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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Na virada do ano

No dia 04 de fevereiro de 2008, eu criei o blog Teatro Capixaba. Eu o criei com o objetivo de divulgar as peças teatrais que circulariam. Eu até coloquei: “Sintam-se em casa, atores, atrizes, diretores, produtores, técnicos do teatro e público, pois definitivamente um espaço está aberto e ele existe.”, já que sabia que um espaço como esse se fazia necessário, pois nos jornais de grnde circulação, o teatro do nosso estado havia perdido espaço para novelas e filmes internacionais.

O Espírito Santo é um estado rico, não só geograficamente, como cenicamente, só falta o reconhecimento devido. Existe muitos artistas cênicos de grande cacife, que demonstram em festivais ou mesmo em circulações de suas peças, o quanto estão capacitados para nos representar.

Esse ano de 2008 que passou, posso falar com orgulho que o blog chegou a uma marca de mais de 13 mil visitantes, algo para mim surpreendente.

As pessoas que antes eu precisava ir atrás para pedir material para divulgação, hoje me procuram para divulgar seus trabalhos no blog, dentre eles dou destaque à Cia. Folgazões. a Companhia vem colaborando constantemente com o crescimento do blog, enviando as datas de suas apresentações, seja dentro ou fora do país, e dos cursos administrados pelos seus ate-educadores Wyller Villaças, Edson Nascimento, Duilio Kuster e Vanessa Darmani

A 4ª Edição do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória foi então o período mais enriquecedor, com 1.145 visitante passando pelo blog para ver a programação. O mais impressionante foi ver os teatros completamente lotados em quase todas as peças. Foi gratificante ver trabalhos capixabas, como de Wilson Nunes, com um elenco maravilhoso, em “Luz, Câmera,… Cléopatra em Ação”, o Grupo Quintal com “O Figurante Invisível”, O Grupo Z de Teatro com “O Grande Circo Ínfimo”, o Grupo Teatro Urgente com “Metrópolis”, o Grupo Tarahumaras com “Uma Temporada no Inferno” e Sérgio Torrente com “Um Dedo de Prosa. Foi uma pena não ver tal desempenho nos trabalho no Grupo de Teatro Experimental Capixaba com a Leitura Musical “Amor, Vida e Bossa Nova” e o Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira com “A Cor Dessa Noite”, mas foi enriquecedor pois eu nao tive tantas decepções com peças locais como outros tiveram com peças de outros estados brasileiros, com exceção para “Gota D’Água” e “As Noivas de Nelson”.

Tivemos momentos polêmicos, como no caso do Edital de Dramaturgia, mas tivemos momentos enriquecedores, como a entrada do ator e diretor Leandro Bacellar, que mudou a “cara” do blog, com um design mais arrojado.

Devo agradecer também a atriz Charlaine Rodrigues por sua grande colaboração com textos maravilhosos e também a diretora da Escola de Teatro e Dança FAFI, a atriz (e minha grande amiga) Lilian Menenguci, que sempre me forneceu material sobre a escola, a única ativa dentro do estado. Os calendários de cursos e peças que aconteceram na escola foi em grande parte de responsabilidade dela, ao me passar os dados.

Espero, de coração, que isso mude e que em 2009 o estado do Espírito Santo cresça ainda mais em teatro e que as disponibilidades de novos artistas surgam.

Que o ano que vem venha com mais coerência dos órgãos responsáveis pela nossa cultura cênica. Que eles tenham consciência de estarem promovendo a capacidade do ser humano de aprender a interagir com tudo a sua volta.

Existe uma frase de Nelson Rodrigues, que eu coloquei no texto de abertura do blog, que funciona bem para tudo:

Quando começou o cinema, houve o vaticínio: - 'O teatro vai morrer!'. E mais tarde surgiu a televisão. Imediatamente outros profetas anunciaram também que a televisão era o fim do teatro. Vejam como o teatro vive de mortes e ressurreições. De vez em quando, vem alguém passar-lhe o atestado de óbito. Mas o teatro está vivo, o teatro é um cádaver salubérrimo”, pois nao adianta tentar “matar” o teatro, ele sempre existirá dentro de cada um de nós.

FELIZ 2009!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Vestir os Nus, de Luigi Pirandello

Luigi Pirandello (1867-1936) era um renomado dramaturgo, chegando a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. Escreveu espetáculos teatrais exacelentes, como “Seis Persongens à Procura de um Autor” e romances como “O Falecido Mathias Pascal” (tenho uma edição com os dois, então posso dizer que são excelentes). Mas não estou aqui para falar sobre nenhum desses dois, mas sim sobre outro trabalho de Pirandello, “Vestir Nus”, que entra em curta temporada hoje (18/12/2008), no Teatro Galpão. Esse monólogo leva à palco a atriz Janine Correa, sob direção de Maurício Paroni de Castro.
A entrada é gratuita, e o espetáculo começa as 20:00. Ficará em cartaz até domingo (21/12/2008).
“Vestir os Nus” é mais um trabalho agraciado com o Edital Prêmio de Incentivo Alvim Barbosa, que tem tido muitas estréias nesse mês. Frederico Nicolai, dos Taruiras Mutantes, divulgou ontem uma pequena sinopse do trabalho no grupo Opiniões Cênicas. O monólogo é sobre uma “bela mulher que promove strip-tease existencial em velório despudorado. Ela dilacera seus fantasmas, enquanto vive o dilema entre o ser e a aparência”, palavras de Frederico (já que desconheço o monólogo completamente).
É uma boa pedida pro fim de semana. Esse edital tem nos dado muitas opções de fim de ano, coisa rara no Espírito Santo, que nesse período já teria encerrado os trabalhos, se preparando para as festas natalinas. É bom ver tanta atividade assim nesse ano de 2008. Fico muito feliz! Segue abaixo o folder do referente monólogo. Bom espetáculo a todos!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Prêmio Omelete Marginal 2008 - Premiação

vivo_premio_omeleteOntem (14/12/2008) aconteceu a premiação do Prêmio Omelete Marginal 2008. Tudo começou com o show da Banda Casaca e no decorrer do festival foram entregues as premiações e acontecendo outros shows. Dj’s, músicos, bandas, tudo entre as premiações, que foram dadas ao melhor ator, à melhor atriz, melhor diretor e melhor peça teatral. Não podendo esquecer, já que em geral se usam atores de palco, melhor ator e melhor atriz de cinema (em curta ou vídeo, já que ainda Vitória está um pouco longe de se fazer um longa metragem). A premiação correu de forma bem descontraída, e cmo sendo o primeiro festival, ocorreram alguns problemas, que foram contornados com sabedoria e destreza pela equipe de organização.

Os grandes ganhadores do I Prêmio Omelete Marginal 2008, levaram para casa uma singela “frigideira de ouro” com a logo do prêmio dentro dela. O ganhador de melhor ator de 2008, Reginaldo Secundo, lembrou de seus colegas, que tanto o ajudaram no seu trabalho “O Estranho e o Cavaleiro”. Além dele, a peça teatral “O Grande Circo Ínfimo” ganhou dois prêmios: melhor peça e melhor atriz de 2008, para Alexsandra Bertoli. Na categoria de melhor diretor de teatro, ganhou o ator e bailarino Marcelo Ferreira, que está em cartaz com a peça “Metrópolis”.

Melhor ator de cinema foi para Fabio Matos, de “No Princípio Era o Verbo” e melhor atriz de cinema ficou com Kika Oliveira, de “Mangue Negro”.

Aos ganhadores, parabéns pelo reconhecimento de seus trabalhos. E agora é esperar pelo ano que vem. Que venha a Segunda edição do Festival/Prêmio Omelete Marginal, em 2009.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ator, Espelho da Sociedade

O Luiz Tadeu Teixeira (diretor de “Graçanaã” e “O Estranho e o Cavaleiro”) deixou um lindo texto no Grupo Opiniões Cênicas, que eu gostaria de disponibilizar aqui.

Ele recebeu este texto do SATED-RJ e é de autoria do ator Milton Gonçalves e foi lido por ele num evento patrocinado pela UNESCO, no dia 09/12/2008 (terça-feira). É um lindo texto e vale a pena ser apreciado. Segue abaixo:

ATOR, ESPELHO DA SOCIEDADE

milton gonçalvesAo retratar em cores realistas um político corrupto, o policial violento, o ativista idealista, uma mulher traída ou homossexual discriminado, o ator leva às últimas conseqüências a beleza da arte de representar. No teatro, cinema e televisão, o ator cumpre sua função social e política de entreter ou denunciar injustiças. Ressalta as mazelas e belezas humanas em sua dimensão mais mesquinha, sórdida, grandiosa e altruísta de que somos capazes.

O ator se apropria da sua sensibilidade forjada nos encontros e desencontros da vida para perceber o outro e a realidade que o cerca no sentido de encarnar variados tipos e personagens. Exerce com sua atuação um papel crítico e expressa por intermédio da sua interpretação a crônica do cotidiano do homem comum com suas angústias e fracassos numa sociedade que cada vez mais põe em segundo plano a presença do cidadão. Esse artista da expressão corporal e dos diálogos contundentes mostra o bem e o mal e deixa que o espectador utilize a emoção para exercer seu juízo de valor sobre o meio em que vive. Na prática, o ator se torna o espelho onde o homem se reconhece, se identifica e reflete sua condição de mortal.

O ator escancara a tristeza e a alegria em doses que potencializam a condição do humano para que a mensagem da arte seja captada e mexa com consciências, esperanças e valores. A arte de atuar, portanto, contribui consideravelmente para o despertar de esperanças e abre possibilidades para mostrar que o sonho e a imaginação do homem não têm limites seja na tragédia ou na comédia.

(…)essa atividade árdua, sofrida e prazerosa é um trabalho como todos os que contribuem para o desenvolvimento da sociedade e que só pode se expressar com toda força e influência quando são respeitadas as diferenças, a liberdade e se amplia a democracia”.

Ator quase se mata

Como são as coisas. Quando um ator está em cena, quer que ela seja o mais real possivel, para que o público acredite no seu trabalho. São meses de ensaio, de “busca” da personagem, trabalho corporal, com objetos de cena, tudo na intenção que o trabalho seja o melhor.

No sábado (06/12/2008), em um teatro de Viena, na Aústria, um ator consegue quase tornar seu trabalho real demais.

Daniel_Hoevels O ator Daniel Hoevels (foto ao lado), da Thalia Teather Company, de Hamburgo, na Alemanha, cortou a garganta com uma faca de verdade, numa cena final de suícidio na peça Mary Stuart, de Friederich Schiller. A técnica havia comprado a faca numa loja local e havia esquecido de cegá-la antes da cena, culminando no acidente que poderia ter sido fatal, de acordo com o médico que o atendeu.

