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domingo, 3 de maio de 2009

“…Salomé”, no Galpão

Mais de 200 pessoas visitaram o blog Teatro Capixaba para saber mais sobre a peça “Rosas Brancas para Salomé”, durante o período de 14/03/2009 a 02/04/2009. Agora ela retorna aos palcos, desta vez no Teatro Galpão, em Vitória – ES. A peça é escrita e dirigida por Gladston Ramos e tem em palco o ator Mauro Pinheiro. Ele interpreta Salomé, uma diva transformista que enfrentou várias agruras para conseguir seu sucesso. Ela lembra da expulsão de sua casa a sua ascenção, no Cassino da Urca, passando por vários momentos de sua história.

O espetáculo já esteve em cartaz no Teatro Municipal de Viana e no Teatro do Sesi, participando do Projeto “Luzes e Aplausos”, onde peças teatrais do estado se tornam mais acessíveis ao público em geral, por um preço muito módico, R$ 1,99.

No Teatro Galpão, a peça “Rosas Brancas para Salomé” ficará em cartaz do dia 09 ao dia 31 de maio de 2009, as 20:00. Mais informações, podem entrar em contato com o próprio Mauro Pinheiro pelo celular: (27) 9933-7543; ou pelo e-mail: m.pinheiros@yahoo.com.br.

Abaixo segue o release da peça, enquanto esteve em cartaz no Teatro Municipal de Viana, escrito por Waldson Menezes:

panfleto_maio_1_b O texto e a direção da peça, que é classificada para 14 anos, são de Gladston Ramos. Já a interpretação fica por conta do ator Mauro Pinheiro, que entra em cena como Salomé, uma diva do transformismo, apaixonada pela cantora Angela Maria. A personagem é sonhadora, sensível, alegre, divertida e ao mesmo tempo melancólica e solitária.

O espetáculo começa com o show de Salomé e prossegue quando ela  volta para o camarim, onde a fantasia acaba e a diva tem que retirar o disfarce para encarar o palco da vida. Nesse momento, as lembranças voltam como num filme, fazendo-a reviver  diversos fatos marcantes da vida. A expulsão de casa, o apoio encontrado em Otila e Madame Satã, no Arco da Lapa, o Cassino da Urca, o difícil relacionamento com a família, o encontro com o amor verdadeiro, a morte do  pai, da mãe, do seu amor, os shows engraçados e dos amigos que o tempo levou.

Mas, o que parece um drama fará o público se divertir. Salomé usa o humor para falar de preconceito, medo, saudade, abandono e principalmente da solidão do ser humano, assuntos que fazem chorar. Com toda sua  fragilidade, ela consegue buscar  dentro de si uma força extraordinária quando o assunto é sobrevivência, e mais do que ninguém sabe driblar as pedradas e os espinhos do seu caminho, fazendo do espetáculo um  divertido desabafo.

Por meio do humor, ela deixa transparecer toda a carga de desafeto, rejeição e discriminação, tentando disfarçar a melancolia e a solidão que explodem  em plena noite de Natal. Apesar de tudo,  Salomé se revela cada vez mais humana e divertida. A peça faz  um convite à  reflexão sobre a forma superficial  como as pessoas vêem aqueles que parecem diferentes.

Bom espetáculo para todos!

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