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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Espetáculo " A Culpa foi Dela" este fim de semana no Teatro Campaneli



O espetáculo A Culpa foi Dela exibe uma seqüência de cenas inspiradas na dramaturgia mundial desde 500 a.C. até os dias atuais. Nomes como Aristófanes, Goldoni, Molière e Robert Anderson surgem para evidenciar que nada parece ter mudado quando o assunto se refere aos embates entre os sexos opostos.

Ficha Técnica:

Direção e roteiro: Gilson Sarmento

Elenco: Ângelo Jantorno, Anderson Baptista, Eduardo Craveiro de Sá, Fabrício Duarte Vale, Lívia Debona, Mariana Brandão Simões, Rosangela Barroso e Vera Rocha.



O Grupo de Teatro Estrada vem de uma trajetória voltada para clássicos brasileiros, estrangeiros e espetáculos infantis.
A Culpa foi Dela é a quarta produção do grupo em sua nova estrutura que teve início com o espetáculo “A Lição” de Eugène Ionesco e com os espetáculos “Senhor Rei, Dona Rainha” e “Frutos do Paraíso”.



Serviço: 

DIAS: 26 e 27 de junho
03 e 04 de julho

HORÁRIO: 20h

LOCAL:  Teatro Campaneli

ENTRADAS:  R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)

Informações: 9949-8432










terça-feira, 22 de junho de 2010

Espetáculo de dança "Simbolein": escrita e gestualidade afro em cena

    Simbolein  da Cia. ENKI de Dança será exibido esta semana na Escola de Teatro e Dança Fafi. Na verdade o espetáculo estreou no ano de 2009 com o Prêmio Klauss Vianna de Dança com interpretação do coreógrafo e dançarino Paulo Fernandes e de Jurandi Gusmão. Este ano volta com o incentivo da FUNARTE e com pré-lançamento gratuito. Abaixo o release do espetáculo e um pouco sobre  a Cia. que completa quase uma década de trabalho voltado para a pesquisa de dança contemporânea em função de uma estética afro.      

Simbolein















A inspiração coreográfica das cenas do espetáculo Simbolein (do grego, significa: juntar, agregar, unir) surge da observação das formas complexas que compõem um dos vários alfabetos da extensa África, denominado de Ge’ ez. Sua história remonta 2.000 anos antes da Era Cristã, sendo uma das línguas mais antigas e a que mais preservou sua particularidade de permanecer  viva até os dias de hoje.
Sua expressão escrita nos revela, além da forma estética, um forte sentido simbólico, conceitual e filosófico que se assimila com os movimentos, criando uma escrita entre a geometria e os gestos.
Esses códigos, criam uma espécie de arquitetura que permeia entre  o corpo e os símbolos, como uma gramática de gestualidades e o seu sentido no espaço, propõem uma inserção que afirma  a presença existencial, dentro de uma atemporalidade.


Cia Enki de Dança Primitiva Contemporânea 


Nos meados de 1977, o atual diretor e fundador da Cia. Enki de Dança Primitiva Contemporânea, Paulo Fernandes, ingressa na vida cultural de Vitória e a partir dessa experiência artística, atuou em varias áreas das artes cênicas, bem como no teatro, fotografia, vídeo, cinema. Na dança, atua como coreógrafo, figurinista e pesquisador musical. Seu trabalho na surgi com propósito de buscar reflexões sobre as questões étnico-raciais, tendo como ferramenta a linguagem do corpo, usufruindo de técnicas da dança e do teatro, trazendo a força ancestral africana e a irreverência, conforme citação do critico de arte francês Gilbert Chaudanne que diz: “ Como se houvesse uma interiorização do corpo, uma espécie de abertura para o interior desse corpo de carne, onde reside um outro corpo- talvez , o corpo sem órgãos de Antonin Artaud - mas, sem dúvida- um corpo que sabe desatar nós.....”. 


      A sua abordagem cênica carrega uma densidade silenciosa aquém do pós–modernismo, do entretenimento, do homem oco. O diretor é autodidata e desenvolveu uma metodologia própria e ímpar, sendo um dos reminiscentes da dança afro-contemporânea no ES. Fundada em 2001, a Cia. Enki é uma associação civil de caráter sócio-artístico, educacional e cultural, sem fins lucrativos, que surgi com o propósito de desenvolver um estudo que abranja a história da humanidade e suas relações com a antropologia do corpo, bem como a etnologia,a lingüística e os costumes idiossincráticos. 


Serviço:

Espetáculo: Simbolein
Direção: Paulo Fernandes
Dia: 25, 26 e 27/06/2010
Horário: 19:30
Local: Escola de Teatro e Dança Fafi
Entrada Franca



segunda-feira, 21 de junho de 2010

Inscrições abertas para Oficina do Palco Giratório na Fafi

  Contemplando a estrutura proposta pelo Palco Giratório no sentido de difundir as artes cênicas e promover a troca de experiência entre os artistas  locais e as cias. do circuito nacional é que  estão abertas as inscrições para a oficina Jogo de Cena: técnicas para o trabalho do Ator. As inscrições podem ser feitas na Escola de Teatro e  Dança Fafi, local onde também será realizada no dia 02/07 das 09:00 às 18:00h.

Oficina
JOGO DE CENA: técnicas para o trabalho do Ator

A Oficina será ministrada pelos atores do Núcleo Bacatá de Teatro (RJ), onde serão abordadas diversas técnicas de atuação, e trabalhados segmentos no que se refere ao “Jogo do ator”.
Com duração de 8 horas a oficina oferecerá uma experiência teatral que inclui:


  • Exercícios de conscientização e investigação corporal para um “corpo presente” em cena.
  • Prática da abordagem da cena de modo livre e criativo, por meio da disponibilidade física, atenção e imaginação do ator, através de jogos e improvisações.
  • Trabalho com o texto desconstruindo a palavra e a frase, reconstruindo-o para um entendimento maior de sua forma e conteúdo, bem como, a elaboração de subtextos em contextos definidos.
  • Conhecimento dos fundamentos e a prática da linguagem narrativa.
  • Leitura e transposição para o palco de trechos de textos clássicos e contemporâneos.
  
