Eu já tinha visto sobre essa oficina no Grupo Opiniões Cênicas, mas hoje (09/12/2008) recebi mais detalhes sobre a oficina que será coordenada por Guilherme Bonfanti, colaborador do Teatro da Vertigem, do Grupo TAPA, Grupo XPTO Brasil e trabalhou com os diretores William Pereira e Gabriel Villela.
Esse consagrado iluminador virá a Vitória graças ao Programa Concerto de Natal AcelorMittal. O curso será na Escola de Teatro e Dança FAFI, do dia 13 (sábado) ao dia 17/12/2008 (quarta-feira), das 10:00 às 13:00. Segue abaixo as informações que chegaram a mim, pelo e-mail de Dayanne Lopes, do Grupo Teatro Empório. Se minha opinião vale alguma coisa, eu recomendo que façam, pois sempre é bom aprender mais.
OFICINA – LUZ, INVENÇÃO OU RE-INVENÇÃO?
Coordenador: Guilherme Bonfanti
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da arte e cultura local, o Programa Concerto de Natal ArcelorMittal estará oferecendo em 2008 à comunidade oficinas ministradas por participantes, artistas e técnicos, do seu staff.
A Oficina “Luz, Invenção ou Reinvenção?” será ministrada pelo Light Designer Guilherme Bonfanti na Escola de Teatro e Dança FAFI no período de 13 a 17 de dezembro de 10 às 13h, e é gratuita.
Sobre Guilherme Bonfanti (retirado da Enciclopédia Itaú Cultural – Teatro)
Guilherme Bonfanti Piedade (Leme SP 1956). Iluminador. Light designer que se destaca na década de 1990, colaborador assíduo do Teatro da Vertigem, grupo atuante em espaços não convencionais. É também iluminador constante nos espetáculos dirigidos por Eduardo Tolentino de Araújo, do Grupo TAPA; Oswaldo Gabrielli, do grupo XPTO, William Pereira e Gabriel Villela.
Inicia-se profissionalmente em 1986 com Corpo Estrangeiro, de Marguerite Duras, direção de Marcia Abujamra. Em 1987, faz montagem, criação e operação de luz para o Espaço Off, em São Paulo, centro difusor da arte experimental do período, atuando em dezenas de realizações.
Em 1990, cria as luzes para Oberösterreich, de Franz Xaver Kroetz, e Hiperborea, livre adaptação do texto Céu e Terra, de Gerlind Reischager, dois espetáculos de Antônio Araújo, com quem passa a desenvolver intensa colaboração. Para a coreógrafa Renata Melo ilumina Fui, Vim e Voltei, no mesmo ano, assim como a ópera Fata Morgana, direção de Marcia Abujamra.
Em 1991, volta a colaborar com Antônio Araújo, em Clitemnestra, de Margherite Yourcenar, num solo emocionante de Marilena Ansaldi. Em 1992, ganha seu primeiro Prêmio Shell e APCA, em parceria com Marisa Bentivegna, com a ambientação inusitada da luz na Igreja de Santa Ifigênia, templo que sedia Paraíso Perdido, primeira encenação do Teatro da Vertigem. Coordena, ainda em 1991, o Festival Internacional de Teatro de Londrina, onde se incluem importantes realizações internacionais.
Em 1994 é o criador da luz de Forró for all, espetáculo de Ana Maria Mondini; Um Homem Sem Qualidades, de Robert Musil, e Futebol, de Alberto Renault, direções de Bia Lessa, entre outros. Em 1995, cria a luz para O Livro de Jó, de Luís Alberto de Abreu, nova encenação de Antônio Araújo para o Teatro da Vertigem, agora num hospital, montagem muito premiada - Prêmio Shell e APCA - um dos marcos desta década. Em 1996 está, entre outros, em Rasto Atrás, de Jorge Andrade, sob a direção de Eduardo Tolentino de Araújo, montagem do Grupo TAPA. No mesmo ano, ilumina Luzes da Bohemia, de Ramón del Valle-Inclán, direção de William Pereira, com quem voltará a colaborar em O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, em 1997, que recebe os Prêmios Shell e Mambembe de melhor iluminação. Neste ano, cria o projeto de luminotécnica para o centro cultural do edifício sede da Fiesp, em colaboração com o arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Em 1998 está, novamente com o Grupo TAPA, em Ivanov, de Anton Tchekhov, iluminação premiada; e com Cibele Forjaz, em Vida de Galileu, de Bertolt Brecht.