O público, sem saber o que acontecia, aplaudiu de pé, ao ver a performance do ator e os “efeitos especiais”, mas como ele demorou a se levantar, foi atendido imediatamente e encaminhado para o hospital local. Após dar os pontos no ferimento, no domingo, o ator retornou ao palco para continuar seu trabalho: “O show precisa continuar!”, ele disse.

O sonho de todo ator (pelo menos alguns que eu conheço) é morrer podendo fazer aquilo que gosta. Se ele puder morrer em cena, sem sofrer, seria uma dádiva. Depois de Molière ter quase falecido em cena durante a apresentação de “O Doente Imaginário” (mas veio a falecer horas depois, em casa), eu já ouvi muitos dizendo que gostariam de terminar como ele. Acho eu que não seria desagradável, estar dando um pouco de si para o público  e depois de fazê-los felizes ou de fazê-los chorarem, sentar num canto, fechar os olhos e descansar, para todo sempre, sabendo que deixou uma parte tua ali.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Edital do Concurso Capixaba de Dramaturgia – Decisão Final

Como são as coisas. Há alguns dias atrás eu decidi falar aqui no blog sobre o 15º Concurso Capixaba de Dramaturgia – Prêmios Claudio Bueno Rocha (Categoria Adulto) e Pernambuco de Oliveira (Categoria Infanto-juvenil). Tive umas respostas malcriadas após isso, pelo Opiniões Cênicas, mas nada que pudesse parar essa fonte de informações. Eis então que, no dia 24/11/2008 (dez dias depois de minha publicação), a Secretaria Estadual de Cultura (SECULT) decide por anular o edital.

Como? Por quê? Foi culpa do blog? Não! Com certeza não fui eu o grande finalizador do concurso, mas um dos “ganhadores”. E não o chamaria de culpado, mas sim de vencedor.

Lendo hoje a revista virtual Século Diário, no Caderno Atrações, saiu uma matéria ontem (10/12/2008), sobre essa decisão, com base no recurso administrativo aberto pelo autor do texto adulto “Luiza A Passageira do Tempo”, Romulo Mussielo Filho (produtor de “Cenas de Nelson”). Agradecimentos ao ator (e um grande amigo) Vander Ildefonso, que me falou da notícia. Vamos a ela então e logo depois colocarei a decisão da Secretária do Estado da Cultura, Dayse Lemos:

Editais: Secult volta atrás


Carolina Ruas

secretaria_dayse_lemos No início deste ano, quando a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) anunciou a abertura de uma série de editais de incentivo a criação e produção cultural no Espírito Santo,  a inciativa foi muito bem quista entre os artistas capixabas. Ao todo foram R$ 2 milhões distribuídos em 12 editais nas mais variadas categorias; da produção de curtas-metragens ao resgate do folclore capixaba, tentou-se abranger ao máximo a diversidade de linguagens, objetivando fomentar a produção e difusão das atividades em âmbito local.

Mas nem tudo o que foi alardeado alcançou, necessariamente, bom resultado. Ao longo do ano, vários foram os deslizes nos editais propostos. A burocracia de que se valeram as normas para inscrições de projetos foi um dos principais obstáculos que fizeram a maioria dos candidatos ficar para trás. Uma escorregada aqui, outra acolá, mas nada que fosse fatal para leis de incentivo governamentais como esta. Porém, em muitos editais, uma avalanche de projetos foram declinando na fase da papelada.

O edital do 15º Concurso Capixaba de Dramaturgia - Prêmio "Cláudio Bueno Rocha" (Categoria Teatro Adulto) e Prêmio "Pernambuco de Oliveira" (Categoria Infanto-Juvenil) para Seleção e Premiação de Textos Teatrais Inéditos, talvez tenha sido o caso mais notório de “constrangimento cultural”.

Depois da decisão da comissão julgadora de não premiar nenhum texto em primeiro lugar, mas sim dois em segundo (Luzia, A Passageira do Tempo e O Martelo Mágico), sucedeu um bafafá no mundo cultural-artístico, com direito a recurso administrativo e tudo, impetrado por um dos candidatos do “segundo lugar”. O recurso foi rechaçado, mas serviu para que a Secult, olhando as derrapadas, saísse de cima do muro e finalmente, tomando as rédeas da situação, decidisse pela revogação do edital.

Na decisão, a Secretaria postula que: “Neste sentido conclui-se de maneira incontestável, que não havendo nenhum texto teatral classificado em primeiro lugar pela Comissão Julgadora, o Concurso Público 004/2008 perde a sua finalidade e objetivos”.

Retomando a história: As peças foram as únicas classificadas, obtendo a pontuação mínima prevista no edital (70 e 72). Segundo a secretaria “ainda que promissoras, ambas as peças, (...) careceram de um desenvolvimento maior”, e portanto, não poderiam subir ao primeiro lugar do pódio. Deu-se o segundo lugar, ou melhor ‘os segundos lugares’.

E esse não foi o primeiro edital a ir pelo ralo. O Prêmio Renato Pacheco, que forneceria verba para cerca de 20 grupos folclóricos capixabas, teve todos os projetos indeferidos na primeira fase. Assim como este, a expectativa é que, assim como os editais já cancelados, o do 15º Concurso Capixaba de Dramaturgia seja relançado ano que vem.

Fonte: Século Diário – Caderno Atrações


Agora a Decisão Final de Recurso Administrativo:

DECISÃO FINAL DE RECURSO ADMINISTRATIVO

REFERÊNCIA: PROCESSO 39485250

EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO nº 004/2008 – 15º CONCURSO CAPIXABA DE DRAMATURGIA – PRÊMIOS CLÁUDIO BUENO ROCHA (CATEGORIA ADULTO) E PERNAMBUCO DE OLIVEIRA (CATEGORIA INFANTO-JUVENIL)

Conforme consta nas fls. 726 o candidato Romulo Musiello Filho impetrou recurso administrativo em razão da decisão da Comissão Julgadora do Edital em epígrafe constante na Ata de fls. 713/714, que classificou a peça teatral de sua autoria intitulada “LUZIA A PASSAGEIRA DO TEMPO”, categoria adulto, em segundo lugar, juntamente com a peça intitulada “O MARTELO MÁGICO”, concorrente na categoria infantil. As referidas peças obtiveram as notas de 72 e 70 pontos, respectivamente, apuradas pela Comissão no Mapa de fls. 706, sendo as únicas que atingiram ao limite mínimo de pontuação previsto no Edital (70 pontos) para fim de premiação, sendo que os demais concorrentes não obtiveram pontuação necessária à classificação. Entretanto, decidiu a Comissão que ambas as peças não mereciam ser classificadas em primeiro lugar, conforme registrado no texto da referida Ata a seguir transcrito: “... Após examinar cuidadosamente os textos, a comissão atribuiu notas acima de 70 (setenta) a duas peças, uma infantil e outra para adultos, “O Martelo Mágico” e “Luzia, A Passageira do Tempo”. No entanto, ainda que promissoras ambas as peças, segundo parecer da Comissão, careceram de um desenvolvimento maior, razão pela qual a comissão decidiu que essas duas peças fossem classificadas em segundo lugar e a publicação desses dois textos passem por uma revisão criteriosa. A comissão é, portanto,de parecer que não haja premiação para o primeiro lugar, pelos problemas qualitativos já mencionados...”.

Alega o candidato/recorrente em seu recurso que o capítulo 6 – Das Comissões e dos Critérios de Seleção e Classificação, item 6.3, estabelece que a comissão julgadora apreciará e classificará os textos teatrais em ordem decrescente de qualidade, a partir de critérios e parâmetros explicitados. Que o item 6.3.1 estabelece que serão classificados os textos teatrais que obtiverem o mínimo de 70 (setenta) pontos. Que o Edital – 15º Concurso Capixaba de Dramaturgia é bem claro quanto a forma de classificação e premiação dos textos. E como não é omisso em estabelecer critérios e parâmetros de julgamento nem a classificação em forma decrescente de qualidade, não caberia a comissão julgadora considerar que por ter sido o seu texto o único classificado na categoria adulto, seja ele colocado em segundo lugar, aguardando que o equívoco cometido pela comissão seja retificado.

Por sua vez a Comissão Julgadora sustentou a decisão anterior, conforme se depreende na Ata de fls. 728/729, não acatando o recurso administrativo impetrado pelo candidato/recorrente e, consequentemente, mantendo o 2º lugar na classificação da peça “LUZIA A PASSAGEIRA DO TEMPO”, na categoria adulto. Neste sentido, foram os autos remetidos à autoridade superior, no caso presente a Secretária de Estado da Cultura, para análise e decisão final do recurso administrativo em evidência.

É o relatório, no essencial.

Com base nas informações e documentação entranhada nos autos e considerando que dentre os princípios básicos que regem a Administração Pública configuram-se os da legalidade, moralidade, finalidade e interesse público, economicidade, eficiência, razoabilidade, passo a expor e afinal decidir o seguinte:

A Secretaria de Estado da Cultura – Secult, ao planejar, editar e publicar o Edital de Concurso Público nº 004/2008, como também os demais lançados nas outras áreas culturais (cinema, música, literatura, folclore, etc.) objetivava a seleção e premiação de textos teatrais inéditos, nas categorias teatro adulto – Prêmio Cláudio Bueno Rocha e infanto-juvenil – Prêmio Pernambuco de Oliveira, de autores capixabas ou residentes no estado há mais de 03 (três) anos, num total de 04 (quatro) textos nas referidas categorias.

Os critérios de julgamento estabelecidos no Edital foram: Originalidade da obra; qualidade do texto; coerência com o gênero literário, sendo que, os textos teatrais deveriam obter pontuação mínima de 70 (setenta) pontos para fim de classificação e premiação.

Faz-se necessário enfatizar que a Comissão Julgadora designada pela Secult foi composta por profissionais com vasta experiência e especialização na área das artes cênicas, que julgou o mérito dos textos concorrentes ao Edital com imparcialidade e soberania, sem quaisquer interferências da Secult. Entretanto, não concordamos com
a decisão da Comissão em classificar os textos teatrais “LUZIA A PASSAGEIRA DO TEMPO” e “O MARTELO MÁGICO” em segundo lugares, não havendo no resultado final do Concurso Público primeiro lugares.
Conforme registrado na Ata de fls. 713/714 elaborada pela Comissão “…as peças inscritas apresentam sem dúvidas, problemas relativos à forma, ao desenvolvimento das ações e à caracterização dos personagens. Um problema recorrente percebido na grande maioria das peças submetidas foi recurso á estratégias da forma narrativa, que comprometia seriamente, já de início, a caracterização dos textos como dramáticos...” Depreende-se claramente no texto supracitado que todas as peças que concorreram ao Edital não possuíam, segundo a Comissão Julgadora, a qualidade esperada e necessária à premiação.