Serviço:

Local: Escola de Teatro e Dança FAFI
Data: 02/07/2010  
Horário: 09:00 às 18:00
Público alvo: Atores e estudantes de teatro
Quantidade de vagas: 25
Período de inscrições: 16/06/10 à 26/06/10
Inscrições:  FAFI ou  e-mail cultura@sesc.es.com.br
Resultado da seleção: 29/06/10 na Escola de Teatro e Dança FAFI

Obs.: Casa haja Jogo do Brasil (Copa do Mundo 2010) no dia 02/07/10, a Oficina sofrerá alteração no horário, podendo se estender até o dia 03/07 (sábado).

Realização: SESC/ES
Apoio cultural: Escola de Teatro e Dança FAFI / Prefeitura Municipal de Vitória

 

Espetáculos do Palco Giratório no Theatro Carlos Gomes

         No inicio de julho Vitória receberá mais uma etapa do Palco Giratório 2010. Os espetáculos " Malentendido" e "Ingrid"  do Núcleo Bacatá de Teatro (RJ) terão exibição gratuita no Theatro Carlos Gomes nos dias 03 e 04/07, as 20h. A seguir o release sobre o grupo e espetáculos compartilhado por Colette Dantas.


     · Sobre o Palco Giratório:


Iniciado em 1998, através da iniciativa do Departamento Nacional do Sesc, o Palco Giratório confirma um dos papéis fundamentais da instituição, que é a transformação do panorama das políticas de difusão, descentralização e intercâmbio das artes cênicas. O projeto promove a troca de metodologias de trabalho entre os grupos visitantes e locais, criando maiores oportunidades para os artistas. Esse projeto cultural intensifica o processo de educação dos sentidos dos espectadores brasileiros.
O Palco Giratório se transformou em uma das ações culturais mais importantes do país, pois permite o acesso a produções teatrais de qualidade. Com uma programação múltipla, leva diversos espetáculos a capitais e cidades do interior de todo o Brasil.

    
PALCO GIRATÓRIO 2010

 Sobre o Núcleo Bacatá de Teatro

Desde 2007 o Núcleo tem aproximado um grupo de artistas e técnicos de diferentes companhias, que inicialmente se reuniram para discutir e levar ao palco temas relacionados com a questão da identidade. O primeiro espetáculo foi “Sonhos, Amores e Bufões”, com direção de Helena Varvaki, selecionado no Edital da Caixa Cultural; o segundo “Ingrid”, selecionado no edital do FATE , da Prefeitura do Rio de Janeiro,em 2008; e o terceiro “Malentendido”, que estreou no Espaço SESC em 2009; estes últimos com direção de Marco André Nunes. Apostando na diversidade e nas experiências de cada um dos integrantes, o Núcleo pretende continuar pesquisando novas possibilidades de investigação cênica e temática, valorizando a importância da formação de novos artistas e ministrando oficinas e realizando debates sobre as proposições encenadas. Seus membros pertencem a diversas companhias, entre elas, Aquela Companhia, Cutelaria de Teatro, Núcleo Carioca de Teatro e Núcleo Informal de Teatro. Quanto a Cenografia e Figurinos, Marcelo Marques participa desde o primeiro espetáculo, e no que se refere a Iluminação, Direção de Movimento e Direção Musical; Renato Machado, Nívea Magno e Diogo Ahmed tem acompanhado o Núcleo desde a realização de Ingrid. A Produção, desde 2007, tem ficado a cargo de Sérgio Saboya e Sílvio Batistella.


RELEASE MALENTENDIDO

Depois de viver 20 anos num país estrangeiro um homem volta a seu país de origem à procura de sua identidade. Sua mãe e sua irmã não o reconhecem, e em conseqüência de um mal-entendido é assassinado.
Tragédia moderna escrita em 1943 durante a segunda guerra mundial, “O Malentendido” é uma das peças mais célebres de Albert Camus - ganhador do Prêmio Nobel de literatura.
A encenação da peça “O Malentendido” tem ressonância no Brasil de hoje porque discute uma temática de vital importância para a sociedade atual, que aborda a necessidade do fortalecimento da nossa identidade, da comunicação e da não violência.
A dramaturgia está apoiada na complexidade, ambigüidade e riqueza da condição humana. Os personagens refletem uma sociedade niilista, onde se sentem alienados, sem perspectiva, numa situação limite transitando por um cenário minado por zonas escuras onde o essencial não é dito.
A peça foi escrita nas montanhas da França ocupada pelo terceiro Reich. “A vida é um Malentendido”. É trágica.
Camus tem razão ao buscar o estranho da fala trágica para relatar o horror e os dilemas metafísicos de seu tempo.
Mas que não haja engano, a obra da Camus aprofunda questões existenciais na mesma medida que propõe caminhos. Celebra a vida e o homem em suas melhores possibilidades.
Aqui mesmo "basta encontrar as palavras certas" e falar, ouvir.
“Pois se há pecado contra a vida, talvez não seja tanto desesperar quanto esperar outra vida, e furtar-se à implacável grandeza desta.”


FICHA TÉCNICA MALENTENDIDO

Texto: Albert Camus
Direção: Marco André Nunes
Co-direção: Pedro Kosovsky
Elenco: Alexandre Dantas, Carolina Virguez, Ludmila Wischansky, Maria Esmeralda Forte e Pedro Farah
Cenário e Figurinos : Marcelo Marques
Luz: Renato Machado
Direção Musical: Diogo Ahmed
Produção: Galharufa Produções Culturais


