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terça-feira, 27 de outubro de 2009

“Cárcere”, no Municipal de Vila Velha

Circulacao-Cultural-1009 Esta peça teatral (não sei se chamo de monólogo ou solo cênico) possui histórias baseadas na experiência do escritor capixaba, Saulo Ribeiro, quando este foi professor de presídio, educando os presos. Ela surgiu após uma visita do autor, junto com o ator Vinicius Piedade, pelos presídios capixabas. Daí então surgiu o livro também, que estará sendo lançando após a peça e colocando-a em debate. A peça se encontra no Projeto Circulação Cultural, promovido pela SECULT, que corre todo o Espírito Santo apresentando vários trabalhos culturais nos palcos dos teatros ou em espaços alternativos do estado.

A apresentação de “Cárcere” acontecerá no dia 28/10/2009 (quinta-feira), no Teatro Municipal de Vila Velha, as 20:00. A entrada para o trabalho cênico é franca, enquanto o livro do historiador e escritor Saulo Ribeiro, que foi concebido junto com o ator Vinicius Piedade, estará custando R$ 15,00. Abaixo segue um textículo que fora publicado no blog, quando a peça teatral estreou no Theatro Carlos Gomes, escrito pelo nosso ilustríssimo escritor, Saulo Ribeiro (Valeu Saulo!):

Cárcere, solo de Vinícius Piedade com texto de Saulo Ribeiro.

Uma reflexão sobre o real valor da liberdade

cartaz-CARCERE[4] O espetáculo teatral Cárcere, solo do paulista Vinícius Piedade, com texto do capixaba Saulo Ribeiro, chega a Vitória depois de ser recebido com sucesso de público e crítica em diversos estados da federação. A peça estreou em 2008 no Centro Cultural São Paulo, entrando logo depois em tournée nacional.

O solo conta a história de um pianista autodidata tenta ganhar a vida tocando seu piano-jazz nos bares da cidade. Sua inspiração é Thelonious Monk. Mas viver de sua arte é complicado. E ele tenta, tenta e tenta, chegando a tocar de domingo a domingo. Vendo que ele tem contato com muita gente em muitos bares, um conhecido lhe oferece um bico pra ajudar na sua renda ao menos enquanto o trabalho com piano não lhe sustenta. Ele topa. Mas antes que consiga viver da sua arte, acaba preso por tráfico de drogas em flagrante.

Na cadeia o pianista ganha o apelido de Ovo, e por não pertencer a nenhuma facção, os outros presos o ameaçam. A direção do presídio isola Ovo na ala do Seguro, e apóia alguns de seus projetos, na esperança de vendê-lo futuramente para a imprensa como “marginal recuperado pelo sistema prisional”. Isso só aumenta o ódio dos presos, mas Ovo não se preocupa, pois está no Seguro. Somente uma rebelião na cadeia faria os outros presos invadirem a sua ala.

Ele passa os dias na esperança de voltar a respirar o ar da liberdade e tocar seu piano. Até o dia em que descobre a iminência de uma rebelião. É aqui que começa a peça Cárcere. O presidiário/pianista Ovo passa a viver em ritmo de contagem regressiva para o abismo e suas expectativas, impressões, reflexões e sensações são expressadas num diário que o ator leva para o palco.

***

Cárcere, Solo de Vinícius Piedade com texto de Saulo Ribeiro. O cotidiano de um preso em contagem regressiva para uma rebelião em que ele sabe que será refém.

QUEM SOMOS NÓS

Saulo Ribeiro é escritor e dramaturgo. Sua formação é em História, sendo especialista em violência e criminologia. Possui grande experiência em relação ao sistema carcerário. Foi professor em escola prisional, jurado de concursos literários para reeducandos e, atualmente, coordena os projetos de execução penal da Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo.

Vinícus Piedade, é ator, diretor de teatro e escritor. Dirigiu e atuou nos espetáculos Carta de um pirata, Indizível e Cárcere, entre outras peças. Participou do Projeto Solos do Brasil Coordenado por Denise Stoklos, aprofundando estudo sobre as técnicas do Teatro Essencial. Também estudou DireçãoTeatral com Antônio Abujamra e Gianni Ratto.
Carta de um pirata, uma de suas peças, foi apresentada no ano de 2007 em quatro presídios capixabas.

Serviço

Peça: “Cárcere”, um solo de Vínicius Piedade

Texto: Saulo Ribeiro

Local: Teatro Municipal de Vila Velha

Data: 28/10/2009 (quinta-feira)

Horário: 20:00 – peça teatral / 21:30 – lançamento do livro, seguido de debate

Ingresso: Entrada franca (dentro do Projeto Circulação Cultural da SECULT)

Contato: (27) 9238-6617

Release do livro:

CÁRCERE

Autores: Saulo Ribeiro e Vinícius Piedade

Páginas: 52

Preço: R$ 15,00

Ano: 2009

...

Cárcere o livroCárcere é a materialização em livro do texto utilizado como suporte para as apresentações da peça Cárcere durante o ano de 2008 e 2009 por todo o país. Levado ao palco pelo ator Vinícius Piedade - que também divide a autoria com Saulo Ribeiro - a peça é uma reflexão sobre a liberdade através dos olhos de um homem que é privado da sua. Um presidiário. Mais que isso: esse preso está numa semana decisiva, uma situação limite: será refém em uma rebelião iminente. Estando na ala dos seguros, é o candidato natural pra essa função. E a peça se passa justamente no período em que ele sabe da iminência da rebelião, numa segunda-feira, até o dia em que estoura a rebelião, num domingo.

A peça, então, é a teatralização do diário escrito por esse preso na semana em que vive uma espécie de contagem regressiva.

Suas reflexões, lembranças e razões para continuar “se equilibrando na linha tênue entre persistir e desistir”, num momento em que está “na beira do vulcão, no fio da navalha, na linha do trem, na mira da bala” são expressadas por um ator sem cenário, buscando máximo da expressividade com o mínimo de recurso.

Preso por tráfico de drogas, o pianista autodidata Ovo revive sensações da liberdade em pequenos momentos de preso, como no momento de banho de sol, por exemplo. Ou quando lembra das suas sensações ao tocar piano. Sua relação com o piano e a falta que sente dele, o fazem canalizar sua criatividade nesse diário. Diário de um homem em estado de sítio.

