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sábado, 29 de janeiro de 2011

Na Coxia: O Teatro Galpão fechou!

O Na Coxia desta vez vem na intenção de se lamentar, pois mais um teatro se fecha em Vitória-ES, o Teatro Galpão.

teatrogalpao-fechado Palco dos mais variados sucessos da capital, o Teatro Galpão fechou suas portas. Neles passaram a tetralogia Hello Creuzodete, contando as histórias da personagem Marly, de Milson Henriques, vários infantis que foram sucessos de público – e outros nem tanto –, as peças de Wilson Nunes e Edilson Pedrini, contando as histórias de Melani Marques, o próprio diretor e dono do teatro, José Augusto Loureiro, teve espetáculos sendo atuados no seu palco, e eu – quando era um aprendiz de ator – subi aos palcos do Teatro Galpão, seja nas esquetes “A Crise ou Encontro Fortuito de Dois Mendigos” e “Amor, Sexo e Esclerose” ou com a peça “O Casamento Suspeitoso”, que ficou dois meses de temporada por lá.

ROSA NEGRA (2)[8] Ver o teatro sem o seu letreiro ou mesmo com cartazes de “Aluga-se” estampados na sua frente, é um contraste aos vários cartazes que vimos colados, como o que fui assistir mais recentemente no teatro, “Rosa Negra” do Grupo Teatro Empório.

No palco do Teatro Galpão subiram peças de âmbito estadual e nacional, também. Tive a oportunidade de assistir o espetáculo de bonecos 100 Shakespeare, do Grupo Pia Fraus, de São Paulo. Também tivemos dois festivais que abrilhantaram o palco do Teatro Galpão, II-ALDEIA-SESC[4] O Aldeia SESC de Teatro “Padre José de Anchieta” e O Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória”. Estiveram no palco, durante os festivais, as peças “O Casamento de Tereza” (ES), “Leitura Musical Bretch – Um homem é um homem” (ES), “Os Cegos ou o Sábio de Flandres” (ES), “O Figurante Invisível” (ES), “O Grande Circo Ínfimo” (ES), “A Idade da Ameixa” (MG), “Dinossauros… Ou Ainda é Hoje”,”Cabral, a esquadra se deu mal” (ES), “Descalça?” (ES) e “A Culpa foi dela” (ES). cartaz A2_FESTIVAL TEATRO 2010_420 x 594_LAYOUT_thumb[4]Fora dos festivais várias peças de atores e diretores conhecidos do estado estiveram no palco do Teatro Galpão, como já citada a tetralogia de Marly nas peças “Hello Creuzodete”, “Hello Creuzodete II: A Missão”, Hello Creuzodete III: A Perereca da Marly” e “Hello Creuzodete IV: Finalmente Alguém Comeu”. Também tivemos os sucessos de Wilson Nunes, como “Romeu e Julieta: O Amor Venceu”, “Por Favor, Matem Meu Patrão”, “Minha Sogra é de Matar”, “Luz, Câmera… Cleópatra em ação!” e “O Bello e as Feras”. A polêmica Cia de Teatro Experimental, dirigida por Priscila Poeta e Marcio Zatta, teve quase todas as suas peças encenadas no Teatro Galpão, como “KADR” e “O Casamento”, baseado na obra de José de Alencar. Também tivemos o Grupo Z de Teatro, que encenou na área aberta do Galpão, e também o Grupo Armazém, do próprio José Augusto Loureiro, ficou durante meses, tendo público, com a peça “Os coveiros”. O Clã de Teatro colocou no palco do teatro o espetáculo “A Grande Estiagem”, que foi sucesso dentro e fora do estado.

Depois de ver tantos sucessos – e as vezes fracassos – subindo ao palco do teatro, dois festivais sendo apresentados no Galpão – sendo um deles do próprio município –, me pergunto porque somente agora a Prefeitura tomou a atitude de cobrar regularização de Alvará? Isso seria fácil responder, mas como não tenho provas, deixo para quem tem. Só fico triste que, em vez da prefeitura apoiar um teatro, ajudar a mantê-lo, ela prefere vê-lo fechar.

É fácil dizer que a Prefeitura de Vitória um dia abrirá o Teatro José Carlos de Oliveira, que se encontra no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, que um dia teremos o Cais das Artes (que para mim será igual ao Theatro Carlos Gomes, ou melhor, com uma agenda difícil de conseguir se encaixar) e que um dia teremos o Teatro Glória – SESC (que está ficando até bonito!). Por enquanto Vitória só pode contar com três teatros, um pertencente ao estado, que é o Theatro Carlos Gomes, cuja agenda, de tão apertada com tantos projetos musicais e apresentações nacionais trazidas pelo Rá Tim Bum Produções Artísticas, fica complicado colocar uma peça lá, que não poderá fazer temporada, o Teatro do SESI, que cobra valores altos por três dias de apresentação – no ano de 2010 estava custando R$ 800,00/dia – e o Teatro Universitário, da UFES, que não fica atrás do SESI e possui uma disposição de cadeiras para o público de um forma que pode se perder algo que está em cena (testemunha ocular, nas peças “Óidipous, filho de Laios – A História de Édipo Rei pelo avesso” (RJ) e “Inveja dos Anjos” (RJ)).

No ano de 2010, no Espírito Santo, fomos testemunhas da demolição do Teatro Edith Bulhões (antigo Teatro SCAV), para servir de espaço para o Ministério da Fazenda (que nem iniciou nenhuma construção ainda, mas deixou o espaço como um terreno baldio), e começamos o ano de 2011 com o fechamento do Teatro Galpão, pois a Prefeitura de Vitória precisa de dinheiro para pagar as dívidas e não pode auxiliar na manutenção de um teatro. O triste disso é que o Teatro Galpão também foi palco do SATED-ES, tanto no momento em que o ex-presidente tomou posse, como para a atual presidente, Verônica Gomes. Vários debates do sindicato aconteceram no teatro.

Eu estou simplesmente triste por essa notícia e por ter de dá-la. O Teatro Galpão foi minha primeira vez em um palco de teatro. Foi uma das minhas grandes emoções olhar o público lá de cima e ver qual é a emoção de um ator de fazer o público gostar de assistir teatro. Minha segunda experiência no Teatro Galpão foi fantástica também, pois ouvir a risadas das pessoas com a peça “O Casamento Suspeitoso” e vê-las voltar várias vezes, sempre trazendo novas pessoas, deixando o teatro lotado, durante dois meses, mostrava que o público conseguia admirar o que era feito.

O Teatro Galpão tinha cadeiras duras demais (adquiridas por José Augusto Loureiro do antigo Teatro Glória), não tinha ar condicionado, mas mesmo assim fez as pessoas gostarem de ver teatro, pois era um espaço para isso! Infelizmente, aqui eu dou adeus a um dos lugares que me encantaram tanto por trás das coxias, como no palco ou no público. Obrigado por tudo Teatro Galpão!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Espetáculo de dança “Acqua” estreia na Escola de Teatro, Dança e Música FAFI

Iniciou-se ontem (26/01/2011) e vai até sábado (29/01/2011) a apresentação de “Acqua”, do bailarino e coreógrafo Paulo Fernandes. As apresentações acontecem na Escola de Teatro, Dança e Música FAFI, no horário de 19h00, na quarta-feira e quinta-feira (26 e 27/01/2011) e com apresentações duplas na sexta-feira e no sábado (28 e 29/01/2011), nos horários de 17h00 e 19h00, com entrada franca.

Abaixo segue a matéria publicada no site da Prefeitura Municipal de Vitória, por Vitor Lopes.

Publicada em 20/01/2011, às 16h01 | Atualizada em 26/01/2011, às 15h28

Por Vitor Lopes

De graça: espetáculo "Acqua" em cartaz até este sábado na Fafi

foto Até este sábado (29), a Escola de Teatro, Dança e Música Fafi recebe o espetáculo “Acqua”, que leva a assinatura do conceituado bailarino e coreógrafo Paulo Fernandes. A dança anuncia um olhar sobre a questão humana, na qual o ser se confunde com a água.

De acordo com o bailarino, ao tentar reaprender a origem do mundo e do ser humano, pensadores de todas as épocas propuseram um enunciado simples: a água como essência, literalmente, a fonte de todas as coisas.

“A montagem do ‘Acqua’ busca ir além da questão da espetacularidade. Numa era de liquidez, o espetáculo lança um olhar perante os efeitos das atrocidades do homem”, afirma o coreógrafo Paulo Fernandes, que complementa: “A água é capaz de fazer brotar e florescer civilizações, ditar limites geográficos e protagonizar conflitos”.

“Acqua”, já apresentado em diversos festivais nacionais e internacionais, mostra-se como uma homenagem a Vitória, inspirado na nossa ilha-cidade. As cenas convidam para um mergulho no inconsciente coletivo, trazendo à tona uma reflexão da vida contemporânea.

O diretor

Dito pela crítica francesa como “o dançarino das profundezas do simbolismo afro brasileiro”, Paulo Fernandes é um dos principais nomes da dança contemporânea do Espírito Santo. Há dez anos dirige a Cia Enki de Dança Primitiva. É responsável por espetáculos premiados, como “Simbolein”, querecebeu incentivo do Fundo Nacional das Artes (Funarte) para apoio de montagem e circulação. Este foi o único espetáculo do estado a ser contemplado no Prêmio Klauss Vianna, em 2009.

Ficha técnica de “Acqua”

Direção e concepção: Paulo Fernandes
Intérprete: Paulo Fernandes e Wederson Fernandes
Iluminador: Everaldo Nascimento
Sonoplasta; Luiz Furlane
Produção: Paulo Fernandes e Jurandi Gusmão
Figurino e Adereço: Regina Schmtt e Jurandi Gusmão
Costureira: Raquel Braz
Make-up: Juvenal Mendes
Pesquisa: Paulo Fernandes e Gilbert Chaudanne
Fotografias: Carlos Antolini e Robyson Vilaronga
Divulgação: Coletivo

Serviço

Espetáculo de dança “Acqua”, de Paulo Fernandes
Onde:Escola de Teatro, Dança e Música Fafi, Av. Jerônimo Monteiro, 656, Centro
Quando: Dias 26 e 27, às 19h. Dias 28 e 29, às 17h e às 19h.
Informações:www.vitoria.es.es.gov.br/semce (27) 3381-6924

Fonte: http://www.vitoria.es.gov.br/semc.php?pagina=noticias&idNoticia=5408

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Boyásha Trup apresenta “A Mais Forte”

Obrigado Leandro Bacellar!

lei vv cultura e arte[4] Por que começar assim? Bem, foi graças a Leandro que chegou as minhas mãos um novo trabalho agraciado com a Lei de Incentivo Cultural Vila Velha Cultura e Arte. Não foi ele quem me enviou, mas sim o diretor e ator João Paulo Stein, que também adaptou da peça de camara do dramaturgo sueco Johan August Strindberg (1849-1912). Escrita em 1889, a peça se passa na década de 1880. Eu não sei muito sobre o trabalho, mas parece ser muito interessante. A peça terá sua estreia na Academia de Letras Humberto de Campos, localizada na Prainha, em Vila Velha/ES, no dia 02 de fevereiro de 2011 (quarta-feira), e ficará em cartaz até o dia 06 de fevereiro de 2011 (domingo), sempre as 20h00. Depois o trabalho cênico irá para a Escola de Teatro, Dança e Música FAFI e ficará lá entres os dias 11 e 13 de fevereiro de 2011 (sexta-feira a domingo), as 20h00. O mais interessante é a forma de adquirir um ingresso, o interessado só precisa levar uma garrafa pet vazia, que será usada para reciclagem (criativo!)

