E vamos em frente, agora com a abertura do palco do Theatro Carlos Gomes para o festival.
Cortumeiramente, ou melhor, em todas as outras edições do Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória”, a abertura oficial acontecia no teatro mais antigo da capital, mas este ano o Carlos Gomes só está abrindo o palco nesta sexta-feira (15/10/2010). Bem, deixando isso para lá, sobe ao palco do teatro a peça paulista “DAN – Devir Ancestral”, com direção e atuação de Maura Baiocchi, as 21h00. Mas antes, teremos na Praça Costa Pereira, as 11h00, o espetáculo “Pot Pourri Cômico”, com direção coletiva, advinda da união do Grupo Maria Cutia e Teatro Terceira Imagem, contando com artistas convidados, é a arte circense mineira tomando conta da praça. Mais tarde, as 19h30, na Rua das Palmeiras, no bairro Itararé, a Companhia Folgazões de Artes Cênicas apresenta “O Pastelão e a Torta” e as 20h00, no Teatro José Carlos de Oliveira, no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, apresenta-se “Paredes Revisitadas”, baseada na obra de Jean-Pau Sartre, com livre adaptação e direção de Vitor Hugo Samudio. Os ingressos serão distribuidos gratuitamente, nas bilheterias dos teatros, as 13h00, enquanto as peças de rua é só chegar e curtir. A noite fecha as 21h30, com uma palestra da diretora e atriz Maura Baiocchi, no próprio Theatro Carlos Gomes. Agendem-se e bom espetáculo! Abaixo, as informações constantes que tanto interessam a todos!
Local: Pça. Costa Pereira
Horário: 11h Duração: 1h30
Direção: Coletiva
Grupo Maria Cutia, Teatro Terceira Margem e Artistas Convidados
Classificação: Livre
Sinopse
Pot Pourrí Cômico é o encontro inusitado e divertido de vários palhaços com suas músicas, cenas e entreatos cômicos. Inspirada nos roteiros de circo e nos shows de variedades, esta apresentação reúne elementos do circo-teatro, da música e da dança. O público aprecia, interage e completa o roteiro que é sempre aberto aos acontecimentos presentes.
A convocatória do público e a abertura do espetáculo serão feitas pela Fanfalhaça, uma fanfarra de palhaços e palhaças. Nos entreatos, a Banda Maracutaia interpreta a trilha sonora ao vivo, com vinhetas e canções autorais. Um momento de encontro, riso e festa – aberto a participação do gentil e amável público.
Ficha Técnica
Fanfalhaça: Teatro Terceira Margem
Banda Maracutaia: Grupo Maria Cutia
Artistas Convidados
Criação coletiva
Dramaturgia: Cristiano Pena
Peça: O Pastelão e A Torta / ES
Local: Rua das Palmeiras - Itararé
Horário: 19h30 Duração: 50min
Direção: Companhia Folgazões de Artes Cênicas
Classificação: Livre
Sinopse
A farsa O Pastelão e A Torta foi escrita na Idade Média por autor desconhecido. Já foi montada e encenada por diversos grupos de teatro em todo o mundo e até hoje diverte as plateias. O enredo narra as aventuras e desventuras de dois mendigos, Julião e Balandrot, em busca de um suculento pastel e de uma apetitosa torta que são vistos na janela de um casal de pasteleiros, Joaquim e Marieta. Esteticamente, o espetáculo é fruto de uma fusão de várias linguagens que estão presentes no processo de pesquisa e treinamento permanente do grupo, como a comicidade, a música e o teatro de rua.
Ficha técnica
Direção, Adaptação e Produção: Companhia Folgazões
Cenário e Figurino: Companhia Folgazões
Concepção Maquiagem: Cleverson Guerrera
Preparação Vocal: Juliana Matias
Projeto Gráfico: Foca Magalhães
Fotos de divulgação: Rafael Resende
Peça: Paredes Revisitadas / MS
Dia: 15 de Outubro / Sexta-feira
Horário: 20h Duração: 50min
Direção: Vitor Hugo Samúdio
Público: 150 pessoas
Classificação: 14 anos
Sinopse
Paredes revisitadas é um questionamento da condição humana, suas crenças e ações. É o que questiona o ponto em que o outro deixa de ser importante e passa a ser negligente e repugnante. É o drama que mais claramente mostra a linha tênue que existe entre o ato bom e o ato mau dos seres humanos.