O torpor cotidiano, a vida besta que no fim nos engole como fera, é retratada aqui como o próprio conteúdo nos propõe: de maneira simples, por vezes ordinária. Um homem, um presidiário, nós.

http://edicoescousa.blogspot.com/2000/01/catalogo.html
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Repertório
artes cênicas e Cia
Tel.: 27 - 9238 6617 ou 9244 8604
Escadaria Serrat, 28, Centro. Vitória/ES. CEP 29015-610

Vale lembrar que o solo cênico (ou monólogo) está concorrendo ao Prêmio Omelete Marginal 2009, como Melhor Peça Teatral. Para votar, clique aqui.

sábado, 24 de outubro de 2009

Oficina: O Intérprete-Criador na Dança Contemporânea – Palco Giratório 2009

fafi-sesces A Escola de Teatro e Dança FAFI, em parceria com o SESC, sempre realiza oficinas e depois conclusões dessas durante a passagem do Projeto Palco Giratório pela capital do Espírito Santo. Na maioria das vezes eu divulgo somente as oficinas de teatro, mas no intuito de uma abrangência mais ampliada e querendo divulgar todas as artes cênicas do nosso estado, hoje vou colocar aqui sobre a Oficina que será oferecida durante a passagem da Índios.com Cia. de Dança, Companhia amazonense que já ganhou muitos prêmios por este Brasil afora e agora chega à Vitória com seu espetáculo “Rito de Passagem” e a oficina acima citada. A oficina abriram inscrição no dia 21/10/2009 (quarta-feira) e ficará aberta até o dia 30/10/2009 (sexta-feira), com inicio agendado para 03/11/2009 (terça-feira), das 08:00 as 18:00, na FAFI. Sem mais delongas, divulgo o material passado a mim pela atriz Colette Dantas.

Palco_Giratorio_2009_logo OFICINA: O INTÉRPRETE-CRIADOR NA DANÇA CONTEMPORÂNEA

PROFESSORA: YARA DOS SANTOS COSTA

ASSISTENTES: ALESSANY NEGREIROS E ROSI ROSA

INSCRIÇÕES: de 21 a 30 de outubro, de 9 às 20 horas

CARGA HORÁRIA: 8 Horas

“Imersa no contexto da dança contemporânea, a oficina busca explorar as potencialidades interpretativas e criativas do corpo que dança.”

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

MOMENTO 1: O INTÉRPRETE

        - Consciência Corporal

ESPAÇO INTERNO

Percepção dos Receptores Exteroceptivos (pele e órgãos dos sentidos)

Percepção dos Receptores Proprioceptivos (músculos, tendões e articulações)

RITMO INTERNO

a.      Percepção do ritmo interno e próprio do aluno;
b.      Percepção musical e o movimento.

        - Noções iniciais do trabalho com o corpo:

Exercícios no chão/centro: Movimentos vibratórios do corpo; Trabalho dos membros superiores e inferiores; Tronco/coluna; Transferência de peso; Balanço e equilíbrio; Giros em diferentes apoios no chão; quedas e recuperação; Pequenos saltos para aquecimento dos pés; Seqüências de locomoção enfatizando o conteúdo da aula, com a participação criativa do aluno;

MOMENTO 2: O CRIADOR

        - Trabalho de Improvisação solo; Improvisação 2 ou mais pessoas utilizando o contato improvisação; Improvisação para organização das células coreográficas para encerramento do curso.

PÚBLICO ALVO

Bailarinos, atores, coreógrafos. (Preferencialmente para quem comprovar experiência)

Faixa etária: Maiores de 14 anos

Espetáculo: Rito de Passagem

Apresentação

A Índios.com Cia de Dança  propõe buscar temáticas e estéticas que desafiem a acomodação nos universos já apreendidos. Em cada iniciativa procura incentivar a pesquisa do movimento, de modo a estimular o senso crítico dos artistas envolvidos no processo, esperando com o produto acabado atingir a comunicação com a sociedade.
Desde 2001 a Índios.com Cia de Dança desenvolve trabalhos combinando a técnica da dança com a técnica de Rapel (descida em cordas na vertical), tiroleza (cabos aéreos dispostos na horizontal), escalada em rede de cordas e tecido circense. A cada nova coreografia existe uma tentativa de  aprofundar a pesquisa e o conhecimento proveniente da relação Dança x Esporte.

Destas experimentações, a Índios.com Cia de Dança objetiva alcançar a classificação de dança contemporânea com suas propostas de trabalhos, entendendo por contemporâneo o movimento não linear, fragmentado, subjetivo, autoral, híbrido, aquele que é pensado no contexto da transgressão de fronteiras.

A Índios.com Cia de Dança foi premiada pelo “Caravana FUNARTE de Circulação Regional-Brasil/Amazônia/MinC (2004)”, “Pequenos Projetos Grandes Idéias- Pessoa Jurídica e Eventos (2005)/SEMC” e “Prêmio Klauss Vianna de Dança 2007”.

Síntese do Espetáculo:

“Rito de Passagem” propõe trabalhar com uma questão regional, porém apresentado numa linguagem universal. Este espetáculo “fala” sobre os mundos transformados da mulher indígena e ao mesmo tempo de todas as mulheres, pois independente da cor da pele, todas mulheres vivem suas mutações, cada uma no seu próprio e único tempo, umas mais lentas, outras mais rápidas, porém imersas num processo rico para observações do corpo e da mente feminina.

Diferente do homem, a mulher aprende a conviver com o período cíclico na sua vida. Antes mesmo da menarca, seu corpo começa a se preparar para a vida adulta, para ser mãe e mostrar ao outro o que é amar sem limites. Ciclos perturbam e alegram seu dia a dia, provocam tensões, equilíbrios e desequílibrios na sua vida. Entretanto a mulher, dona de uma resistência singular, ao mesmo tempo que chora e se deixa levar pela emoção, na sua razão pulsante ela sustenta e semeia o futuro da humanidade.

Ficha Técnica

Espetáculo: Rito de Passagem

Direção Artística / Coreografia:   Yara Costa

Roteiro: Yara Costa e Ricardo Risuenho

Intérprete: Yara Costa

Figurino: Adroaldo Pereira

Confecção de Cenário: Nelson Magli

Vídeo Maker/ Edição de Imagens e som e Operador de Projetores/Montagem de Cenário: Ednaldo Passos

Pesquisa de Trilha Sonora: Yara Costa e Ricardo Risuenho

Operadora de som e imagens: Alessany Negreiros

Projeto de Luz: Ricardo Risuenho e Yara Costa

Assistente de Palco: Rosi Rosa

Duração do Espetáculo: 40 minutos

Argumento do Espetáculo

“Assim como nos mitos, os seres mutantes recriam o tempo e o espaço, num plano virtual, sem rupturas com o contexto físico circundante” .[Oliveira, 1995]

“Rito de Passagem” propõe trabalhar com uma questão regional, porém apresentado numa linguagem universal. Este espetáculo “fala” sobre os mundos transformados da mulher indígena e ao mesmo tempo de todas as mulheres, pois independente da cor da pele, todas mulheres vivem suas mutações, cada uma no seu próprio e único tempo, umas mais lentas, outras mais rápidas, porém imersas num processo rico para observações do corpo e da mente feminina.

