apurada pela Comissão, como entrevista com a Companhia/Grupo e audição de ensaio geral da peça.

§ 2º. A inscrição, por si só, não habilita o espetáculo como participante da mostra.

Art. 4º - Fica a cargo da Comissão o critério de seleção dos espetáculos que farão parte da Aldeia SESC Ilha do Mel 2011.

Art. 5º - A divulgação dos espetáculos selecionados será feita até o dia 05 de julho de 2011, no site do SESC Espírito Santo e em divulgação nos espaços de cultura conveniados.

Art. 6º - Os espetáculos inscritos serão avaliados por uma Comissão de Seleção composta por técnicos de cultura do SESC, incluindo o Departamento Nacional, bem como por profissionais da área indicados pela Coordenação do Centro Cultural SESC Glória.

Art. 7º - A Aldeia apresentará todos os seus espetáculos rigorosamente nos horários anunciados, salvo problemas publicamente conhecidos e como tal aceitos pela Organização.

Art. 8º - As portas dos espaços de apresentação serão abertas pela Organização da Aldeia, 10 minutos antes do horário previsto para o início do espetáculo.

Art. 9º - A Aldeia SESC José de Anchieta não tem o caráter de competição, havendo, em dia e horário a ser determinado, um debate sobre os espetáculos e seus processos de construção.

Art. 10º - Os debates serão mediados pelo corpo técnico do SESC, devendo comparecer o grupo e seu diretor.

Art. 11º - O grupo selecionado que cancelar a sua participação na Aldeia será automaticamente impedido de concorrer à sua edição subseqüente.

Art. 12º - Os grupos deverão enviar os seguintes documentos, impressos, e/ou em CD e DVD contendo arquivos digitais:

a) Ficha de inscrição, documento em arquivo digital e impresso, assinado pelo representante do Grupo ou Companhia;

b) 01 DVD, com gravação fiel do espetáculo que será apresentado, tanto em relação ao elenco, quanto em relação à encenação, completo e corrido, sem qualquer edição;

c) 01 Projeto do espetáculo formatado no modelo anexo, em arquivo digital doc ou pdf, contendo: release, ficha técnica, histórico do grupo e currículo resumido da equipe (direção e elenco), relação contendo os nomes completos dos participantes, número da carteira de identidade, CPF e autorização dos pais em caso de menor de idade.

d) Até 05 (cinco) recortes de jornais digitalizados sobre o grupo e suas montagens;

e) 03 fotografias digitais do espetáculo em jpg (mínimo de 200 dpi), com os créditos do fotógrafo e 03 programas do espetáculo inscrito digitalizados, quando existir;

f) 01 cópia impressa ou digital do texto do espetáculo;

g) liberação da SBAT ou de autorização do autor para a montagem;

h) liberação do ECAD, ou do compositor, caso usem músicas no espetáculo;

i) A indicação do nome de um integrante do grupo, na Ficha de Inscrição, para participar das reuniões com os grupos selecionados, de todos os debates e palestras da Aldeia, assistir a todos os espetáculos, e ser o representante do grupo nas comunicações entre as partes.

Art. 13º - O material enviado não será devolvido após a Aldeia, ficando de posse do SESC, para compor seu banco de textos.

Art. 14º - O não envio dos anexos acima relacionados, exceto pelos recortes de jornais, poderá incorrer na não aceitação da inscrição do grupo, por parte da Comissão de Seleção.

Art. 15º - Serão selecionados até 15 (quinze) espetáculos, um por grupo, independente de gênero ou linguagem cênica e configuração espacial. Se o número previsto não for alcançado, por falta de inscrição ou devido à qualidade dos projetos inscritos, a Organização tem plenos direitos de compor a programação por meio de convite.

Art. 16º - Cada grupo selecionado, após o comunicado de sua classificação, terá um prazo de 02 (dois) dias para confirmar sua participação sob o risco de ser substituído conforme uma ordem de suplência, informando agendas indisponíveis do Grupo no período da Aldeia.

§ Único: Os locais, bem como a agenda de apresentações, serão definidos pela Comissão Organizadora da Aldeia, de acordo com os dados apresentados pelos inscritos, e informados para os Grupos até o dia 15/07/11.

Art. 17º - Cada grupo selecionado receberá da Organização da Aldeia, ajuda de custo no valor de R$ 2.500,00 (Dois mil e trezentos reais), a serem pagos até duas semanas após a realização da Mostra, à Pessoa Jurídica representante da Cia. ou ao responsável do grupo.

Art. 18º - A Comissão de Organização não se responsabiliza por despesas de hospedagem e alimentação antes do início ou após o término da Aldeia.

Art. 19º - Caberá à Organização da Aldeia, o fornecimento de alojamento com café da manhã para os grupos do interior, durante três dias (no dia anterior à apresentação, no dia da apresentação e no dia seguinte), e do representante dos grupos durante todos os dias da Aldeia.

Art. 20º - A Organização da Aldeia fornecerá ajudas alimentação, para almoço e jantar, no valor total de R$ 500,00 (Quinhentos reais) para cada grupo do interior do Estado, e o valor de R$ 50,00 a diária de alimentação para os representantes de cada grupo do interior.

Art. 21º - Os ingressos serão gratuitos, e distribuídos nas bilheterias dos respectivos teatros, uma hora antes de cada apresentação.

Art. 22º - Os grupos do interior receberão ajuda de custo para o deslocamento dos artistas e cenários até a Capital, no valor de R$ 1.000,00 (Um mil reais). Os grupos da Região Metropolitana de Vitória deverão se responsabilizar pelo transporte de cenário e pessoal até o espaço de apresentação, comprometendo retirar todos os objetos e equipamentos cênicos imediatamente após sua apresentação.

Art. 23º - Caberá ao grupo participante, providenciar o material cênico e técnico necessário ao seu espetáculo, com exceção da estrutura técnica de base (iluminação, sonorização e projeção), a qual será fornecida pela Organização da Aldeia.

Art. 24º - É de responsabilidade da Comissão Organizadora da Aldeia, os seguintes locais das apresentações, equipados com os seus sistemas elétricos:

a) Teatro José Carlos de Oliveira / Centro Cultural Carmélia M. de Souza

b) Theatro Carlos Gomes

c) Permissão da Prefeitura de Vitória, para uso da Praça Costa Pereira e Vias públicas;

d) Permissão da Universidade de Vila Velha (UVV) para apresentações em seu Campus.

Art. 25º - Os grupos selecionados se comprometem a participar do Cortejo de Abertura, no dia 30/07/11 e do Overdoze, no dia 14/08/11. Para este último, devem enviar projeto simplificado sobre sua proposta de performances, no período de 06/07/11 à 12/07/11, compondo:

a) Nome do proponente ou grupo;

b) Título da obra performática;

c) Release da performance.

Art. 26º - O SESC/ES não se responsabiliza por eventuais danos sofridos pelos integrantes dos grupos participantes ou pelos materiais e equipamentos transportados, quer seja pelo SESC/ES ou por terceiros, na hipótese de sinistro, bem como não se responsabiliza por danos sofridos durante a realização do evento.

Art. 27º - A inscrição na Aldeia SESC Ilha do Mel 2011 implicará na plena aceitação pelo grupo inscrito, de todos os itens deste Regulamento.

