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terça-feira, 25 de novembro de 2008

FAMES apresenta Ópera de Puccini

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Eu perdi a oportunidade de ter falado sobre o assunto no dia 18/11/2008 (terça-feira... Na verdade, fiquei sabendo em cima da hora), mas dessa vez falarei sobre um pouco mais adiantado.

É raro vermos uma ópera em Vitória-ES, mas essa é a segunda vez que a FAMES (Faculdade de Música do Espírito Santo) nos dá essa oportunidade. A primeira vez foi o ano passado, com a ópera Il Campanello di Notte, de Gaetano Donizetti, e devido ao sucesso eles retornam com uma nova ópera, Gianni Schicchi, de Giacomo Puccini.

Tá, não é tão nova assim, já que foi escrita em 1918, mas é uma verdadeira novidade para os palcos de Vitória. A ópera teve sua estréia no Teatro Universitário, nos dias 18 e 19 de novembro de 2008 (terça-feira e quarta-feira, respectivamente) e agora segue para o palco do Theatro Carlos Gomes, nos dias 29 e 30 de novembro de 2008 (sábado e domingo).

Vitória, no seu passado, teve óperas no palco do Carlos Gomes, mas há muito tempo que algo desse tipo não acontece por aqui. No ano passado, com a obra de Donizetti, a FAMES conseguiu um feito incrível, levando novamente ao teatro uma ópera. A intenção é fazer o mesmo agora.

Agora falemos um pouco sobre a obra e seu autor.

clip_image002Giacomo Puccini (ele me lembrou o ex-volcalista do Queen, Freddie Mercury) nasceu numa família de músicos. Seus antepassados eram organistas da igreja de São Murtinho em Lucca e foi o que ele aprendeu com sei pai, Michele Puccini, a tocar órgão. Seu pai veio a falecer antes dele completar seis anos e ele parecia seguir o mesmo caminho de toda a família, quando começou a cantar no coro da igreja, mas após ouvir Aida, de Giuseppe Verdi, despertou nele a paixão para escrever óperas.

Puccini escreveu sua primeira ópera em 1883, Le Villi, para participar de um concurso. Não ganhou o prêmio principal, mas chamou a atenção do dono de uma editora musical, que encomendou uma segunda ópera, Edgar, que foi recebida friamente no Scala, de Milão.

É de Puccini La Bohème, que foi sua quarta ópera e contava a história de artistas tentando sobreviver do que faziam. Em 1905, ele visitou a Argentina, para tentar descobrir como seu irmao, Michele, morreu.

Giacomo Puccini veio a escrever Gianni Schicchi em 1918, quando estava com sessenta anos. Ela estreou em 14 de dezembro, no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque. A obra é de um ato somente e foi a primeira ópera cômica escrita por Puccini. A ópera foi baseada no Canto XXX do Inferno, da Divina Commedia de Dante Alighieri.

Dessa vez ela acontecerá no Theatro Carlos Gomes, sobre regência do maestro Sérgio Dïas e direção cênica de Erlon Paschoal. A entrada será através de doação. As pessoas interessadas em assistir à ópera, deverão comparecer ao protocolo da FAMES, com um quilo de alimento não perecível, para ser doado futuramente a instituições de serviço social.

Seguem abaixo todas as informações que me foram passadas pela Assessora de Imprensa da FAMES, Daniela Ramos:

Fames apresenta ópera de Puccini

clip_image003Depois do sucesso da Ópera Il Campanello em 2007, a Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames) prepara para novembro, Gianni Schicchi, ópera de Giacomo Puccini, com apresentações no Teatro da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e no Theatro Carlos Gomes. O evento tem caráter beneficente e os ingressos deverão ser trocados por 1 quilo de alimento não perecível, nesta quarta-feira (12), na recepção da Fames.

As récitas (espetáculos de declamação) serão nos dias 18 e 19 de novembro, no Teatro da Ufes, às 20 horas, e no dia 29, às 20 horas e 30, às 17 horas, no Theatro Carlos Gomes.

Esta montagem, com acompanhamento da orquestra de Câmara da Fames, regida pelo maestro Sérgio Dias, é fruto de um projeto acadêmico da Fames, integrando no elenco os alunos, professores e músicos convidados.

Entre eles estão Lício Bruno, Manuela Freua, Martin Mühle, Amadeu Góis, Márcio Neiva, Raynor Pedruzzi, Sheila Limão, Adalgisa Rosa, Alessandro Santana, Claudemir Lira, Fábio Salazar, Felipe Colle, Karina Santos, Maristela Araújo, Meire Norma, Renato Gonçalves, Thiago Peçanha, Willian Oliveira, Vânia Caçador e Wilson Olmo. A direção cênica é assinada por Erlon Paschoal.