Fisicamente diferente do homem, a mulher aprende a conviver com o período cíclico na sua vida. Antes mesmo da menarca, seu corpo começa a se preparar para a vida adulta, para ser mãe um dia e mostrar ao outro o que é amar sem limites. Ciclos perturbam e alegram seu dia a dia, provocam tensões e equilíbrio na vida.

Precocemente a mulher indígena é iniciada na vida adulta. Após a primeira menstruação, ela é casada e logo deverá ter filhos, pois o casal deve procriar e construir uma nova família para manter viva a sua sociedade e cultura.

Para a etnia Baniwa do Alto Rio Negro do Amazonas, que é uma das referências utilizadas na elaboração deste projeto, há um rito de iniciação feminina, chamado Ritual de Kuwai. As indígenas Baniwa passam 12 horas em jejum para receber o “Kalidzamai” ou o “benzimento” do Pajé da comunidade, e todas as iniciadas levam surra de “Capethe” ou “Adabi” (uma espécie de chicote de caniço) para entenderem que se desobedecerem os conselhos recebidos e as regras estabelecidas, sentirão muita dor e sofrimento na vida. Suas barrigas são marcadas para sempre com as cicatrizes deixadas pela surra, para que nunca esqueçam do que foi dito na sua passagem de menina para mulher.

No espetáculo “Rito de Passagem” haverá 3 tipos de transformações: a sexual, a corporal e a espiritual. Entre as cenas, propõe-se um diálogo, uma lamentação, um sonho, uma reflexão e uma realimentação da transformação, enfatizando-se o fim e o começo de cada novo ciclo.
Este espetáculo busca valorizar a arte indígena e na cena certamente existirão elementos étnicos dos povos indígenas do Amazonas, tais como cestos e sementes de açaí. A orientação para a montagem da trilha sonora é a utilização de músicas indígenas editadas e uso de alguns efeitos sonoros.

Para maiores informações, ligue: (27) 3381.6921 - 3381.6922

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

“Pão com Mortadela”, de João Fonseca e Sacha Bali

Pão com Mortadela “Pão com Mortadela” é uma peça teatral inspirada livremente na vida e na obra de Henry Chinaski, eterno alter-ego do escritor alemão, naturalizado americano, Charles Bukowski (1920-1994). Os autores contam a história de formabem-humorada e dinâmica, tanto que chegaram a concorrer ao PRÊMIO SHELL 2007 DE MELHOR DIREÇÃO, pela escelente direção de João Fonseca.

A peça tem como tema central a vida de Henry no pós-período Crise de 1929. Conta seus problemas com espinhas, que os deixavam com aparência monstruosa, um pai beirando a psicopatia, uma mãe passiva e ignorante, sua vida solitária e uma perspectiva de vida sem futuro algum. É contada sua vida toda, até o dia de sua morte, mas as passagens da vida do autor, ganham toques de humor e leveza, por mais obscura que ela fosse. pao-com-mortadela Quem dá corpo a personagem é o ator Sacha Bali, ao lado de Aline Fanju, Gustavo Nunes, Jorge Lucas, Rosanna Viegas. Ela estará em cartaz no Theatro Carlos Gomes, nos dias 30 e 31 de outubro de 2009 (sexta-feira e sábado), as 20:00, e no dia 01 de novembro de 2009 (domingo), as 19:00, com censura de 14 anos. Os ingressos serão vendidos na bilheteria do Teatro e as pessoas portadoras do Cartão Petrobrás terão desconto de 50% no valor do ingresso. A Caju Produções está sendo responsável pela vinda do espetáculo para a capital.

Serviço:

Pão com Mortadela”

Direção: João Fonseca

Adaptação e roteiro: João Fonseca e Sacha Bali

Baseada na obra do poeta Charles Bukowski

Elenco: Sacha Bali, Aline Anju, Gustavo Nunes, Jorg Lucas e Rosanna Viegas.

Local: Theatro Carlos Gomes

Datas e horários: 30 e 31/10, as 20:00, e 01/11, as 19:00

Chega a Vitória o Centro Cultural Banco do Brasil Intinerante

Quando pensamos que as coisas vão ficar sem nada de interessante nos fins de semana, eis que surge o Banco do Brasil com uma ótima novidade, o Centro Cultural Banco do Brasil Intinerante – Etapa Vitória.

Serão seis dias de música, cinema, debate, dança e – lógico – teatro. As peças que estarão no Teatro Universitário, localiz"ado no Campus da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) serão “Quixote, com a Cia. 4comPalito”, que tem texto de Júlio Vianna, baseado na obra de do escritor espanhol Miguel de Cervantes, “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha”. O monólogo “Shirley Valentine” com a atriz Betty Faria em seu retorno triunfantes aos palcos e com direção de Guilherme Leme. Também estará no palco do teatro o musical “Alô…Alô? 100 Anos de Carmem Miranda”, com direção artística e musical de Luis Filipe de Lima e apresentação do mineiro Ruy Castro, biógrafo da cantora luso-brasileira Carmem Miranda. Além destes trabalhos cênico-teatrais, ainda terá o espetáculo de dança “Quasar em Só Tinha Que Ser Você”, com músicas do disco de 1978, Elis & Tom. Este evento do Banco do Brasil dentro da UFES será algo simplesmente fascinante e maravilhoso, pois fará com que mais cultura transpire dentro do nosso estado. Segue abaixo o material enviado a mim pela assessoria de imprensa do evento (obrigado Elayne Batista!)

Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante chega à Vitória

Afastada dos palcos há 10 anos, a atriz Betty Faria será uma das atrações do CCBB com o monólogo “Shirley Valentine”, dirigido por Guilherme Leme.

banco-do-brasil Depois de percorrer 17 cidades brasileiras, o Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante chega à Vitória. Teatro, música, cinema e um debate sobre jornalismo literário farão parte da programação que terá início dia 26 de outubro e se estenderá até 1º de novembro na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O público terá a oportunidade de assistir atrações imperdíveis. Entre os destaques estão o espetáculo teatral “Shirley Valentine”, que trará ao palco do Teatro da Ufes a atriz Beth Faria e o musical Alô...Alô? 100 anos de Carmen Miranda que terá em cena Roberta Sá, Pedro Luís, Marcos Sacramento e Beatriz Faria. O último tem na direção artística e musical Luís Filipe de Lima e será apresentado por Ruy Castro, biógrafo de Carmen.