Art. 28º - Os casos omissos neste Regulamento serão decididos pela Coordenação da Aldeia SESC Ilha do Mel 2011.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

  1. A Aldeia SESC Ilha do Mel 2011 será composta, além dos espetáculos selecionados e do Overdoze (12h de apresentações ininterruptas de espetáculos diversos), por oficinas e palestras, definidas pela Coordenação da Aldeia.

2. A Aldeia SESC Ilha do Mel 2011 compreenderá os seguintes espaços para apresentação dos espetáculos:

2.1 Teatro José Carlos de Oliveira (C. Cultural Carmélia);

2.2 Theatro Carlos Gomes;

2.3 Espetáculo de rua em praças da cidade de Vitória, e Campus da Universidade de Vila Velha (UVV).

2.4 Espaços alternativos indicados pelos grupos selecionados, desde que os mesmos se responsabilizem pela liberação do Espaço com a instituição responsável e/ou proprietária; o local seja de fácil acesso público, e esteja situado na Região Metropolitana da Grande Vitória.

3. Todos os alunos das oficinas e membros dos grupos selecionados na Aldeia receberão certificados de participação.

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES

Coordenação do Centro Cultural SESC Glória

Rua Misael Pedreira da Silva, 138, salas 503/504, Ed. Casa do Comércio, Santa Lucia, Vitória, ES, 29056-230,

Tel/fax: (27) 3324-1168

Celular: (27) 9844-2376 (Colette Dantas – Técnico em Artes Cênicas SESC/ES)

artescenicas-es@es.sesc.com.br

cultura@es.sesc.com.br

www.sesc-es.com.br

“Pinóquio” no Teatro Campaneli

Era para eu ter colocado desde sexta-feira (27/05/2011) no blog, mas por questão de tempo não pude divulgar (muito material atrasado!), mas vamos lá, o Campaneli estreou hoje (29/05/2011) a peça “Pinóquio”. Peças infantis é uma verdadeira especialização do grupo, que tem no curriculo “O Corcunda de Notredame”, “A Pequena Sereia” e “A Bela e a Fera”, além de ter investido no filme “O menino que queria salvar o mundo”, que conseguiu investimento da Lei de Incentivo Cultural “Rubem Braga”.

Bem, a peça estreou as 15h00 e terá uma segunda sessão as 17h00, e permanecerá em cartaz nos dias 05, 12, 19 e 26 de junho de 2011 (domingos), sempre nestes dois horários, com ingressos nos valores de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Abaixo um pequeno release da peça e uma breve ficha técnica.

Campaneli apresenta

PINÓQUIOcampaneli-pinoquio

Com Rodrigo Campaneli, Julia Borges e Igor Junior

Direção: Rodrigo Campaneli

PINÓQUIO é uma releitura de Rodrigo Campaneli para o grande clássico escrito pelo italiano Carlo Collodi. A história do boneco de madeira que queria ser gente de verdade mostra que em suas aventuras sempre se mete em confusões e enrascadas. O espetáculo mexe com o imaginário da criança, ao mesmo tempo que repassa grandes ensinamentos para as crianças, como o respeito e a obediência aos mais velhos, porém de uma maneira amena e sem pretensões de lição de moral. Um espetáculo que agradará em cheio crianças e adultos de todas as idades.

Duração: 42 minutos. Censura Livre.

Dia 29 de Maio e 05, 12, 19 e 26 de Junho (Domingos)

Duas Sessões: 15h00 e 17h00

No Teatro Campaneli

Rua da Cruz do Papa, 04 - Enseada do Suá

Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00

Informações: 27 3314-5088

sexta-feira, 27 de maio de 2011

7ª Edição do Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória” abre inscrição

Nossa, to atrasado mesmo. Bem, junto com o edital da Lei Rubem Braga, que esqueci de colocar a Ficha de inscrição aqui para as pessoas poderem acessar (segue em anexo) e se inscrever, saiu o edital para inscrição do 7º Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória”. Serão 13 espetáculos, sendo que 04 serão espetáculos de rua. As inscrições abriram – também – no dia 06 de maio de 2011 (sexta-feira) e vão até o dia 30 de agosto de 2011 (terça-feira), o resultado será divulgado no dia 20 de setembro de 2011 (terça-feira), e o festival acontecerá entre os dias 13 e 21 de outubro de 2011, nos seguintes espaços culturais: Teatro Carlos Gomes, Teatro José Carlos de Oliveira, Teatro Universitário, Teatro do SESI, Estação Porto, Escola de Teatro e Dança FAFI, praças e parques.

BrasaoVitoria SECRETARIA DE CULTURA
EDITAL DO FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO CIDADE DE VITÓRIA – 7ª Edição

A Prefeitura Municipal de Vitória por meio da Secretaria Municipal de Cultura, objetivando o desenvolvimento cultural do município e uma reflexão e difusão da produção teatral brasileira, torna público a abertura das inscrições do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória – 7ª Edição.

DA REALIZAÇÃO
Art. 1º - O Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória – 7ª Edição será realizado pela Secretaria Municipal de Cultura - SEMC no período de 13 a 21 de outubro de 2011, nos seguintes espaços culturais: Teatro Carlos Gomes, Teatro José Carlos de Oliveira, Teatro Universitário, Teatro do SESI, Estação Porto, Escola de Teatro e Dança FAFI, praças e parques.

DO OBJETIVO
Art. 2º- A SEMC realiza o Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória – 7ª Edição, com a finalidade de levar espetáculos teatrais para a cidade de Vitória, além de contribuir para a formação de platéias e promover o intercâmbio cultural. O Festival é aberto à participação de espetáculos teatrais do Estado do Espírito Santo, escolhidos por uma Comissão de Seleção Especializada indicada pela organização do evento. Os artistas e grupos nacionais serão convidados por meio de uma Curadoria.

DAS COMISSÕES
Art. 3º - A Comissão Organizadora a que se refere este edital será designada por meio de portaria e será composta por até 03 (três) servidores da SEMC e coordenação geral da Subsecretária de Cultura.

Art. 4º - A Comissão de Seleção Especializada a que se refere este edital será composta 06 membros sendo:
a) 02 (dois) representante da SEMC;
b) 02 (dois) profissionais da área da Comunicação;
c) 02 (dois) representantes do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Vitória.

DAS INSCRIÇÔES
Art. 5º - Poderão participar do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória – 7ª Edição, espetáculos de teatro do Estado do Espírito Santo; na categoria Teatro adulto: palco, rua e espaços alternativos.

Parágrafo único – Os grupos teatrais locais selecionados deverão arcar integralmente com suas respectivas despesas de transporte (pessoal, de equipamentos, cenários etc.), estadia e alimentação; estando a Secretaria Municipal de Cultura de Vitória isenta de qualquer responsabilidade sobre o deslocamento e permanência dos grupos em Vitória.

Art. 6º - Os espetáculos inscritos poderão ser inéditos ou não, desde que não tenham participado do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória, em anos anteriores.

Art.7º- As inscrições serão realizadas no período de 06 de maio a 30 de agosto de 2011 (de segunda a sexta-feira) e poderão ser protocoladas diretamente no Protocolo Geral da Prefeitura Municipal de Vitória, na Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, 1927 - Bento Ferreira, Vitória, ES - CEP: 29.050-945 - Telefone: (27) 3382-6000. As inscrições pelos correios deverão ser enviadas para a Secretaria Municipal de Cultura, Rua 13 de Maio nº 47 – 4º andar – Centro – Vitória / ES – CEP. 29015 – 280, postadas até o dia 30 de agosto de 2011, com indicação no envelope: Festival Nacional de Teatro – Cidade de Vitória – 7ª Edição.

