Parece que eu estava adivinhando como seria a recepção do público quanto ao espetáculo "A Menina". Sempre carismática, Fabiola Buzim encantou as pessoas que foram assistí-la na terça-feira (19/10/2010), no Theatro Carlos Gomes, durante a 6ª Edição do Festival Nacional de Teatro "Cidade de Vitória". Em comunicação do Secom, direto para o hotsite do festival, o público pode rir, chorar, refletir e se identificar com o espetáculo, que é um solo cênico escrito pelo mineiro Ivan Ângelo e dirigido pela cineasta Virginia Jorge. Abaixo segue a matéria que foi publicada no hotsite (Parabéns Fabiola!):
Mulheres diferentes se reconhecem em A Menina, encenada na noite de terça
A programação distribuída na entrada do Theatro Carlos Gomes indicava a representação de um solo cênico influenciado pelo teatro essencial. Mas o público viu muito pouco solo na interpretação da atriz capixaba Fabíola Buzim, que não se deixou estar só no palco.
Durante todo o espetáculo, a peça A Menina, que integra o VI Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória, a atriz dialoga com a plateia, com a luz, com o cenário, com a mãe, com as amigas e traz questionamentos da vida diária, faz pensar, rir e chorar com um texto que não se perde nas palavras nem mesmo quando ela assim o diz.
As marcas de força da interpretação trazidas pelo teatro essencial estavam lá nesta adaptação do conto do jornalista Ivan Ângelo e surpreenderam as aproximadamente 150 pessoas que foram assistir à peça na noite desta terça-feira (19).
Um dos representantes capixabas no Festival, A Menina integra o pensamento à colcha de retalhos que forma o cenário, enquanto as sombras trazem à memória do público momentos de pura experimentação - ora das lembranças, ora simplesmente das palavras que perdem e ganham sentidos diferenciados.
Idades diversas foram ao teatro conhecer esse mundo feminino. Maria Cristina Azevedo (39 anos) levou a sobrinha Ana Júlia Silva (15 anos) para assistir à peça: "Viemos buscar o ingresso cedo porque moramos aqui perto e quase não temos oportunidade de ir ao teatro. Quando ela falou da escola e da crueldade das meninas eu tinha certeza de que ela estava falando de mim", conta a tia.
Para Ana Júlia o melhor momento é quando a menina descobre o significado da palavra desquitada: "Esse preconceito é antigo. Eu sou jovem, meus pais são separados e eu ainda sinto aquele arrepio quando alguém pergunta pelo meu pai. Parecia que era comigo que a atriz estava falando".
O espetáculo vai entrar em cartaz no início do próximo ano no Teatro Leblon (Rio de Janeiro).
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