Na parte teatral, a peça “Quixote, com Cia. 4comPalito” inspirada na obra “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes será a atração do dia 28.

Para os amantes da dança será apresentado dia 1º de novembro o espetáculo “Quasar em Só Tinha Que Ser Com Você”, com coreografias de Henrique Rodovalho embaladas por músicas de Elis Regina e Tom Jobim.

Quem for conferir a programação do CCBB poderá assistir também ao show “Brasil Clássico Caipira”, com Pena Branca, Dércio Marques, Genésio Tocantins e Irmãs Galvão onde os músicos interpretarão diversos clássicos da música caipira com arranjo erudito, executados por um quinteto de cordas, além de piano, violão e percussão. O espetáculo é dirigido por Nilson Rodrigues e será apresentado dia 27.

Os escritores Zuenir Ventura e Daniel Piza participarão de um debate, também no dia 27, por meio do projeto Idéias, que terá o objetivo de discutir o jornalismo literário, no Brasil e no mundo, apresentando o que de melhor foi produzido no gênero. A mediação ficará por conta do jornalista capixaba Sinval Paulino.

Cinema

Durante os cinco dias de programação, os cinéfilos poderão assistir, gratuitamente, a seis filmes do diretor francês Jaques Demy que transmite em seus trabalhos uma visão peculiar do mundo, por vezes ingênua, mas sempre romântica. Sua obra mais famosa é “Os Guarda-Chuvas do Amor”, vencedora do prêmio Palma de Ouro do Festival de Cannes.

CCBB Itinerante

Com o objetivo de levar arte, cultura e entretenimento a várias capitais do país, o Banco do Brasil realiza mais uma edição do Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante. Este ano, o projeto visita 18 cidades com eventos socioculturais. Durante 95 dias, crianças, jovens e adultos das cinco regiões do País serão beneficiadas com eventos nas áreas de música, teatro, literatura, cinema, dança e artes plásticas. O objetivo é democratizar a cultura e revelar novas tendências artísticas, proporcionando a valorização dos talentos locais.

Serviço:

Centro Cultural Banco do Brasil – Etapa itinerante Vitória

Período: 27 de outubro a 1º de novembro

Local: Universidade Federal do Espírito Santo

Informações Assessoria de Imprensa

Elayne Batista (9848-9901) e Carol Veiga (8111-9722)

Programação completa

Dia 27/10
Musica: “Brasil Clássico Caipira”

Sob a direção musical de Rildo Hora e regência do maestro Joaquim França, o show conta com a participação de nomes consagrados da música brasileira como Pena Branca, Dércio Marques, Genésio Tocantins e Irmãs Galvão. No repertório, os músicos interpretarão clássicos da música caipira com arranjo erudito, executados por um quinteto de cordas, além de piano, violão e percussão. O espetáculo é dirigido por Nilson Rodrigues.

Horário: 20h
Local: Teatro Universitário - UFES
Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia para estudantes, funcionários e correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos)

Classificação: Livre

Ideias: Jornalismo Literário

zuenir ventura-daniel piza O debate contará com a presença dos jornalistas e escritores Zuenir Ventura e Daniel Piza e terá o objetivo de discutir o jornalismo literário, no Brasil e no mundo, apresentando o que de melhor foi produzido no gênero. Daniel Piza deverá apresentar o tema em linha gerais: o que é jornalismo literário, quando surgiu, seus expoentes e as experiências inovadoras da mídia brasileira. A mediação será do jornalista capixaba Sinval Paulino.

Local: Prédio Multimídia do Centro de Artes - Sala 1(Ufes)

Entrada franca: As senhas serão distribuídas no local uma hora antes do debate.

Horário: 19horas

Classificação: 12 anos

Dia 28/10

Teatro: “Quixote, com Cia. 4comPalito”

Foto_Quixote Com texto de Júlio Vianna, integrante da Cia., o espetáculo é inspirado na obra “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes. Escrito em 1605, o clássico pode ser considerado uma obra atemporal, abordando questões existencialistas, sob o viés do homem e sua relação com seus sonhos e desejos, perante o mundo em que vive. A leitura do clássico pela Cia. 4comPalito, resulta em um espetáculo que alterna momentos cômicos e dramáticos. A linguagem lúdica utilizada em “Quixote” é um convite ao encontro do real com o imaginário.

Local: Teatro Universitário - UFES
Entrada franca: senhas distribuídas na bilheteria do teatro uma hora antes do espetáculo

Horário: 20horas
Classificação: 12 anos

Dia 29 e 30/10

Teatro:Shirley Valentine”, com Betty

Shirley Valentine estrelando Betty Faria Dirigida por Guilherme Leme, Betty Faria interpreta Shirley Valentine, uma dona de casa comum que se dá conta do imenso vazio de sua vida e de sua solidão. Com os filhos criados, que vivem fora de casa, e um marido que faz pouco mais do que percebê-la, Shirley literalmente conversa com as paredes (e com o espectador) para não cair em desespero. As coisas estão nesse pé quando uma amiga a convida para uma viagem para a Grécia. Essa viagem muda a vida da protagonista trazendo surpresas inesperadas e uma série de oportunidades que ela aproveita redescobrindo-se como mulher e como pessoa que se apaixona e aprende a conduzir a própria vida.

Local: Teatro Universitário - UFES
Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia para estudantes, funcionários e correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos)

Horário: 20horas

Classificação: 12 anos

Dia 31/10
Musica: Alô...Alô? 100 anos de Carmen Miranda

alô...alô Em comemoração ao centenário de Carmen Miranda, ícone e referência da música brasileira em todo o mundo, o Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante apresenta o show “Alô...Alô? 100 Anos de Carmen Miranda”, com Roberta Sá, Pedro Luís, Marcos Sacramento e Beatriz Faria. Com direção artística e musical de Luís Filipe de Lima e apresentação de Ruy Castro, biógrafo de Carmen.

Local: Teatro Universitário - UFES

Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia para estudantes, funcionários e correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos)
Horário: 20horas

Classificação: Livre

Dia 01/11
Dança: Quasar em Só Tinha Que Ser Com Você

QUASAR_med A música de Elis Regina e Tom Jobim embala uma das mais inspiradas coreografias de Henrique Rodovalho. A Quasar combina sua dança com as canções-referência do disco Elis & Tom, de 1974 - Em sua décima oitava peça, a Quasar faz opção pelo movimento e pela plasticidade deixando momentaneamente de lado as reflexões e discussões sobre a dança contemporânea. O coreógrafo criou movimentos abstratos que ressaltam aspectos matemáticos e requintados, contidos na linguagem corporal desenvolvida pela Quasar Cia de Dança ao longo de quase duas décadas de trabalho.