Art.8º - Juntamente com a ficha de inscrição, os artistas ou grupos deverão apresentar:
a) Fotografias de alta resolução em CD e sinopse do espetáculo inscrito;
b) Recortes de jornal, revista, folders, programas, entre outros, sobre o espetáculo e suas montagens;
c) Currículo do artista e/ou grupo;
d) Ficha técnica do espetáculo;
e) Mapa de luz, som;
f) Especificação de cenário ou de elementos cênicos utilizados na montagem;
g) Relação contendo os nomes dos participantes, informando endereço, fotocópia da Carteira de identidade, PIS/PASEP e CPF, do representante legal, com o número da sua conta bancária e agência, certidões de regularidade fiscal com as fazendas Federal, Estadual e Municipal.
h) Documento de liberação do autor ou cópia do comprovante da SBAT e do ECAD (caso se utilize música);
i) DVD do espetáculo, gravado em formato final MPG ou WMV;
Art.9º- A não apresentação de um dos itens acima implicará na desclassificação automática do espetáculo inscrito.
Art.10º - O material enviado para a inscrição no Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória – 7ª Edição, não será devolvido, passando a integrar o acervo desta Secretaria, e deverá, preferencialmente, estar encadernado, tendo a ficha de inscrição no início, e transparente, na ordem do edital.

Art.11º - O comprovante do recibo ou carimbo dos correios valerá como prova da data limite estabelecido.

Art.12º – É vedada a participação, no Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória – 7ª edição (concurso) de integrantes da comissão organizadora e de seleção.

Art.13º - O Edital e a ficha de inscrição estarão disponíveis no site www.vitoria.es.gov.br

DA SELEÇÃO DOS ESPETÁCULOS LOCAIS
Art.14º - Entre os inscritos, serão selecionados 13 (treze) espetáculos de teatro na categoria adulto: palco, rua e espaço alternativo. Sendo que na modalidade de rua será contemplado no mínimo, 04 (quatro) espetáculos. Cada grupo ou artista selecionado receberá o prêmio no valor de R$ 5.000,00 (Cinco mil reais).
Art. 15º - A análise dos documentos será realizada pela Comissão Organizadora do Festival, equipe técnica da Secretaria Municipal de Cultura, designada para este fim,conforme o art. 3º. Serão exigidos todos os documentos previstos no art. 8º deste Edital, sendo esta uma fase eliminatória.

15.1. Serão indeferidos, na análise documental, projetos que não apresentarem, de forma exata e elucidativa, objeto e fins propostos para sua execução. A equipe técnica de análise poderá solicitar a complementação de informações pelo proponente à Secretaria Municipal de Cultura, no prazo de 3 (três) dias úteis, contados da data de notificação.

15.2. No caso de apresentação de complementação de informações fora do prazo, ou de não apresentação destas, o projeto será desclassificado.

Art.16º- Os critérios de escolha dos espetáculos serão estabelecidos pela Comissão de Seleção Especializada do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória 7ª edição, de acordo com a relevância e mérito no que se refere a: excelência artística do espetáculo, diversidade cultural da produção de teatro local e qualificação dos artistas envolvidos.

Art.17º- Os prêmios sofrerão os descontos previstos na legislação em vigor.

Art.18º- As decisões da Comissão de Seleção Especializada são irrecorríveis.

Art.19º- A divulgação dos espetáculos locais selecionados, bem como os teatros onde irão se apresentar, estarão disponível no site www.vitoria.es.gov.br ou pelos telefones 3132-2067/3132- 2076 31324460, a partir do dia 20 de setembro de 2011.

Art.20º- Todo grupo que, em virtude de quaisquer circunstâncias/ou imprevistos, constatarem que não poderá realizar sua apresentação na data determinada, deverá contatar imediatamente a Comissão Organizadora, através dos meios disponíveis a fim de evitar contratempos e o comprometimento do bom andamento do Festival e oferecendo a oportunidade para que um novo grupo o substitua.

DAS RESPONSABILIDADES
Art.21º- Caberá ao grupo selecionado providenciar o material cênico e técnico necessário ao seu espetáculo, com exceção da estrutura técnica de base (iluminação e sonorização), que será fornecida pela Comissão Organizadora dentro dos limites da sala de espetáculos., inclusive complementos adicionais serão de responsabilidade da produção do espetáculo.

Art.22º- - Todos os espetáculos selecionados realizarão uma ou no máximo duas apresentações gratuitas ao público durante o Festival.

Art.23º- - Os espetáculos selecionados deverão cumprir as datas, horários e locais estabelecidos pela Comissão Organizadora do Festival.

Art.24º- - A Comissão Organizadora não se responsabilizará por despesas de hospedagem e alimentação durante o Festival.

Art.25º- - Caberá ao grupo local selecionado providenciar o seu transporte, bem como o transporte dos cenários e objetos de cena até o município de Vitória e deste ao seu local de origem.

Art.26º- - Os horários de ensaios e montagem de luz serão elaborados pela Comissão Organizadora do Festival e informados ao artista ou grupo com antecedência mínima de 24 horas.

Art.27º – O não cumprimento de qualquer item deste edital, acarretará em desclassificação da peça pela Comissão Organizadora do Festival, cabendo a esta, selecionar a (s) peça (s) substituta (s).

Art.28º- A Comissão Organizadora não se responsabilizará por perdas e danos do material de cenários, equipamentos e objetos de cena enviados, anterior ao período de apresentação dos espetáculos.

Art.29º - Outras informações poderão ser obtidas na Comissão do Festival, através dos telefones (27)-3132-2067 / 3132- 2076 /3132- 4460

Art.30º - Os casos omissos serão decididos pela Comissão Organizadora do Festival.

Vitória, 6 de maio de 2011
Alcione Alvarenga Pinheiro - Secretário Municipal de Cultura

Lei Rubem Braga abre edital

Meio atrasado, eu sei, mas o fator tempo é o que termina me atrapalhando, mas como as inscrições vao até o dia 30 de junho de 2011 (quinta-feira), estou a tempo da divulgação para as inscrições na Lei de Incentivo Cultural de Vitória “Rubem Braga”, mais conhecida somente como Lei Rubem Braga.

As inscrições se iniciaram no dia 06 de maio de 2011 (sexta-feira) e, como sempre, abragem várias áreas da cultura da capital, dentre elas o teatro, a dança, o circo e ópera. O edital é bem específico quanto aos períodos de análise e divulgação do resultado, então fiquem com ele abaixo e boa sorte para todos!

BrasaoVitoria SECRETARIA DE CULTURA
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 001/2011

Estabelece os prazos e normas para o recebimento e análise de projetos culturais nos termos da Lei nº 3.730/91 e dá outras providências.

Art. 1º - Fica determinado o período de 6 de maio de 2011 a 30 de junho de 2011, para inscrição de projetos culturais, que postulam os benefícios fiscais da Lei nº 3.730/91 e que deverão ser protocolados na Prefeitura Municipal de Vitória, situado à Av. Marechal Mascarenhas de Moraes,1927 – Bento Ferreira, Vitória, ES.