 RELEASE INGRID



Ingrid Betancourt nasceu em 1961 na Colômbia. Passou parte de sua juventude na França, onde estudou Ciências Políticas. Retorna a seu país e inicia uma carreira política baseada na luta contra o tráfico de drogas e a corrupção. Foi eleita deputada, e a seguir senadora com a maior votação do país. Escreveu o livro “Coração Enfurecido”, proibido de ser publicado em seu país porque continha revelações polêmicas, além de críticas e acusações contra o presidente de então. Fundou o Partido Verde Oxigênio. No ano de 2001 candidatou-se à Presidência da República. Em fevereiro de 2002, três meses antes das eleições presidenciais, foi seqüestrada pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e permaneceu nas selvas colombianas por seis anos e meio. Nesse período a única notícia que tinha de sua família as recebia através do programa de rádio “As Vozes do Seqüestro”, de Herbin Hoyos (ex-sequestrado), que leva mensagens de alento aos seqüestrados. Ingrid Betancourt, símbolo dos seqüestrados da Colômbia, foi libertada em 02 de julho de 2008, num operativo de inteligência militar do governo colombiano, junto com mais 14 reféns.
A partir da experiência vivida em cativeiro pela ex-candidata à presidência da república da Colômbia Ingrid Betancourt, o espetáculo propõe uma reflexão sobre o problema do seqüestro na Colômbia, suas seqüelas na sociedade e nos indivíduos privados de liberdade, cujos direitos humanos são violados.
Constituída por cenas fragmentadas, não cronológicas, a dramaturgia faz um ponto de interseção entre o “personagem” em questão e a historia da própria atriz configurando-se em cena um personagem vértice. A justaposição apresentada é o ponto de partida para discutir não só questões identitárias, mas também a complexidade da situação emergencial vivida pelos quase 3000 seqüestrados que estão em cativeiro na Colômbia. A abordagem da temática extremamente atual e a construção cênico-dramatúrgica conferem ao espetáculo uma aproximação do gênero documental.
A encenação apresenta um recorte do cativeiro numa dramaturgia cênica apoiada em pequenas estruturas onde as imagens constroem uma narrativa sensorial e poética. O espetáculo traz o aspecto cíclico da espera constituído pela repetição de células cênicas que traduzem o cotidiano desolador vivido por milhares de seqüestrados que se mantêm vivos graças às notícias enviadas pelos seus familiares através do programa “As Vozes do cativeiro” transmitido nas madrugadas de sábado.


FICHA TÉCNICA INGRID

Direção: Marco André Nunes
Dramaturgia: Fidelys Fraga
Atriz: Carolina Virgüez
Direção de movimento: Nívea Magno
Cenário e figurino: Marcelo Marques
Luz: Renato Machado
Direção Musical: Diogo Ahmed
Instrumentistas: Mateus Ceccato (violoncelo) e Paulo Passos (clarineta e clarone)
Locução: Álvaro Pilares, Cássio Pandolfi, Jorge Paredes e Rocio Salazar
Produção:Sérgio Saboya, Silvio Batistela
Música originalmente composta: Diogo Ahmed
Projeto idealizado por Carolina Virgüez



serviço: 


Local: Theatro Carlos Gomes
Horário: 20 h
Dia 03/07/10 (sábado): Espetáculo Malentendido
Dia 04/07/10 (domingo): Espetáculo Ingrid
Classificação etária/ tempo de duração:
Malentendido – 16 anos – 70 min
Ingrid – 14 anos – 60 min

Apoio cultural:  
Governo do Estado do ES / Secretaria de Estado da Cultura
Escola de Teatro e Dança FAFI/ Secretaria de Municipal de Cultural/ PMV

Realização: SESC/ES

Entrada Franca
(Ingressos distribuídos a partir das 19h na bilheteria do Teatro)




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sábado, 19 de junho de 2010

Barão em Foco: História do teatro do Brasil

Quando queremos fazer um texto com algo que nos interessa, buscamos fontes, pois em geral elas trazem informações bem interessantes, como a que eu encontrei no blog Barão em Foco sobre a História do Teatro Brasileiro. Lógico que, como eu, o blog tem suas fontes, que foram muito boas, mas o importante foi a montagem feita por eles para o texto. As fontes foram Encena e Uniso, e agora eu disponibilizo aqui para vocês:

montagem4O teatro brasileiro surgiu quando Portugal começou a fazer do Brasil sua colônia (Século XVI). Os Jesuítas, com o intuito de catequizar os índios, trouxeram não só a nova religião católica, mas também uma cultura diferente, em que se incluía a literatura e o teatro. Aliada aos rituais festivos e danças indígenas, a primeira forma de teatro que os brasileiros conheceram foi a dos portugueses, que tinha um caráter pedagógico baseado na Bíblia. Nessa época, o maior responsável pelo ensinamento do teatro, bem como pela autoria das peças, foi Padre Anchieta.

O teatro realmente nacional só veio se estabilizar em meados do século XIX, quando o Romantismo teve seu início. Martins Pena foi um dos responsáveis pôr isso, através de suas comédias de costumes. Outros nomes de destaque da época foram: o dramaturgo Artur Azevedo, o ator e empresário teatral João Caetano e, na literatura, o escritor Machado de Assis
Fonte: encena

Teatro dos jesuítas - Século XVI

Nos primeiros anos da colonização, os padres da chamada Companhia de Jesus (Jesuítas), que vieram para o Brasil, tinham como principal objetivo a catequese dos índios. Eles encontraram nas tribos brasileiras uma inclinação natural para a música, a dança e a oratória. Ou seja: tendências positivas para o desenvolvimento do teatro, que passou a ser usado como instrumento de "civilização" e de educação religiosa, além de diversão. O teatro, pelo "fascínio" da imagem representativa, era muito mais eficaz do que um sermão, pôr exemplo.

As primeiras peças foram, então, escritas pelos Jesuítas, que se utilizavam de elementos da cultura indígena (a começar pelo caráter de "sagrado" que o índio já tinha absorvido em sua cultura), até porque era preciso "tocar" o índio, falando de coisas que ele conhecia. Misturados a esses elementos, estavam os dogmas da Igreja Católica, para que o objetivo da Companhia - a catequese - não se perdesse.

As peças eram escritas em tupi, português ou espanhol (isso se deu até 1584, quando então "chegou" o latim). Nelas, os personagens eram santos, demônios, imperadores e, pôr vezes, representavam apenas simbolismos, como o Amor ou o Temor a Deus. Com a catequese, o teatro acabou se tornando matéria obrigatória para os estudantes da área de Humanas, nos colégios da Companhia de Jesus. No entanto, os personagens femininos eram proibidos (com exceção das Santas), para se evitar uma certa "empolgação" nos jovens.