Abaixo você ficam com o material que João Paulo Stein me enviou. Bom espetáculo para todos!

"A MAIS FORTE"

 DIVULGAÇÃO CARTAZ I Escrita por volta de 1890, A Mais Forte conta uma história onde paixão, amor, ódio e medo se confundem.

Cada olhar; cada gesto tem um significado muito mais profundo do que deixa transparecer, e cabe ao espectador resolver, com sua imaginação e história pessoal, o desentrelaçar do drama.

Através de um conflito aparentemente trivial, vivido por duas mulheres que disputam o amor do mesmo homem, o espectador é levado a se indagar sobre os fatos que são, ou não, importantes na vida, ou quando se escolhe um caminho a seguir.

A peça provoca um questionamento interno e é praticamente impossível não fazer perguntas a si próprio, tais como: Onde reside a força do ser humano? Quando somos mais fortes? Quando calamos e cedemos, ou quando nos deixamos tomar pelos sentimentos que nos arrastam em turbilhão? Até que ponto lutar vale a pena? Será o mais acertado? Até que ponto nossos sonhos são mesmo nossos? E onde passam a ser dos outros ? São reflexões que “A Mais Forte” propõe a cada espectador...

Ficha Técnica

Texto: August Strindberg
Adaptação & Direção: João Paulo Stein
Produção Executiva & Direção Musical: Murillo Iglesias
Elenco: João Paulo Stein & Ellen Barcelos

Datas:

De 2 até 6 de Fevereiro - 20h
Academia de Letras Humberto de Campos ( Prainha-V.V.)
-Debate ao final do espetáculo.

De 11 até 13 de Fevereiro - 20h:
Escola de Teatro, Dança e Música FAFI

Ingresso: 1 Garrafa Pet.
Classificação: 14 Anos
Informações: 3063-4201

Patrocínio: Prefeitura Municipal de Vila Velha
                   Lei Vila Velha Cultura e Arte

Realização: Boyásha Trup

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

São Paulo Companhia de Dança se apresenta no Carlos Gomes e da palestra e oficinas na FAFI

SP_Cia_de_Danca A Secretaria Municipal de Cultura de Vitória (SEMC) e a Secretaria Estadual de Cultura do Espírito Santo (SECULT) se uniram ao Governo do Estado de São Paulo e trazem à Vitória-ES a São Paulo Companhia de Dança para palestra, apresentações e oficinas para bailarinos.

A Companhia foi criada em janeiro de 2008, pela Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo e tem um repertório que abarca desde coreografias de referência da dança até coreografias inéditas criadas por diferentes artistas especificamente para o seu corpo de dança.

Dirigida por Iracity Cardoso e Inês Bogéa, a São Paulo tem a difusão da dança – produção e circulação de espetáculos – como o núcleo principal de seu trabalho. Desde sua criação produziu doze obras, sendo sete remontagens (Les Noces, de Bronislava Nijinska; Serenade, Tchaikovsky Pas de Deux e Theme and Variations, de George Balanchine, Gnawa, de Nacho Duato, Prélude à l´après-midi d´um Faune, de Marie Chouinard e Sechs Tänze, de Jirí Kylián) e cinco obras inéditas (Polígono, do italiano Alessio Silvestrin; Ballo, de Ricardo Scheir; Entreato, de Paulo Caldas; Passanoite, de Daniela Cardim e Os Duplos, de Maurício de Oliveira). A Companhia se apresenta ao longo do ano em São Paulo, em cidades do interior do Estado, além de outras capitais brasileiras.

Na área de registro e memória, o foco é a série de documentários Figuras da Dança na qual personalidades da dança brasileira contam sua história e Canteiro de Obras, material que revela o processo de trabalho das criações da Companhia. Suas atividades se completam com ações educativas e de formação de plateia como Palestra com o Professor, Espetáculos Abertos para Estudantes, Oficinas para Bailarinos e Cursos Intensivos de Dança.

Desde seu surgimento a São Paulo Companhia de Dança já lançou um livro de ensaios e 19 documentários. Ainda este mês a SPCD lança seu segundo livro – Sala de Ensaio – e mais cinco documentários da série Figuras da Dança.

A Companhia é um lugar de encontro dos mais diversos artistas para que se possa pensar em um projeto brasileiro de dança.

Ela chega a Vitória no dia 03/02/2011 (quinta-feira), trazendo a palestra com a professora, diretora da Companhia, escritora e documentarista, a Dra. Inês Bogéa, que abordará como tema “A Vida de Bailarino”, na Escola de Teatro, Dança e Música FAFI, a partir das 19h00.

Já as apresentações do repertório da Companhia, que consiste nos espetáculos “Gnawa” de Nacho Duato, “Tchaikovsky Pas de Deux” de George Balachine e “Sechs Tänze” de Jirí Kylián, acontecerão nos dias 04 e 05 de fevereiro de 2011 (sexta-feira e sábado), as 20h30 e 06 de feveriro de 2011 (domingo), as 19h00, no Theatro Carlos Gomes, com igressos nos valors de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), sendo que haverá uma apresentação na sexta-feira (04/02/2011) a partir das 15h00, que será aberta para estudantes.

E no sábado (05/02/2011), serão oferecidas oficinas para bailarinos nas instalações da Escola de Teatro, Dança e Música FAFI. A primeira será de 10h30 as 12h00, sobre Técnicas de Balé Clássico, e a segunda será de 12h00 as 13h30, sobre a Técnica de Martha Graham. Mais informações poderão ser obtidas na Secretaria da FAFI, pelo e-mail: educativo@sped.com.br ou pelo telefone: (27) 3132-8398. Boa palestra, bom espetáculo e boa oficinas à todos!

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União do SESC com CCBB/RJ trás oficinas ao estado e inscrição no projeto Seleção Brasil em Cena

É uma união de forças. O SESC e o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro se uniram para a 4ª Edição da Seleção Brasil em Cena, um projeto que selecionará doze textos inéditos e originais – não será aceitas adaptações - e os premiará. A atriz e uma das coordenadoras do SESC Cultura, no Espírito Santo, me enviou o material, que segue abaixo. Boa sorte a todos que se increverem ou vierem a fazer as oficinas!

CCBB e SESC oferecem oficinas gratuitas de dramaturgia em 5 estados para fomentar a inscrição de peças no projeto Seleção Brasil em Cena

ccbb-sesc O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro fechou parceria com o Sesc para a quarta edição do Seleção Brasil em Cena. Depois de três edições de sucesso, o Sesc entra no projeto promovendo oficinas de dramaturgia em cinco estados brasileiros com nomes consagrados, como Caio de Andrade e Jô Bilac, com o objetivo de dar ferramentas para fomentar a dramaturgia fora do eixo Rio-São Paulo.

As cidades de Rio Branco (AC), Vitória (ES), Recife (PE), Florianópolis (SC) e Cuiabá (MG) recebem as oficinas de dramaturgia comandadas pelo Sesc. São 15 vagas pra cada oficina e as inscrições podem ser feitas nas unidades locais do SESC. (ver cronograma das oficinas abaixo)

E até 4 de março de 2011 dramaturgos de todo país poderão inscrever seus textos inéditos no concurso.

Seleção Brasil em Cena

De 27 de julho a 14 de agosto, o público vai assistir às leituras dramatizadas dos doze textos selecionados por um júri formado por quatro profissionais de artes cênicas. Mais do que realizar leituras de novos autores, mais do que premiar em dinheiro, o projeto oferece o que todo autor almeja – um palco para ser montado. E um projeto bem pensado não poderia deixar de fora quem dá vida às personagens criadas pelos autores. Por isso, os atores que formam os elencos das 12 peças finalistas do concurso são oriundos das mais diversas escolas de teatro do Rio de Janeiro. Inserção e oportunidade de trabalhar com consagrados diretores: Gilberto Gawronski e Paulo de Moraes, que participaram da última edição, Christhiane Jatahy e os irmãos Guimarães, convidados para a nova edição.

A peça vencedora (escolhida pelo público) será encenada em um dos teatros do CCBB Rio no período de 08/11/2011 a 08/01/2012

Como Participar do Seleção Brasil em Cena

Os textos deverão ser inéditos e poderão concorrer à seleção, apenas brasileiros natos ou estrangeiros naturalizados, sem restrições quanto ao número de textos enviados. Não serão aceitas adaptações de obras de outro autor.

A seleção será realizada por uma comissão composta por 4 especialistas em artes cênicas.

Serão concedidos prêmios de R$ 500,00 aos 12 textos selecionados, além de 3 prêmios especiais para os trabalhos que obtiverem a melhor nota do público:

3º lugar: R$ 1.000,00 (mil reais)

2º lugar: R$ 3.000,00 (três mil reais)

1º lugar: R$ 5.000,00 (cinco mil reais)

O texto a ser inscrito até o dia 4 de março de 2011 no Projeto Seleção Brasil em Cena – Concurso de Dramaturgia deverá ser encaminhado para cadastro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) à Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro –RJ, Cep. 20010-000, de terça a domingo, no horário das 10h às 18h, ou postados pelos Correios, através de carta simples ou Sedex, com Aviso de Recebimento. O regulamento completo consta do site www.bb.com.br/cultura. Outros esclarecimentos podem ser obtidos com a coordenação da mostra pelo e-mail galharufa@galharufa.com.br ou no Centro Cultural Banco do Brasil, telefone (21) 3808-2100. Regulamento Completo do Concurso e Ficha de Inscrição: www.bb.com.br/cultura

OFICINAS DE DRAMATURGIA

Vitória (ES)

de 31/01 a 02/02 14h. as 19h.