§1º - A Comissão de Gerenciamento e Fiscalização tem o período de 15 de Julho de 2011 até 02 de setembro de 2011 para a análise da documentação legal e demais requisitos dos projetos apresentados. Após esta data, os projetos apresentados com toda a documentação legal completa serão encaminhados à Comissão Normativa para análise do mérito e decisão de aprovação ou indeferimento.

§2º - O resultado da apreciação dos projetos, indicando aqueles aprovados, será de conhecimento público no mês de dezembro de 2011.

§3º – Os Bônus correspondentes ao benefício aprovado pela Comissão Normativa somente poderão ser emitidos até 180 (Cento e oitenta) dias após a data de publicação da Resolução Normativa que autoriza a sua emissão, conforme o §2º, Art. 6º do decreto nº 10.789/2001.

Art. 2º - Serão aprovados tantos projetos quantos forem julgados meritórios pela Comissão Normativa, até o limite dos recursos previstos na Lei
Orçamentária para o ano de 2012.

Art. 3º - Fica vedada a participação de qualquer pessoa física ou jurídica que tenha sido postulante ou beneficiado direto ou indiretamente, bem como todos os eventos patrocinados pela Lei Rubem Braga, e que não tenha, no ato da inscrição, sua prestação de contas aprovada pela Comissão de Gerenciamento e Fiscalização da Lei Rubem Braga.

Art. 4º - Fica vedada a indicação de membros para a Comissão Normativa, por parte de instituições culturais que estejam pleiteando recursos na Lei Rubem Braga, assim como os que estejam executando projetos no exercício de 2011.

Art. 5º - Serão indeferidos pela Comissão de Gerenciamento e Fiscalização, os projetos que no ato da inscrição não apresentem qualquer documento ou exigência obrigatória constante desta Resolução Normativa e descritos a seguir, não cabendo nenhum tipo de recurso ou a apresentação de documentos após o término do prazo estipulado no edital.

Art. 6º - Constitui documentação OBRIGATÓRIA para a postulação dos benefícios do Projeto Cultural Lei Rubem Braga:

a)Formulário de Inscrição;
b)Memorial Descritivo;
c)Descrição Física do Projeto;
d)Cronograma de Execução incluindo a contrapartida social;
e)Planilha Detalhada de Custos;
f)Ficha técnica do projeto, listando as principais funções artísticas e técnicas necessárias à sua execução, e nomeando aqueles que desempenharão as funções listadas;
g)Declaração de todos os profissionais artísticos e técnicos nominados no projeto, ou de entidade envolvida em sua realização de que concordam com a sua participação no mesmo;
h)Comprovação de domicílio no Município de Vitória de no mínimo 05 (cinco) anos – documento de 05 (cinco) anos antes da entrega do projeto e da data atual;
i)Cópia do Contrato Social ou Ata de Fundação, se pessoa jurídica, também com o mínimo de 05 (cinco) anos em Vitória;
j)Certidão de Regularidade Fiscal junto ao município de Vitória (Nada Consta);
k)Cessão de Direitos Autorais ou conexos, onerosa ou não.
l)Texto completo do roteiro, texto dramatúrgico ou literário quando tratar-se de projeto destinado à sua filmagem ou gravação, encenação de espetáculo cênico ou edição de livro, excetuando-se quando o projeto incluir pesquisa prévia;
m)Sempre que o projeto tratar de pesquisa ou a incluir, deverá expor fundamentação teórica, justificativa, metodologia, objetivo, bibliografia e literatura acerca do tema;
n)Demo do trabalho musical que se pretende registrar e cópia das letras, se houver, e concepção artística do trabalho;
o)Projeto detalhado de montagem, incluindo concepção dramatúrgica da direção e demonstração gráfica de cenários, figurinos, adereços e outros, quando se tratar de projeto de montagem de espetáculo cênico;
p)Esboço do projeto de produção, incluindo desenho de cenários, figurinos e outros, quando se tratar de projeto de filme ou vídeo ficção;
q)É obrigatória a apresentação de roteiro detalhado para projetos de CD-ROM e DVD;
r)Em caso de DVD músical, não será obrigatória a apresentação de roteiros, sendo apenas apresentada à câmara de música para a avaliação.
s)Apresentar 1 (um) orçamento para cada item incluído na planilha de custos, exceção feitas aos serviços artísticos e aqueles de caráter singular, justificada a singularidade da contratação, ou aqueles que somente podem ser obtidos por estimativa, justificada a impossibilidade de obterem-se os orçamentos.
u)Exposição Quantificada da Contrapartida Social do Projeto, que deverá ser, minimamente:

1. Quando o projeto tratar da realização de produtos audiovisuais (cinema, foto e vídeo):
1.1 Doação de duas cópias do produto em VHS, DVD ou CD-ROM, conforme o caso, para o acervo do Município, com capa artística, ficha técnica completa, sinopse do trabalho.

2 Quando o projeto incluir a realização de oficinas, 2.1 Realizar gratuitamente uma oficina a critério e sem custos para o Município.

3 Quando o projeto incluir a realização de exposições de artes visuais e/ou a produção de objetos artísticos,
3.1 a doação de uma obra para o acervo do município, selecionada e escolhida pela Comissão de Gerenciamento e Fiscalização;

4 Quando o projeto incluir a publicação de livros ou catálogos:
4.1 doar 10% dos exemplares para o município;

5. Quando o projeto tratar da edição e duplicação de CDs, DVDs, CD-ROM e similares:
5.1 doar 5% (cinco) por cento do produto final ao município;

6. Quando tratar-se de projeto de pesquisa:
6.1 doar 05 (cinco) exemplares do relatório final da pesquisa ao município;
6.2 realizar pelo menos uma palestra, aberta ao público, no município de Vitória, expondo os resultados finais da pesquisa.

7- Quando tratar-se da produção de espetáculos musicais e de artes cênicas:
7.1 - Realização de uma exibição gratuita, no município de Vitória, sem custo para o município, em data previamente comunicada à SEMC/SE-RB e agendada na GPDC/SEMC.
7.2 Entrada gratuita em qualquer das exibições, para alunos do Curso de Qualificação Profissional da FAFI mediante a apresentação da Carteira Estudantil oficial da entidade de ensino;

8. Quando tratar-se de projeto de restauração e manutenção de patrimônio histórico:
8.1. Doar 10 (dez) exemplares da pesquisa realizada acerca do patrimônio e acompanhamento do trabalho de restauração, incluindo farto material fotográfico e/ou audiovisual sobre o patrimônio e sua restauração, ao município de Vitória;
8.2. Oferecer garantias de acesso público ao patrimônio;
8.3. Apresentar orçamento descriminado e detalhado das obras e serviços;

Parágrafo único – Caso haja a impossibilidade de atendimento de algum item previsto neste artigo, deverá o postulante justificar a impossibilidade, oferecendo alternativamente outra forma de atender à solicitação, sendo tanto a justificativa quanto a alternativa analisadas de acordo com o que prevê o artigo terceiro.

9. DO LANÇAMENTO ABERTO AO PÚBLICO
9.1 Todos os projetos patrocinados pela LEI RUBEM BRAGA deverão fazer lançamento aberto ao público, previamente combinado com a Secretaria
Municipal de Cultura, com ampla divulgação pela imprensa, sem nenhum tipo de custo ao Município, proporcionando assim, maior visibilidade e fiscalização do evento.