Os atores, nessa época, eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas praças e nos colégios. No que diz respeito aos autores, o nome

de mais destaque da época é o de Padre Anchieta . É dele a autoria de Auto de Pregação Universal, escrito entre 1567 e 1570, e representado em diversos locais do Brasil, pôr vários anos.

Outro auto de Anchieta é Na festa de São Loureço, também conhecido como Mistério de Jesus. Os autos sacramentais, que continham caráter dramático, eram preferidos às comédias e tragédias, porque eram neles que estavam impregnadas as características da catequese. Eles tinham sempre um fundo religioso, moral e didático, e eram repletos de personagens alegóricos.

Além dos autos, outros "estilos teatrais" introduzidos pelos Jesuítas foram o presépio, que passou a ser incorporado nas festas folclóricas, e os pastoris.
Fonte: encena

Século - XVII

No século XVII, as representações de peças escritas pelos Jesuítas - pelo menos aquelas com a clara finalidade de catequese- começaram a ficar cada vez mais escassas. Este período, em que a obra missionária já estava praticamente consolidada, é inclusive chamado de Declínio do Teatro dos Jesuítas. No entanto, outros tipos de atividades teatrais também eram escassos, pôr conta deste século constituir um tempo de crise. As encenações existiam, fossem elas prejudicadas ou inspiradas pelas lutas da época (como pôr exemplo, as lutas contra os holandeses). Mas dependiam de ocasiões como festas religiosas ou cívicas para que fossem realizadas.

Das peças encenadas na época, podemos destacar as comédias apresentadas nos eventos de aclamação a D. João IV, em 1641, e as encenações promovidas pelos franciscanos do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, com a finalidade de distrair a comunidade. Também se realizaram representações teatrais pôr conta das festas de instalação da província franciscana da Imaculada Conceição, em 1678, no Rio.

O que podemos notar neste século é a repercussão do teatro espanhol em nosso país, e a existência de um nome - ligado ao teatro - de destaque: Manuel Botelho de Oliveira (Bahia, 1636-1711). Ele foi o primeiro poeta brasileiro a ter suas obras publicadas, tendo escrito duas comédias em espanhol (Hay amigo para amigo e Amor, Engaños y Celos).

Conheça algumas peças representadas no século XVII
Fonte: encena

Século - XVIII

Foi somente na segunda metade do século XVIII que as peças teatrais passaram a ser apresentadas com uma certa freqüência. Palcos (tablados) montados em praças públicas eram os locais das representações. Assim como as igrejas e, pôr vezes, o palácio de um ou outro governante. Nessa época, era forte a característica educacional do teatro. E uma atividade tão instrutiva acabou pôr merecer ser presenteada com locais fixos para as peças: as chamadas Casas da Ópera ou Casas da Comédia, que começaram a se espalhar pelo país.

Em seguida à fixação dos locais "de teatro", e em conseqüência disso, surgiram as primeiras companhias teatrais. Os atores eram contratados para fazer um determinado número de apresentações nas Casas da Ópera, durante todo o ano, ou apenas pôr alguns meses. Sendo assim, com os locais e elencos fixos, a atividade teatral do século XVIII começou a ser mais contínua o que em épocas anteriores. No século XVIII e início do XIX, os atores eram pessoas das classes mais baixas, em sua maioria mulatos. Havia um preconceito contra a atividade, chegando inclusive a ser proibida a participação de mulheres nos elencos. Dessa forma, eram os próprios homens que representavam os papéis femininos, passando a ser chamados de "travestis". Mesmo quando a presença de atrizes já havia sido "liberada", a má fama da classe de artistas, bem como a reclusão das mulheres na sociedade da época, as afastava dos palcos.

Quanto ao repertório, destaca-se a grande influência estrangeira no teatro brasileiro dessa época. Dentre nomes mais citados estavam os de Molière, Voltaire, Maffei, Goldoni e Metastásio. Apesar da maior influência estrangeira, alguns nomes nacionais também merecem ser lembrados. São eles: Luís Alves Pinto, que escreveu a comédia em verso Amor Mal Correspondido, Alexandre de Gusmão, que traduziu a comédia francesa O Marido Confundido, Cláudio Manuel da Costa, que escreveu O Parnaso Obsequioso e outros poemas representados em todo o país, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, autor do drama Enéias no Lácio.
Fonte: Encena

Século XIX Transição para o tetro nacional

A vinda da família real para o Brasil, em 1808, trouxe uma série de melhorias para o Brasil. Uma delas foi direcionada ao teatro. D. João VI, no decreto de 28 de maio de 1810, reconhecia a necessidade da construção de "teatros decentes".

Na verdade, o decreto representou um estímulo para a inauguração de vários teatros. As companhias teatrais, pôr vezes de canto e/ou dança (bailado), passaram a tomar conta dos teatros, trazendo com elas um público cada vez maior. A primeira delas, realmente brasileira, estreou em 1833, em Niterói, dirigida pôr João Caetano, com o drama O Príncipe Amante da Liberdade ou A Independência da Escócia. Uma conseqüência da estabilidade que iam ganhando as companhias dramáticas foi o crescimento, paralelo, do amadorismo.

A agitação que antecipou a Independência do Brasil foi refletida no teatro. As platéias eram muito agressivas, aproveitavam as encenações para promover manifestações, com direito a gritos que exaltavam a República. No entanto, toda esta "bagunça" representou uma preparação do espírito das pessoas, e também do teatro, para a existência de uma nação livre. Eram os primórdios da fundação do teatro - e de uma vida - realmente nacional. Até porque, em conseqüência do nacionalismo exacerbado do público, os atores estrangeiros começaram a ser substituídos pôr nacionais.