Com o autor dramaturgo Caio de Andrade

Escola de Teatro e Dança FAFI

Av. Jerônimo Monteiro 656 - Centro

Informações: (27) 33816923 (FAFI) e (27) 33241168 (Cultura SESC)

Máximo - 15 participantes

Publico alvo - dramaturgos , escritores, pessoas com o mínimo de experiência em dramaturgia e escrita teatral

Parceria local: Escola de Teatro e Dança FAFI/SEMC/PMV

Condições  da  Oficina

Máximo - 15 participantes

Publico alvo - dramaturgos , escritores, pessoas com o mínimo de experiência em dramaturgia e escrita teatral

Aqueles que desejarem preencher a ficha de inscrição poderão enviar um e-mail para Colette Dantas: artescenicas-es@es.sesc.com.br ou então para o e-mail do blog Teatro Capixaba: teatrocapixaba@teatrocapixaba.art.br

domingo, 23 de janeiro de 2011

Inscrições abertas para o Festival de Teatro Infantil do Espírito Santo


Grupos de teatro de todo país podem se inscrever até o dia 30 de janeiro de 2011 para a mostra livre de artes cênicas para crianças. O festival será realizado entre os meses de agosto e outubro deste ano em diversos teatros da Grande Vitória.

Regulamento e mais informações no site www.festivaldeteatroinfantil.com.br.
Telefone (27) 3343 - 9981

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Espaço Variável dará aulão gratuito neste sabádo

e_v_logomarca_topo Que os cursos e oficinas da Escola de Teatro, Dança e Música Fafi são gratuito, todos estamos “carecas” de saber, mas cursos particulares fazerem isso, é raridade. Mas é isso que o Espaço Variável, do Teatro Variável estará fazendo.

Neste sábado (22/01/2011), as 14h00, aquele que marcar ou aparecer no Espaço Variável terá um aulão de graça com os profissionais que ali atuam. O objetivo disso é mostrar para aqueles que desejam fazer teatro no espaço, conhecer os profissionais que dão as aulas lá. Acho um ótimo incentivo a todos que desejam atuar nessa área que está cada da mais crescendo no estado, ainda mais quando profissionais da área decidem transformar sua experiência em método de ensino.

O Espaço Variável localiza-se na Rua dos Canários, nº 18, em Eurico Salles, na cidade da Serra – ES (atrás dos Supermercados São José, localizado na frente do Vitória Apart Hospital). Para maiores informações liguem para (27) 3082-0321 ou mandem e-mail para contato@teatrovariavel.com.br e boa sorte!

Vida Urgente no Palco abre seleção para atores e atrizes

vida_urgente1 Eu sempre acredito que artes cênicas combina com tudo e acredito que mais fundações deveriam investir nessa área, para divulgar seus projetos e seus objetivos, por isso agradeço a Vinicius Duarte, produtor do Programa Vida Urgente no Palco, por ter me eviado este material abrindo seleção para atores no programa.

O programa tem como objetivo principal levar teatro gratuito as escolas do Espírito Santo, na intenção de ensinar aos alunos como valorizar a vida, orietando e conscientizando crianças, jovens e adultos sobre os perigos do trânsito. Esse programa existe a onze anos e já percorreu cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, São Paulo, Distrito Federal e Espírito Santo. Ele possui quatro peças de conscientização e agora está abrindo a seleção com a intenção de contratar atores e atrizes para atuarem em uma dessas quatro peças. A seleção se iniciará no dia 27 de janeiro de 2011 (quinta-feira) e terá continuidade no dia 29 de janeiro de 2011 (sábado), em ambos os dias a partir das 09h00. Os interessados devem ter mais de 18 anos, e precisam enviar seus dados e contatos para o e-mail nopalcoes@vidaurgente.org.br, assim saberão quando farão o teste. Vale lembrar que para o teste, os atores e atrizes interessados devem trajar roupas leves, com objetivo de exercícios corporais. Abaixo segue o folder enviado a mim pelo produtor Vinicius Duarte. Merda para todos!

Seleção Janeiro 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

“O Mendigo, o Imperador e Suas Palavras” no Teatro do Sesi

Eu sou chato, mas dessa vez eu me superei. Peço desculpas a Altamir Furlane e Everaldo Nascimento pela persistência de ficar torrando a paciência deles para disponibilizarem esse material, mas sinceramente valeu a pena.

A peça demorará para entrar em cartaz, mas seria um absurdo eu não divulgá-la agora e – lógico – próximo da estreia.

O trabalho que esses dois desenvolveram juntos é baseado no livro infanto-juvenil do genial dramaturgo Bertold Brecht (1898-1956), “”O Mendigo ou o Cachorro Morto”, escrito em 1919. O trabalho deles é dividido com outras mentes, mas eles são os principais nessa empreitada. A produção é da Tibicuera Produções e eles tocaram a peça graças ao Incentivo da Lei Chico Prego, da Prefeitura Municipal da Serra-ES. Bem, para que falar mais, dexo-os com “O Mendigo, o Imperador e Suas Palvras”, de Everaldo Nascimento e Altamir Furlane, que estreia em 19/02/2011 (sábado), as 20h00, no Teatro do Sesi, em Jardim da Penha, em Vitoria/ES.

Fly Mendigo e Imperador 001a “O Mendigo, o Imperador e suas Palavras” é uma adaptação livre, baseada e inspirada no texto didático infanto-juvenil do dramaturgo alemão “Bertold Brecht (1898-1956): “O Mendigo ou O Cachorro Morto” (1919).

“A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros.” (Vinicius de Moraes); Essa é uma das definições para essa encenação.

O Mendigo e o Imperador 029O Mendigo e o Imperador 026 O encontro de dois personagens, no velório das palavras “Ordem e Progresso” e “Trabalha e Confia”, que aparentemente parecemestar mortos no dia a dia das pessoas. O Imperador prepotente e feliz por ter derrotado um adversário e o Mendigo que está sofrendo com a morte de seu cachorro.  Os dois travam uma discussão onde se evidenciamdiferentes universos de vida, pontuador com músicas e poesias.

Bertold Brecht reflete em suas obras os problemas fundamentais do mundo atual, a luta pela emancipaçãoocial da humanidade. Ele se caracterizou pelo teatro épico e didático, em cunho narrativo e descritivo cujo tema era apresentar os acontecimentos sociais em seu processo dialético: diverte e faz pensar.

Ficha Técnica:

Produção - TIBICUERA PRODUÇÕES

Encenação, concepção de luz, cenário e figurino - Everaldo Nascimento

Assistente de encenação e direção musical - Altamir Furlane

Sonoplastia e projeto gráfico - Luiz Furlane

Operação de luz e som - Hugo Sodré

Costureira - Maria Jusley (D. Nega)

Confecção de cenário - Fábio de Lima Santos

Fotografia - Tom Boechat

Elenco - Altamir Furlane e Everaldo Nascimento

O projeto tem o patrocínio da LEI CHICO PREGO - Prefeitura municipal de Serra e o apoio cultural da ArcelorMittal - Magnesita - Usina de Imagem e Prefeitura municipal de Vitória.

Estréia no dia 19 de fevereiro de 2011 (sábado), as 20h00, no Teatro do SESI, localizado na Rua Tupinambás, 240, Anexo ao Sesi de Jardim da Penha, Vitória – ES.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Escola de Teatro, Dança e Música FAFI - Cursos 2011/01


É isso aí, aqueles que estavam na expectativa da abertura das Inscrições dos cursos da Escola de Teatro, Dança e Música FAFI para o primeiro semestre de 2011, agora não precisam esperar mais.
Desde ontem (12/01/2011), já encontra-se no site da Prefeitura Municipal de Vitória, o edital referente as inscrições do período de 2011/01. Os cursos correspondem as áreas de dança e teatro, tendo também um curso da nova abrangência da FAFI, música. Abaixo lhes deixo as datas de incrições, os horários, documentoa a serem levados e os cursos. Vale lembra que os cursos ministrados na FAFI são gratuitos, então não percam essa oportunidade.
PREFEITURA DE VITÓRIA

SECRETARIA DE CULTURA

ESCOLA DE TEATRO, DANÇA e MÚSICA FAFI

PROCESSO SELETIVO 2011/1

OFICINAS DE TEATRO, DANÇA E MÚSICA

Inscrições: 19, 20, 21, 22 de Janeiro de 2011

Horário: 4ª a 6ª - das 9 às 18 horas
Sábado - das 8 às 12 horas

Local: Escola de Teatro, Dança e Música Fafi

Informações: 3381-6921 / 3381-6924

Documentação necessária para inscrição
Cópia da certidão de nascimento ou carteira de identidade
Cópia de comprovante de escolaridade

OFICINAS NA ÁREA DE DANÇA

1) Oficina de Dança e Consciência do Movimento para a 3ª Idade
Descrição: Desenvolve o instinto investigativo e a capacidade de aprofundar-se no conhecimento
de si mesmo a partir da consciência corporal.
Carga horária total: 40 horas
Nº vagas: 25 vagas por turma
Aulas: 3ª e 5ª feira – 08h00 às 09h00, 09h00 às 10h00 e 10h00 às 11h00
Pré-requisito: A partir de 35 anos
Atestado de saúde
Seleção: Realizada por ordem de inscrição
Início das aulas: 22 de Fevereiro/2011

2) Oficina de Iniciação à Dança
Descrição: Introdução ao aprendizado da dança.
Carga horária total: 80 horas
Nº vagas: 20 vagas
Aulas: 2ª e 4ª
Horário: 10h00 às 11h00
Pré-requisito: 7 e 8 anos
Coordenação motora e rítmica
Noção espacial
Aptidão Física
Seleção: Por ordem de inscrição
Resultado: 09/02/2011
Início das aulas: 14 de Fevereiro/2011

3) Oficina de Dança Afro Brasileira
Carga horária total: 40 horas
Nº vagas: 25 vagas por turma
Aulas: Sábado: 08h00 às 10h00 e 10h00 às 12h00
3ª feira: 17h30 às 19h00
Pré-requisito: A partir de 15 anos
Coordenação motora e rítmica
Noção espacial
Aptidão Física
Seleção: Realizada por ordem de inscrição
Resultado: 09/02/2011
Início das aulas: 12 de Março/2011 (sábado)
15 de Março/2011 (3ª feira)

4) Oficina de Dança de Salão
Carga horária total: 40 horas
Nº vagas: 25 vagas por turma
Aulas: Sábado: 08h00 às 09h00 , 09h00 às 10h00, 10h00 às 11h00
Pré-requisito: A partir de 15 anos
Coordenação motora e rítmica
Noção espacial
Aptidão Física
Seleção: Realizada por ordem de inscrição
Resultado: 09/02/2011
Início das aulas: 12 de Março/2011