Diante dos fatos relatados na Ata da Comissão Julgadora (fls.713/714) e do resultado final apresentado e publicado no Diário Oficial de 20/08/2008, bem como na análise e julgamento do recurso administrativo impetrado pelo candidato Romulo Musiello Filho (fls.726) pela mesma Comissão, constante na Ata de fls.728/729, que manteve a decisão anterior e classificação do recorrente em segundo lugar, a Secult não pode concordar com a decisão, com base no reconhecimento efetivo do mérito e do bom uso dos recursos públicos.

Em que pese os argumentos apresentados pelo candidato/recorrente em seu recurso, que são coerentes à luz das normas estabelecidas no Edital para classificação e premiação dos textos, há no cerne da questão fato de maior relevância, que diz respeito ao cumprimento dos objetivos do Edital e atingimento das finalidades e do interesse público, que são as principais metas a serem alcançadas pela Administração. Neste sentido conclui-se de maneira incontestável, que não havendo nenhum texto teatral classificado em primeiro lugar pela Comissão Julgadora, o Concurso Público 004/2008 perde a sua finalidade e objetivos.

A Administração Pública tem o dever de administrar e utilizar recursos públicos que originam-se dos tributos arrecadados da população, sobretudo, com eficiência e economicidade, aplicando-os em projetos, ações, programas e metas que beneficiem, qualitativamente, os contribuintes. Assim sendo, diante das prerrogativas que possui com relação aos particulares, é dever da Administração revogar os seus atos que não atinjam as metas e objetivos planejados, caso em que se inclui o Edital 004/2008, que não alcançou o resultado dele esperado. Há que ser ressaltado que os candidatos que concorreram ao referido Edital não possuem direito adquirido à premiação estabelecida, mas tão-somente expectativa de direito em caso de classificação, não estando a Administração Pública obrigada a homologar o resultado final apurado pela Comissão Julgadora, podendo revogar a licitação (concurso público) por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, nos termos do que dispõe o art. 49, da Lei Federal 8.666/93.

Face ao exposto, considerando que os objetivos do Edital, o interesse e a finalidade pública não foram atingidos, DECIDO pela REVOGAÇÃO da licitação – Concurso Público nº 004/2008 promovida nos autos, com base no referido dispositivo legal, bem como pelo indeferimento do Recurso Administrativo apresentado pelo candidato Romulo Musiello Filho.

Vitória, 24 de novembro de 2008.

 

DAYSE MARIA OSLEGHER LEMOS

Opinião: Sinceramente foi uma decisão tardia e com o simples propósito de amenizar a situação para a Secretaria, pois se já existe a afirmação de dois ganhadores, o mais acertado seria qualificá-los de forma correta e averiguar melhor essa classificação feita pelos ditos “profissionais com vasta experiência e especialização na área das artes cênicas”, mas como eles são “turrões” (para não usar um linguajar impróprio) e não voltarão atrás da decisão, o caso é REVOGAR, pois assim ninguém ganha, a comissão não é melhor avaliada e os novos dramaturgos continuam deixando seus textos em seus computadores ou cadernos, pois não estão ainda capacitados e precisam fazer um curso para tal, possivelmente esse curso será dado por um dos membros da comissão, se é que existirá tal curso. É esperar pelo ano que vem, que talvez volte com um novo edital e uma comissão mais capacitada para avaliar, sem dar classificações insensatas.

É triste ver que é nisso que se terminam as coisas, para não serem levadas adiante.

Eu torço que novos dramaturgos ainda confiem nesse edital e que as coisas andem bem no próximo, pois essa foi uma decisão patética. Se não tivesse ganhadores, deveriam ter anunciado logo e não deixado dois no final, como segundos lugares. É triste ver que é esse o rumo que a Secretaria Estadual de Cultura toma. E parabéns novamente à Romulo Mussielo Filho, que não deixou barato e fez as coisas andarem.

Alteração de Cronograma de “O Pastelão e a Torta”

Vamos alterar as agendas, pois as apresentações da peça “O Pastelão e a Torta, da Cia. Folgazões de Teatro mudaram de dia e de local. Não acontecerão mais na Serra-ES, nos dias 12 e 14 de dezembro de 2008 (sexta-feira e domingo) e sim  em Vila Velha-ES, nos dias 13 e 14 de dezembro de 2008 (sábado e domingo). Elas acontecerão no Calçadão da Praia da Costa, as 19:30.

A Cia. Folgazões de Teatro levam teatro de rua para os mais diversos lugares, encenando trabalhos próprios. Para todos lembrarem melhoir da peça, seue abaixo o release, fornecido a mim pelo ator Wyller Villaças:

Companhia Folgazões de Artes Cênicas
Vitória ES
Espetáculo
“O PASTELÃO E A TORTA”

Sobre o espetáculo:

Nome: “O Pastelão e a Torta”

68350016 alterada Mensagem que transmite: A farsa O pastelão e a torta, de autor desconhecido, narra a história de dois malandros de rua (Balandrot e Julião) que tentam roubar um pastel e uma torta de um casal de pasteleiros (Joaquim e Marieta). A trama serve como pano de fundo para expor problemas recorrentes nos mais diversos períodos da história humana.

Temas como a desigualdade social (pasteleiros x malandros), miséria e fome são fatos ainda bem presentes não apenas no Brasil, como também em diversos países do mundo.

O texto nos apresenta de forma cômica esses fatos e nos sugere um olhar critico e reflexivo da realidade que nos cerca.

Duração: 50 minutos

Público-alvo: Todas as idades.

68350011 Diferencial: O projeto é fruto de um desejo da Companhia Folgazões em aprofundar a sua pesquisa acerca da arte do ator por meio da potencialização de suas ações físicas, tendo como ênfase a linguagem da comicidade. E nesta proposta o texto, deixou de ser durante o processo de montagem o elemento principal da obra para se tornar um verdadeiro pretexto para os atores na reconstrução de uma dramaturgia que tomou forma por meio da criação e improvisação cênica.

Entendemos, portanto, ser o trabalho do ator nesse espetáculo a grande força de atração do mesmo.

Classificação: Comédia - Teatro de rua.

O que o público pode esperar: Um espetáculo divertido que faz rir e ao mesmo pensar e refletir sobre a história apresentada.

Ficha Técnica:

Direção dramaturgia e produção: Companhia Folgazões

Autor: Desconhecido

Elenco:

Balandrot - Duílio Kuster

Julião - Wyller Villaças

Marieta - Vanessa Darmani

Joaquim - Edson Nascimento

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

LUZ, INVENÇÃO OU RE-INVENÇÃO?

Eu já tinha visto sobre essa oficina no Grupo Opiniões Cênicas, mas hoje (09/12/2008) recebi mais detalhes sobre a oficina que será coordenada por Guilherme Bonfanti, colaborador do Teatro da Vertigem, do Grupo TAPA, Grupo XPTO Brasil e trabalhou com os diretores William Pereira e Gabriel Villela.

Esse consagrado iluminador virá a Vitória graças ao Programa Concerto de Natal AcelorMittal. O curso será na Escola de Teatro e Dança FAFI, do dia 13 (sábado) ao dia 17/12/2008 (quarta-feira), das 10:00 às 13:00. Segue abaixo as informações que chegaram a mim, pelo e-mail de Dayanne Lopes, do Grupo Teatro Empório. Se minha opinião vale alguma coisa, eu recomendo que façam, pois sempre é bom aprender mais.

OFICINA – LUZ, INVENÇÃO OU RE-INVENÇÃO?

Coordenador: Guilherme Bonfanti

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da arte e cultura local, o Programa Concerto de Natal ArcelorMittal estará oferecendo em 2008 à comunidade oficinas ministradas por participantes, artistas e técnicos, do seu staff.

A Oficina “Luz, Invenção ou Reinvenção?” será ministrada pelo Light Designer Guilherme Bonfanti na Escola de Teatro e Dança FAFI no período de 13 a 17 de dezembro de 10 às 13h, e é gratuita.

Sobre Guilherme Bonfanti (retirado da Enciclopédia Itaú Cultural – Teatro)

guilherme Guilherme Bonfanti Piedade (Leme SP 1956). Iluminador. Light designer que se destaca na década de 1990, colaborador assíduo do Teatro da Vertigem, grupo atuante em espaços não convencionais. É também iluminador constante nos espetáculos dirigidos por Eduardo Tolentino de Araújo, do Grupo TAPA; Oswaldo Gabrielli, do grupo XPTO, William Pereira e Gabriel Villela.

Inicia-se profissionalmente em 1986 com Corpo Estrangeiro, de Marguerite Duras, direção de Marcia Abujamra. Em 1987, faz montagem, criação e operação de luz para o Espaço Off, em São Paulo, centro difusor da arte experimental do período, atuando em dezenas de realizações.

Em 1990, cria as luzes para Oberösterreich, de Franz Xaver Kroetz, e Hiperborea, livre adaptação do texto Céu e Terra, de Gerlind Reischager, dois espetáculos de Antônio Araújo, com quem passa a desenvolver intensa colaboração. Para a coreógrafa Renata Melo ilumina Fui, Vim e Voltei, no mesmo ano, assim como a ópera Fata Morgana, direção de Marcia Abujamra.

Em 1991, volta a colaborar com Antônio Araújo, em Clitemnestra, de Margherite Yourcenar, num solo emocionante de  Marilena Ansaldi. Em 1992, ganha seu primeiro Prêmio Shell e APCA, em parceria com Marisa Bentivegna, com a ambientação inusitada da luz na Igreja de Santa Ifigênia, templo que sedia Paraíso Perdido, primeira encenação do Teatro da Vertigem. Coordena, ainda em 1991, o Festival Internacional de Teatro de Londrina, onde se incluem importantes realizações internacionais.

Em 1994 é o criador da luz de Forró for all, espetáculo de Ana Maria Mondini; Um Homem Sem Qualidades, de Robert Musil, e Futebol, de Alberto Renault, direções de Bia Lessa, entre outros. Em 1995, cria a luz para O Livro de Jó, de Luís Alberto de Abreu, nova encenação de Antônio Araújo para o Teatro da Vertigem, agora num hospital, montagem muito premiada - Prêmio Shell e APCA - um dos marcos desta década. Em 1996 está, entre outros, em Rasto Atrás, de Jorge Andrade, sob a direção de Eduardo Tolentino de Araújo, montagem do Grupo TAPA. No mesmo ano, ilumina Luzes da Bohemia, de Ramón del Valle-Inclán, direção de William Pereira, com quem voltará a colaborar em O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, em 1997, que recebe os Prêmios Shell e Mambembe de melhor iluminação. Neste ano, cria o projeto de luminotécnica para o centro cultural do edifício sede da Fiesp, em colaboração com o arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Em 1998 está, novamente com o Grupo TAPA, em Ivanov, de Anton Tchekhov, iluminação premiada; e com Cibele Forjaz, em Vida de Galileu, de Bertolt Brecht.

