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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O teatro e o Estado no Espírito Santo

O AUTO DO TATU - foto Silvana Capucho - Linhares - Funarte2013 02O historiador Duilio Kuster, além de exercer esta dignissima função, também é ator, arte-educador e um dos fundadores da Folgazões Companhia de Artes Cênicas.

Este ano ele defendeu sua dissertação de mestrado que falava sobre o Teatro Capixaba durante a Ditadura Militar no Brasil (1964-1985). E hoje (20/12/2013), ele nos presenteia, através da Triade Comunicação, com um lindo texto sobre o teatro e o Estado. Desejo a todos boa leitura!

Vitória (ES), 20 de dezembro de 2013

O teatro e o Estado no Espírito Santo

Após algumas décadas de relativo marasmo, período marcado por produções infantis esparsas, o teatro capixaba parece estar conhecendo um novo momento, com os grupos que surgiram com a chegada do novo milênio e que optaram por manter um trabalho coletivo e continuado, ancorados em espaços de criação e apresentação próprios. Por mais paradoxal que seja, historicamente o momento em que as artes cênicas em nosso Estado mais ganharam destaque em nível local e nacional foi durante a Ditadura Militar (1964-1985), período marcado também pelo cerceamento das liberdades individuais e coletivas, no qual o Espírito Santo foi governado por governadores biônicos indicados pelo poder central.

teatro-carlos-gomes-tcg0001-baixaEm especial, de 1970 a 1976, o Estado, por meio da criação da Fundação Cultural do Espírito Santo, desenvolveu uma série de ações em prol da atividade teatral local, como a criação de importantes espaços de apresentação (Teatro Estúdio e Teatro de Arena do Mercado da Capixaba); a reforma do Teatro Carlos Gomes – que se encontrava fechado há anos; a criação e manutenção de um grupo de teatro oficial; a importação de espetáculos do Rio de Janeiro e São Paulo para comporem a temporada capixaba e o apoio à realização de festivais de teatro, o que contribuiu para o surgimento de novos grupos e o aparecimento de novos artistas. A partir de 1977, ocorreu uma redução substancial nas verbas que eram destinadas à atividade cênica capixaba, comprometendo as ações que até então vinham sendo desenvolvidas e que, muito provavelmente, explica a situação da nossa atividade teatral a partir da década de 1980.

Tal constatação nos suscita uma série de dúvidas sobre o interesse dos governadores biônicos capixabas com a atividade teatral do Espírito Santo, bem como nos permite algumas respostas hipotéticas: o desejo de controlar a criação artística estadual, de conquistar a simpatia da população para um governo que lhes havia sido imposto ou até mesmo o desejo real de gestores que, por mais ligados a um governo ditatorial que estivessem, ainda assim poderiam ser sensíveis e interessados no desenvolvimento artístico do ente federativo que governavam.

Se compreender a motivação dos governadores para a atividade teatral capixaba durante o período da Ditadura Militar não é tarefa das mais fáceis, implicando em pesquisa mais aprofundada, não o é perceber a importância do Estado como agente fomentador do desenvolvimento cultural. Sem negar que ainda há muito no que avançarmos, é indiscutível que os editais culturais lançados pelo poder público do Espírito Santo nos últimos anos vem contribuindo consideravelmente para a afirmação dessa nova fase de nosso teatro. Cabe à população não permitir que as políticas culturais desenvolvidas por um Estado democrático deixem a desejar àquelas desenvolvidas por um regime ditatorial.

Duílio Kuster é ator e historiador, membro-fundador da Folgazões Artes Cênicas.

Mais informações para a imprensa:

Tríade Comunicação (27) 3225-0099

Atendimento:

Jamili Zambaldi – (27) 9838-0926

jamili@triadecomunicacao.com.br

Coordenação:

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Folgazões Companhia de Artes Cênicas faz Ensaio Aberto da montagem “O Outro”

Companhia-FolgazoesA Folgazões Companhia de Artes Cênicas não descansa.

Amanhã (13/12/2013), na sede do grupo, acontecerá o ensaio aberto do mais novo trabalho cênico-teatral deles, intitulado “O Outro”.

O ensaio acontecerá as 19h00 e terá a presença do diretor Chico Pelúcio, integrante do Grupo Galpão de Belo Horizonte (MG). A realização deste ensaio, que conta com o renomado diretor, é uma mostra do processo de pesquisa da, aprovada recentemente pelo edital de Residência Artística da SECULT/ES.

tríade comunicaçãoA informações mais detalhadas vem da Tríade Comunicação. Eu desejo a todos uma boa diversão!

Vitória (ES), 12 de dezembro de 2013

Folgazões realiza ensaio aberto da montagem “O outro”

A Folgazões Companhia de Artes Cênicas apresenta, nesta sexta-feira (13), às 19h, na sede do grupo, um ensaio aberto como mostra do processo de pesquisa da montagem “O Outro”, aprovada recentemente pelo edital de Residência Artística da Secretaria de Cultura do Estado do Espírito Santo. Será uma grande oportunidade para os amantes do teatro. O evento terá um espaço para avaliações e bate-papo com a equipe envolvida e o diretor Chico Pelúcio, do Grupo Galpão de Belo Horizonte (MG). Com 30 anos de estrada, o Galpão é uma das mais importantes companhias de teatro do país e uma das mais conhecidas fora do Brasil, como Europa e América do Norte. Corra e faça sua inscrição no site: www.companhiafolgazoes.com.br. As vagas são limitadas! A peça, com nome provisório, tem estreia prevista para março de 2014.Print