5) Oficina de Dança Contemporânea
Carga horária total: 40 horas
Nº vagas: 25
Aulas: 5ª feira
Horário das aulas: 17h30 às 19h00
Pré-requisito: A partir de 15 anos
Coordenação motora e rítmica
Noção espacial
Aptidão Física
Seleção: 03/02/2010
Resultado: 09/02/2011
Início das aulas: 17 de Março/2011

OFICINAS NA ÁREA DE MÚSICA

1) Trilha Sonora para Dança
Descrição: Iniciação ao conhecimento e vivência no trabalho de composição de idéias musicais,
sonoras e visuais no processo de criação do espetáculo de teatro e/ou dança.
Carga horária total: 30 horas
Nº vagas: 20 vagas por turma
Aulas: 5ª feira
Horário das aulas: 08h00 às 10h00
Público alvo: Músico, ator e bailarino
Pré-requisito: Conhecimento básico em música
Seleção: 02/02/2010 às 19 horas
Resultado: 09/02/2011
Início das aulas: 17 de Fevereiro/2011

OFICINAS NA ÁREA DE TEATRO

1) Jogos Dramáticos – (Turma A)
Descrição: Ensino do teatro através de jogos dramáticos que são instrumento de estímulo de
expressão, criatividade, gestos e sensibilidade.
Carga horária: 40 horas
Nº de vagas: 30
Aulas: sábado
Horário das aulas: de 08h00 às 10h00
Pré-requisito: idade de 9 a 11 anos
Seleção: Será feita por ordem de inscrição
Resultado: 14/02/2011
Obs. O aluno que faltar às duas primeiras aulas terá sua vaga transferida para o suplente.
Início das aulas: 12 de Março/2011

2) Jogos Dramáticos – (Turma B)
Descrição: Ensino do teatro através de jogos dramáticos que são instrumento de estímulo de
expressão, criatividade, gestos e sensibilidade.
Carga horária: 40 horas
Nº de vagas: 30
Aulas: sábado
Horário das aulas: de 10h às 12h
Pré-requisito: idade de 12 a 13 anos
Seleção: Será feita por ordem de inscrição
Resultado: 14/02/2011
Início das aulas: 12 de Março/2011
Obs. O aluno que faltar às duas primeiras aulas terá sua vaga transferida para o suplente.

3) Iniciação Teatral – (Turma A)
Descrição: princípios gerais do fazer teatral com ênfase em interpretação, trabalho corporal e
trabalho vocal.
Carga horária: 40 horas
Nº de vagas: 30
Aulas: sábados
Horário das aulas: 08h00 às 10h00
Pré-requisito: 14 a 16 anos
Data da Seleção: 12 de Fevereiro de 2011
Horário da Seleção: 08h00 às 10h00
Resultado: 14 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 12 de Março de 2011

4) Iniciação Teatral – (Turma B)
Descrição: Princípios gerais do fazer teatral com ênfase em interpretação, trabalho corporal e
trabalho vocal.
Carga horária: 40 horas
Nº de vagas: 30
Aulas: sábados
Horário das aulas: 10h00 às 12h00
Pré-requisito: De 14 a 16 anos
Data da Seleção: 12 de Fevereiro de 2011
Horário da Seleção: 10h00 às 12h00
Resultado: 14 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 12 de Março de 2011

5) Iniciação Teatral – (Turma C)
Carga horária: 40 horas
Nº de vagas: 30
Aulas: Sábado
Horário das aulas: 13h às 15h
Pré-requisito: a partir de 15 anos
Data da Seleção: 12 de Fevereiro de 2011
Horário da Seleção: 13h00 às 15h00
Resultado: 14 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 12 de Março de 2011

6) Iniciação Teatral – Preparatório (Turma A)
Carga horária: 60 horas
Nº de vagas: 30
Aulas: Sábados
Horário das aulas: 8 às 12h
Pré-requisito: a partir de 15 anos
Data da Seleção: 19 de Fevereiro de 2011
Horário da Seleção: 08h00 às 12h00
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 12 de Março de 2011
Observação: O candidato a esta oficina será submetido ao processo seletivo que constará de
análise, pelo candidato, de um texto a ser divulgado no ato da inscrição. Será classificado o
candidato que obtiver nota 7 de aproveitamento.

7) Iniciação Teatral – Preparatório (Turma B)
Carga horária: 60 horas
Nº de vagas: 30
Aulas: Sábado
Horário das aulas: 13 às 17h
Pré-requisito: a partir de 15 anos
Data da Seleção: 19 de Fevereiro de 2011
Horário da Seleção: 08h00 às 12h00
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 12 de Março de 2011
Observação: O candidato a esta oficina será submetido ao processo seletivo que constará de
análise, pelo candidato, de um texto a ser divulgado no ato da inscrição. Será classificado o
candidato que obtiver nota 7 de aproveitamento.

8) Teatro para professores
Carga horária: 40 horas
Nº de vagas: 30
Aulas: Sábado
Horário das aulas: 13 às 15h
Pré-requisito: Ser professor em atividade
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 12 de Março de 2011

9) Introdução às Técnicas Teatrais
Descrição: Introdução aos elementos técnicos e artísticos da linguagem teatral – interpretação,
iluminação, sonoplastia, cenografia, indumentária, maquiagem, arquitetura teatral. Estudo das
principais técnicas e materiais usados. Influências e relações das técnicas teatrais no trabalho do
ator.
Carga horária: 30 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Terças-feiras
Horário das aulas: 20h30 às 22h00
Pré-requisito: Interessados em teatro, experientes ou não
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 01 de Março de 2011

10) Literatura Dramática
Descrição: A análise do texto dramático, desde sua origem até a atualidade, levando em conta
sua estrutura e elementos constitutivos: enredo, diálogo, personagens e conflito.
Carga horária: 60 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Quartas e Sextas-feiras
Horário das aulas: 19h00 às 20h30
Pré-requisito: Experiência em teatro ou áreas afins
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 02 de Março de 2011

11) Introdução à Filosofia
Descrição: Conceitos básicos da Filosofia aplicados ao teatro e ao trabalho do ator: correntes
filosóficas contemporâneas, lógica, estética, moral e ética.
Carga horária: 30 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Segundas-feiras
Horário das aulas: 19h00 às 20h30
Pré-requisito: Experiência em teatro ou áreas afins
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 28 de Fevereiro de 2011

12) Sociologia do Teatro
Descrição: Estudo dos princípios básicos da Sociologia. Métodos de pesquisa sociologia e sua
aplicação no teatro.
Carga horária: 30 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Segundas-feiras
Horário das aulas: 20h30 às 22h00
Pré-requisito: Experiência em teatro ou áreas afins
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 28 de Fevereiro de 2011

13) Canto para Atores
Descrição: Desenvolvimento das possibilidades de interpretação musical através do canto solo e
conjunto, como elemento de qualificação para o trabalho do ator.
Carga horária: 30 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Terças-feiras
Horário das aulas: 19h00 às 20h30
Pré-requisito: Experiência em teatro ou em canto.
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 01 de Março de 2011

14) Leitura e Produção de Textos
Descrição: Leitura ativa, analítica e crítica de textos. Planejamentos e produção de resumos,
resenha crítica e textos dissertativos-argumentativos.
Carga horária: 60 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Quintas e Sextas-feiras
Horário das aulas: 19h00 às 20h30 (Quintas-feiras) e 20h30 às 22h00 (Sextas-feiras)
Pré-requisito: Experiência em teatro ou áreas afins.
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 03 de Março de 2011

15) Psicologia para Atores
Descrição: Definições e medidas da personalidade. Varáveis que afetam o desenvolvimento da
personalidade. Teorias de personalidade. A dinâmica do grupo propicia a criação artística.
Aspectos sociais e afetivos da profissão de ator. Psicologia e autoconhecimento
Carga horária: 30 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Sextas-feiras
Horário das aulas: 19h00 às 20h30
Pré-requisito: Experiência em teatro, psicologia ou áreas afins.
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 04 de Março de 2011

16) Caracterização de Personagens
Descrição: Introduzir a pesquisa de caracterização de personagens a partir do estudo do figurino
e da maquiagem como elementos estéticos na produção teatral, mostrando a importância desses
elementos como possibilidades de construção de significados para os personagens.
Carga horária: 30 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Terças-feiras
Horário das aulas: 19h00 às 20h30
Pré-requisito: Experiência em teatro ou áreas afins.
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 01 de Março de 2011

17) História da Arte
Descrição: Estudo da produção artística desde a pré-história, passando pelo renascimento e a
consciência estética no período do Barroco até a atualidade. Estudo das Relações com a
produção teatral (arquitetura/cenografia; indumentária/figurinos, pintura/iluminação).
Carga horária: 60 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Terças e Quintas-feiras
Horário das aulas: (Terças-feiras) 19h00 às 20h30 e (Quintas-feiras) 20h30 às 22h00
Pré-requisito: Experiência em teatro ou áreas afins.
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 01 de Março de 2011

18) Prática de Montagem
Descrição: Estudos e exercícios práticos visando como resultado final a montagem e
apresentação do espetáculo AUTO DE SÃO PEDRO, a partir de um texto de autores locais.
Carga horária: 30 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Quartas-feiras
Horário das aulas: 19h00 às 20h30
Pré-requisito: Experiência em teatro
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 02 de Março de 2011

19) Improvisação
Descrição: Tendo em vista o papel fundamental da improvisação para o processo de criação do
ator, o curso oferecido visa ampliar as possibilidades e as potencialidades criativas a partir do
conhecimento da técnica do Catch de improvisação.
Carga horária: 30 horas
Nº de vagas: 10
Aulas: Segundas-feiras
Horário das aulas: 19h00 às 20h30
Pré-requisito: Atores, estudantes de teatro e áreas afins
Seleção: Análise de curriculum
Resultado: 22 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 01 de Março de 2011

20) Curso de Qualificação Profissional em Teatro (Noturno)
Duração: 3 anos
Carga horária Semanal: 20 horas
Nº de vagas: 30
Aulas: 2ª a 6ª
Horários: 19:00 às 22h00 (turma noturno)
Pré-requisito: A partir de 16 anos.
Cursando ou ter cursado o ensino médio.
Comprovante de matrícula e freqüência escolar.
Critério de Seleção: Ter experiência no teatro e/ou concluído oficina de Iniciação Teatral (mínimo
60 horas).
Etapas de Seleção: prova escrita, interpretação, improvisação, leitura, corpo e entrevista.
Para a prova escrita: O texto encontra-se a disposição na Secretaria Acadêmica. “O que é
Teatro” (Fernando Peixoto)
Para a prova de interpretação de dramaturgia brasileira. Autores sugeridos: Gianfrancesco
Guarnieri, Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues, Álvares de Azevedo, Martins Pena e Dias Gomes.
Datas da Seleção: 07/02 – Prova escrita
09/02 – Interpretação
10/02 – Improvisação
11/02 – Leitura e Entrevista
Horário da Seleção: Sempre as 19h00
Resultado da seleção: 14 de Fevereiro de 2011
Início das aulas: 21 de Fevereiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Projeto SESC Dramaturgia: Leituras em Cena 2011 - “Cordel do Amor Sem Fim” e “Medéia” na Escola de Teatro, Dança e Música FAFI

fafi-sesces[3] O SESC, junto com a Secretaria Municipal de Cultura de Vitória/ES, por intermédio da Escola de Teatro, Dança e Música FAFI, vem promovendo várias oficinas e apresentações como Palco Giratório e SESC Dramaturgia. Esse segundo, desta vez, nos trará duas apresentações que iniciam essa parceria, novamente, em 2011.