“Colocar o público do nosso Estado em contato com uma obra significativa da música universal, encenada por profissionais competentes, experientes e responsáveis é razão de sobra para fazer da montagem de Gianni Schichi um acontecimento de suma importância na agenda cultural de Espírito Santo”, afirma Erlon Paschoal, diretor cênico do espetáculo.

A obra

clip_image004Gianni Schicchi, ópera em um ato de Giacomo Puccini, com libreto de Giovacchino Forzano, é baseada no Canto XXX do Inferno, da Divina Comédia de Dante Alighieri. Única ópera cômica de Puccini, estreou no Metropolitan Opera House de Nova Iorque, em 14 de dezembro de 1918, junto com Il Tabarro e Suor Angelica.

Dante Alighieri, o autor da Divina Comédia, colocou os seus inimigos políticos e pessoais no inferno. Entre os desafetos do poeta estava Gianni Schicchi, cidadão de Florença, que teria falsificado o testamento de Buoso Donati (Dante era casado com Gemma Donati, membro dessa família), deixando a maior parte dos bens de Buoso, que morreu em 01 de setembro de 1299, para a família Schicchi. O objetivo da ópera de Puccini é provar que, afinal de contas, Gianni Schicchi não merecia ir parar no inferno.

Sinopse

A sombra de Gianni Schicchi já paira sobre os parentes de Buoso Donati que, em seu quarto, acaba de morrer. Corre um boato de que toda a fortuna de Buoso foi deixada para os monges. Simone declara que se o testamento já estiver nas mãos do tabelião nada se tem a fazer, mas se ainda estiver no quarto, nem tudo estará perdido.

Encontrado o documento, constata-se que a fortuna havia sido deixada para a Igreja, e que para os parentes sobrara apenas as migalhas. Um dos parentes lembra-se de Gianni Schichi, que pode ser a saída para o problema.

Gianni Schicchi, ao ler o testamento, tem a idéia de se passar por Buoso e fazer alterações na partilha dos bens, mas antes que os parentes do finado concordem com a idéia, Schicchi lembra a eles a pena para este crime: exílio da querida Florença e corte da mão direita.
Schicchi pergunta se mais alguém já foi informado da morte de Buoso. Os parentes afirmam que mais ninguém sabe da notícia. A chegada do médico deixa todos tensos, o plano começa a ser executado, Schicchi já se passa pelo falecido Buoso. Schicchi responde as perguntas do médico imitando a voz do morto, garantindo que esta melhor. Após o incidente, mandam chamar o tabelião para fazer o novo testamento, com a partilha dos bens de maneira que todos os parentes ficassem satisfeitos.

Os parentes recomendam a Schicchi que distribua os bens em partes iguais, mas individualmente cada um lhe pede a maior parte da herança, com a promessa de que ele será recompensado.

Antes de deitar-se na cama do falecido Buoso, Schicchi novamente os adverte para os riscos que estão correndo em semelhante empreitada: a lei comina penas de exílio e perda da mão direita para aqueles que falsificam testamentos e para seus cúmplices. Ouve-se novamente baterem à porta; entram o tabelião e as duas testemunhas. Schicchi responde às perguntas com uma vozinha fraca, e o testamento passa a ser redigido, com não poucos lances cômicos.
O funeral modesto proposto por Schicchi agrada aos parentes, cada um dos quais vai recebendo seu quinhão, até que chega o momento de distribuir o que realmente interessa na herança: a villa em Florença, os moinhos em Signa e a mula. É em meio a indignados protestos que ele vai legando cada um desses bens a “seu devotado amigo Gianni Schicchi”; a cada interrupção, ouvindo perguntas revoltadas sobre a utilidade dessas maravilhas para o bronco Schicchi, responde que sabe perfeitamente o que é melhor para ele.
Quando as interrupções ameaçam tomar-se por demais truculentas, Schicchi canta uma frase ou duas de despedida de Florença e os parentes compreendem que foram apanhados em sua própria armadilha, nada mais tendo a fazer. Para que a lição seja completa Schicchi ordena a Zita que dê 20 florins a cada testemunha e 100 ao tabelião.
Mal sai o tabelião, os frustrados herdeiros avançam sobre Schicchi, arrancando-lhe a camisola em pedaços. Lauretta e Riniccio cantam a felicidade que os espera e Schicchi retorna, trazendo de volta alguns objetos furtados. Voltando-se para o público, diz então: “Poderiam imaginar melhor uso para o dinheiro de Buoso?”

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Fames
Paula Norbim
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