Local: Teatro Universitário - UFES
Entrada franca: senhas distribuídas na bilheteria do teatro uma hora antes do espetáculo

Classificação: Livre

De 27 de outubro a 1º de novembro

Cinema: Filmes de Jaques Demy

jacques-demy O trabalho do diretor francês revela uma visão de mundo extremamente peculiar, por vezes ingênua, mas sempre romântica. Traça paralelos com os musicais americanos e com os lado menos pessimista do realismo poético francês. Seus filmes são pontuados por um otimismo escapista que se revela na projeção de sonhos e na sensação de um mundo perfeito. Sua obra mais famosa é “Os Guarda-Chuvas do Amor”, vencedora do prêmio Palma de Ouro do Festival de Cannes.

Filmes:
• A Baía dos Anjos – De Jacques Demy. Com Jeanne Moreau. PB. Duração 89min.
• Duas Garotas Românticas – De Jacques Demy. Cores. Duração 91min.
• Jacquot de Nantes – De Agnès Varda. Com Édouard Joubeaud, Philippe Nahon. PB. Duração 118min.
• Lola – De Jacques Demy. Com Anouk Aimée. Drama em PB. Duração 85min.
• Os Guarda-chuvas do Amor – De Jacques Demy. Drama, Musical, Romance em PB. Duração 91min.
• Pele de Asno – De Jacques Demy. Com Catherine Deneuve, Jacques Perrin, Jean Marais

Local: Cine Metrópolis - UFES
Entrada franca

Classificação: Livre

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Na coxia – Prêmio Omelete Marginal 2009

premio Eu pensei várias vezes no que colocaria na minha coluna que surgiu no site Intervenções Urbanas, que tinha grande ligação a revista virtual e site Omelete Marginal. Estava em dúvida se deveria falar ou não sobre Stand Up ser ou não teatro, já que gerou uma longa discussão ao decorrer das opiniões de quem deveria ou não concorrer ao Prêmio Omelete Marginal, que teve seu lançamento na terça-feira (20/10/2009), na Boate The One Club, na Praia do Canto. Eu estive lá, para ver de perto os escolhidos para as categorias de teatro, mas não consegui (quem manda ser baixinho!), então quando cheguei a conectar ao site e vi quem eram os escolhidos, eis que veio certa decepção, a maior delas é ver “Dinossauros… Ou Ainda é Hoje” indicado para três categorias: Melhor Ator,  Melhor Atriz e Melhor Diretor. Em palavras bem chulas e desprovidas de pudor: QUE MERDA!

panfleto_maio_1_b Uma direção simplória, com um ator que não sabe entonar sentimentos em cena e uma atriz… Tá, a atriz é a única coisa boa na peça, mas mesmo ela perde, pois atropela a risada do público, com medo de não dar tempo de contar sua história, que fica perdida, pois você não a ouve. A iluminação é mal utilizada, projetando sombra dos atores no cenário, o texto é seguido a risca… Calma, galera, a risca que eu digo é que não ouve modificações em falas que seriam necessárias serem alteradas, deixando a desejar. O ator está concorrendo contra outros do porte de Mauro Pinheiro, que está fantástico em “Rosas Brancas para Salomé”, não podendo nem comparar com a PÉSSIMA atuação do fraco ator de “Dinossauros… Ou Ainda é Hoje”. A atriz, uma velha conhecida dos palcos capixabas, não está mais possibilitada a concorrer com atrizes que simplesmente, além de atuar cantam em cena, como boulevard Nívia Carla, que foi uma das melhores escolhas do diretor Leandro Bacellar (concorrendo como Melhor Diretor e Melhor Ator) para a peça “Boulevard, 83” (que concorre merecidamente a Melhor Peça Teatral, mesmo com seus problemas de elenco). O diretor compete com pessoas do nível de Vírginia Jorge (Melhor Diretor), que apostou no talento da atriz Galpao 1 - Leonardo Merçon Fabiola Buzim (Melhor Atriz) no solo cênico “A Menina” (Melhor Peça Teatral) e Marcelo Ferreira que simplesmente está ótimo dirigindo e atuando em “Fahrenheit, 451”, que também compete em Melhor Peça Teatral.

Comparar “Dinossauros… Ou Ainda é Hoje” a todos estes, é simplesmente rebaixá-los, pois a peça é totalmente inferior a todos os outros que citei antes. Isso sem contar nossos concorrente interestaduais, como “Cárcere”, que surge como ator e diretor de fora do estado… Ah, mas o autor do livro é capixaba! PARA TUDO… o “AUTOR DO LIVRO” é capixaba, mas a adaptação e atuação são de São Paulo, então devemos considerar a peça de onde? O mesmo falo de “Auto da Defunta Nua”, com atriz capixaba, mas toda feita, planejada, dirigida e escrita em São Paulo, mal vindo para o estado, a não ser que tenha maiores interesses lucrativos. E eu que pensava que a intenção do Prêmio Omelete Marginal era premiar os melhores dentro do estado do Espírito Santo, mas parece que a idéia é premiar em âmbito nacional, então porque não abrir as outras categorias, também? Por que só teatro tem pessoas de fora? Tá, posso estar enganado, pois somente me “relaciono” com as pessoas do meio cênico-teatral, mas me sinto “estuprado” ao ver esquecerem de trabalhos que possam ser melhores valorizados e que simplesmente foram ignorados. Poderiam ter selecionado “Quatro Interpretes para Cinco Peças” ( Grupo Z “de Teatro” foi escolhido para Melhor Dança  (???)) ou mesmo “Rosas Brancas Para Salomé” ou então “Minha Sogra é de Matar” ou “Os Mendigos e o Pato do Imperador”, mas não. Eu gostaria de saber quem foram os que selecionaram estas pessoas para os prêmios ligados à teatro, pois se falarem que foram as imagem0002pessoas que escreveram dando opinião, estarão comentendo uma tremenda falta de respeito a todos, pois o diretor Wilson Nunes foi citado várias vezes como Melhor Diretor, mas nem ao menos chegou a fazer parte da lista.

Fico feliz de ver que, pelo menos, o Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória” ainda está na categoria de Melhor Festival (não sei até quando, talvez até surgir algum “amigo” com um outro Festival que possa substitui-lo).