As peças “Cordel do Amor sem Fim” de Claudia Barral e “Medéia” de Eurípides terão leituras dramáticas acontecendo nos dias 12/01/2011 (Cordel de Amor sem Fim) e 13/01/2011 (Medéia), quarta-feira e quinta-feira, respectivamente, as 20h00, no Auditório da Escola de Teatro, Dança e Música FAFI. A Entrada é franca, somente pedindo que retirem os ingressos uma hora antes de cada apresentação. Para os desinformados, Leitura Dramática não é exatamente uma peça teatral, mas sim uma apresentação aonde os atores e atrizes dão voz às personagens. Em algumas eles usam figurinos, mas em outras somente roupas leves, para se locomoverem em cena, na maioria das vezes pretas. Mas isso são meros detalhes, o importante é ver o trabalho final que os interpretes dessas duas montagens darão às personagens.

Abaixo segue o material enviado a mim pela atriz Colette Dantas, que trabalha no SESC Cultura (‘brigado Colette!)

sesc[3] PROJETO SESC DRAMATURGIA: LEITURAS EM CENA 2011

LEITURAS DRAMÁTICAS:

Dia 12/01/11 (quarta-feira): "Cordel do Amor Sem Fim", de Claudia Barral

Dia 13/01/11 (quinta-feira): "Medéia", de Eurípides

Local: Escola de Teatro e Dança FAFI

Horário: 20 h

ENTRADA FRANCA

O projeto nacional “SESC DRAMATURGIA: LEITURAS EM CENA” estabelece cada vez mais o texto dramático como elemento de grande importância
nas artes cênicas. Uma certa maneira de utilizar a palavra para que se possa compreender que ela também se afirma no espaço das entrelinhas, um dizer que se cala para ocupar o espaço dando voz ao vazio que o tempo ocupa. Trata-se também de um resgate a grandes obras que dificilmente são montadas e uma prática que propicia o encontro entre iniciados e iniciantes no exercício da carpintaria teatral. Assim, contribui tanto para a formação de platéia quanto para o aprimoramento e intercâmbio entre os profissionais da área.

Estas “Leituras em Cena” que agora se apresentam, MEDÉIA, de Eurípides, e CORDEL DO AMOR SEM FIM, de Claudia Barral, são resultantes de mais uma parceria entre o SESC-ES e a Escola de Teatro e Dança FAFI, e foram geradas a partir da Oficina de Dramaturgia com a atriz carioca Christina Montenegro, realizada em novembro de 2010 (foto em anexo).

CORDEL DO AMOR SEM FIM

AMOR EM TEMPO DE ESPERA

Cordel do Amor Eterno.indd Baseado nos relatos do pai sobre a cidade de Carinhanha, sertão baiano, às margens do Rio São Francisco, Cláudia Barral desenvolve a trama de Cordel do Amor sem Fim. Em Carinhanha, vivem as irmãs Madalena, Carminha e Tereza. Tereza é a mais nova e sonhadora que se apaixonou por um viajante chamado Antônio no porto da cidade, justamente no dia em que tinha um encontro marcado num almoço em que José a pediria em casamento. Carminha, misteriosa, aposta no sonho da irmã para que possa ficar com José por quem é apaixonada, ao passo que Madalena, a mais velha, tenta desvencilhar a fantasia da irmã que insiste em ficar no porto à espera de Antônio, para que se case com José e, de certa forma, partilhe com a irmã os próprios sonhos que não pode realizar. Uma espécie de esquema drummondiano em que Carminha ama José, que ama Tereza que ama Antônio.

A partir do próprio título, a autora desenvolve em sua obra uma tríade, ou seja, o cordel (espaço-forma), o amor (conteúdo-ação) e a infinitude (tempo). Apesar de uma espécie de não-rigorosidade com a rima e a metrificação costumeira ao cordel, a peça se sustenta desta linguagem que identifica os personagens falando de onde estão e de sua identidade regional. No que diz respeito ao amor em tempo de espera, transita o tempo, representado na mitologia grega como Cronos, o mais jovem dos Titãs, explorando os arquétipos da paixão e as conseqüências que esta implica e, fechando o triângulo, trata-se da infinitude, ou seja, aquilo que se sustenta por um sentimento que independe da realização ou não de um desejo, mas que permanece como um valor que faz daquele que ama desconhecer a necessidade de uma fronteira que separe o sonho da realidade. (Wilson Coêlho - Coordenador de Teatro da Escola de Teatro e Dança FAFI)

ELENCO

Anderson Woelffel - Contador
Max Goldner - Cantador
Robson Fernandes - Narrador
Tamiris Vescovi - Tereza
Eneidis Ribeiro - Carminha
Chai Rodrigues - Madalena
Felipe Farid – José

FICHA TÉCNICA

Texto: Cláudia Barral
Direção: Anderson Woeffel
Montagem e Operação de Luz: Edgard Barbosa
Concepção de Som: Anderson Woeffel
Operador de Som: Wilson Coêlho
Designer Gráfico: Max Goldner

MEDÉIA

ENTRE A PAIXÃO E O RACIONAL

IMGP3951 Dentre quase uma centena de peças, Medéia, escrita em 431 antes de nossa era, é uma das dezessete tragédias que restaram da obra do dramaturgo grego Eurípides. Em Iolcos, cidade da Tessália, onde se reuniam os Argonautas, havia um reino governado por Esão, destronado por seu irmão Pélias. Jasão, como filho de Esão, exigiu que o tio devolvesse para si a coroa. Pélias, fingindo-se disposto a entregar-lhe a coroa, colocou como condição que Jasão recuperasse o Velocino de Ouro que estava guardado num bosque da Cólquida. Juntamente com diversos jovens heróis gregos, Jasão liderou a gigantesca epopéia a bordo da nau Argos e, depois de várias peripécias, desembarcou no Reino da Cólquida, onde estava o Velocino de Ouro.

Tendo prometido em casamento a Medéia, feiticeira poderosa e filha do rei do lugar, Jasão consegue o Velocino. Para que pudessem fugir, Medéia esquarteja o irmão e espalha seus pedaços pelos caminhos das tropas do pai.

De posse do Velocino, Jasão volta à Tessália e descobre que Pélias, seu tio, durante sua ausência, havia matado a Esão, seu pai e, ao mesmo tempo, recusa-se a devolver-lhe o trono. Para se vingar, Jasão contou com Medéia que, por sua vez, conseguiu convencer às filhas de Pélias a esquartejá-lo e cozinhar-lhe os membros como se fora para rejuvenescê-lo. Depois de tal embuste, Jasão e Medéia fogem para Corinto, onde são recebidos pelo rei Creonte.Jasão abandona Medéia para se casar com Glauce, a princesa de Corinto, filha de Creonte. Medéia, a esposa bárbara, fica furiosa e envia como presente de casamento à noiva um vestido incendiário. A princesa Glauce morre juntamente com seu pai Creonte. Depois, Medéia mata os próprios filhos e foge num carro de fogo, puxado por duas serpentes aladas. (Wilson Coêlho - Coordenador de Teatro da Escola de Teatro e Dança FAFI)

ELENCO

Ama........................................................Chai Rodriges

Escravo....................................................Robson Fernandes

Medéia.....................................................Tamiris Vescovi

Coro........................................................Eneidis Ribeiro

Creonte....................................................Max Goldner

Jasão.......................................................Anderson Woelffel

Egeu........................................................Felipe Farid

Mensageiro...........................................Max Goldner

FICHA TÉCNICA

Texto: Eurípides

Direção: Wilson Coêlho

Montagem e Operação de Luz: Edgard Barbosa

Concepção e Operação de Som: Wilson Coêlho

Designer Gráfico: Max Goldner

Realização: SESC/ES

Parceria: Escola de Teatro, Dança e Música FAFI / Secretaria Municipal de Cultura de Vitória


Linguagem Inominável: Um Estudo sobre a Mistura das Linguagens Teatral e Televisiva em Obras Audiovisuais, por Charlaine Rodrigues

chai[9] Em setembro de 2010, a atriz Charlaine Rodrigues, que agora está fazendo pós-graduação de Comunicação Televisiva na FAESA, me passou um artigo que ela apresentou no GP Televisão e Vídeo, X Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que aconteceu em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, entre os dias 02 e 06 de setembro de 2010. Conheço pouco do evento, mas o material que apresentarei a vocês e que faz parte dos estudos da atriz são muito interessantes. Chai – como gosto de chamá-la (e como todos a chamam, no seu circulo de amizades) é também a responsável  pelo documentário “Atores”, que foi divulgado no blog Teatro Capixaba no dia 29/07/2010, então isso só demonstra sua enorme as artes cênico-teatrais, isso pode ser visto fora ou em palco, já que Chai é membro integrante do Clã de Teatro, grupo que realizou espetáculos como “A Grande Estiagem”, “O Pássaro Azul” e “Rascunhos”, sendo que ela participou desses dois últimos.

Então abaixo segue o material, desejo a todos boa leitura!

hp_toponew2 Linguagem Inominável:
Um Estudo sobre a Mistura das Linguagens Teatral e Televisiva em Obras
Audiovisuais.

Charlaine Suelen Rodrigues SOUZA
Alessandra CARVALHO
Faculdades Associadas do Espírito Santo - FAESA, Vitória, ES.

RESUMO

O presente artigo analisa a integração das linguagens teatral e televisiva em programas de televisão. O objetivo é mostrar como estas conseguem dialogar entre si para criação de produtos híbridos, cheios de riquezas em relação ao desenvolvimento de novas linguagens na televisão que, até agora, tornam-se difíceis definir por um nome. Propõese reafirmar o papel da pós–modernidade em quebrar as fronteiras entres as mídias e as
artes.

PALAVRAS-CHAVE: linguagem; teatro, televisão; fusões.