Ao contrário desse quadro, o respeito tomava conta do público quando D.Pedro estava presente no teatro ( fato que acontecia em épocas e lugares que viviam condições "normais", isto é, onde e quando não havia este tipo de manifestação). Nestas ocasiões, era mais interessante se admirar os espectadores - principalmente as senhoras ricamente vestidas - do que os atores. Além do luxo, podia se notar o preconceito contra os negros, que não compareciam aos teatros. Já os atores eram quase todos mulatos, mas cobriam os rostos com maquiagem branca e vermelha.
Fonte: encena

Século -XIX
Época Romântica

Desde a Independência, em 1822, um exacerbado sentimento nacionalista tomou conta das nossas manifestações culturais. Este espírito nacionalista também atingiu o teatro. No entanto, a literatura dramática brasileira ainda era incipiente e dependia de iniciativas isoladas. Muitas peças, a partir de 1838, foram influenciadas pelo Romantismo, movimento literário em voga na época. O romancista Joaquim Manuel de Macedo destacou alguns mitos do nascente sentimento de nacionalidade da época: o mito da grandeza territorial do Brasil, da opulência da natureza do país, da igualdade de todos os brasileiros, da hospitalidade do povo, entre outros. Estes mitos nortearam, em grande parte, os artistas românticos desse período.

A tragédia Antônio José ou O poeta e a inquisição escrita pôr Gonçalves de Magalhães (1811-1882) e levada à cena pôr João Caetano (1808-1863), a 13 de março de 1838, no teatro Constitucional Fluminense, foi o primeiro passo para a implantação de um teatro considerado brasileiro.

No mesmo ano, a 4 de outubro, foi representada pela primeira vez a comédia O juiz de paz da roça, de Martins Pena (1815-1848), também no teatro Constitucional Fluminense pela mesma companhia de João Caetano. A peça foi o pontapé inicial para a consolidação da comédia de costumes como gênero preferido do público. As peças de Martins Pena estavam integradas ao Romantismo, portanto, eram bem recebidas pelo público, cansado do formalismo clássico anterior. O autor é considerado o verdadeiro fundador do teatro nacional, pela quantidade - em quase dez anos, escreveu 28 peças - e qualidade de sua produção. Sua obra, pela grande popularidade que atingiu, foi muito importante para a consolidação do teatro no Brasil.
Fonte: Encena

Época Realista Metade o Século- XIX

Realismo na dramaturgia nacional pode ser subdividido em dois períodos: o primeiro, de 1855 - quando o empresário Joaquim Heliodoro monta sua companhia - até 1884 com a representação de O mandarim, de Artur Azevedo, que consolida o gênero revista e os dramas de casaca. O segundo período vai de 1884 aos primeiros anos do século XX, quando a opereta e a revista são os gêneros preferidos do público.

Essa primeira fase não se completa em um teatro naturalista. À exceção de uma ou outra tentativa, a literatura dramática não acompanhou o naturalismo pôr conta da preferência do público pelo "vaudeville", a revista e a paródia.

A renovação do teatro brasileiro, com a consolidação da comédia como gênero preferido do público, iniciou-se quando Joaquim Heliodoro Gomes dos Santos montou seu teatro, o Ginásio Dramático, em 1855. Esse novo espaço tinha como ensaiador e diretor de cena o francês Emílio Doux que trouxe as peças mais modernas da França da época.

O realismo importado da França introduziu a temática social, ou seja, as questões sociais mais relevantes do momento eram discutidas nos dramas de casaca. Era o teatro da tese social e da análise psicológica.

Nome de grande importância para o teatro dessa fase é o do dramaturgo Artur Azevedo (1855-1908). Segundo J. Galante de Souza ( O Teatro no Brasil, vol.1), Artur Azevedo "foi mais aplaudido nas suas bambochatas, nas suas revistas, escritas sem preocupação artística, do que quando escreveu teatro sério. O seu talento era o da improvisação, fácil, natural, mas sem fôlego para composições que exigissem amadurecimento, e para empreendimentos artísticos de larga envergadura".
Fonte: encena

O teatro no Brasil

ernando Peixoto define bem a história do teatro no Brasil e no mundo em seu livro "O que é teatro", e nos traz referências de datas que ajudam entender sua trajetória no decorrer dos séculos.

A história do teatro brasileiro dramático surgiu em 1564, coincidentemente com a data de nascimento de Willian Shakespeare, quando foi encenado o Auto de Santiago pôr missionários jesuítas, na Bahia.

No Brasil o teatro surge como instrumento pedagógico. Eram Autos utilizados para a catequização dos índios, os quais o padre Manuel da Nóbrega encomendava-os ao padre José de Anchieta.

Já no século XIX (mais ou menos 1838), o teatro fica marcado pela tragédia romântica de Gonçalves Magalhães com a peça: "O Poeta e a Inquisição" e também Martins Pena com "O juiz de paz na roça". Martins Pena com toda sua simplicidade para escrever, porém justa eficácia para descrever o painel da época, teve seguidores "clássicos" de seus trabalhos, como Joaquim Manoel de Macedo, Machado de Assis e José de Alencar.

Foi em 1880 , em Lagos, na Nigéria que escravos brasileiros libertados deram um enorme salto no desenvolvimento do teatro, fundando a primeira companhia dramática brasileira – a Brazilian Dramatic Company .

Em 1900, o teatro deu seu grito de liberdade. Embora tenha enfrentado as mais duras crises políticas do país, conseguiu com muita luta estacar sua bandeira e marcar sua história.

De 1937 a 1945, a ditadura procura silenciar o teatro, mas a ideologia populista, através do teatro de revista, mantém-se ativa. Surgem as primeiras companhias estáveis do país, com nomes como: Procópio Ferreira, Jaime Costa, Dulcina de Moraes, Odilon Azevedo, Eva Tudor, entre outros.

Uma nova ideologia começava a surgir, juntamente com um dos maiores patrimônios do teatro brasileiro: Oswald de Andrade, que escreveu O Rei da Vela (1933), O Homem e o Cavalo (1934) e A Morta (1937), enfrentando desinibido e corajoso, a sufocante ditadura de Getúlio Vargas.

Em 1938, Paschoal Carlos Magno funda o Teatro do Estudante do Brasil. Começam surgir companhias experimentais de teatro, que estendem-se ao longo dos anos, marcando a introdução do modelo estrangeiro de teatro entre nós, consagrando então o princípio da encenação moderna no Brasil.