Uma outra sacanagem é colocar Os Mendigos - BannerRodrigo Pauoto somente como ator, sendo que ele dirigiu brilhantemente os atores em “Os Mendigos e o Pato do Imperador” (Parabéns à Trupe por estar com Revelação do Teatro). São estas injustiças que me deixam chateado, e olha que quando falavam que isso aconteceria, eu simplesmente preferi acreditar que o Prêmio Omelete Marginal levaria mais a sério o gosto do público, mas como em tudo, o que importa são as amizades e não o que é certo. Triste ver que lembraram de Otoniel Cibien, mas esqueceram de Fabiano Turbay (se for comparar em talento, Turbay tem muito mais do que Cibien) ou mesmo Diego Carneiro (também é melhor do que Cibien).

Mas existem coisas boas no meio de tanto caos. As revelações de teatro. Parabéns Allan Toni (que teve o nome escrito errado e a foto do ator Diego Carneiro colocada no lugar da sua), a diretora Nieve Matos (que teve a foto do musical “Boulevard, 83” no lugar da sua) e – apesar do meu xiitismo em não considerar Stand Up Comedy como teatro – Comedia a la Carte, no qual tive oportunidade de assistir e posso dizer que tem certa qualidade (não cênica)

Por que Allan Toni como revelação e não como Melhor Ator? Alguém lembra de algum trabalho anterior do ator nos palcos do Espírito Santo? Não vale em escolas, igrejas, quermesses ou coisas deste genêro. Ele é sim um ator revelação, que tem se saído bem no papel de Lee na peça-musical “Boulevard, 83”. Por que Nieve Matos como diretora revelação, ela ainda está dirigindo a peça “Peroás e Caramurus…”! Quem chegou a ir ver o 6º Festival de Esquetes do Espírito Santo, teve oportunidade de testemunhar seu trabalho como diretora, tanto que seu “conglomerado de atores” levou a maioria dos prêmios, dentre eles melhor direção e melhor esquete. Mas ainda senti falta de uma das grandes revelações do nosso teatro, um garoto que começou agora e tem tudo para se tornar um ótimo ator, Lipe Dal Col. Poucos o conhecem, porque ele está fazendo um infantil, ultimamente, “O Bello e as feras”, mas acredito que em breve a estrela deste menino brihará muito mais.

Bem, apesar das inúmeras injustiças, teve-se justiça, então PARABÉNS: Mauro Pinheiro – Melhor Ator, Nivia Carla – Melhor Atriz, Leandro Bacellar – Melhor Ator e Melhor Diretor, Fabiola Buzim – Melhor Atriz, Ednardo Pinheiro – Melhor Ator, Rodrigo Pauoto – Melhor Ator, Virginia Jorge – Melhor Diretora, Marcelo Ferreira – Melhor Diretor, Allan Toni e Nieve Matos – Revelação do Teatro. Apesar de serem injustiçados por competirem com uma peça que não deveria nem ser comparada a vocês, seja repesentada pelo ator, pela atriz e pelo diretor, ou mesmo por competirem com celebridades interestaduais, mostraram que o nosso teatro, o Teatro Capixaba ainda tem talento para dar e vender.

Em caso de querer ser justo e votar em algum destes acima citados, clique AQUI.

5ª Edição do Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória” – dia 8

imagem0002 É, chegamos ao fim de mais um Festival, e com chave de ouro. Esta noite (20/10/2009) contávamos com três opções, duas reapresentações e uma apresentação, todas no mesmo horário. As duas que se apresentaram novamente foram “Besouro, Cordão de Ouro”, no Teatro José Carlos de Oliveira, localizado no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, e “O Giro da Criatura”, do Grupo Olho da Rua, que antes apresentara como teatro de rua na Praça Costa Pereira, hoje ocupou o palco do Theatro Carlos Gomes, e a peça teatral que fez sua estréia no Festival foi o monólogo “Rosas Brancas para Salomé”, de Gladston Ramos, com o ator Mauro Pinheiro em palco do Teatro do SESI.

Como escolha, não somente por causa do blog, mas também porque queria assistir novamente, fui ao SESI. Tenho de parabenizar o público da capital, que lotou todos os teatros, pelo menos aos que eu fui, em todos os dias do Festival, mas sinceramente, antes tivessem alguns assentos vazios do que pessoas que não sabem respeitar um profissional em cena. Me deu vergonha ser capixaba ao ver pessoas que ficavam gritando, ligando celulares e conversando alto durante a peça. Mias vergonha ainda me deu ao saber que este trabalho não tem o minimo de reconhecimento da qualidade do nosso estado. Mas me deu orgulho um dia ter sido ator capixaba, ao ver Mauro Pinheiro em cena.

Como dá primeira vez que eu vi, eu ri, eu fiquei chocado e me emocionei com Salomé, a transformista que após um show, numa noite de Natal, conta sua história para o público. Sua história com seu pai, sua mãe, suas amigas (Otila e Madame Satã), seus amores reais e platônicos, seus irmãos e parentes, e suas histórias, sempr contadas com muito humor.

Fico feliz de ver trabalho de tão alta qualidade em palco. Mauro Pinheiro é Salomé, assim como – sem grandes comparações – Wilson Nunes é Melanie Marques e José Luiz Gobbi é Marly. Faço este comparativo, pois vejo o ardor e o amor dedicado a estas personagens que esses atores têm. A diferença é que Salomé é uma personagem real, não ficticia. A sua história contada em palco, escrita brilhantemente por Gladston Ramos, é verdadeira. Dá para perceber que Mauro Pinheiro entregou-se a Salomé, assim como o texto parecia “alegre” ao sair da boca do ator (liberdade poética, dá lincença!). Agradeço a ele por tão belo final para esta edição do Festival.

google-analytics Bem, tenho de agradecer a todos que compareceram ao blog e acompanharam o Festival, pela programação que eu sempre disponibilizo por aqui. Agradeços a todas as 799 pessoas que estiveram aqui, ao meu lado, vendo e acompanhando o blog, dia a dia, neste oito dias de Festival. E isso é somente o começo, pois na sexta edição, estaremos aqui, também, colocando a programação e disponibilizando minha opinião – para quem se interessar – sobre os espetáculos do nosso estado que participarem da próxima. Bem, é isso, agora é começar a torcer por aqueles que estarão concorrendo ao Prêmio Omelete Marginal 2009, nas categorias de teatro: diretor, peça, ator, atriz e revelação, além do próprio Festival estar concorrendo na categoria de Melhor Festival. Boa sorte para eles!premio

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

5ª Edição do Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória” – Dia 7

imagem0002 Eu simplesmente não entendi o choque do público de hoje (19/10/2009) ao assistir “Auto da Defunta Nua”, no Theatro Carlos Gomes. Se na própria sinopse diz: “Uma personagem provoca o seu próprio criador ao fazer um strip tease diante dele, momentos antes de suicidar-se”. A atriz Janine Corrêa (descobri seu nome, graças ao Google) até se sai bem na interpretação da personagem a beira do suicídio que se despe de seus trajes e de todas as suas frustações para o escritor que está a observá-la, mas quando vai para o caixão, no momento de interpretar a defunta, é uma tremenda decepção.