INTRODUÇÃO

No universo do audiovisual a palavra linguagem está relacionada à forma, ao como uma mensagem é transmitida. A união dessas características determina de qual linguagem pertence certa obra. Existe a jornalística, dramática, televisiva e etc. Mas quando um produto audiovisual possui características e referências diversas, torna-se difícil definir, uma única forma, restando à dúvida: Qual a linguagem daquele trabalho?
Esses sistemas de signos e referências e a mistura deles estão presentes desde o surgimento dos seres humanos. Durante a história da humanidade, o homem busca se expressar utilizando os recursos que estão disponíveis à sua volta. Produzindo signos todo o tempo.
Dentre as várias formas de expor e registrar a sua época, os humanos travaram vários diálogos com o mundo das coisas e dos seres. Mas como os signos perduram?

Por meio do humano. O que desenvolveu o teatro há mais de 3000 anos é tão humano quanto o que criou a televisão. Pensando em aspectos culturais, sociais e uma série de valores eles são diferentes. Mas, sua busca por auto compreensão e do mundo não se diferenciam porque os sentimentos em si não mudam. É com esta compreensão que podemos enxergar uma ligação entre as pessoas que carregam em si uma legião de
personagens, sensações e referências. Por isso, trabalhos artísticos podem ser admirados e reproduzidos independentes, fora de seu meio de origem.

O que mudou no correr dos séculos foi a forma como criar uma mensagem e o meio como transmitir a mesma, ou melhor, novas formas de transmissão de informações foram criadas. No século IV a.C. o teatro grego era a principal via de educação e integração dos homens. No Theatron (lugar onde se vê), homens se sentavam e assistiam juntos, ao vivo, as peças. Todos num ritual único. A televisão tem o poder de unir, virtualmente, milhões de pessoas nesse ritual de assistir uma peça, que hoje variou para show, novela, programa de auditório e etc. Para falar a esse homem é preciso uma linguagem que este possa entender e gostar. Dentre as inúmeras experiências e formatações de programas, a TV utilizou também o teatro, adaptado para este veículo. Os meios mudaram, mas o ser humano que senta na arquibancada do Theatron e o que
senta no sofá da sala de casa é o mesmo.

A arte usa diversos caminhos para tentar traduzir os conflitos e comportamentos de sua época. A televisão também suga todas as informações possíveis para moldar a sua programação, buscando maior aproximação com o público para ter audiência. Este trabalho busca identificar como este veículo de comunicação utiliza a arte teatral para produzir obras televisivas, criando linguagens plurais ainda sem definição. A expectativa é refletir sobre a enorme capacidade que a TV, em especial a Rede Globo, tem de se adaptar aos tempos e aos elementos das artes baseados em duas obras: a minissérie Hoje é dia de Maria – primeira jornada exibida na Rede Globo em janeiro de 2005 e a Sitcom Sai de Baixo, também da Rede Globo, que permaneceu no ar de 1996 a 2002. As duas obras são contemporâneas e sugerem bem o pensamento da pós – modernidade: grandes misturas de referências, buscando novas roupagens que originam produtos híbridos. É certo que ambas sendo exibidas na TV sejam consideradas obras audiovisuais, mas explicar a linguagem estabelecida pelas duas não pode ser definida em uma ou poucas palavras. Afinal, a própria definição de linguagem possui vários significados.

Foi realizado um estudo de caso de um episódio de cada uma das duas obras apresentadas onde constam fusões e conflitos das duas linguagens. A organização dessa análise se deu por meio de observação estruturada.

As reflexões sobre a atual sociedade que vivemos (economia, tecnologia e subjetividade) são importantes para falarmos das obras analisadas. Elas são frutos dela.

LINGUAGEM TEATRAL

Durante seus 3000 anos de história documentada o teatro possui um conceito básico: “alguém que representa para alguém que vê” (FERNANDO PEIXOTO, 1988). A maneira como estabelecer essa relação é que varia. O teatro contemporâneo é descrito por BERTHOLD (2001) como campo de pesquisa e acúmulo de todas as referências do mundo, se afirmando e se contradizendo sempre para que, assim, ganhe mais coragem e força.

As discussões sobre a linguagem teatral geralmente limitam – se à análise da dramaturgia. Pouco se discute sobre as montagens realizadas. O principal desafio para a pesquisa está na sua principal característica de ser efêmero. A peça Romeu e Julieta montada no período Elizabetano é diferente da montagem realizada em 2004 no Espírito Santo. Mas as comparações e análises desses materiais são quase impossíveis de serem feitas devido a impossibilidade de resgatar a montagem do século XVI e a de 2004. ROUBINE (1998) aceita e relaciona o teatro como dependente do tempo e, para auxiliar a pesquisa teatral, defende a observação constante quando afirma,

Numa arte a tal ponto tributária do tempo que nenhuma de suas obras pode ser nem preservada nem sequer ressuscitada, é afinal de contas normal, e até mesmo desejável, que as formas mais eficazes sejam de novo investigadas por cada geração. (ROUBINE, 1998, p.16)

A produção de signos é mais intensa e variada. Ela não é uma obra fechada. KOWZAN (2003) expõe um motivo pelo qual a pesquisa teatral não é aprofundada na linguagem,

Praticamente, não há sistema de significação, não existe signo que não possa ser utilizado no espetáculo. A riqueza semiológica da arte do espetáculo explica, ao mesmo tempo, por que este domínio foi, de preferência, evitado pelos teóricos do signo. É por que riqueza e variedade querem dizer, neste caso, complexidade. (KOWZAN, 2003, p. 98)

O teatro só se torna obra de arte cênica quando é encenado exibindo a fusão de todos os seus signos em conjunto modificando, ou não, o texto, que neste momento é apenas uma base para um trabalho, ele é mais um signo fazendo parte do jogo. Torna-se uma pesquisa um tanto frágil, mas, ao mesmo tempo viva. BUYSSENS apud KOWZAN (2003) diz que “em suma, é todo um mundo que se reúne e comunica durante algumas horas”.

ESSLIN (1961) afirmou que o teatro serve muitas vezes como campo de testes dos meios de comunicação de massa,

Pois, o teatro, apesar de seu aparente eclipse em virtude dos meios de comunicação de massa, permanece imensa e crescentemente significativo – particularmente por causa da disseminação do cinema e da televisão. Esses meios de comunicação de massa são por demais poderosos e custosos para poder permitir-se muita inovação ou experimentação; e assim, por mais limitados que sejam o teatro e seu público, é no palco vivo que os atores e autores dos meios de massa são treinados e adquirem experiência, e é ali que o material dos meios de massa é testado. O teatro de vanguarda de hoje é, provavelmente, a principal influência do entretenimento de massa de amanhã. ( p.11)

KOWZAN (2003) definiu no livro Semiologia do Teatro (2003), os signos em 13 elementos e depois os agrupou em cinco categorias: o texto pronunciado que abrange a sintaxe e emoção impressa pelo intérprete; a expressão corporal que envolve a mímica, o gesto e o movimento afinal, tudo que se diz (e o que não se diz) vem acompanhado de uma expressão ou gesto como afirma ROUBINE (2002) “É próprio de o ator ser ao mesmo tempo um e múltiplo”. O movimento cênico engloba as movimentações dos atores, indica as relações entre os personagens e suas características individuais, entradas e saídas de cena. Maquilagem, penteado e vestuário são os elementos externos do ator e, ao mesmo tempo, implícito nele de forma concreta e duradoura (o tempo da peça). O acessório é por vezes utilizado pelo ator, por outras pode compor o ambiente sendo associado ao cenário. É utilizado pelo personagem sem fazer parte dele, mas ao mesmo tempo, também age como signo. O cenário é o que contextualiza uma cena, que dá as direções de onde se passa a ação. Uma vez que é impossível reproduzir fielmente os locais onde ocorrem as ações, o que se vê no palco é uma sugestão do que seriam os lugares. Geralmente segue a linguagem estabelecida para toda a peça. A iluminação não está restrita a iluminar, torna-se um signo quando passa a fazer parte da história. Ela pode ser usada para delimitar uma ação, destacar o foco da cena e ambientar o local. Ela também sugere características psicológicas, climas, ritmos para as cenas e os sentimentos dos personagens. A música conduz o clima ou contradiz com ele de propósito, sublinha ações ou momentos para uma peça. Pode substituir signos e identificar os personagens.

Essas definições não sofrem muitas diferenças em relação a outras áreas como o cinema e televisão. O que muda é a aplicabilidade de acordo com o contexto de cada obra e as características de cada suporte.

LINGUAGEM TELEVISIVA

O conhecimento que originou a televisão foi inspirado pelo o que já tinha, em parte, conseguido o cinema com mais de 60 anos a frente de desenvolvimento da linguagem audiovisual: captação dos movimentos e sons do planeta. Que está ligado à fotografia, pintura e ao teatro. Para conquistar a audiência, a TV, principalmente a brasileira, utilizou o que os profissionais das artes no país dominavam mais: o rádio e o teatro, como afirma FILHO (2001)

(...) dessa história, podemos tirar a conclusão de que fazer televisão, desde o início, foi sempre criar novidades, buscando obsessivamente ir ao encontro do gosto, do momento, das expectativas do público. (...) A nossa foi assim desde o início. (FILHO, 2001, pg. 33)

Talvez tenha sido a televisão que desenvolveu como nenhuma arte já tenha desenvolvido artifícios dentro de sua linguagem, principalmente na ficção, para tornar mais eficaz à propagação de seu conteúdo, e por isso ela é uma forte fonte de pesquisa para transmissão e formatação de discursos.

SINGER (2001) fala do caos das cidades e das formas de divertimento para os cidadãos. Tudo é frenético para acompanhar e estimular ainda mais esse ser humano que precisa de choques o tempo todo. Soma – se a isso as novas tecnologias de suporte e acesso como os computadores e a internet que trazem uma enxurrada de informações e referências para esta nova sociedade, com a qual a TV retrata e busca mais interação já
que agora, existem mais fontes de competição para ela.

Quando se debate televisão, as discussões giram em torno do conteúdo transmitido e da maneira como eles podem atingir as pessoas. Mas, pouco se discute sobre a linguagem estética e sonora estabelecida na TV de forma geral ou específica de um programa. Negligencia-se a imagem para a análise do discurso, sem perceber que a linguagem audiovisual também faz parte do discurso. MACHADO (1988) visualiza alguns fatos que podem justificar esse fato

(...) O problema é que, no desenvolvimento histórico da televisão, os investimentos de capital e os avanços tecnológicos voltaram-se quase
exclusivamente para o aperfeiçoamento das condições de distribuição, enquanto as questões referentes à definição de uma linguagem e de uma temática mais próprias ao meio ficaram relegadas a segundo plano. (MACHADO, 1988. pg. 08)

Estudos sobre a concepção estética de um trabalho, a trilha sonora, a decupagem das imagens e seqüências de cenas ficam restritas ao conhecimento que existe acerca do cinema e pouco se estuda o que estes signos representam na televisão cuja base é o vídeo, que por sua vez ainda enfrenta dificuldades de estabelecer sua linguagem específica como afirma DUBOIS (2004), “o vídeo é bem o lugar de todas as flutuações, e não devemos estranhar que ele apresente, no final das contas, incomensuráveis problemas de identidade”.