Art. 7º - Todos os Projetos patrocinados pela Lei Rubem Braga poderão ser utilizados pelo Poder Executivo Municipal de Vitória, sem fins lucrativos, para apresentação ao público, sem qualquer ônus para a Prefeitura Municipal de Vitória.

Art. 8º - A avaliação da adequação dos projetos ao prescrito no artigo segundo dessa Resolução Normativa é de competência da Comissão de Gerenciamento e Fiscalização, conforme o artigo 3º do decreto 10.328/99.

Art. 9º - Os pareceres serão assinados conjuntamente pelos membros da Câmara Setorial, devendo ser assinados pela maioria de seus membros.

Art. 10º - A Análise dos projetos pelo Plenário da Comissão Normativa tem por objetivo a elaboração da lista final dos projetos contemplados com os benefícios da Lei nº 3.730/91, selecionados entre os projetos considerados prioritários pela análise comparativa pelas Câmaras Setoriais, de tal modo que o montante aprovado não seja superior ao volume de recursos disponíveis.

Art. 11º - Esta Resolução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário que porventura existam no Regimento Interno da Comissão Normativa do Projeto Cultural Rubem Braga.

Vitória, 6 de maio de 2011
Alcione Alvarenga Pinheiro – Secretário Municipal de Cultura

A Gazeta: “A cultura agradece” – Caderno 2

AGazeta_18/03/08 1a. Terca_C2_01Caderno Dois_1 No dia 10 de maio de 2011 (terça-feira), no Caderno 2 do jornal A Gazeta, a jornalista Rachel Silva publicou uma matéria sobre a ampliação de editais para a cultura do município de Vitória e do estado do Espírito Santo (que o blog vacilou em não publicar… Desculpa pessoal!). A matéria, entitulada “A cultura agradece” vem nos mostrar o quanto nossa cultura tem sido favorecida com tais editais. Bem, eu continuo com minhas críticas sobre os editais do estado e da capital, principalmente quando se fala do que está ligado à Lei de Incentivo Cultural “Rubem Braga”. Mas é uma matéria de qualidade, que vale a pena a divulgação, então ela segue abaixo (Obrigado pela autorização, Rachel!):

A cultura agradece

Dinheiro público abre oportunidades para ampliar produção artística

10/05/2011 - 21h02 - Atualizado em 10/05/2011 – 21h02

A Gazeta

Rachel Silva
rsilva@redegazeta.com.br

tuni-collura Viver da arte, no Brasil, é para poucos. Isso todo mundo sabe. Mas o financiamento público tem o objetivo de permitir a expressão cultural e artística por parte de pessoas e grupos que, de outra forma, não teriam como realizar seus projetos.

Embora não se possa dizer que vivemos no melhor dos mundos, a verdade é que o dinheiro público tem movimentado a cena cultural capixaba, a exemplo dos cinco editais lançados na quinta-feira pela Secretaria de Cultura (Semc) da Prefeitura de Vitória, que totalizam R$ 3 milhões em verbas.

Além da Lei Rubem Braga, a Semc também vai financiar o 7º Festival Nacional de Teatro de Vitória e um Concurso Nacional de Marchinhas. Outros dois editais, um de Locomoção e outro de Circulação de Espetáculos de Teatro, Dança e Música, são garantidos por recursos do Fundo Municipal de Cultura.

Na Serra e em Cariacica, as leis de incentivo cultural Chico Prego e João Bananeira, respectivamente, também estão com inscrições abertas para receber projetos culturais.

O governo do Estado, que também tem um fundo de financiamento exclusivo para atividades artísticas, o Funcultura, está colocando R$ 4,8 milhões na praça, distribuídos entre 22 editais que incluem diversas formas de manifestação cultural. Produção de ópera, valorização da diversidade cultural capixaba, história em quadrinhos e números circenses são alguns dos temas dos editais, que incluem também o Prêmio Mestre Armojo do Folclore Capixaba.

grafite O Programa Rede Cultura Jovem, também da Secult, selecionou 82 iniciativas entre os mais de 300 projetos que se candidataram às verbas dos cinco Editais Cultura Jovem 2011.

Enfim, a moral da história é: para quem tem uma ideia na cabeça e nenhuma grana na mão, o negócio é fazer um bom projeto e se inscrever nos editais, onde há chances para todos.

O que está rolando
Funcultura.
O fundo estadual para financiamento da cultura lançou 22 editais para este ano, no total de R$ 4,8 milhões.
Rede Cultura Jovem.
A Secult selecionou 82 projetos, entre os 311 inscritos nos cinco editais de 2011. O resultado saiu na última sexta-feira.
Pontos de Cultura.
Foram selecionados 25 projetos capixabas para fazer parte da Rede Cultura Digital, do Ministério da Cultura. Cinco iniciativas são de Vitória e foram divulgadas semana passada pela prefeitura. As demais têm parceria da Secult.

Vitória.
A prefeitura da capital lançou cinco editais de cultura na última quinta-feira, incluindo o da Lei Rubem Braga.
Serra.
A Lei Chico Prego, que incentiva projetos culturais no município da Serra, está recebendo inscrições até 1º de julho. O valor dos projetos não pode ultrapassar 8 mil UFIR (cerca de R$ 17 mil).
Cariacica.
Termina no dia 2 de abril o prazo para inscrever projetos no edital da Lei João Bananeira, que vai destinar R$ 380 mil para projetos culturais em Cariacica.

Relação dos editais de cultura publicados pela prefeitura de Vitória


Edital da Lei Rubem Braga

Edital de Circulação de Espetáculos


Edital Concurso Nacional de Marchinhas

Edital de Locomoção

Edital do 7º Festival de Teatro

quinta-feira, 19 de maio de 2011

“A Mais Forte” no Teatro Municipal de Vila Velha

FOLDER Essa é uma peça muito boa. Bem estrutura, com atores que dão conta do trabalho em cena e tem uma iluminação que foi muito bem planejada. Sem contar o quanto o Boyásha Trup Cia. Artística batalhou para encontrar lugares para suas apresentações. O primeiro verdadeiro espaço cênico que conseguiram foi no auditório da Escola de Teatro, Dança e Música FAFI, e agora conseguiram o Teatro Municipal de Vila Velha, localizado no centro de Vila Velha/ES. As apresentações serão nos dias 25 e 26 de maio de 2011 (quarta-feira e quinta-feira), as 20h00, com ingressos nos valores de R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia) e R$ 5,00 (para a classe artística capixaba). Abaixo segue o material enviado a mim pelo ator e diretor da peça, João Paulo Stein.

A MAIS FORTE

FOTO DIVULGAÇÃO I Contando com o Patrocínio da Prefeitura Municipal de Vila Velha através da Lei Vila Velha Cultura e Arte, a Cia. Artística Boyásha Trup traz novamente para Vila Velha o Espetáculo Teatral “A Mais Forte”.

FOTO DIVULGAÇÃO III Um clássico da obra de August Strindberg, “A Mais Forte” conta uma história onde paixão, amor, ódio e medo se confundem. Cada olhar - cada gesto tem um significado muito mais profundo do que deixa transparecer, e cabe ao espectador resolver, com sua imaginação e história pessoal, o desentrelaçar do drama.