No ano de 1948 surge o TBC uma companhia que produzia teatro da burguesia para a burguesia, importando técnica e repertório, com tendências para o culturalismo estético. Já em 57, meio a preocupações sócio-políticas surge o Teatro de Arena de São Paulo. Relatos de jornais noticiavam que o Teatro de Arena foi a porta de entrada de muitos amadores para o teatro profissional, e que nos anos posteriores tornaram-se verdadeiras personalidades do mundo artístico.

Já em 64 com o Golpe Militar, as dificuldades aumentam para diretores e atores de teatro. A censura chega avassaladora, fazendo com que muitos artistas tenham de abandonar os palcos e exilar-se em outros países.

Restava às futuras gerações manterem vivas as raízes já fixadas, e dar um novo rumo ao mais novo estilo de teatro que estaria pôr surgir.

"...São infindáveis as tendências do teatro contemporâneo. Há uma permanência do realismo e paralelamente uma contestação do mesmo. As tendências muitas vezes são opostas, mas freqüentemente se incorporam umas as outras..." (Fernando Peixoto – O que é teatro).
Fonte: Uniso

Fonte: Barão em foco. 2010. Disponível em: <http://www.baraoemfoco.com.br/barao/portal/cultura/teatro/tatrobr.htm>. Acesso em: 19 jun. 2010.

Processo Seletivo da Escola de Teatro e Dança FAFI 2010/2

marca FAFI Tem dois anos que o blog Teatro Capixaba está em funcionamento e com a constante ajuda das gerentes da Escola de Teatro e Dança FAFI, – antes - Lilian Menenguci e – agora – Tania Regina, tenho mantido a todos informados sobre os processos seletivos que acontecem em dois tempos, um no começo e o outro na metade do ano. Tive certos problemas no começo deste ano com a publicação, mas não por conta da Tania, pelo contrário, esta foi muito atenciosa comigo e me informou rapidamente da publicação.

O Edital referente ao processo está sendo divulgado hoje (19/06/2010), no jornal A Tribuna e aqui no blog, e todos os interessados nas oficinas de dança e teatro deverão comparecer na instituição nos dias 24, 25 e 26 de junho de 2010 (quinta-feira, sexta-feira e sábado), nos horários de 09h00 as 18h00 (quinta e sexta-feira) e 08h00 as 12h00 (sábado), munidos de Cópia de Certidão de Nascimento ou de Documento de Identidade e Cópia do Comprovante de Escolaridade.

São 14 cursos, sendo 08 de dança e 06 de teatro, que terão inicio de aulas no período de 07/08/2010 (sábado) a 13/08/2010 (sexta-feira). Abaixo seguem todas as informações àqueles que estiverem interessados em participar. Desejo-lhes boa sorte!

BrasaoVitoria PREFEITURA DE VITÓRIA
SECRETARIA DE CULTURA

ESCOLA DE TEATRO E DANÇA FAFI

PROCESSO SELETIVO 2010/2

OFICINAS DE TEATRO E DANÇA

Inscrições: 24, 25, 26 de Junho de 2010
Horário: 5ª e 6ª das 09 às 18horas

Sábado: das 08 às 12 horas

Local:  Escola de Teatro e Dança FAFI

Informações: 3381  6922/ 3381 6924

Documentação necessária para inscrição

Cópia da certidão de nascimento ou carteira de identidade

Cópia de comprovante de escolaridade

OFICINAS NA ÁREA DE DANÇA

1) Dança Contemporânea

Carga horária total: 40 horas

Nº vagas: 15 vagas

Aulas: 3ª feira

Horário: 19h30 às 20h30

Pré-requisito – A partir de 15 anos

                         Coordenação Motora e Rítmica

                         Noção Espacial                      

Data da seleção: 06/07

Horário da seleção: 18h00  

Prova Prática: Comparecer com roupa de malha confortável e cabelos presos com coque ou rabo de cavalo

Resultado: 20/07

Início das aulas: 09/08

2) Dança Afro Brasileira

Carga horária total: 40 horas

Nº vagas: 20 vagas

Aulas: Sábado

Horário: 10h00 às 12h00

Pré-requisito – A partir de 15 anos

                         Coordenação Motora e Rítmica

                         Noção Espacial                      

Data da seleção: 03/07

Horário da seleção: 09h00  

Prova Prática: Comparecer com roupa de malha confortável e cabelos presos com coque ou rabo de cavalo

Resultado: 20/07

Início das aulas: 07/08

3) Oficina de Dança Flamenca

Carga horária total: 40 horas

Nº vagas: 20 vagas

Aulas: 3ª feira – Iniciante e 5ª feira - Avançado

Horário: 18h00 às 19h30

Pré-requisito: A partir de 15 anos

                        Coordenação motora e rítmica

                        Noção espacial

                        Aptidão Física

Data da seleção: 13/07

Horário da seleção: 18h00  

Prova Prática: Comparecer com bermuda e camiseta de malha e cabelos  bem presos com coque ou rabo de cavalo.

Resultado: 20/07

Início das aulas: 24/02*

4) Oficina de Dança de Salão

Carga horária total: 40 horas

Nº vagas: 20 vagas por turma (3 turmas) 10 vagas para homens e 10 vagas para mulheres

Aulas: Sábado

Horário: 08h às 09h20 – Turma A

09h30 às 10h50 – Turma B

11h00 às 12h20 – Turma C

Pré-requisito: A partir de 15 anos

                        Coordenação motora e rítmica

                        Noção espacial          

Seleção: Por ordem de inscrição

Resultado: 20/07

Início das aulas: 07/08

5) Oficina: História do Teatro e da Dança

Carga horária total: 40 horas

Nº vagas: 20 vagas

Aulas: 4ª feira

Horário: 18h30 às 19h30

Pré-requisito: A partir de 16 anos

Seleção: currículo e entrevista

Resultado: 20/7

Início das aulas: 11/08

6) Oficina: Expressão Corporal e Oral para Atores

Carga horária total: 40 horas

Nº vagas: 20 vagas

Aulas: 4ª feira

Horário: 20h00 às 21h30

Pré-requisito: A partir de 16 anos e que já tenha iniciação em teatro (amador ou profissional)

Seleção: currículo e entrevista

Resultado: 20/7

Início das aulas: 11/08

7) Balezinho - Oficina de Dança Clássica

Carga horária total: 40 horas

Nº vagas: 10 vagas

Aulas: 6ª feira

Horário: 09h00 às 11h00

Pré-requisito: 7 anos

                        Coordenação motora e rítmica

                        Noção espacial

                        Aptidão Física

Data da seleção: 02/07

Horário da seleção: 08h00  

Prova Prática: Comparecer com bermuda e camiseta de malha e cabelos  bem presos com coque ou rabo de cavalo.