1239494388_5 Eu até agora não entendi o motivo do caixão ficar deitado, enquanto em fotos encontradas na internet, o caixão estava me posição vertical (foto ao lado). Seria por pudor? Sendo que a uma total mudança nos cenários, mas posso dizer que isso somente a prejudicou, pois foi notado a total perda da voz durante o tempo em que estava posicionada dentro do caixão. Acredito que somente as pessoas mais próximas ao palco puderão ouví-la e entendê-la (talvez!). Bem, espero poder vê-la outras vezes. Foi interessante o começo, que de nada lembrava uma peça teatral, pois ela já se encontrava em cena e descontraidamente conversou com o público que fora assisti-la, contando sobre seus sonhos com Luigi Pirandello (que depois ela revelou serem mentiras) e de tê-lo encontrado aquela tarde dentro do seu caixão, enquanto imagens de seu making-off passavam ao fundo, num pano branco. Acredito que a peça teatral seja melhor se for montada de forma correta e de um modo que ela não perca tanto com as falas.

Bem, agora vamos à programação do oitavo e último dia do Festival, que encerra sua quinta edição com teatro de rua da Cia. Visse-Versa de Ação Cênica, do Acre, que nos tráz o espetáculo “Comédia Del’Acre”, as 12:00, na Praça Costa Pereira. Depois, no mesmo horário, em três teatro do município acontecem as apresentações: No Theatro Carlos Gomes, o Grupo Olho da Rua reapresenta a peça “O Giro da Criatura”, agora levando-a para o palco do teatro. No Teatro do SESI será apresentado o maravilhoso monólogo “Rosas Brancas para Salomé” e no Teatro José Carlos de Oliveira, no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, acontecerá a reapresentação da peça “Besouro, Cordao de Ouro”, do Rio de Janeiro, todas as 20:00, entao escolha bem qual deseja assistir, lembrando que é bom pegar os ingressos a partir das 13:00, nas bilheterias dos teatros, sendo que o teatro de rua, é só comparecer à praça para assistir.

Abaixo as Fichas Técnicas e sinopses. Escolha consciente e bom espetáculo!

COMÉDIA DEL'ACRE - AC

GetAttachment[1] Ficha Técnica:

Peça: Comédia Del’Acre

Direção: Lenine Alencar e Ivan de Castella.

Elenco: Ágatha Lima, Claudia Toledo, Juliana Albuquerque, Kariane Lins, Kilrio Farias, Nathânia Oliveira, Roberta Marisa, Sacha Alencar, Sandra Buh, Saulo Guerra,Yuri Montezuma

Horário: 12:00

Local: Praça Costa Pereira, Centro

Sinopse:

A Companhia Visse e Versa, fundada em outubro de 2008, no Acre, já conquistou espaço considerável no cenário teatral acreano. A idéia da criação de um grupo surgiu a partir do espetáculo "Comédia Del'Acre", realizado pela Federação de Teatro do Acre (Fetac), em 2007, que contava com um elenco formado por artistas de grupos filiados à Fetac e por atores independentes. A principal idéia é popularizar o teatro, torná-lo acessível às camadas menos favorecidas. Na rua, a relação com o público requer domínio e muita perspicácia, pois ele interage com as encenações, transformando-se, de alguma maneira, em protagonista. Com a colaboração de fazedores de teatro local e de outros Estados, a Cia. vem se preparando contínua e intensivamente para este desafio, pois acredita que a arte, em especial o teatro, é o bem mais precioso, capaz de conscientizar, transformar, encantar e traduzir o imaginário através de sensações e emoções.

O GIRO DA CRIATURA - GO

Olho da rua-e-banner-02 Ficha Técnica:

Peça: O Giro da Criatura

Direção: Grupo Olho da Rua

Atores: Diógenes de Carvalho, Lenita Caetano, Rita Alves, Valéria Vieira

Horário: 20:00

Local: Theatro Carlos Gomes, Centro

Sinopse:

O espetáculo O Giro da Criatura narra a trajetória de Constança e Zé Olegário, seus encontros e desencontros. Constança viaja pelo mundo desde menina. Quer entender porque ele é tão desigual. Em suas andanças, ela conhece personagens que representam o povo humilde e estabelece uma relação de aprendizado com todos, aspecto que valoriza a cultura popular. No outro ponto da história está Zé Olegário, um homem sem esperança que fala mal da vida e almeja a morte. E a Morte misteriosa surge para transportar Zé para outra dimensão. Contudo, antes, em um giro da vida, Zé encontra Constança, quando surge um recíproco encanto entre eles. Desse encontro reacende a quase apagada chama de vida de Zé, e ele novamente gira. Depois de muitos acontecimentos, acontece um segundo encontro entre Constança e Zé . O encanto mútuo impulsiona a historia dos dois, e a vida gira, pois o mundo gira.

Nesse universo das narrativas populares, o grupo Olho da Rua propõe o encontro do real com o sobrenatural para narrar a saga do homem em sua dualidade: o bem e o mal, transfigurados nas figuras de Deus e do Diabo. Ao mesmo tempo em que o público testemunha esse encontro, ele é confrontado com suas crenças e superstições e convidado a celebrar.

A interpretação não realista, os adereços, figurinos, sons e cheiros criam um universo onde o poético, o maravilhoso e o simbólico surgem como um convite à memória do espectador.

ROSAS BRANCAS PARA SALOMÉ - ES

rosas-brancas Ficha Técnica:

Peça: Rosas Brancas para Salomé

Texto e direção: Gladston Ramos

Ator: Mauro Pinheiro

Horário: 20:00

Local: Teatro do SESI, Jardim da Penha

Sinopse:

Monólogo baseado na vida de Salomé, uma diva do transformismo, sonhadora e sensível, apaixonada pela cantora Ângela Maria. O espetáculo começa com o seu show e prossegue quando ela volta para o camarim, onde a fantasia acaba e a diva tem que retirar o disfarce para encarar o palco da vida. Aí, as lembranças voltam como num filme, fazendo-a reviver a expulsão de casa, o apoio encontrado em Otila e Madame Satã, no Arco da Lapa, o Cassino da Urca, o difícil relacionamento com a família, o encontro com o amor verdadeiro, o morte do pai, da mãe, do seu amor, os shows engraçados e dos amigos que o tempo levou.

