Hoje (03/05/2009), lendo o grupo Opiniões Cênicas, descubro que o corpo de Augusto Boal permitiu que sua alma fosse para o Elísio. A notícia está em mais de 22 mil links, de acordo com o Google.
A notícia saiu primeiramente no Agência Estado, do Estadão, pelo repórter Fabio M. Michel.
Augusto Boal, criador do Grupo Opinião, com Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, criador do Sistema Curinga, onde oito atores se revezam fazendo vários personagens no espetáculo “Arena Conta Zumbi” e, também, criador do Teatro do Oprimido.
Boal faleceu ontem mesmo, as 02:40. Ele estava internado no Hospital Samaritano, por conta de uma leucemia. Teve insuficiência respiratória e pode descansar em paz.
Ganhador de mais de quarenta prêmios, no decorrer de seus anos de trabalho, no ano de 2008, recebeu indicação ao Prêmio Nobel, em virtude de seu trabalho com o Teatro do Oprimido. Eu tive a oportunidade de conhecê-lo, na arena da Escola de Teatro e Dança Fafi, durante uma “conversa” sobre seus trabalhos e desenvolvimento do Teatro do Oprimido. No ano passado, o Centro do Teatro do Oprimido (CTO) do Rio de Janeiro veio a Vitória a convite da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo – SESP e Secretaria Estadual de Cultura – SECULT, instalando aqui o Projeto Teatro do Oprimido no Espírito Santo. As apresentações, sob direção artística do próprio Augusto Boal, foram no Theatro Carlos Gomes.
Segue abaixo a matéria que saiu no Agência Estado (Obigado por ter existido Boal!):
Morre Augusto Boal, o criador do Teatro do Oprimido
FABIO M. MICHEL - Agencia Estado
SÃO PAULO - O dramaturgo e diretor teatro, Augusto Boal, morreu na madrugada de hoje, aos 78 anos, de insuficiência respiratória, no Hospital Samaritano, no bairro do Botafogo, Rio. Ele sofria de leucemia e estava internado desde o dia 28 de abril. O local e o horário do enterro não foram divulgados. O trabalho do carioca Boal, que também era ensaísta e teórico do teatro, ganhou destaque nos anos 1960 e 1970, quando esteve à frente do Teatro de Arena de São Paulo e criou o Teatro do Oprimido, pelo qual foi internacionalmente reconhecido por aliar arte dramática à ação social.
Boal chegou a se formar em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1950, mas viajou em seguida para os Estados Unidos, onde estudou artes cênicas na Universidade de Columbia. De volta ao Brasil, sua primeira peça como diretor do Arena foi Ratos e Homens, de John Steinbeck, que lhe rendeu o prêmio de revelação da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). Dirigiu ainda, entre outras peças, Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho. Foi o diretor do espetáculo Opinião, com Zé Ketti, João do Vale e Nara Leão, que passou para a história como um ato de resistência ao golpe militar de 1964.
Querendo saber mais sobre o diretor, dramaturgo e ensaísta brasileiro, Augusto Boal, entrem no Wikipédia.
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