Faz projetos de ambientação cênica e iluminação para a 23ª e 24ª Bienal Internacional de São Paulo, criando salas e espaços.

Em 2000, mais uma vez com o Teatro da Vertigem, realiza o último espetáculo da trilogia, Apocalipse 1,11, direção de Antônio Araújo, sediada no presídio do Hipódromo.

Além de óperas e balés, Guilherme faz luz para shows musicais, com destaque para artistas como Karnak, Titãs, Otto, Vânia Bastos e Marina Lima. Na área de dança ilumina para Ana Mondini, Companhia Republica da Dança, Gisela Rocha, companhia Terceira Dança, Décio Otero e Ballet Stagium.

Num texto escrito sobre a trajetória da luz nas peças do grupo Teatro da Vertigem, o próprio Bonfanti decupa seus métodos e princípios em processos mais extensos de pesquisa de linguagem: "Creio que o Apocalipse 1,11 sintetize meu trabalho nestes dez anos de Vertigem. Pesquisamos longamente, a partir de idéias e conceitos estabelecidos pelo tema proposto por Antônio [Araújo] e desenvolvido por todos nós num processo colaborativo e absolutamente democrático. Construímos diversos aparelhos. Tecnicamente, continuamos trabalhando com a sucata e a transformando em matéria sofisticada. A tecnologia nos ajuda a descobrir soluções e transformá-las dentro do conceito de cada espetáculo. A luz cumpre sua função sem sobressair, dirigindo o olhar do espectador, selecionando imagens e contribuindo estética e emocionalmente para a vivência do espectador".

 Público alvo: interessados em iluminação (profissionais ou não), arquitetos, diretores, atores e estudantes de teatro, cenógrafos, coreógrafos, fotógrafos, etc.

Guilherme Bonfanti, light designer paulista, é membro do Teatro Vertigem, grupo atuante em espaços não convencionais, e iluminador de espetáculos de Eduardo Tolentino (Grupo TAPA), Gabriel Vilella, do Grupo XPTO, e de diversos espetáculos de dança, música, além de ambientações em Bienais de Arte e Arquitetura. Recebeu o Prêmios Shell em 93, 96 e 2000 pela iluminação de espetáculos do Vertigem e o Prêmio da Associação Paulista de Críticos pelo espetáculo O Paraíso Perdido em 93.

Bonfanti vem criando a iluminação do Concerto de Natal ArcelorMittal desde 2005 e este ano estará também compartilhando parte do seu conhecimento e experiência com os artistas e técnicos do Espírito Santo. Segundo Bonfanti, a Oficina Luz, Re-invenção ou Invenção tem como objetivo o encontro criativo entre profissionais e não profissionais de várias áreas que tenham interesse em iluminação. Pessoas que queiram vivenciar a experiência criativa e discutir os caminhos da iluminação hoje. As novas tecnologias, as idéias antigas convivendo com as últimas novidades do mercado, softwares a serviço da criação, refletores e sua utilização, sucatas sendo transformadas em luminárias, desapego a equipamentos convencionais e uma visão mais ampla para as possibilidades de iluminar, discussões sobre conceitos de desenho, estética e o processo de criação. A iluminação nos diferentes gêneros teatrais: drama, comédia, tragédia e teatro experimental. E também em dança, show, ópera e luz para exposição.

A oficina orientará os participantes também com distribuição de material didático e bibliografia de publicações e livros especializados para futuras consultas, bem como sites existentes. Apresentação de DVDs e discussões sobre a iluminação do CONCERTO DE NATAL, e finalização com acompanhamento da montagem do concerto, desde o inicio da montagem até a apresentação final com uma discussão ao final do Concerto.

As inscrições devem ser feitas na FAFI, no período de 03 a 10/12, e as 20 vagas serão preenchidas mediante seleção através de análise da carta de intenções contida na ficha de inscrição Baixe aqui e preencha).

A ficha de inscrição também poderá ser solicitada e reenviada através do email: logística@artevila.com.br ou contato@artevila.com.br

O resultado da seleção será divulgado no dia 12/12/08 à noite na Escola de Teatro e Dança FAFI

A Oficina de Iluminação Cênica tem o patrocínio da AcelorMittal Tubarão,

produção da Arte Vila Projetos Culturais, e apoio da Escola de Teatro e Dança

Escola de Teatro e Dança FAFI

Secretaria Municipal de Cultura

Prefeitura Municipal de Vitória e

Secretaria de Estado da Cultura/Theatro Carlos Gomes.

Informações pelos telefones: 32297452 / 99501327 / 88199129

Comeria eu carne de Touros?

Caramba, pelo menos alguma coisa deu certo nos editais dedicados ao teatro, realizados pela SECULT. O Edital Prêmio de Incentivo Alvim Barbosa de Incentivo à Produção de Espetáculos Cênicos, está indo de vento em pompa. Aprovou os mais variados espetáculos, de rua ao palco, sejam monólogos, peças ou simplesmente trabalhos de expressões corporais, o prêmio garantiu os trabalhos que estão em cartaz nesse fim de ano.

Começamos com “Acinzentado”, com Letícia Braga, que se saiu fantástica no seu trabalho de expressão corporal, fazendo um menino. Depois tivemos a Cia. Folgazões, com seu novo espetáculo de rua, que esteve alegrando a criançada do CAIC, em Novo Horizonte. Agora, heis que surge o trabalho de Déia Carpanedo e Marcela Cavallini, “Comeria eu carne de Touros?”.

Num trabalho de expressão corporal, elas pretendem levar em cena a questão do sacrifício humano. Segue abaixo o release e a sinopse, enviados a mim por Marcela Cavallini. O espetáculo estará na Galeria de Arte e Pesquisa da UFES, nos dias 11 e 12/12/2008 (quinta e sexta-feira, respectivamente), em dois horários, as 18:00 e as 20:00, com entrada franca.

Comeria

eu

carne

de

touros?

convite-virtual.jpg O título é uma metáfora ao tema deste projeto e faz referência ao Salmo 49 do Antigo Testamento, em que Deus fala a seus fiéis sobre a inconsistência do sacrifício em louvor a Ele quando o ato é realizado na insinceridade.

O sacrifício está no âmbito das relações humanas e sociais no que implica a dependência, oferecimento, renúncia, altruísmo, amor ou até reconhecimento por algo ou alguém.

No plano emocional, o sacrifício traz a idéia de quanto perseguir um ideal coloca o indivíduo defronte com expectativas em relação aos seus sonhos que, com freqüência, envolvem conflitos no processo de realização. Refletir interiormente as escolhas, analisando os argumentos contra e os a favor é ampliar a compreensão do mundo na tentativa de libertar-se para novas perspectivas de vida. Comeria eu carne de touros? coloca essa possibilidade no âmbito pessoal e social no que implica buscar o que há de melhor em nós mesmos, com o foco de atenção voltado para o interior.

Esta introdução se faz necessária, pois foi a partir dela que chegamos ao tema da pesquisa de montagem de espetáculo que ora apresentamos a este projeto de lei, o sacrifício, ou como ele é vivenciado na humanidade.

Partindo do pressuposto e entendendo que o sacrifício está presente na condição e nas formas de ser humano, Comeria eu carne de touros? pretende registrar essa diversidade em forma de dança/teatro, utilizando-se das reflexões e observações do grupo sobre o tema.

JUSTIFICATIVA

IMG_1375 O sacrifício, escolha em que há uma idéia de recompensa energética entre quem está oferecendo e o que se oferece, pode ser encarado como parte essencial do preço que pagamos para sermos humanos. É fazendo escolhas, muitas vezes, que construímos nosso caráter e promovemos mudanças construtivas e duradouras que nos levam ao diálogo mais coeso entre o inconsciente e o consciente.

Reconcebendo a teologia cristã, é no momento do sacrifício de Cristo na cruz que surge a sua última tentação existencial: aceitar a condição de homem comum ou assumir eternamente para o mundo a figura do messias e salvador dos homens. Esse momento representaria a dualidade de Cristo: matéria-espírito, instinto e razão.

Mas, se Cristo é o próprio Deus encarnado, ele antecede esse momento, e nesse caso, ele é, intencionalmente, o próprio objeto de sacrifício, inalienável, que deseja aproximar Deus dos homens. Por possuir o poder divinatório, ele também é o sacrificador, e nesse caso, assume uma força e presença material diante do bem espiritual.

Segundo o cristianismo, quando nos sacrificamos pelo outro, estaríamos invocando a própria presença de Cristo. Por intermédio da Eucaristia, sacramento do Amor de Deus onde pão e vinho representam, respectivamente, o corpo e sangue de Cristo, confirmar-se-ia a continuidade da vida de Jesus entre os homens, o que perpetuaria o ato sacrificial para todos que o praticam com graça: ao fiel se alimentar dessas substâncias estaria entrando em contato e portando para ele o objeto, o sacrificador e o sacrificado.

IMG_1550 Apesar do projeto se ater com mais veemência ao tema do sacrifício no cristianismo, por enfatizar o nível de conflito humano para a tomada de decisão, outras também o tem como prática, porém com conotação diversa. No candomblé, por exemplo, a presença desse ato é marcante nos rituais e fruto de muitas superstições e preconceitos. A ação é presenciada somente pelos fiéis e realizada por uma pessoa especializada que não pode deixar que a sua oferenda sinta dor. O objeto do sacrifício é sempre um animal que, além de servir de oferenda para os orixás, é reaproveitado ou para alimentação, com o propósito de nutrição comunal entre os humanos e os orixás, ou para a fabricação de utensílios para as cerimônias. Porém, o elemento principal da ação não é o ser sacrificado, e sim o que ele emana de substância, o sangue (Èjè), que já simboliza para os crentes o veículo da vida. Essa prática reforçaria o poder e o sustento imateriais, o que agradaria as entidades espirituais do Candomblé, além de união com a natureza, alcançados pela ritualização da morte. Nesse sentido, o sacrifício é uma reconciliação com a entidade, destinado a alcançar o seu desejo e uma maneira de alimentá-lo. Considerando que no ato de imolar o animal os orixás desejam o sacrifício, há uma relação entre o tamanho da troca e o que se quer alcançar? Se existe ela é mediada pelo quê? E como se dá a comunicação espiritual durante esse processo, a idéia de conflito permanece nessa relação?