Faz projetos de ambientação cênica e iluminação para a 23ª e 24ª Bienal Internacional de São Paulo, criando salas e espaços.
Em 2000, mais uma vez com o Teatro da Vertigem, realiza o último espetáculo da trilogia, Apocalipse 1,11, direção de Antônio Araújo, sediada no presídio do Hipódromo.
Além de óperas e balés, Guilherme faz luz para shows musicais, com destaque para artistas como Karnak, Titãs, Otto, Vânia Bastos e Marina Lima. Na área de dança ilumina para Ana Mondini, Companhia Republica da Dança, Gisela Rocha, companhia Terceira Dança, Décio Otero e Ballet Stagium.
Num texto escrito sobre a trajetória da luz nas peças do grupo Teatro da Vertigem, o próprio Bonfanti decupa seus métodos e princípios em processos mais extensos de pesquisa de linguagem: "Creio que o Apocalipse 1,11 sintetize meu trabalho nestes dez anos de Vertigem. Pesquisamos longamente, a partir de idéias e conceitos estabelecidos pelo tema proposto por Antônio [Araújo] e desenvolvido por todos nós num processo colaborativo e absolutamente democrático. Construímos diversos aparelhos. Tecnicamente, continuamos trabalhando com a sucata e a transformando em matéria sofisticada. A tecnologia nos ajuda a descobrir soluções e transformá-las dentro do conceito de cada espetáculo. A luz cumpre sua função sem sobressair, dirigindo o olhar do espectador, selecionando imagens e contribuindo estética e emocionalmente para a vivência do espectador".
Público alvo: interessados em iluminação (profissionais ou não), arquitetos, diretores, atores e estudantes de teatro, cenógrafos, coreógrafos, fotógrafos, etc.
Guilherme Bonfanti, light designer paulista, é membro do Teatro Vertigem, grupo atuante em espaços não convencionais, e iluminador de espetáculos de Eduardo Tolentino (Grupo TAPA), Gabriel Vilella, do Grupo XPTO, e de diversos espetáculos de dança, música, além de ambientações em Bienais de Arte e Arquitetura. Recebeu o Prêmios Shell em 93, 96 e 2000 pela iluminação de espetáculos do Vertigem e o Prêmio da Associação Paulista de Críticos pelo espetáculo O Paraíso Perdido em 93.
Bonfanti vem criando a iluminação do Concerto de Natal ArcelorMittal desde 2005 e este ano estará também compartilhando parte do seu conhecimento e experiência com os artistas e técnicos do Espírito Santo. Segundo Bonfanti, a Oficina Luz, Re-invenção ou Invenção tem como objetivo o encontro criativo entre profissionais e não profissionais de várias áreas que tenham interesse em iluminação. Pessoas que queiram vivenciar a experiência criativa e discutir os caminhos da iluminação hoje. As novas tecnologias, as idéias antigas convivendo com as últimas novidades do mercado, softwares a serviço da criação, refletores e sua utilização, sucatas sendo transformadas em luminárias, desapego a equipamentos convencionais e uma visão mais ampla para as possibilidades de iluminar, discussões sobre conceitos de desenho, estética e o processo de criação. A iluminação nos diferentes gêneros teatrais: drama, comédia, tragédia e teatro experimental. E também em dança, show, ópera e luz para exposição.
A oficina orientará os participantes também com distribuição de material didático e bibliografia de publicações e livros especializados para futuras consultas, bem como sites existentes. Apresentação de DVDs e discussões sobre a iluminação do CONCERTO DE NATAL, e finalização com acompanhamento da montagem do concerto, desde o inicio da montagem até a apresentação final com uma discussão ao final do Concerto.
As inscrições devem ser feitas na FAFI, no período de 03 a 10/12, e as 20 vagas serão preenchidas mediante seleção através de análise da carta de intenções contida na ficha de inscrição Baixe aqui e preencha).
A ficha de inscrição também poderá ser solicitada e reenviada através do email: logística@artevila.com.br ou contato@artevila.com.br
O resultado da seleção será divulgado no dia 12/12/08 à noite na Escola de Teatro e Dança FAFI
A Oficina de Iluminação Cênica tem o patrocínio da AcelorMittal Tubarão,
produção da Arte Vila Projetos Culturais, e apoio da Escola de Teatro e Dança
Secretaria Municipal de Cultura
Prefeitura Municipal de Vitória e
Secretaria de Estado da Cultura/Theatro Carlos Gomes.
Informações pelos telefones: 32297452 / 99501327 / 88199129
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