Adaptação e Direção: João Paulo Stein
Elenco: Ellen Barcelos e João Paulo Stein
Produção Executiva e Direção Musical: Murillo Iglesias
Realização: Cia. Artística Boyásha Trup
Patrocínio: Lei Vila Velha Cultura e Arte – Prefeitura Municipal de Vila Velha
Apoio: Hiper Export Terminas Retroportuários S/A
Data: 25 e 26 de Maio às 20:00 h
Local: Teatro Municipal de Vila Velha
Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)
Postos de venda: Bilheteria do Teatro
Classificação: 12 anos
Informações: (27) 3208-3865

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Companhia Folgazões em Domingos Martins

O Espírito Santo respira artes cênicas. Além de dois bons espetáculos na capital, a Companhia Folgazões está levando à Domingos Martins/ES o seu espetáculo “O Pastelão e a Torta”, que foi agraciado com o Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua e iniciará uma circulação indo a cidade e mais outras duas, com entrada franca. Simplesmente imperdível! Abaixo segue o material enviado a mim pela atriz e jornalista Daiana Scaramussa.

Domingo tem espetáculo?

5 foto Rafael Resende  20 de abril de 2010_thumb[3] Tem sim senhor! E a diversão fica por conta da Companhia Folgazões, que sobe a serra e leva para o ‘friozinho’ de Domingos Martins o Espetáculo “O Pastelão e a Torta”. Esta apresentação faz parte do projeto de circulação em que a Companhia foi contemplada (Prêmio Funartes Artes Cênicas na Rua) em 2010 e que vai proporcionar ao público de três cidades do Estado, lazer, cultura e muita diversão, e o que é melhor, com entrada franca!

Sinopse

6 foto Rafael Resende  20 de abril de 2010_thumb[3] A farsa “O Pastelão e a Torta” foi escrita na Idade Média por autor desconhecido. Já foi montada e encenada por diversos grupos de teatro em todo o mundo e até hoje diverte as plateias. O enredo narra as peripécias de Julião e Balandrot, dois mendigos que não vão medir esforços para conseguir ‘abocanhar’ um delicioso pastel e uma apetitosa torta. O que eles não contavam é que teriam que driblar Joaquim e Marieta, os pasteleiros, donos das cobiçadas receitas . Em “O Pastelão e a Torta”, diversão é o ingrediente que não vai faltar!

Serviço:

Espetáculo: “O Pastelão e a Torta” – Companhia Folgazões

Dia: 22 de maio de 2011

Local: Coreto da Praça Dr. Arthur Gehardt – (Domingos Martins)

Horário: 15 horas

Entrada Franca

O espetáculo

7 foto Rafael Resende  20 de abril de 2010_thumb[3] Montado pela primeira vez pela companhia em 2008, na ocasião, com recursos do prêmio de Montagem Alvim Barbosa da Secretária Estadual de Cultura do Espírito Santo. Neste mesmo ano, foram realizadas cinco apresentações de uma curta temporada. Em 2009, o espetáculo é retomado num novo processo de encenação e pesquisa que perdurou até 2010, dando origem a um novo espetáculo que, agora, está pronto para iniciar suas andanças pelos parques, ruas e praças desse país afora. O espetáculo é fruto de uma fusão de várias linguagens que estão presentes no processo de pesquisa e treinamento permanente do grupo, como a comicidade, a música e o teatro de rua.

Histórico

A Companhia Folgazões nasceu em Vitória/ES (2003) fruto de uma pesquisa da linguagem musical e gestual dos chamados “brincantes” - artistas que carregam em seu íntimo a alma do povo.

Desde então, o grupo vem desenvolvendo uma estética própria fundada nas linguagens musical, teatral, na dança, na arte da comicidade, nas técnicas circenses e no universo lúdico das festas populares.

Dedica-se, também, à pesquisa de espaços de encenação que possam aproximar a relação ator/espectador, não se limitando apenas ao palco italiano (tradicional).

Dessa forma, vem encontrando nos espaços “abertos” (praças, ruas e parques, entre outros) a sua área de atuação por excelência.

Atualmente, a Companhia Folgazões tem em seu repertório os espetáculos “Cantantes e Brincantes” e “O Pastelão e Torta” e também ministra oficinas em sua sede, no centro de Vitória.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Grupo Teatro da Barra/ES na XIV Semana Cultural Saberes

folder semana cultural Ontem (12/05/2011) iniciou-se a XIV Semana Cultural Saberes, na Faculdade Saberes, e como sempre teve um começo com músicas e palestras ligadas as áreas de História e Letras (Inglês/Português), que são os cursos oferecidos pela faculdade, mas como o blog é ligado às artes cênicas, vamos ao que interessa. No último dia da Semana Cultural, mais especificamente no sábado, as 10h40, acontecerão as apresentações de esquetes do Grupo Teatro da Barra/ES, com direção do ilustrissimo Paulo DePaula. Serão cinco esquetes que ilustram o cotidiano num estilo de comédia leve e divertida. As esquetes “Amigas ao telefone”, “Árvore genealógica” e “Degustação de vinho em Minas” (de Luis Fernando Verissimo), “A consulta” (ganhadora do prêmio ator revelação no 6º Festival Nacional de Esquetes do Espírito Santo) e “Dúvidas pascoais” (de Antonio Rocha Neto), “Crianças digitais” (de Vitor Zucolotti) e “O silêncio às vezes diz tudo”, fazem parte do repertório Teatro Da Barra/ES, que vem se apresentando a convite de instituições de ensino, como a Escola de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo e – agora – a Faculdade Saberes, e a Academia de Letras Humberto de Campos. O elenco é composto por Bruno Jorge, Dulce Lodi, Fabbyo Leão, Jaime Nilson, Newton Raposo, Paulo DePaula e Roberta Soares, e tem produção e apresentação de Zeiza Jorge. Vai valer a pena conferir!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

“Bernarda, por detrás das paredes” retorna!

cartaz BernardaNão sou critico de teatro e nunca me propus a tal. Já fiz cursos de teatro e até cheguei a atuar, mas larguei os palcos, pois não via como continuar na área. Hoje gosto de expor minha opinião do que gosto e não gosto, e quando eu gosto, EU GOSTO!

É o caso de “Bernarda, por detrás das paredes”, que tem direção da dramaturga Nieve Matos, que junto com Saulo Ribeiro desenvolveram este amálgama que mistura Frederico Garcia Lorca com Aristóteles, sem ser cansativo.

O espetáculo estreou no ano passado, no Espaço Coletivo Folgazões e Repertório (para aonde está retornando!) e teve uma ótima receptividade. A ideia de Nieve e Saulo foi juntar “A Casa de Bernarda Alba”, de Lorca, com a obra de Aristóteles, “Arte Poética”, colocando em palco somente dois atores que se desdobram fazendo todas as personagens da peça. Nicolas Correa Lopes e Roberta Portela conseguem atuar conjuntamente, sem um se sobressair sobre o outro, numa ótima integração cênica. O trabalho é uma maravilhosa encenação, simplesmente imperdível. Abaixo segue o material enviado a mim pelo dramaturgo e historiador Saulo Ribeiro. Não percam e bom espetáculo!

O Grupo Repertório Artes Cênicas e Cia.

inicia a segunda temporada do espetáculo

“Bernarda, por detrás das paredes”

Serviço:

Datas: 14 e 15 -  21 e 22 -  28 e 29 de maio

Sábados: 20 horas

Domingos: 19 horas

Local: Espaço Coletivo Folgazões e Repertório

Ingressos: R$ 20,00 (inteira) – R$ 10,00 (meia)

Informações: producoescenicas@gmail.com

Telefones (27): 9245 0643 (Claro) | 8837 6806 (Oi) | 8168 0919 (Tim)

Sinopse:

IMG_6579 “Bernarda, por detrás das paredes” é uma colagem dos textos “A casa de Bernarda Alba”, de Federico Garcia Lorca e “Arte poética”, de Aristóteles.