Resultado: 20/07

Início das aulas: 13/08

8) Oficina de Iniciação Musical

Carga horária: 30 horas

Nº de vagas: 15

Aulas: 6ª feira

Horário das aulas: 14h00 às 16h00

Pré-requisito: Idade de 07 a 10 anos

Seleção: Por análise de currículo

Resultado: 20/07

Início das aulas: 13/8

OFICINAS NA ÁREA DE TEATRO

1) Jogos Dramáticos

Descrição: Ensino do teatro através de jogos dramáticos que são instrumento de estímulo de expressão, criatividade, gestos e sensibilidade.

Carga horária: 40 horas

Nº de vagas: 30

Aulas: sábado

Horário das aulas: Turma A - 08h00 às 10h00 - (9 a 11 anos)

Turma B – 10h00 às 12h00 – (12 a 13 anos)

Turma C – 14h00 às 16h00 – (12 a 13 anos)

Seleção: Será feita por ordem de inscrição

Resultado: 20/07

Início das aulas: 07/08

2) Iniciação Teatral

Carga horária: 40 horas

Nº de vagas: 30

Aulas: sábados

Horário das aulas: Turma A - 08h00 às 10h00 – 13 a 14 anos

Turma B – 10h00 às 12h00 – 15 a 16 anos

Turma C - 14h00 às 16h00 – A partir de 15 anos

Seleção: Turma A - dia 03/07 – 08h00

Turma B – dia 03/07 – 10h00

Turma C – dia 03/07 - 14h00

Resultado: 20/07

Início das aulas: 07/08

3) Iniciação Teatral – Preparatório

Carga horária: 60 horas

Nº de vagas: 30 por turma

Aulas: sábados

Pré requisito – A partir de 15 anos

Horário das aulas: Turma A - 08h00 às 12h00

Turma B – 13h00 às 17h00

Seleção: Turma A - dia 10/07 – 08h00

Turma B – dia 10/07 – 14h00

Resultado: 20/07

Início das aulas: 07/08

4) Danças Populares Brasileiras

Carga horária: 30 horas

Nº de vagas: 15

Aulas: 6ª feira

Horário das aulas:  18h50 às 20h20

Pré-requisito: a partir de 15 anos

Seleção: Análise de currículo

Resultado: 20/07

Início das aulas: 13/08

5) Crítica Teatral

Carga horária: 30 horas

Nº de vagas: 15

Aulas: 3ª feira

Horário das aulas:  18h50 às 20h20

Público alvo: Com experiência em teatro e/ou estudante de letras e áreas afins

Pré-requisito: a partir de 15 anos

Seleção: Por análise de currículo

Resultado: 20/07

Início das aulas: 10/08

6) Dramaturgia

Carga horária: 30 horas

Nº de vagas: 15

Aulas: 5 feiraª

Horário das aulas – 20h30 às 22h00

Público alvo: Com experiência em teatro e/ou estudante de letras e áreas afins

Pré-requisito: a partir de 15 anos

Seleção: Por análise de currículo

Resultado: 20/07

Início das aulas: 12/08

OBS.: Qualquer dúvida a ser tirada, entre em contato com a Escola de Teatro e Dança FAFI, que as pessoas estarão preparadas para saná-las.

* A data de ínicio das aulas da Oficina de Dança Flamenca, possivelmente, está errada. Caso seja necessário, entre em contato com a FAFI para confirmação desta data.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mini-Biographia: Marly

Mini_Biographia-logo Aqui eu inicio o projeto Mini-Biographia. O projeto visa contar um resumo da história dos atores, atrizes, diretores, produtores, peças e personagens que subiram aos palcos do teatro capixaba, sendo assim eu inicio este com a solteirona mais carismática do nosso cenário capixaba: Marly.

marly1A personagem Marly surgiu da mente brilhante do multimídia (ator, produtor, diretor, escritor e desenhista... UFA!) Milson Henriques em 1972, mas não exatamente com este nome. Seu primeiro nome foi Ugly (feia, em inglês), uma intelectualóide que surgiu no número zero da revista Espírito Santo Agora, mas em 18 de fevereiro de 1973, Ugly, que virou Vitorina, se tornou – graças ao editor-chefe de A Gazeta, Marien Calixte – Marly, uma “solteirona, virgem, frustrada”, nas próprias palavras de Milson Henriques, que fofocava ao telefone com sua amiga, Creuza Odete.

marly2 Sua estréia ganhou anúncio na primeira página, ao lado de O Fantasma, Pato Donald e Recruta Zero, que inauguravam a página Variedades. A personagem de Milson foi sucesso instantâneo. Durante sua vida nas tiras do jornal, Marly ganhou Sarmento, um cachorro que adorava ler livros intelectuais. Seu sucesso foi tanto, que em 10 de fevereiro de 1974, ela ganhou seu primeiro almanaque, que ficou três dias nas bancas, sendo recolhido pela Polícia Federal, sem maiores explicações.