Levamos em conta a coexistência no ser humano do sagrado e do profano a fim de discutir como ambos interferem na construção da imagem corporal do indivíduo na sociedade e de sua corporeidade. Entende-se de corporeidade a experiência vivida do corpo como forma de ser no mundo e de imagem corporal a maneira de exprimir que o corpo está no mundo. Sabemos que esses conceitos são frutos de uma discussão atual sobre a noção do corpo-próprio, pois ainda na idade moderna, com o desenvolvimento da ciência e o exacerbar da racionalidade, a cisão do corpo (e com ele as questões religiosas e metafísicas) se fez presente em relação ao intelecto e, mesmo antes, o corpo era instrumento de algo maior (alma) que para alcançar a purificação se fazia necessário o seu sacrifício, ou seja, prevaleceu, durante um longo tempo, o entendimento linear do corpo. A partir da compreensão histórica e filosófica acerca do assunto, não mais é pertinente conceber a dualidade entre corpo e mente, matéria e espírito, pois o corpo é portador de consciência e atuante nos procedimentos racionais.

Por ser o corpo este lugar de onde as ações emergem e se concretizam aos olhos do mundo e por esse, na história dança, ter vivido a discussão do dualismo, dos preconceitos, da subserviência do culto e da expressão do homem é que acreditamos que a questão do sacrifício irá envolver a dimensão corpórea humana, fazendo-nos identificar nele os sentidos dessa experiência.

“É a entrada de um mercado de pulgas. Não se paga ingresso. É grátis. Gente mal-agenbrada. Vulpinos, brincalhões. Por que entrar? O que você quer ver? Estou vendo. Estou constatando o que há no mundo. O que sobrou. O que foi descartado. O que não se quer mais. O que teve de ser sacrificado.”

(Susan Sontag, O Amante do Vulcão, p. 11)

ROTEIRO COREOGRÁFICO

Comeria eu Carne de Touros? aborda a temática do sacrifício como uma condição inerente ao ser humano no que concerne às escolhas, aos desejos de se alcançar algo e aos conflitos envolvidos na tomada de decisão.

No espetáculo, o corpo é a percepção dessa experiência, por ser este o lugar de onde as ações emergem e se concretizam aos olhos do mundo e por nele convergirem vida e morte, destruição e transformação, espírito e matéria.

A duração do espetáculo é de, aproximadamente, 30', a saber:

1ª cena: A Roda da Vida

IMG_1485 O sacrifício do presente como forma de esforço para se alcançar algo no futuro. Nesta cena, a presença da roda ao fundo compõe as metáforas do tempo e as oscilações da vida. A espera pelo destino é base para transformação e necessária para sua própria compreensão. À frente, um bailarino é oferecido ao público como convite e desafio a participar desta entrega.

Suba os degrau menino, ache o que perdeu.

Eu, Samsara, sou caminho feito para você.

Mas Sou subida íngreme.

Suba e carregue seu fardo.

(trecho de Poemisa – Cezário Saiter)

2ª Cena: Imolar

O contraponto entre a idealização de um sonho e a impossibilidade de realizá-lo. A predominância do mundo material com suas dificuldades inerentes é representada pelo bailarina que, corre em direção e em torno de uma gangorra. Enquanto isso, a outra bailarina alça vôo a partir de seu próprio figurino suspenso numa tentativa de alcance de suas escolhas. Os corpos evoluirão em cena no sentido de um equilíbrio e de um encaixe entre as forças opostas.

3ª Cena: O duplo

Jesus é o Deus encarnado, o fim da dicotomia, porém, não é esta a visão que predomina na igreja. O apóstolo Paulo reafirma a visão dicotômica da igreja quando prega que todo Cristão tem que se guiar conforme o espírito, pois ele representa e detém os bons sentimentos, o amor, a ternura, a bondade e a fé. A carne representa e detém os maus sentimentos, a saber, a mesquinharia, a fornicação. Seguindo essa doutrina, a noção do sacrifício enquanto caminho da purificação da alma por meio do corpo faz-se necessária se somos tentados aos sentimentos ruins.

FICHA TÉCNICA

Criadores/Intérpretes

Lucidélia Carpanedo, Marcela Cavallini

Produção

Lucidélia Carpanedo, Marcela Cavallini

Diretor/Musical/Intérprete

Doriedson Coutinho de Sant’Ana

Cenógrafo

Cesário Saiter

Figurinista

Vinicius Magalhães

Iluminador

Everaldo Nascimento

Design Gráfico

Flávia de Macedo

Preparador Físico

Contra-mestre “Dengo”

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Festival Omelete Marginal 2008 – Artes Integradas

O fim de semana será agitado na Praça do Papa, pois acontecerá o Festival Omelete Marginal 2008.

topoiu  Tá, eu tinha dito que seria na Praça da Pedra da Cebola, mas era aonde estava marcado, até o Intervenções Urbanas conseguir apoio da Vivo e poder fazer o festival na Praça do Papa. Será uma tarde inteira de música, moda cinema e teatro.

Tudo começa no sábado (13/12/2008), ao meio dia, com o Warm Up Dj’s e o sorteio da promoção Vivo/Intervenções Urbanas, que dará à cinco ganhadores um Nokia N95. Depois segue com a festa, tendo shows, grupos de dança, moda, exibições dos curta-metragens “Eu que nem sei francês”, “Contra Maré” e “Fracasso”, performance do Grupo Z de Teatro, esquete do Grupo Taruíras Mutantes, exposições fotográficas e até a fotonovela “Malboro Vermelho”.

A programação vai rolar até as duas da matina, e deve encerrar com o show do Zé Maria e o VJ Fábio Zambolini.

vivo_premio_omelete No domingo (14/12/2008), segue uma nova programação. Dessa vez no Hotel SENAC, onde será entregue o Prêmio Omelete Marginal 2008 – Artes Integradas. Com as votações encerrando no dia 07/12/2008 (domingo passado), foram computados mais de 19 mil votos, e todos os 130 candidatos estão convidados para a premiação. tudo rolará ao som de muita música capixaba, coomo Casaca e Amaro Lima.

Abaixo segue a programação do dia 13/12. Vá e divirta!

festival-omelete-marginal

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A Menina, de Ivan Angelo

Existem espetáculos para os mais variados gostos. Ontem (03/12/2008), consegui entrar em contato com Fabiola Buzim, graças ao Opiniões Cênicas. Ela anunciou no grupo sobre a peça “A Menina”, de Ivan Angelo. A peça esteve hoje (04/12/2008), as 18:30, no Teatro Municipal de Viana – ES.

CARTAZ Tá, sei que vacilei e deveria ter postado sobre a peça ontem mesmo, mas nem por iso vou deixar de falar sobre o trabalho. Fabiola me falou – através de e-mail – sobre esse seu solo cênico.

Não foi uma estréia,  mas sim a quarta apresentação do trabalho. A intenção de Fabiola Buzim e as pessoas que estão unidas a ela neste trabalho, a diretora Virgina Jorge, o escritor Ivan Angelo e o músico Juliano Gauche, é fazer um espetáculo para festivais. Quando iniciaram o trabalho, o texto de Ivan Angelo, quando está sendo encenado, tem uma duração de trinta minutos, mas eles pretendem aumentá-lo mais vinte minutos, para seguir com a idéia de participarem de festivais, já que alguns nao aceitam trabalhos com menos de quarenta e cinco minutos. Eu torço para que Fabiola e seus companheiros de trabalho consigam o que pretendem. Segue abaixo o release que ela me enviou (me desculpa Fabiola, por essa postagem em atraso!):

A MENINA

“Você já ficou repetindo uma palavra até ela perder o significado?”

RELEASE

IMG_5115 O Espetáculo “A MENINA” foi apresentando no dia 04 de dezembro, ás 18h30min, no Teatro Municipal de Viana. A apresentação fez parte da “Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da Violência da Mulher”, desenvolvida pelo Departamento Municipal de Cidadania e Segurança Pública e baseada na Lei nº 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha.

O espetáculo “A MENINA” é um solo que fala sobre o universo feminino. Configura-se como um solo, pois é apenas uma atriz em cena, compartilhando com a platéia seus sentimentos. O Trabalho é influenciado pelo Teatro Essencial, que consiste na força do ator e livre dos demais elementos cênicos, para contar uma história.

IMG_4951 contr O texto é uma adaptação do conto “A MENINA” de Ivan Ângelo, e narra um momento na vida de Ana Lúcia quando era criança. Misturando momentos lúdicos, cômicos e dramáticos é mostrado o conflito da heroína na busca do significado de uma palavra. A beleza e a sutileza são elementos chaves na construção dessa história.

O encontro entre texto, atriz e público estabelece, através da emoção e do jogo cênico, uma relação de cumplicidade, comunicando, conscientemente por imagens, sons, movimentos e falas, os sentimentos que Ana Lúcia vivencia.

O público é convidado a participar dessa busca acompanhando e torcendo por mais uma descoberta da menina.

SERVIÇO:

EVENTO: “Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da Violência da Mulher”

DIA: 04/12/2008 (quinta-feira)

HORÁRIO: 18h

LOCAL: Teatro Municipal de Viana

FICHA TÉCNICA

TEXTO

Ivan Ângelo

ADAPTAÇÃO

Fabíola Buzim

DIREÇÃO

Virginia Jorge

INTERPRETAÇÃO

Fabíola Buzim

PRODUÇÃO

Felipe Dal´Orto e Fabíola Buzim

CENOGRAFIA | FIGURINO

Luiza Fardin

OPERADOR DE LUZ

Felipe Dal´Orto

SONOPLASTIA/TRILHA SONORA

Fernanda Butiar

OPERADOR DE SOM

Cristian Alves

FOTOGRAFIA

Bianca Pimenta

PROJETO COMERCIAL

Alice Moura da Silva

CONTATO

Telefone: 9848-9986

E-mail: espetaculo.a.menina@gmail.com

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Prêmio Omelete Marginal 2008 – Última semana

 banner-premio É isso aí! Desde que o Intervenções Urbanas decidiu criar o Prêmio Omelete Marginal 2008, não ouço outra coisa que não seja sobre a premiação. Num ato de ousadia, o pessoal da revista virtual conseguiu incentivar as pessoas a se interessarem mais ainda pela cultura do estado do Espírito Santo. Já foram mais de 10.000 votos computados, mas ainda dá tempo para votar.