Bernarda é uma matriarca dominadora que após a morte de seu segundo marido decreta um luto de oito anos, enclausurando em casa suas cinco filhas.

Em um jogo cênico musical os atores manipulam seus corpos para criar e destruir nove personagens que duelam suas expectativas como em uma arena de touros.

Sobre o grupo e o espetáculo:

IMG_6599 “Bernarda, por detrás das paredes” é o terceiro trabalho do grupo Repertório Artes Cênicas e Cia, o espetáculo estreou em outubro de 2010 e sábado agora (14/05) inicia sua segunda temporada até o final do mês de maio.

Em “Bernarda, por detrás das paredes” sons, textos, objetos e cena se sobrepõem na construção de novas imagens contaminadas pelas obras de Lorca e Aristóteles. A música original e sonoplastia são executadas ao vivo e reforçam a linguagem explorada pela direção e dramaturgia. Brincando com algumas canções do imaginário popular, desconstruindo e reconstruindo paisagens sonoras conhecidas, reforçando a musicalidade da poesia de Garcia Lorca.

IMG_6530 O local escolhido para a apresentação do espetáculo é o “Espaço Coletivo Folgazões e Repertório”, um casarão da década de 50 no coração do centro da cidade de Vitória, que além de sediar os grupos e promover o intercâmbio de experiências com outros criadores, se transformou, por suas características marcantes, em material de pesquisa para a composição de “Bernarda, por detrás das paredes”

O Espaço Coletivo possui um Teatro de Bolso que vêm se tornando referência para os grupos locais e de outros estados, com uma programação diversificada de eventos, oficinas e espetáculos é um dos mais novos pontos de encontro para os admiradores das artes e para quem busca entretenimento de qualidade na cidade de Vitória.

Atualmente o grupo Repertório trabalha na montagem do seu quarto espetáculo: “Entre memórias e esquecimentos”, mantendo a linha de estudo do grupo associada à linguagem performática, com estréia prevista para agosto de 2011.

O que disseram sobre "Bernarda, por detrás das paredes":

"São só 30 lugares por apresentação; 30 bocas abertas de admiração pelo talento exuberante dos atores Nícolas Lopes e Roberta Portela. Os dois incendeiam nove personagens num rodízio de almas sem trocas de figurinos." (João Moraes - cineasta e escritor)

"A peça teatral Bernarda, por detrás das paredes, do grupo Repertório Artes Cênicas e Cia, foi um dos grandes espetáculos teatrais produzidos em solo capixaba em 2010." (Moisés Nascimento - Mestre em literatura)

"Eu tenho um palpite sobre o que faz a diferença. Bernarda – o espetáculo – fala de si mesmo, mas, falando de si, fala de mais que isso. Não perde a mão e não ignora a densidade do que Lorca nos dá, não deixa a história de lado, não perde de vista o que o texto tem – e muito – de poético e de patético – e, é claro, patético, aqui, refere-se a pathos e seus demais derivados" (Fernando Marques - Dramaturgo, diretor, ator e escritor)

Ficha técnica:

Direção e dramaturgismo: Nieve Matos

Atuação: Nícolas Corres Lopes e Roberta Portela

Assistência de direção: Moacir Prudêncio Jr.

Direção musical e trilha sonora: Dori Sant'Ana

Execução Musical: Dori Sant'Ana e Fábio do Carmo 

Figurino: Antonio Apolinário

Iluminação: Edgard Barbosa

Confecção de figurino: Ateliê Luz divina

Designer gráfico: Anaise Perone

Fotos: Ariny Bianchi

segunda-feira, 9 de maio de 2011

“O Mendigo, O Imperador e Suas Palavras” na Escola de Teatro, Dança e Música FAFI

Esta peça teatral é uma daquelas que eu queria muito ter ido na estreia dela, mas não consegui ir, só que desta vez eu não pretendo perdê-la.

“O Mendigo, O Imperador e Suas Palavras” é uma trabalho em conjuntos dos atores Everaldo Nascimento e Altamir Furlane, que decidiram levar o livro infanto-juvenil do dramaturgo Bertold Bretch (1898-1956) para os palcos de Vitória/ES. A peça se baseia em “O Mendigo ou O Cachorro Morto”, escrita em 1919. A estreia da peça teatral aconteceu em fevereiro de 2011, no Teatro do Sesi, e retorna agora no auditório da Escola de Teatro, Dança e Música FAFI nos dias 14, 15, 21, 22, 28 e 29 de maio de 2011 (sábados e domingos), as 20h00, com ingressos nos valores de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). A pedido de Everaldo Nascimento, segue abaixo um texto feito pela Profa. Dra. Terezinha Maria Schuchter, do Centro de Educação da UFES. A todos desejo um ótimo espetáculo!

O Mendigo, o Imperador e suas palavras:

uma peça teatral necessária

Terezinha Maria Schuchter

Doutora em Educação – Professora do Centro de Eduação da UFES

Fly Mendigo e Imperador 001a A peça teatral “O Mendigo, o Imperador e suas palavras”, nos faz relembrar a sempre atual obra de Berthold Brecht, através da adaptação do texto “O mendigo ou o cachorro morto” (1919).

Com uma magnífica interpretação, mesclada pela dança, música e teatro, Everaldo Nascimento e Altamir Furlane, ao mesmo tempo nos prendem, tornando-nos estáticos, pois provocam a observação atenta de cada detalhe das cenas e do diálogo travado, como também nos transportam, nos inquietam, nos incomodam, nos fazem ir muito além do espaço físico onde encenam. Trazem-nos a necessária dúvida, a indignação, a estranheza, a sensibilidade.

DSC_4228 Aí reside a atualidade da peça. Vivemos um momento da falta, da ausência, da mesmidade e da conformação. O ser humano perdeu o que lhe impulsionava e provocava a busca pela transformação da realidade: a indignação e a vontade de lutar e transformar. Ao falar da relação entre arte e ciência, Brecht, afirmou: “a transformação da sociedade é um ato de libertação. Cabe ao teatro de uma época transmitir o júbilo desta libertação”. Brecht, também nos pediu: “estranhem o que não for estranho, tomem por inexplicável o habitual, sintam-se perplexos diante do cotidiano”. O mendigo fedendo a miséria, sentado diante da porta do Imperador, que estava pronto para comemorar mais uma conquista, é exatamente a dúvida, a perplexidade. Para ele o fato dos sinos dobrarem não era para comemorar o grande feito, mas a morte do seu cachorro. E o que é a morte do cachorro do mendigo para nós?

O Mendigo e o Imperador 024 É a violência que mata nossas crianças e nossos jovens, é o narcotráfico que se transformou na única expectativa de vida dos jovens, é a corrupção (que não acabou!) que desvia verba pública das políticas sociais para os bolsos de uma minoria que só trabalha por interesses particulares, é a falta da saúde, da educação, da cultura, do lazer, do esporte, da política de geração de renda. É a pobreza absoluta. Palavra quase não mais pronunciada. Os pobres que continuam muito pobres, eufemisticamente agora são denominados de excluídos. E nós até esquecemos que excluídos são todos aqueles que sequer têm algo para comer.