Mas nem isso interrompeu seu crescimento, tanto que no mesmo ano, ao lado de personagens internacionais, como Mafalda, Charlie Brown, Hagar, Zé do Boné, Kid Farofa e muitos outros, Marly foi fazer parte da Revista Patota, e da revista paulistana Eureka. No ano seguinte, ela migrou, junto com seu criador, para o tablóide A Tribuna, ganhando uma página semanal, além de fazer parte do suplemente Tribuna Jovem.

marly4 Mas não foi somente nas tiras que Marly ganhou vida. Em 1990, Milson Henriques decide migrar sua personagem dos jornais e revistas para os palcos do teatro. Conhecido por várias peças teatrais, como o infantil “O Boom da Poluição”, Milson escreve a peça “Hello Creuzodete” e convida ninguém menos que o ator e diretor José Luiz Gobbi para interpretar sua solteirona nada convicta. Sob a direção conjunta de Milson e Denize Martins, a peça se torna um enorme sucesso de público, fazendo com que em 1994, o escritor desenvolvesse “Hello Creuzodete II, A Missão”, outro grande sucesso com Gobbi novamente no papel da personagem.

marly5Como Marly era um grande sucesso também entre as crianças, para quem Milson já havia feito na década de 1980 o programa “A Gazetinha”, na TV Gazeta, e desenvolvido vários livros infantis, ele escreve “Hello Creuzodete III: A Perereca da Marly”, que apesar do duplo sentido da palavra, tinha uma história bem... inocente!

Depois do infantil, foram anos até Milson retornar com a personagem para os palcos, somente ficando nas tiras, que saem diariamente no jornal A Gazeta, para onde retornou em 1991. Durante esses anos de escassez de Marly nos palcos, o ator José Luiz Gobbi a “levava” para vários lugares, desde convenções até desfiles de carnaval. Mas em 2006, Milson e Gobbi retornaram com “Hello Creuzodete IV: Finalmente Alguém Comeu!”, que trazia uma pantomima com filmes de vampiros. Creuzodete, que até o momento era somente uma menção, ganhou corpo com a atriz Fabiane Simões. Sua interpretação foi digna de aplausos, contrapondo constantemente com o talento de Gobbi, mas terminou substituída por outra atriz, fazendo a peça perder um pouco de charme, pois houve um desequilíbrio gritante em cena.

Como suas antecessoras, “Hello Creuzodete IV” fez um enorme sucesso. Marly continua enriquecendo as tiras de jornal, agora em cores, mas todos sentem falta dela nos palcos... Quem sabe um dia ela retorna, solteirona, virgem, frustrada e fofoqueira.

Fonte de pesquisa: HENRIQUES, Milson. “Marly mostra quase tudo…”. Vitória: Gráfica A1, 2006. 84 p.

Núcleo Odomodê realiza o 4º Encontro de Teatro Comunitário


Esta sexta-feira (18/06) o Núcleo Odomodê receberá a 4° edição do Encontro de Teatro Comunitário. O momento contará com amostras dos trabalhos desenvolvidos a partir do Teatro Fórum com os grupos de teatro Odomodê, do CRJ-Centro de  Referência da Juventude e do F.A.C.T.O. (Fazemos Arte Com Teatro do Oprimido). Segue o release enviado por Katler Dettmann  do setor de Comunicação do Núcleo Afro Odomodê.


  Encontro de Teatro Comunitário contará com cinco espetáculos de comunidades de Vitória

 
odomode Em seu quarto ano, o Encontro de Teatro Comunitário (ETC) busca uma forma de estabelecer um vínculo entre os grupos comunitários que produzem cultura e dialogar com a platéia que participa. O Núcleo Afro Odomodê abre seus espaços na sexta-feira, 18, às 18 horas,  para que jovens das comunidades de Vitória, pela via do teatro, contem suas histórias e encantem o público através da palavra, da imagem e do som. A entrada é gratuita.

Este ano o ETC contará com cinco espetáculos de Teatro Fórum, um método teatral que produz uma encenação baseada em fatos reais, na qual personagens oprimidos e opressores entram em conflito, de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e interesses. No confronto, o oprimido fracassa e o público é estimulado, pelo ator Curinga, a entrar em cena, substituir o protagonista e buscar alternativas para o problema encenado.

O evento  contará com a presença dos grupos de teatro do Odomodê, do CRJ (Centro de Referência da juventude) e do F.A.C.T.O. (Fazemos Arte Com Teatro do Oprimido). A proposta do Encontro é difundir as diversas formas de se produzir arte e dar visibilidade aos trabalhos realizados pelos grupos participantes. Além dos espetáculos, o Odomodê abrigará a Exposição do Oprimido - um espaço com poesias e esculturas produzidas a partir das temáticas abordadas nas peças.
 
 
Espetáculos:

Que cor você veste? - Conta a história de Lucas que deseja estudar para ter um futuro promissor e ajudar a mãe, mas é obrigado a enfrentar o preconceito racial e a ignorância aonde ele menos esperava. O espetáculo foi montado a partir de relatos de dois jovens do grupo.  
Bate, Bate, Bateria - O espetáculo retrata o sonho de um jovem que quer ser músico, mas é impedido pela família por razões que ele não aceita. Montado pelo grupo do CRJ, terá sua estréia no ETC.  
Direito de quê? - Espetáculo Fórum traz a realidade dos morros capixabas. A história se passa numa feira livre e mostra a dura realidade que Black enfrenta para poder ir e vir em sua comunidade. A peça mostra a difícil relação entre a polícia e os moradores da comunidade.  
Meu sonho pela amizade – Um jovem sonha em fazer teatro, mas é perseguido pelos amigos que satirizam e debocham de sua escolha.  
Casal Desafinado – A realidade de uma jovem que é obrigada a abrir mão dos seus sonhos para obedecer aos desejos do marido. Espetáculo Fórum montado a partir da história de uma das jovens integrantes da oficina.

Serviço:

 4º Encontro de Teatro Comunitário

Espetáculos: Que Cor Você Veste? ; Bate Bate Bateria; Direito de Quê? Meu Sonho pela Amizade; Casal Desafinado.
Quando: 18 de junho (sexta-feira)
Hora: 18 horas
Onde: no Núcleo Afro Odomodê, que fica na Rua Areobaldo Bandeira, nº4, Bairro Bonfim, Vitória. Em frente ao estacionamento do Horto de Maruípe.
Informações: (27)3317-0350.