Conversando com Fred Entringer, fiquei sabendo que o prazo para as votações termina nesse domingo (07/12/2008), pois já no outro fim de semana (13 e 14/12/2008, respectivamente) serão os dias da premiação oficial. Para votar é muito simples, você deverá ir ao site e clicar no banner do Festival. Quando entrar, deve se registrar para poder votar. Só pode votar uma vez, assim seja bem meticuloso e cuidadoso na hora de sua votação.

Existem muitos atores, atrizes, diretores talentosos e peças fantásticas, além de outras categorias ligadas a cultura do estado do Espírito Santo, como musica, cinema, artes plásticas, festas, fotografia, moda, literatura, dança, festivais, sites, programas de TV e radio. Além de poder votar na melhor personalidade do ano de 2008. Votem consciente e participem, não esquecendo, estejam no Parque da Pedra da Cebola, para saber se o seu candidato foi eleito como o melhor de 2008.

Abaixo o trailer de um dos concorrentes, Mangue Negro:

Cia. Folgazões com novo espetáculo

O Teatro de rua no estado vem crescendo. E não é somente isso, vem sendo reconhecido com a excelência que merece. As pessoas têm acesso aos trabalhos, somente indo a praça local mais próxima. Um grupo que tem se destacado nesse sentido, tem sido a Cia. Folgazões de Teatro, que até para fora do estado eles foram com seus trabalhos. Agora, graças ao Edital responsável pelo Prêmio de Incentivo Alvim Barbosa à Produção de Espetáculos Cênicos no Espírito Santo, a companhia nos trás seu mais novo trabalho, “O Pastelão e a Torta”.

O espetáculo terá sua estréia no dia 05/12/2008 (sexta-feira), na Escola CAIC (Centro de Atenção Integrada à Criança), em Novo Horizonte, na Serra-ES. Segue abaixo fotos e release do espetáculo (Parabens Folgazões!):

  Companhia Folgazões de Artes Cênicas

Vitória ES

Espetáculo

“O PASTELÃO E TORTA”

Sobre o espetáculo:

Nome: “O Pastelão e a Torta”

68350016 alteradaMensagem que transmite: A farsa O pastelão e a torta, de autor desconhecido, narra a história de dois malandros de rua (Balandrot e Julião) que tentam roubar um pastel e uma torta de um casal de pasteleiros (Joaquim e Marieta). A trama serve como pano de fundo para expor problemas recorrentes nos mais diversos períodos da história humana.

Temas como a desigualdade social (pasteleiros x malandros), miséria e fome são fatos ainda bem presentes não apenas no Brasil, como também em diversos países do mundo.

O texto nos apresenta de forma cômica esses fatos e nos sugere um olhar critico e reflexivo da realidade que nos cerca.

Duração: 50 minutos

Público-alvo: Todas as idades.

68350011 Diferencial: O projeto é fruto de um desejo da Companhia Folgazões em aprofundar a sua pesquisa acerca da arte do ator por meio da potencialização de suas ações físicas, tendo como ênfase a linguagem da comicidade. E nesta proposta o texto, deixou de ser durante o processo de montagem o elemento principal da obra para se tornar um verdadeiro pretexto para os atores na reconstrução de uma dramaturgia que tomou forma por meio da criação e improvisação cênica.

Entendemos, portanto, ser o trabalho do ator nesse espetáculo a grande força de atração do mesmo.

Classificação: Comédia - Teatro de rua.

O que o público pode esperar: Um espetáculo divertido que faz rir e ao mesmo pensar e refletir sobre a história apresentada.

Ficha Técnica:

Direção dramaturgia e produção: Companhia Folgazões

Autor: Desconhecido

Elenco:

Balandrot - Duílio Kuster

Julião - Wyller Villaças

Marieta - Vanessa Darmani

Joaquim - Edson Nascimento

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Grupo Z de Teatro no Espaço Circuito de São Pedro

Tudo começou ontem (27/11/2008), as 17:00. O Grupo Z de Teatro está apresentando duas peças por dia no Espaço Circuito de São Pedro. A inédita "Curupira" e as peças "Incessantemente" e "Quatro Intérpretes para Cinco Peças". A primeira é uma projeto para infância e juventude, com apoio da Lei Rubem Braga e do Banestes, as outras duas são um projeto chamado Movimento Z, com apoio dos Correios, por meio de um edital. Abaixo segue a matéria que saiu no Diário de Vitória, por Loureta Samora, da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Vitória:

Peças de teatro em São Pedro neste final de semana

O Espaço Circuito em São Pedro está com uma programação para o final de semana. Três peças serão apresentadas: Curupira, Incessantemente e Quatro Intérpretes. As três montagens são do Grupo Z de Teatro. As sessões são às 17h e às 20h. Como no final de semana passado não houve apresentação por conta da chuva, nesse a comunidade vai poder conferir as peças em quatro dias diferentes. Na quinta (27), será realizada a programação do último sábado, e na sexta (28), de domingo passado. Para sábado (29) e domingo (30) ficam confirmadas as atividades pré-agendadas.

Para quem ainda não viu, Curupira conta a história de dois garotinhos, Jeremias e Teobaldo, que atrás de uma cotia se perdem na mata. Nessas andanças, eles encontram com a menina do vestido de branco, transformada em mariposa, com o velho e a velha da embolada e seu papagaio, a própria curupira. As outras duas são peças são chamadas dança teatro, objeto de pesquisa do Grupo Z de Teatro.

Já "Incessantemente" e "Quatro Intérpretes para Cinco Cenas" fazem parte do projeto Temporada Z, patrocinado pelos Correios, por meio de edital. As duas são classificadas como dança teatro. A peça inédita "Curupira" é um projeto de teatro para infância e juventude, montado com incentivos da Lei Rubem Braga e apoio do Banestes.

Iniciativa

O Circuito Cultural de Vitória é quem promove a ação. O programa está inserido na proposta de dinamização da cena cultural da cidade de Vitória. Por meio do Espaço Circuito Cultural em São Pedro, fomenta a produção artística, cultural e a inclusão social através da arte e da cultura. O objetivo é contribuir para a valorização da identidade cultural e o desenvolvimento local integrado e sustentável. O Espaço Circuito Cultural fica na Rodovia Serafim Derenzi, 4783, Bairro Redenção, próximo ao Centro Paroquial João Paulo II. (Loureta Samora, com colaboração de Marlon Marques)

Programação

Sexta (28) – 17h: Curupira
– 20h: Quatro Intérpretes para cinco cenas

Sábado (29) – 17h: Curupira
– 20h: Incessantemente

Domingo (30) – 17h: Curupira
– 20h: Quatro Intérpretes para cinco cenas

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Circulação Cultural SECULT – 28 a 30/11

Seguimos em frente com o Projeto Circulação Cultural, que é apoiado totalmente pela SECULT. Este fim de semana (28, 29 e 30 de novembro de 2008), as peças que  participam do projeto estarão em Montanha, Graçui, Rio Novo do Sul e Pancas. Vamos ao calendário:

- Teatro Fernando Torres (Guaçui/ES)

30/11 – Um Forte Cheiro a Maçã – 20:00

- Teatro Municipal de Montanha (Montanha/es)

28/11 – Os Cegos ou o Sábio de Flanders – 20:00

- Auditório da SEcretaria MUnicipal Pancas (Pancas/ES)

30/11 – Os Cegos ou o Sábio de Flanders – 20:00

- Teatro Municipal Ivo Mareri (Rio Novo de Sul/ES)

29/11 – O Moço que se casou com Mulher Braba

Segue abaixo o convite que me foi enviado pela secretaria. aproveitem:

Mail Marketing 27-11

Monólogo “Acinzentado”, com Letícia Braga

Depois de uma ótima apresentação durante a 4ª Edição do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória com o monólogo “No Final das Contas”, a capixaba Letícia Braga retorna a capital para apresentar seu mais novo trabalho, no Teatro Galpão, nos dias 03 a 07 de dezembro de 2008 (quarta a domingo, respectivamente), com entrada franca. Com direção cênica de Pablo Cruces (In Sanatório, 2002), e corporal de Cristine Braga, Letícia Braga nos trás o trabalho que conseguiu o Prêmio de Incentivo Alvim Barbosa, que consiste em auxiliar na produção de espetáculos dentro do estado do Espírito Santo e pertence a SECULT.

O texto foi escrito pela a atriz, que interpreta uma ex-entregador de marmitas. Não posso falar mais, pois como todos, verei a peça quando ela estrear, mas para termos uma idéia a Casa Melancia enviou um maravilhoso release sobre o espetáculo (sem eu precisar recorrer a eles!), além de uma pequena introdução do que é o espetáculo. Agradeço aos membros da Casa (Elisa Queiroz, Fran de Oliveira e Rodger Savaris) e desejo a todos um bom espetáculo. Leiam o release:

Acinzentado Letícia Braga estréia em Vitória

o monólogo “Acinzentado”

Peça fica em cartaz de 03 a 07 de dezembro, no Teatro Galpão, com entrada franca

O confronto entre as palavras e o silêncio dá o tom de “Acinzentado”, monólogo escrito e interpretado pela atriz Letícia Braga, que estréia no dia 03 de dezembro (quarta-feira), no Teatro Galpão. A peça, que tem direção cênica de Pablo Cruces, faz curta temporada até o dia 07 (domingo), sempre às 20h30 e com entrada franca todos os dias. A produção é da Casa Melancia.

Selecionado pelo Prêmio Incentivo Alvim Barbosa à Produção de Espetáculos Cênicos no Espírito Santo, da Secretaria da Cultura do Governo do Estado, o monólogo quebra a estrutura formal da narrativa tradicional. Não há começo, meio e fim no sofrimento do personagem principal, um ex-entregador de marmitas que perdeu tudo, mas preserva a memória e várias críticas à indiferença da sociedade.

Além disso, o que marca sua vida é um sentimento de impotência ampliado pela loucura. “Eu sou minúsculo!”, grita o protagonista, sufocado pelos aviões e pelas lembranças do pai e do ex-patrão, cinzas que reuniu ao longo de sua mal-traçada vida.

De tudo que possui, não lhe resta o colchão nem a escova de dentes, apenas a bicicleta, companheira de fracassos desde a infância e, agora, também destruída. Ela é uma metáfora. Melhor, a bicicleta é o próprio personagem ou são os dois um único ser em franca decadência, com os freios gastos e a corrente sem óleo, soltando da coroa a cada pedalada.

Outro ponto fundamental do espetáculo é o improviso, que marca a carreira de Letícia Braga desde os tempos de teatro de rua, em Vitória. Em “Acinzentado”, a atriz apresenta a influência marcante do texto do autor irlandês Samuel Beckett, autor de importantes obras literárias e teatrais como “Malone Morre”, “Esperando Godot” e “Fim de Partida”.