O Mendigo e o Imperador 029 Infelizmente mesmo havendo vozes que afirmam que a casa está arrumada, que o Brasil é hoje uma grande potência, tem muito mendigo e cachorro morto em nossa porta. Mas a ditadura do silêncio, do conformismo, do consenso nos cega, nos rouba o que Brecht nos pedia – indignação e sensibilidade! Disse ele: “suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar”. Este é o apelo da peça “O Mendigo, o Imperador e suas palavras”!

O Mendigo e o Imperador 026 A peça é o grito, para que nós percebamos que a ordem política e econômica atual não é natural, não é necessária, não é inevitável. O grito da peça é para que percebamos que a História pode sim ser recriada, transformada, transgredida. Ainda há História, ainda há sujeitos da História. A História não acabou como quiseram que acreditássemos. A sociedade continua dividida em classes. Nós podemos questionar os discursos enunciados. O diálogo consensual é burro. A política de alianças (com Deus e o Diabo) só presta para ganhar eleições e perpetuar a ordem capitalista. Precisamos ter de novo a coragem de afirmar isto! Temos que duvidar, contra-argumentar, produzir contra-discursos, discordar. Precisamos sempre repetir a frase que o Mendigo disse ao Imperador: “Tá tudo errado”. Precisamos da perspicácia do Mendigo que fez o Imperador duvidar da existência do sol e da própria condição de Imperador e suas histórias colonialistas.

A peça é um convite à reflexão: no palco não há cachorro morto. Não há cachorro morto dentro do caixão. Não há enterro do cachorro. Simbolicamente o que é retratado é o enterro da ordem vigente através dos símbolos do Espírito Santo e do Brasil, que são suas Bandeiras. Estas sim estão no caixão. Mas aí está o inusitado da peça: ao final quando se pensa que irão enterrar estes símbolos e com eles tudo que é deplorável, os artistas saem de cena e o caixão permanece aberto no palco. Não há enterro! Ainda há esperança? Será que isto que quiseram mostrar?

Ao permanecer aberto com as duas flâmulas uma de cada lado, o caixão se transforma em um barco. E os artistas não voltam ao palco para os aplausos de fim de peça. Assim a peça não termina e cada um dos presentes vislumbra um final. Ou será que quiseram nos mostrar que não há fim?

Diria ainda: A peça é atual, original e necessária. Precisa ser assistida pela bela e sensível interpretação de Everaldo Nascimento e Altamir Furlane. Entretanto é uma peça necessária não apenas enquanto uma obra de arte, uma produção cultural, mas pela profunda reflexão que produz sobre o momento que vivemos, pela visita à obra do imprescindível Berthold Brecht.

A produção da peça e a atuação dos atores são mais uma demonstração de que o Espírito Santo é celeiro das mais diversas formas de manifestação cultural. O Espírito Santo é cultura. Cabe, pois aos responsáveis pelas políticas públicas no solo capixaba perceber isso, cuidando da cultura e daqueles que a produzem, potencializando-a como política pública e contribuindo para sua democratização, produção e difusão. Basta ter a perspicácia, a sabedoria e a ampla visão do Mendigo cego, personagem da peça.

Como afirmou Brecht, a cultura nas suas mais diversas formas é possibilidade de emancipação e transformação social.

Parabéns aos atores e toda a produção e obrigado pelo presente!

"O Mendigo, o Imperador e suas Palavras"

Local: Escola de Teatro, Dança e Música FAFI

Datas: 14, 15, 21, 22, 28 e 29/05/2011

Horário: 20h00

Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

“A Ordinária” no Theatro Carlos Gomes

Sei que o ano mal começou para os espetáculos teatrais, mas aquela que eu considero uma das melhores peças deste ano retorna a Vitória/ES, depois de viajar por outras cidades do Espírito Santo. O espetáculo “A Ordinária”, do Grupo Teatro Empório, estará nos dias 14 e 15 de maio de 2011 (sábado e domingo), as 21h00 e 19h00, no Theatro Carlo Gomes, com ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

O espetáculo é uma obra prima que homenageia um dos gênios da dramaturgia brasileira, Nelson Rodrigues. A peça, escrita por Leandro Bacellar e Luana Eva – protagonista da peça – não se usam de nenhum trabalho do “anjo pornográfico”, mas da sua forma de dramaturgia, com exacerbação dos sentimentos e exploração ao máximo as nunances de cada personagem em cena.

O Grupo Teatro Empório trabalha com grande afinco neste trabalho, como vem fazendo com todos seus espetáculos, desde sua formação. E desta vez tem o auxílio do ator e diretor Vinicius Arneiro, que trabalha lado a lado com o diretor e dramaturgo Leandro Bacellar na direção deste espetáculo.

No palco temos Diogo Reis, Diego Carneiro, Leandro Bacellar, Luana Eva, Nivia Carla, Stace Mayka, Thiara Pagani e Werlesson Grassi, dando vida a tão belo trabalho. Abaixo algumas palavras do diretor, dramaturgo e ator Leandro Bacellar sobre este belo espetáculo, e também a ficha técnica. Bom espetáculo para todos!


Amores, traições, mistério e humor. A dramaturgia do espetáculo foi inspirada nas crônicas de Nelson Rodrigues. A montagem de “A Ordinária” utiliza o melodrama como linguagem.

Cecília, no dia do casamento do irmão mais novo, Bernardo, recebe a visita da irmã Nelma, que está doente. As duas acumulam inúmeras desavenças. Nelma retorna para cobrar o seu posto na família. A relação fica ainda mais conturbada quando Nelma descobre um diário, escrito pelo irmão, relatando detalhes das traições de Cecília. ordinaria4 A partir daí as personagens lançam mão de chantagens para conseguir o que desejam. O espetáculo é uma forma diferente de enxergar o maior dramaturgo brasileiro. A obra foi livremente inspirada no universo Rodriguiano e aborda a capacidade de amar do ser humano, do amor que chega até as últimas consequências. O objetivo do Grupo Teatro Empório (GTE) é revisitar Nelson, com simplicidade, sem copiar seu estilo. Além de Nelson Rodrigues, a pesquisa do espetáculo passa pelo cinema, principalmente por Douglas Sirk, ícone do melodrama cinematográfico .

Nessa nova empreitada o GTE contou com o apoio do Edital 004 de Residência em Artes Cênicas, da Secretaria de Estado da Cultura. A partir daí o Grupo foi buscar referências para a nova pesquisa. O diretor carioca, Vinícius Arneiro, da Cia Teatro Independente, foi convidado a participar do projeto. Formado na Escola de Teatro Martins Pena, Vinícius foi indicado em 2007 ao prêmio Shell RJ, de melhor direção, com o espetáculo “Cachorro!”. Em suas visitas ao Estado ele elaborou a concepção geral do espetáculo e compartilhou com Leandro Bacellar a direção. Depois de seis meses de ensaio, o Grupo leva ao palco um espetáculo original, utilizando um olhar estrangeiro.

Dias: 14 e 15 de Maio
Horários: Sábado 20 h e Domingo 19 h
Local: THEATRO CARLOS GOMES
Valor: R$ 10,00 (Meia) e R$ 20,00 (Inteira)

Informações: http://www.teatroemporio.com/