Dentre todas as relações que a TV estabeleceu com outros meios, a vantagem do vídeo é a sua possibilidade do “ao vivo”. Com isso, ele se aproxima do teatro em relação à instantaneidade. A vantagem é poder oscilar entre o ao vivo e o gravado (várias vezes) o que estimulou as experimentações com este aparelho. Da mobilidade do vídeo, surgiram outros gêneros no universo audiovisual como o vídeo arte, o vídeo experimental e o vídeo clipe. Talvez os únicos que surgiram a partir do conceito “vídeo” e, mais tarde, influenciaram as artes e outros meios de comunicação como afirma DUBOIS (2004)

Os únicos terrenos que foi verdadeiramente explorado em si mesmo, em suas formas e modalidades explícitas, foram os dos artistas (a videoarte) e o da intimidade singular (o vídeo familiar e o vídeo privado, o do documentário autobiográfico etc). (DUBOIS, 2004. pg.69)

O vídeo tem limitações de um lado e possui diversos recursos para trabalhar as imagens de outro. Diferente da linguagem cinematográfica, ele deixa mais claro os efeitos que utiliza. Desvela – los faz parte de sua linguagem. No vídeo há a possibilidade grandiosa do efêmero. MACHADO (1988) leva essa questão ao extremo ao relacionar o discurso da realidade à maneira como o material é transmitido,

(...) Reduzida a pontos de luz varridos continuamente por feixes de elétrons e exposta como tal à decifração do espectador, a figura humana, os dramas humanos, a “condição humana” e todos os grandes temas definidores do humanismo burguês, tão caro à literatura e ao cinema, encontram – se irreversivelmente comprometidos. (MACHADO, 1988, p.132)

Com isso, o vídeo perde em definição de formas e cores tornando-se difícil sustentar planos gerais por muito tempo, já que, nesses planos, a quantidade de informações é maior. Com isso, a decupagem na televisão é baseada em 1º plano, plano detalhe e plano médio e a edição das imagens é mais rápida, adotando indiretamente a figura de linguagem “metonímia” (um detalhe representa o todo), restringindo os planos gerais apenas para localização da ação ou para cenas de multidões (MACHADO, 1988). O autor analisa o vídeo como a primeira mídia a trabalhar com o movimento de câmera, uma vez que o cinema trabalha com planos fixos.

Todo conteúdo pode caber na TV. Ela reserva espaço para quase todos os gostos em sua programação por meio da segmentação. Existem horários e formatos para um determinado tipo de público, tática necessária para a organização e competição no mercado. REBOUÇAS (1999) afirma que as emissoras reinventam suas programações para manter-se à frente das concorrentes e possui signos para a comunicação dentro do seu universo.

Na distribuição dos signos de acordo com KOWZAN, na linguagem da televisão os significados deles sofrem poucas diferenças. Esta está concentrada na forma que é executada.

A câmera capta mais expressões e afins produzidos pelos atores, a interpretação para TV e cinema tornou-se mais subjetiva. Não são necessários exageros já que a câmera vai até o ator e age como um mediador na relação da obra com o público. Com o microfone uma pessoa pode falar no seu ritmo e volume normais. ROUBINE (2002) explica que quanto mais próximo da expressão popular, maior é a possibilidade de identificação e aproximação do público com o personagem.

(...) os artifícios inerentes a uma boa dicção cênica se tornam, na tela e no rádio, fatores que levam a uma quase caricatura. A técnica vocal própria dessas mídias, acrescida da ideologia do “natural” que prevalece fortemente nesse setor de atividade, obriga o ator a adotar uma dicção intimista (...). (ROUBINE, 2002, p. 20)

O ritmo e a extensão das falas estão submetidos à câmera, ao tempo da TV. BENJAMIM (1994) afirma que no cinema (ou seja, para a câmera) é menos importante representar outro personagem que ele representar a si mesmo. BONASIO (2002) mostra que, devido ao fato do objeto de captação de imagens ser móvel, não quer dizer que os atores possuem vantagens para interpretação para o vídeo.

A televisão ao mesmo que domina a linguagem audiovisual parece se perder, mesmo que seja em consenso com consciência. Utilizando todas as características do meio ela explora e absorve os elementos do audiovisual e de outras áreas. É nessa linha limite que obras conseguem, por meio da TV, se expressar nos formatos da linguagem televisiva e dialogar com diversas artes e suas linguagens.

FUSÕES: A LINGUAGEM INOMINÁVEL DA MODERNIDADE

Escritas para a televisão ou não, ambas as obras foram adaptadas para linguagem televisiva. Exibidas no século XXI, as obras expressam a mistura de linguagens em seus formatos: Sai de baixo possui a estrutura parecida com a de um teatro gravado. As referências da linguagem teatral são claras, principalmente pela existência da platéia, mas ela vai além e explora ao máximo as possibilidades dos dois formatos. Em Hoje é Dia de Maria as referências são indiretas e demonstra uma fusão mais completa entre as duas linguagens.

SAI DE BAIXO

Todas as definições cabem no Sai de Baixo (sitcom, teleteatro, humorístico), afinal quase tudo cabe no programa. O episódio escolhido chama-se Separação de bens, de 1996.

Sai de Baixo possui a liberdade de utilizar, hora mais recursos do vídeo, hora recursos do teatro obedecendo à conveniência do momento. Embora exista a idéia base e estrutura, não há amarras quanto à utilização das linguagens, elas estão a serviço dos atores, diretores e técnicos. BERTHOLD (2001) explica que o teatro filmado é um produto híbrido, que está no meio do caminho entre o teatro e o cinema.

Na ficção seriada da TV, atores devem viver a cena esquecendo a câmera para a interpretação. Mas o programa em questão vinha para desafiar convenções. Ele quebra a narrativa no momento em que os atores entram em cena e esperam calmamente as palmas do público, numa mistura de ator/personagem. A postura de esperar o público enxergar quem existe mais uma pessoa no palco é característica do teatro para que o público consiga acompanhar melhor a história.

Em Sai de Baixo eles assumiam que o que estava acontecendo ali era uma representação quebrando a narrativa e a idéia da “Quarta Parede”. Este conceito pode ser associado ao pensamento de Bertold Brecht sobre o distanciamento do ator. BRECHT apud MAGALDI (1997) defendia que o ator não poderia “ser” o personagem, mas representá-lo. O público precisa ter a sensação de que o que está acontecendo não é a vida real para que pudesse ter um pensamento crítico sobre o que era apresentado. Desde o início do programa, ele já entrega o teatro com o grande plano geral e o abrir das cortinas.

O maior momento de quebra da narrativa se dá quando em meio a uma discussão entre Ribamar (Tom Cavalcante) e Caco (Miguel Falabella). Fababella se dirige para o público e fala que em todos os episódios um ator é escolhido para fazer a piada especial da noite e que era a vez dele. Ele se dirige para Tom Cavalcante e pede a “deixa” 5 novamente, ele repete a última frase de seu texto e Caco fecha a piada. Ela não tem graça nenhuma, mas nesse momento todos os atores que estavam nas coxias6 entram no palco rindo descontroladamente e cumprimentando Miguel pela excelente piada. É um momento surreal, inesperado que quebra o jogo totalmente, mas dá mais força a proposta do programa.

Nesse mundo o público serve de termômetro para os atores. A platéia diz na hora se o que está acontecendo é bom ou não e essa reação impulsiona e inspira os atores ao ponto deles valorizarem alguma piada de acordo com a reação no teatro. Marisa Orth (2003) disse, no documentário em anexo ao DVD da sitcom, que a participação do público foi fundamental e que com ele é possível “ouvir o barulho do gol”, numa alusão aos acertos cometidos durante a apresentação. BERTHOLD (2001) defende o público como característica primordial que diferencia o teatro,

Há apenas um elemento que o cinema e a televisão não podem roubar do teatro – a intimidade do organismo vivo. Por causa disso, cada desafio para o ator, cada um dos seus atos mágicos (que a platéia é incapaz de reproduzir) torna-se alguma coisa de grande, de extraordinário, alguma coisa fora do êxtase. (BERTHOLT, 2001, pg.526)

Os atores precisam trabalhar com dois campos de interpretação: aquela que pretende atingir as pessoas que estão no teatro e aquela que vai buscar as pessoas que estão assistindo a televisão. Os gestos e a postura corporal obedecem as duas linguagens, são naturalistas e bem marcados.

Embora todos usassem microfones a forma de falar estava ligada basicamente à técnica teatral da voz projetada7 porque precisa chegar a todas as cadeiras do teatro. No vídeo, ela dá a impressão de uma voz “gritada”, mas ainda assim ela é aceita pelo contexto da peça, que é uma comédia em um lugar que percebe – se ser um teatro, mas que em um drama tradicional na linguagem televisiva soaria extremamente incômodo. Como toda ação se passa em um único cenário, as ações precisam se resolver na sala do apartamento do Largo do Aroche. Portanto algumas cenas são marcadas para acontecer paralelamente no mesmo espaço, mas independentes uma da outra. Por exemplo: Edileuza está na porta do banheiro atrás de Caco quando ele reserva as passagens aéreas para a amante. Numa representação televisa “normal” ela seria ouvida por ele. Mas, por ser um momento simples se estabelece um acordo entre os atores: Miguel finge que não ouviu nem viu Edileusa para ela mostrar para o público que sabe da armação de Antibes.

Das oito câmeras existentes no teatro, três podiam captar os planos gerais frontais, as outras captavam os detalhes. Todas prontas para se mover a qualquer hora dependendo da movimentação dos atores. A câmera de Sai de Baixo era instável. Para facilitar o trabalho, os planos variavam entre primeiros planos um pouco mais abertos, planos médios, conjuntos e plano geral. No reino do primeiro plano, que é o vídeo, ele foi pouco utilizado para atender as necessidades do teatro e da liberdade de movimentação dos atores.

Na encenação os atores utilizam um recurso muito forte no teatro para focar a ação: o proscênio8. Geralmente, as ações se passam dentro da caixa preta, quando um personagem vai para o proscênio ele pode se referir ao público, partir para um momento de reflexão e isolamento do resto do ambiente.