Na dinâmica do espetáculo, “Acinzentado” aproxima o público dos dramas do personagem, ao levar os espectadores para o palco do teatro. Cada apresentação tem público reduzido, com apenas 75 lugares, o que faz de cada sessão uma vivência íntima e intensa entre atriz e espectadores.

Pré-espetáculo

Acinzentado - Letícia Braga - Foto de Pablo Cruces (5) Os ingressos para a peça poderão ser retirados na bilheteria do teatro a partir das 18h30. Para isso, a produção do espetáculo criou mais dois atrativos para que o público não precise ir ao teatro duas vezes.

A partir de quarta-feira (03), com a estréia da peça para o público, será reaberto o Bar do Teatro Galpão, com bebidas e lanches servidos antes e depois do espetáculo. Além disso, o espaço recebe uma exposição de telas da artista plástica Ivana Belchior. O trabalho, realizado com graxa, é inspirado no texto de “Acinzentado” e nos dramas do personagem.

A temporada de “Acinzentado” no Teatro Galpão pretende criar um pólo cultural autônomo e temporário naquele espaço. As atividades acontecem a partir de quarta-feira (03), às 18h30, no espaço externo do, com área coberta.

Pós-espetáculo

A produção do monólogo “Acinzentado” promove também uma série de bate-papos com a equipe da peça e convidados. Na quarta-feira, a psicóloga e artista plástica carioca Flávia Serejo conversa com o público sobre o tema “Imagem Poética e Imagem Psíquica: A importância da relação com o mundo interior e sua organização na construção da imagem poética”.

Os debates acontecem após a peça, no Bar do Teatro Galpão, um ambiente informal e de formação artística.

Trajetórias

Letícia Braga

Acinzentado - Letícia Braga - Foto de Pablo Cruces web 06 Letícia Braga começou a atuar no teatro em Vitória, na segunda metade dos anos 90, com o Grupo Bufão de Teatro de Rua, do qual é fundadora. Também teve importante papel na democratização da arte teatral, levando oficinas para favelas e comunidades do interior do Espírito Santo com Usina Teatral Urbana (UTU).

A partir dos anos 2000, pesquisa novas linguagens com o diretor Pablo Cruces participando das montagens de “In-Sanatório” e “Neurobiose”, de teatro experimental, que foram marcos no teatro de Vitória. Em paralelo, participa da montagem de duas óperas, “Panela de Barro” e “O Reino de Duas Cabeças”.

Desde 2004 aprofunda seus estudos na dramaturgia de Samuel Beckett, Peter Brook e Valére Novarina, aprimorando sua consciência cênica e corporal com Jean-Jacques Sanches (coreógrafo francês da companhia Accueil Studio de Marseille). Deste período de pesquisa nasceram dois monólogos, “Ladainha” e “No Final das Contas”, este ultimo selecionado em 2008 para participar da mostra Novíssimas Pesquisas Cênicas promovida pelo SESC Tijuca no Rio de Janeiro e pelo CEAE – Centro de Estudo Artístico Experimental.

Radicada em Niterói, a atriz Letícia Braga mantém os laços que a prendem ao Espírito Santo. Recentemente, ela apresentou o monólogo “No Final das Contas” no IV Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória, ocorrido em outubro passado.

Letícia também prepara, para abril de 2009, o espetáculo “Onde, Quando, o Fim”, texto escrito em conjunto com a dramaturga Isabel Cavalcante, inspirado também em Samuel Beckett.

No cinema, ela é a protagonista dos curtas-metragens “Grinalda” (2006), “Eu que nem Sei Francês” (2008) e “Avenca” (ainda inédito, previsto para 2009), dirigidos por Erly Vieira Jr.. Esses vídeos fazem parte de uma série em que diretor e atriz reescrevem o roteiro à medida que a obra é filmada.

Pablo Cruces

Médico psiquiatra, escritor e diretor de teatro que durante os anos noventa teve uma intensa atividade cultural na cidade de Vitória, participando da cena capixaba. Fez parte do grupo Scem Real de poesia e performance.

Em 1999, inicia sua parceria com a atriz Letícia Braga com quem funda a Associação Feira (Afeira), de Produção e Difusão Cultural. Desta parceria surgem vários projetos, como a Usina Teatral Urbana (UTU), a Ocupação Artística e Cultural (OCA), que ocupou durante uma ano um velho casarão na Cidade Alta, onde aconteciam diversas atividades culturais para a população.

No teatro, escreveu e dirigiu “Neurobiose” (1999) e “In-Sanatório“ (2002), sucesso de crítica e público. Em 2005, participou na produção do monólogo “Ladainha”. Em 2008, volta a dirigir com o monólogo “No Final das Contas”.

Atualmente trabalha na produção de um curta-metragem e na produção de um novo espetáculo de teatral a estrear em 2009.

Ficha Técnica

Texto e direção geral: Letícia Braga

Direção cênica: Pablo Cruces

Direção corporal: Cristine Braga

Assessoria de dramaturgia: Isabel Cavalcante

Direção Musical e composição: Luiz Gustavo

Figurino e cenografia: Elisa Queiroz

Iluminação: Fran de Oliveira

Fotografia: Pablo Cruces

Produção Geral: EQ Produções Artísticas e Casa Melancia - Cultura e arte por toda parte!

Serviço:

Acinzentado - Letícia Braga - Foto de Pablo Cruces (1) “Acinzentado”, com Letícia Braga

Dias: 03, 04, 05, 06 e 07 de dezembro (quarta a domingo)

Horário: 20h30

Local: Teatro Galpão (Av. Nossa Senhora da Penha, 2490, Santa Luiza, Vitória)

Ingressos: Entrada franca (os ingressos podem ser retirados na bilheteria do teatro a partir de 18h30).

Limite de público: 75 pessoas

Informações: (27) 3084-6650

Assessoria de imprensa: Elisa Queiroz (27) 3347-1151/8806-0000

imprensa@casamelancia.com.br

Fotos, release e currículos para download em:

teatroacinzentado@gmail.com / senha: leticiabraga

Ensaio aberto para a imprensa: Dia 01 (segunda-feira), às 18h30, no Teatro Galpão.

A atriz Letícia Braga e o diretor Pablo Cruces estarão em Vitória a partir de sábado (29 de novembro) à disposição para entrevistas e também após a sessão para a imprensa. Contatos: (21) 9868-3561/ (21) 9901-0563/ (27) 3225-4204

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lei Vila Velha Cultura e Arte – Edição 2009

Foto Edson Quintaes Sabe quando você percebe que está falhando? Quando você começa a não postar o que se propõe. Exemplo: A Lei Vila Velha Cultura e Arte começou há mais de vinte dias e eu não coloquei nada no blog.

Mais uma vez a Secretaria Adjunta de Cultura de Vila Velha abre um edital para incentivar e fomentar a cultura no município. Dessa vez, serão R$ 1.300.00 (Um milhão e trezentos mil reais) em bônus para a mais diversas áreas ligadas a cultura.

O secretário e presidente da comissão da Lei, Alvarito Mendes Filho divulgou o edital no dia 31 de outubro de 2008 (sexta-feira), abrindo as inscrições para o dia 05 de novembro de 2008 (quarta-feira). O prazo se findará em 08 de dezembro de 2008 (segunda-feira). O formulário se encontra no site da Prefeitura Municipal de Vila Velha ou você pode clicar aqui para baixá-lo (em formato DOC). Se quiser saber mais sobre essa Lei de Incentivo, clique aqui ou aqui, para saber sobre a Resolução Normativa (em formato DOC).

Segue abaixo o Edital. Boa sorte a todos!

8965 PREFEITURA MUNICIPAL DE VILA VELHA

SECRETARIA ADJUNTA DE CULTURA

COORDENAÇÃO DA LEI VILA VELHA CULTURA E ARTE

Edital 2009

LEI VILA VELHA CULTURA E ARTE – LEI Nº 4.573

Vila Velha - ES

A Secretaria Adjunta de Cultura do Município de Vila Velha, de acordo com o que estabelece a Lei Vila Velha Cultura e Arte – Lei Nº 4.573, de 13 de novembro de 2007, vem a público anunciar que, em 2009 o montante destinado ao patrocínio dos projetos aprovados para receberem os benefícios da referida Lei, será de R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais) e torna público aos produtores, artistas, autores, agentes e empreendedores culturais, domiciliados ou com sede fiscal no Espírito Santo, de modo que possam, no período de 05 de novembro a 08 de dezembro de 2008, apresentar seus projetos culturais, cuja aprovação dará direito ao recebimento do Bônus Cultural emitido pelo Município, obedecidos os seguintes critérios:

1- Apresentação detalhada do projeto, segundo modelo fornecido pela Coordenação Executiva da Lei Vila Velha Cultura e Arte, e disponibilizado no site www.vilavelha.es.gov.br (Cultura), contendo as seguintes informações:

a) Sinopse;

b) Especificação dos objetivos;

c) Recursos humanos envolvidos;

d) Cronograma de execução;

e) Orçamento detalhado em real, acompanhado de pelo menos 03 (três) orçamentos de fornecedores de bem e/ou serviço;

f) Plano de Aplicação dos Recursos;

g) Indicação das formas pelas quais se dará a assinatura do Município e a inserção de seus símbolos no produto cultural ou artístico realizado;

h) Qualificação civil e currículo do responsável contendo RG e CPF, bem como comprovação de residência (pessoa física) ou sede fiscal (pessoa jurídica);

i) Atos constitutivos devidamente registrados nos órgãos competentes, CNPJ para Pessoas Jurídica, e Certidões que comprovem a regularidade fiscal perante o Município, o Estado e a União;

j) Requerimento no qual deverá constar título do projeto, e que será disponibilizado pela Coordenadoria Executiva da Lei Vila Velha Cultura e Arte no local de inscrição dos projetos;

k) Contrapartida social (requisito imprescindível para julgamento);

l) CD ou fita demonstrativa e letras das músicas (quando se tratar de projetos de artes musicais) e (no caso de literatura) texto completo da obra, que passarão a fazer parte do acervo de projetos da Secretaria Adjunta de Cultura, observado os direitos autorais;

m) No ato da inscrição, os projetos deverão conter autorização de utilização de direitos autorais de terceiros, caso seja necessário.

2- A falta de quaisquer das documentações acima relacionadas serão motivo de indeferimento dos projetos.

3- Os projetos indeferidos não são passíveis de devolução.

4- Após o anúncio, no endereço eletrônico do Município: www.vilavelha.es.gov.br (Cultura), dos projetos selecionados, os proponentes deverão procurar a Coordenação Executiva da Lei Vila Velha Cultura e Arte para a assinatura do Termo de Responsabilidade.