Na peça, Garcia, um literato, Inês, uma funcionária pública e lésbica e Estela, que tem um complexo de aceitação e usa seu corpo em diversas situações, são levados até uma sala fechada e terão que permanecer para sempre ali, enclausurados, condenados a uma vida sem interrupção. Eles têm somente a companhia um do outro e começam a convivência eterna e crucial.
A consciência de cada um se esbarra no muro do outro. Inês se sente atraída por Estela, que se sente atraída por Garcia, que tenta se esquivar até o momento em que revela que não poder amar Estela, porque a conhece demais. Então Estela, movida por seu complexo, traz para Garcia a questão do desejo. Nos primeiros instantes do drama eles ainda mantêm relação com o mundo terreno, ouvindo colegas, mulheres, maridos, etc. Até que são desligados por completo dessas vozes e imagens. Assim, passam a depender da aceitação dos companheiros, sentimento que mistura ternura e ódio.
Ficha Técnica
Da obra de Jean-Paul Sartre, com livre adaptação de Vitor Hugo Samudio
Elenco: Gláucia Pires, Bruno Moser e Patrícia de Andrade
Preparação do elenco: Jair Damasceno
Peça: DAN – Devir Ancestral / SP
Local: Theatro Carlos Gomes
Horário: 21h Duração: 1h20
Direção: Maura Baiocchi
Taanteatro Companhia
Público: 290 pessoas
Classificação: 14 anos
Sinopse
DAN é um espetáculo de Maura Baiocchi e inaugura o ciclo Ecoperformances da Taanteatro Companhia. Aborda as tensões entre corpo mestiço, meio-ambiente e a rica paisagem do bioma Cerrado. Realização multimídia que une dança, foto e vídeo-environmentperformance, foto-animação, instalação cênica, música original e poesia.
“Ao unir minha herança involuntária (indígena, africana, europeia e asiática) com a herança voluntária de afinidades eletivas adquiridas ao longo de minha errância criativa, enceno um devir corpóreo que embaralha a noção do Eu no tempo e no espaço. Eco, do grego 'oikos significa casa, o lugar onde se vive. A partir da compreensão do corpo como uma extensão do mundo (e vice-versa), morador e casa, corpo e planeta, se confundem. As constantes agressões à vida animal, vegetal e mineral provocam a decadência e a morte dos corpos e das culturas. Diante da necessidade de ações eco-éticas que visam a uma interação cuidadosa com todas as formas de existência, a ecoperformance DAN ou Devir Ancestral é a maneira atual de posicionar-me politicamente por meios artísticos”, Maura Baiocchi.
Ficha Técnica
Concepção, direção, coreografia, texto e atuação: Maura Baiocchi
Música original e remix: Cláudio Vinícius Fialho e Conrado Silva
Iluminação: Rodrigo Garcia
Fotos de cena: Randal Andrade, Inês Correa
Figurino: Laura Roque, Maura Baiocchi
Maquiagem: Maura Baiocchi
Direção técnica: Rodrigo Garcia, Wolfgang Pannek
Preparação Vocal: Ligiana Costa
Consultor para temas ambientais: Jaime Gesisky
Cooperação com pesquisa ambiental: Ricardo B. Machado (Depto de Zoologia, UNB), Ludmila Moura de Souza Aguiar (Depto de Zoologia, UNB), Mercedes Bustamante (Depto. de Engenheiro Florestal, UNB), Mário Barroso (WWF Brasil), Manuela Carneiro da Cunha (Chicago University), Walter Neves (Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências da USP), Gustavo Santos (Agência Nacional de Águas)
Coordenação de projeto e produção: Wolfgang Pannek
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