Ser naturalista o tempo todo não é característico de Sai de Baixo. Quando a família decide declarar guerra entre si um ambiente de combate é montado no palco, no meio do apartamento: arame farpado, roupas camufladas, barricada de madeira, iluminação específica e efeitos sonoros compõem a cena. Quando Vavá e Cassandra resolvem ir dormir os casais Caco/Magda se posicionam do lado esquerdo do palco e Edileuza/Ribamar ficam na ponta direita para namorar. A montagem é paralela e a luz estabelece o foco das ações com um pino em cada casal de uma vez. Edileuza e Ribamar sugerem estrelas no céu coberto pelo teto e ainda ressalta que o teto está todo sujo.

O que importa é que ali é um espaço de imaginação e sugestão. O programa parece brincar o tempo todo com as vantagens e desvantagens que o teatro tem dentro da televisão e da televisão dentro do teatro.

HOJE É DIA DE MARIA

A segunda obra foi concebida, executada e transmitida em um contexto totalmente diferente que Sai de Baixo. A forma apresenta fusões do teatro, da animação, do circo e do cinema. Uma das características de Hoje é dia de Maria está na possibilidade de abrigar várias referências. O teatro perpassa toda a obra. Está em constante diálogo com a televisão.

Para mostrar esse trabalho, vários profissionais, incluindo grupos de teatro, de bonecos, folclore e danças regionais foram convidados para participar. Numa mistura de pessoas que conheciam muito e pouco da televisão.

A minissérie foi exibida em janeiro de 2005, após as 22h. Sua diferença está na liberdade de experimentar estéticas diferentes do que estamos acostumados a ver na TV. BALOGH (2002) defende as minisséries com campos de experiências para as obras audiovisuais

Sob a ótica da recepção, elas estão bem menos sujeitas à tirania dos índices de audiência do que os demais formatos em série e novelas. (...) (BALOGH, 2002, p.123)

O grande encanto da minissérie foi a estética utilizada para contar a história de Maria. A saga da menina foi adaptada das obras de Carlos Soffredini, dramaturgo teatral cuja principal referência de seu trabalho é a pesquisa das culturas regionais do Brasil e contos de fadas.

O episódio escolhido é o último da minissérie. Maria acaba de se tornar criança novamente e começa a fazer o caminho de volta para casa, nesse percurso ela encontra praticamente todas as pessoas que havia conhecido quando partiu em viagem. Para BRANDÃO (1985) “a Tragédia é, não raro, a passagem da boa à má fortuna”. Esse gênero, consagrado nos textos do teatro grego, se encaixa de várias formas na história de Maria, uma vez que o destino agiu mudando a sorte da menina, que vivia feliz com a família e, por conta da morte da mãe, tudo desandou em sua vida.
Agora ela precisa sair numa jornada e passar por provações para crescer, onde tudo o que lhe acontecer será resultado de suas atitudes. Embora o final de jornada seja feliz, o autor explica que a tragédia não está sempre no fechamento da história,

É que o trágico pode não estar no fecho, mas o corpo da tragédia. Chamamos, por isso mesmo, tragédia a peça cujo conteúdo é trágico e não necessariamente o fecho. (BRANDÃO, 1985. p. 14)

O universo de Maria foi totalmente construído dentro de uma estrutura especial chamada Domo. CARVALHO (2006), diretor da minissérie, conta no documentário em anexo ao DVD, que não queria a realidade em si para compor a história, uma representação emocional de uma realidade. Assim como no teatro, todas as referências foram representadas e adaptadas ao local onde está sendo encenada a peça. Se tivéssemos que relacionar o local com algum palco, a história se passa em uma arena ou teatro de rua. O público fica em volta assistindo de fora, o que nos aproxima é a câmera que parece inserida no meio dos personagens durante as cenas.

A construção do cenário e figurinos foi feita à base da sugestão e não da realidade e tudo dependerá do quanto o ator se compromete com o jogo sugerido. Dificilmente seria possível ter animais de verdade em cena. Os bonecos e marionetes de cavalos, burros, pássaros e patos são encarados com tamanha fé e teatralidade pelo elenco que não faz a menor diferença se eles são bonecos ou não. CARVALHO (2006) fala que não mente para o público: “isto é um céu verdadeiro”, “Aquela casa não é pintada”. A caminho das franjas do mar, Maria se direciona pelo riachinho. Ela passa pelo riacho várias vezes. O rio é a principal referência da utilização do teatro nesse universo, ele é modificado com arbustos, planos e iluminação, mas continua o mesmo espaço, mas com o local da ação diferenciado.

Na volta para a infância, ela está sem a chavinha que ganhou da mãe e começa a procurá-la. Enquanto isso, Asmodeu (o diabo que a persegue durante toda a jornada) permanece observando-a. Nesse momento se estabelece uma montagem paralela em que os personagens estão praticamente no mesmo espaço, mas precisam fingir que não estão se vendo para contar a história. Quando ela recupera a chavinha e briga com o Demo, não há cortes, portanto nesta pequena seqüência ela faz apenas a referência da corrida onde, quase que em círculos devido às limitações do espaço.

Toda a história é recheada de simbologia, a água não é somente o líquido. A chave não é só aquilo que abre. A encruzilhada construída também tem seu significado que está além da forma física e da utilidade. Quando Maria solta a noite que estava presa em um coco, ela é apenas uma sugestão. Como o domo é coberto, a representação foi quase infantil. Os planetas são firmados por fios, lembrando o quarto de criança. Quando Luis Fernando Carvalho concebeu a linguagem de Hoje é dia de Maria, ele queria que tudo tivesse um aspecto de algo que não é mais aquelas que surgiram. Para este pensamento atrelam-se as idéias Simbolistas da virada do século XIX para o XX cujo um dos precursores foi o belga Maurice Maeterlink que já disse “Seria impossível acreditarmos que as coisas são apenas aquilo que parecem ser”(1973).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando Miguel Falabela, ator de Sai de Baixo, foi explicar o que seria aquele programa a resposta foi a seguinte: “Eu acho que talvez seja lembrado como a maior transgressão dentro da linguagem televisiva (...) aquilo era um... um...”. É possível completar essa frase com uma definição simples? Uma palavra que possa dizer exatamente qual a linguagem de Sai de Baixo? E em Hoje é dia de Maria? As duas possuem um formato: sitcom e minissérie. Mas e o Como? esses gêneros foram executados, o jeito de fazer? Todos esses exemplos são frutos da abertura para diálogos entre os veículos de comunicação, as artes e a vida. Todas nasceram da cultura humana, portanto, por mais que certas linguagens artísticas sejam, a princípio, inadequadas para contextos fora de seus universos, as artes e a comunicação retiram o que de melhor exista disponível e adapta a suas condições criando uma linguagem híbrida específica para a obra criada.

Numa sociedade que acredita ter visto tudo, experimentando tudo de bom e ruim, é preciso uma nova injeção de ânimo, um hiperestímulo para prender e surpreender o espectador. Por conta disso, as artes estão sempre se renovando e a TV busca outras formas de comunicação. Por isso trabalhos como Hoje é dia de Maria e Sai de Baixo fazem sucesso. O público pode até acompanhar a novela das 20h por anos, mas ele precisa que outras coisas apareçam como respiradouros para que possam continuar acompanhando o arroz com feijão das novelas.

E agora, a gente vai pra onde? Quando todos acreditam que tudo já foi criado, o que resta agora e aproveitar. As palavras de ordem são: reciclagem, referência, novas roupagens para o que já foi construído. A arte aceitou e aproveitou tudo isso e vem quebrando cada vez mais com o sagrado. As obras analisadas neste trabalho são construídas à base de releituras e de hibridismo. As fronteiras são tênues, misturadas, quase inexistentes. Enquanto que na modernidade a boa luta buscava o verossímil e o coerente, na pós-modernidade a barreira não existe. Se isso é representação, então, vamos experimentar. Ambos os trabalhos analisados seguem essa característica, mesmo respeitando certa realidade. Elas trabalham com a realidade fantástica, onde tudo pode acontecer.

Todos os recursos que foram utilizados não fogem à regra das artes e da televisão que é se aproveitar do que existe ao redor para construir trabalhos ousados. Está presente, também na característica da nossa época. Não posso dizer que há 30 anos esses profissionais fariam as mesmas escolhas na formatação da linguagem para seus trabalhos. Só foi possível devido à capacidade das pós modernidade em aceitar as mudanças. As obras analisadas são frutos dessa geração que parece ainda não saber muito bem para onde está indo, mas que, mais importante de tudo, ela não pára de caminhar, seja com os pés descalços no chão como a menina Maria ou nos mais potentes meios de transporte.

Mas vamos “que o que tem que ser tem muita força.” Esse é só o começo de uma jornada. Inté!”

REFERÊNCIAS

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ROUBINE, Jean – Jacques. A arte do ator. Tradução de Yan Michalski e Rosyane Trotta. Rio de Janeiro: J.Z.E. – Jorge Zahar Editor, 2002.

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SINGER, Ben. Modernidade, hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular (114 - 143). In: O cinema e a invenção da vida moderna. Leo Charney e Vanessa R. Schwartz (org) Tradução: Regina Thompson. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.

DVD

MARIA, Hoje é dia de. Direção: Luiz Fernando Carvalho. Produção: César Lino. Intérpretes: Carolina Oliveira, Stenio Garcia, Osmar Prado, Fernanda Montenegro e outros. Roteiro: Luís Alberto de Abreu e Luiz Fernando Carvalho. Música: Mariozinho Rocha. Rio de Janeiro. TV Globo, c 2004-2006. 3 DVD. Produzido pela Som Livre. Baseado na obra de Carlos Alberto Soffredini.

BAIXO, Sai de, episódio Separação de bens. Direção: Daniel Filho. Produção: Núcleo Daniel Filho. Intérpretes: Miguel Falabella, Marisa Orth, Aracy Balabanian, Luís Gustavo, Cláudia Jimenez e Tom Cavalcante. Roteiro: Flavio de Souza e Cláudio Paiva. Música: Ricardo Ottoboni. Rio de Janeiro. TV Globo, c2003. 2 DVD. Produzido pela Som Livre.

OBS.: Este trabalho foi apresentado no GP Televisão e Vídeo, X Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação pela Pós-graduanda do Curso de Comunicação Televisiva das Faculdades Integradas Espírito-santenses – FAESA, Charlaine Rodrigues (charlaninerodrigues@yahoo.com.br), com orientação da Profa. Dra. Alessandra Carvalho. Professor de Jornalismo das Faculdades Integradas Espírito-santenses – FAESA.