5- Quanto aos prazos:

a) Troca de bônus: até o término do exercício do Ano Fiscal (31 de dezembro) do ano corrente da emissão do bônus;

b) Execução do projeto: até 12 (doze) meses após a troca do(s) bônus;

c) Prestação de contas: até 60 (sessenta) dias após a execução do projeto, conforme instruções fornecidas pela Coordenadoria Executiva da Lei Vila Velha Cultura e Arte, ou a qualquer momento, quando solicitado;

d) Os projetos contemplados com os benefícios da Lei Vila Velha Cultura e Arte, e que na sua realização se prevê duração de 4 (quatro) meses ou mais, deverão apresentar à Coordenadoria Executiva da Lei prestação de contas parcial, a cada 2 (meses ), a qualquer momento, quando solicitado;

e) Independente da prestação de contas, que trata a alínea anterior, o empreendedor cultural contemplado com os recursos da Lei, deverá apresentar relatório mensal do andamento do projeto.

6- A apresentação dos projetos da Lei Vila Velha Cultura e Arte deverá ser feita obrigatoriamente no Protocolo Geral da Prefeitura Municipal de Vila Velha, Av. Champagnat, Nº 792 - Centro, Vila Velha, ES – Cep: 29100-013.

7- Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Normativa da Lei Vila Velha Cultura e Arte, ouvida a Coordenação da Lei.

Vila Velha, (ES), 31 de outubro de 2008.

Alvarito Mendes Filho

Secretário Adjunto de Cultura

Presidente da Comissão Normativa da Lei Vila Velha Cultura e Arte

terça-feira, 25 de novembro de 2008

FAMES apresenta Ópera de Puccini

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Eu perdi a oportunidade de ter falado sobre o assunto no dia 18/11/2008 (terça-feira... Na verdade, fiquei sabendo em cima da hora), mas dessa vez falarei sobre um pouco mais adiantado.

É raro vermos uma ópera em Vitória-ES, mas essa é a segunda vez que a FAMES (Faculdade de Música do Espírito Santo) nos dá essa oportunidade. A primeira vez foi o ano passado, com a ópera Il Campanello di Notte, de Gaetano Donizetti, e devido ao sucesso eles retornam com uma nova ópera, Gianni Schicchi, de Giacomo Puccini.

Tá, não é tão nova assim, já que foi escrita em 1918, mas é uma verdadeira novidade para os palcos de Vitória. A ópera teve sua estréia no Teatro Universitário, nos dias 18 e 19 de novembro de 2008 (terça-feira e quarta-feira, respectivamente) e agora segue para o palco do Theatro Carlos Gomes, nos dias 29 e 30 de novembro de 2008 (sábado e domingo).

Vitória, no seu passado, teve óperas no palco do Carlos Gomes, mas há muito tempo que algo desse tipo não acontece por aqui. No ano passado, com a obra de Donizetti, a FAMES conseguiu um feito incrível, levando novamente ao teatro uma ópera. A intenção é fazer o mesmo agora.

Agora falemos um pouco sobre a obra e seu autor.

clip_image002Giacomo Puccini (ele me lembrou o ex-volcalista do Queen, Freddie Mercury) nasceu numa família de músicos. Seus antepassados eram organistas da igreja de São Murtinho em Lucca e foi o que ele aprendeu com sei pai, Michele Puccini, a tocar órgão. Seu pai veio a falecer antes dele completar seis anos e ele parecia seguir o mesmo caminho de toda a família, quando começou a cantar no coro da igreja, mas após ouvir Aida, de Giuseppe Verdi, despertou nele a paixão para escrever óperas.

Puccini escreveu sua primeira ópera em 1883, Le Villi, para participar de um concurso. Não ganhou o prêmio principal, mas chamou a atenção do dono de uma editora musical, que encomendou uma segunda ópera, Edgar, que foi recebida friamente no Scala, de Milão.

É de Puccini La Bohème, que foi sua quarta ópera e contava a história de artistas tentando sobreviver do que faziam. Em 1905, ele visitou a Argentina, para tentar descobrir como seu irmao, Michele, morreu.

Giacomo Puccini veio a escrever Gianni Schicchi em 1918, quando estava com sessenta anos. Ela estreou em 14 de dezembro, no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque. A obra é de um ato somente e foi a primeira ópera cômica escrita por Puccini. A ópera foi baseada no Canto XXX do Inferno, da Divina Commedia de Dante Alighieri.

Dessa vez ela acontecerá no Theatro Carlos Gomes, sobre regência do maestro Sérgio Dïas e direção cênica de Erlon Paschoal. A entrada será através de doação. As pessoas interessadas em assistir à ópera, deverão comparecer ao protocolo da FAMES, com um quilo de alimento não perecível, para ser doado futuramente a instituições de serviço social.

Seguem abaixo todas as informações que me foram passadas pela Assessora de Imprensa da FAMES, Daniela Ramos:

Fames apresenta ópera de Puccini

clip_image003Depois do sucesso da Ópera Il Campanello em 2007, a Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames) prepara para novembro, Gianni Schicchi, ópera de Giacomo Puccini, com apresentações no Teatro da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e no Theatro Carlos Gomes. O evento tem caráter beneficente e os ingressos deverão ser trocados por 1 quilo de alimento não perecível, nesta quarta-feira (12), na recepção da Fames.

As récitas (espetáculos de declamação) serão nos dias 18 e 19 de novembro, no Teatro da Ufes, às 20 horas, e no dia 29, às 20 horas e 30, às 17 horas, no Theatro Carlos Gomes.

Esta montagem, com acompanhamento da orquestra de Câmara da Fames, regida pelo maestro Sérgio Dias, é fruto de um projeto acadêmico da Fames, integrando no elenco os alunos, professores e músicos convidados.

Entre eles estão Lício Bruno, Manuela Freua, Martin Mühle, Amadeu Góis, Márcio Neiva, Raynor Pedruzzi, Sheila Limão, Adalgisa Rosa, Alessandro Santana, Claudemir Lira, Fábio Salazar, Felipe Colle, Karina Santos, Maristela Araújo, Meire Norma, Renato Gonçalves, Thiago Peçanha, Willian Oliveira, Vânia Caçador e Wilson Olmo. A direção cênica é assinada por Erlon Paschoal.

“Colocar o público do nosso Estado em contato com uma obra significativa da música universal, encenada por profissionais competentes, experientes e responsáveis é razão de sobra para fazer da montagem de Gianni Schichi um acontecimento de suma importância na agenda cultural de Espírito Santo”, afirma Erlon Paschoal, diretor cênico do espetáculo.

A obra

clip_image004Gianni Schicchi, ópera em um ato de Giacomo Puccini, com libreto de Giovacchino Forzano, é baseada no Canto XXX do Inferno, da Divina Comédia de Dante Alighieri. Única ópera cômica de Puccini, estreou no Metropolitan Opera House de Nova Iorque, em 14 de dezembro de 1918, junto com Il Tabarro e Suor Angelica.

Dante Alighieri, o autor da Divina Comédia, colocou os seus inimigos políticos e pessoais no inferno. Entre os desafetos do poeta estava Gianni Schicchi, cidadão de Florença, que teria falsificado o testamento de Buoso Donati (Dante era casado com Gemma Donati, membro dessa família), deixando a maior parte dos bens de Buoso, que morreu em 01 de setembro de 1299, para a família Schicchi. O objetivo da ópera de Puccini é provar que, afinal de contas, Gianni Schicchi não merecia ir parar no inferno.

Sinopse

A sombra de Gianni Schicchi já paira sobre os parentes de Buoso Donati que, em seu quarto, acaba de morrer. Corre um boato de que toda a fortuna de Buoso foi deixada para os monges. Simone declara que se o testamento já estiver nas mãos do tabelião nada se tem a fazer, mas se ainda estiver no quarto, nem tudo estará perdido.

Encontrado o documento, constata-se que a fortuna havia sido deixada para a Igreja, e que para os parentes sobrara apenas as migalhas. Um dos parentes lembra-se de Gianni Schichi, que pode ser a saída para o problema.

Gianni Schicchi, ao ler o testamento, tem a idéia de se passar por Buoso e fazer alterações na partilha dos bens, mas antes que os parentes do finado concordem com a idéia, Schicchi lembra a eles a pena para este crime: exílio da querida Florença e corte da mão direita.
Schicchi pergunta se mais alguém já foi informado da morte de Buoso. Os parentes afirmam que mais ninguém sabe da notícia. A chegada do médico deixa todos tensos, o plano começa a ser executado, Schicchi já se passa pelo falecido Buoso. Schicchi responde as perguntas do médico imitando a voz do morto, garantindo que esta melhor. Após o incidente, mandam chamar o tabelião para fazer o novo testamento, com a partilha dos bens de maneira que todos os parentes ficassem satisfeitos.

Os parentes recomendam a Schicchi que distribua os bens em partes iguais, mas individualmente cada um lhe pede a maior parte da herança, com a promessa de que ele será recompensado.

Antes de deitar-se na cama do falecido Buoso, Schicchi novamente os adverte para os riscos que estão correndo em semelhante empreitada: a lei comina penas de exílio e perda da mão direita para aqueles que falsificam testamentos e para seus cúmplices. Ouve-se novamente baterem à porta; entram o tabelião e as duas testemunhas. Schicchi responde às perguntas com uma vozinha fraca, e o testamento passa a ser redigido, com não poucos lances cômicos.
O funeral modesto proposto por Schicchi agrada aos parentes, cada um dos quais vai recebendo seu quinhão, até que chega o momento de distribuir o que realmente interessa na herança: a villa em Florença, os moinhos em Signa e a mula. É em meio a indignados protestos que ele vai legando cada um desses bens a “seu devotado amigo Gianni Schicchi”; a cada interrupção, ouvindo perguntas revoltadas sobre a utilidade dessas maravilhas para o bronco Schicchi, responde que sabe perfeitamente o que é melhor para ele.
Quando as interrupções ameaçam tomar-se por demais truculentas, Schicchi canta uma frase ou duas de despedida de Florença e os parentes compreendem que foram apanhados em sua própria armadilha, nada mais tendo a fazer. Para que a lição seja completa Schicchi ordena a Zita que dê 20 florins a cada testemunha e 100 ao tabelião.
Mal sai o tabelião, os frustrados herdeiros avançam sobre Schicchi, arrancando-lhe a camisola em pedaços. Lauretta e Riniccio cantam a felicidade que os espera e Schicchi retorna, trazendo de volta alguns objetos furtados. Voltando-se para o público, diz então: “Poderiam imaginar melhor uso para o dinheiro de Buoso?”

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Fames
Paula Norbim
(27) 3132-1045/ 9849-1351
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