Salomé usa o humor para falar de preconceito, medo, saudade, abandono e principalmente, da solidão do ser humano. O drama fará o público se divertir. Apesar de sua fragilidade, ela consegue buscar dentro de si uma força extraordinária quando o assunto é sobrevivência e mais do que ninguém, sabe driblar as pedradas e os espinhos do seu caminho, fazendo do espetáculo um divertido desabafo que se alternam entre o humor e a emoção. A peça faz um convite à reflexão sobre a forma superficial como as pessoas veem aqueles que parecem diferentes.

BESOURO, CORDÃO DE OURO - RJ

noticia080708-2 Ficha Técnica:

Texto, músicas e letras: Paulo César Pinheiro

Direção:João das Neves

Direção Musical:Luciana Rabello

Assist de Direção:Bya Braga

Elenco: Alan Rocha, Anna Paula Black, Cridemar Aquino, Gilberto Santos da Silva "Laborio", Iléa Ferraz, Letícia Soares, Marcelo Capobiango / Maurício Tizumba, Raphael Sil, Sérgio Pererê Valéria Monã, Victor Alvim "Lobisomem",William de Paula,Wilson Rabelo.

Horário: 20:00

Local: Teatro José Carlos de Oliveira, Centro Cultural Carmélia Maria de Souza

Sinopse:

O espetáculo faz homenagem a Manuel Henrique Pereira, o Besouro Cordão-de-Ouro ou Besouro-Mangangá, maior capoeirista de todos os tempos da Bahia. Suas estórias são contadas através de outros mestres capoeiristas conhecidos como Canjiquinha, Bimba, Barroquinha, Caiçara, Budião, Rosa Palmeirão, Dora das Sete PortasePastinha. O palco se transforma numa grande roda de capoeira com atabaques, berimbaus, pandeiros e caxixis. Primeiro texto para teatro de Paulo César Pinheiro, grande poeta da MPB, que também compôs músicas e letras inéditas para o musical, Besouro Cordão-de-Ouro tem direção geral de João das Neves e direção musical de Luciana Rabello.

Na peça, caixotes de madeira perfurados lembram um mercado,balaios espalhados pelo chão funcionam como poltronas e painéis com versos das letras das músicas do espetáculo, inspirados no poeta Gentileza, transformam com teatralidade o ambiente dos personagens, fazendo com que a platéia participe das cenas. O elenco, todo composto de atores negros, foi escolhido em workshops. Besouro, nascido em Santo Amaro da Purificação (BA), deixou seu nome gravado nas rodas de capoeira por esse Brasil inteiro. Envolvido em política, impunha respeitoetemor aos poderosos daquele princípio de século XX na velha Bahia. Sua vida virou lenda.

5ª Edição do Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória” – Dia 6

imagem0002 Chegamos ao fim do antepenultimo dia do Festival com o musical “Boulevard, 83”. Antes vamos a uma justifictiva, eu sempre entendi o nome da peça como um endereço de um local, e como em todo endereço, eu coloco uma vírgula após o nome do local. Não que alguém tenha me questionado isso, mas é melhor justificar antes que o façam.

Agora vamos a minha avaliação pessoal sobre este musical. Eu já cheguei a elogiar o diretor, ator, produtor Leandro Bacellar por esse trabalho que ele realizou com apoio da Lei de Incentivo Cultural Vila Velha Cultura e Arte. Já cheguei a elogiar vários dos atores que estão em cena com ele, principalmente a atriz e cantora Nivia Carla, pelo seu fantástico desempenho. Sou muito grato por Leandro e Luana Eva, que estão na produção, nos darem este raro musical. Sim raro, pois senão me engano, somente tivemos dois anteriores a este no estado (se teve outros, eu ainda nem convivia com teatro, por isso me perdoem), mas não posso deixar passar alguns pontos fracos do trabalho.

Se eu tivesse avaliado o trabalho quando o assisti no Theatro Carlos Gomes, há uma semana atrás, teriam sido muitos os pontos, mas como eu esperava, houve uma melhora substancial, mas coisas não me agradaram. Um exemplo é no que deveria ser um solo da personagem Marrie, cuja a fraqueza da voz da atriz, houve um grande coros atrás, na intenção de ajuda-la. Artíficio interessante, mas quando ela faz o dueto com a personagem Zac, percebemos que falta muito para a atriz melhorar. Já do outro lado, o antagonista da história parece um ator canastrão, e seus gestos pontuados, sem o minimo de naturalidade, me lembravam uma marionete, ainda mais que ele parecia perdido com as mãos, sem saber o que fazer com ela. Ponto para o ator Allan Toni que se sai otimamente como Lee, mas espero por ele em outros papéis sem serem caricatos, acredito que seja uma grande revelação nos palcos. Os outros atores em cena não comprometem em nenhum momentos, cada qual dando características interessantes as suas personagens. Hoje (18/10/2009), eles pareciam se divertir com a peça, coisa que não vi no fim de semana anterior, o que deixou o musical menos cansativo, mas mesmo assim, ao meu lado, falaram que estava longo demais, talvez devido as cenas que não faziam sentido e só serviam para contar histórias da peça.

“Boulevard, 83” é divertida? Sim, com certeza! Se eu recomendaria? Teria minhas rstrições, mas eu mesmo já assisti quatro vezes (é imperdível o solo de Joe Jocker), então porque não recomendar! Existem momentos nela que são memoráveis, como seu final, que hoje teve a interrupção inapropriada do – ainda acredito que seja – ator Eliezer de Almeida, que por falta de apreciar mais os espetáculos capixabas (quem se diz nascido aqui e pareciador de teatro, deveria ir assistir mais peças locais!), entrou antes da conclusão do musical. Tremendo despreparo! Ponto para o ator Werlesson Grassi, que nos fez o favor de retirar o entrometido do palco, e parabéns para ele e Stace Mayka, que estão ótimos com suas caras pintadas (desculpe, mas não vou chama-los de clown).

Agora prossiguemos com a programação do sétimo e penúltimo dia do Festival. Começando com Teatro de rua do Grupo Olho da Rua, de Goiás. Eles se apresentarão na Praça Costa Pereira, as 12:00, com a peça “O Giro da Criatura”. Já à noite, as 19:00, no Theatro Carlos Gomes, se apresenta a peça “Auto da Defunta Nua”, sem elenco definido, mas com produção do Grupo Taruiras Mutantes. As 20:00, no Teatro José Carlos de Oliveira, no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, acontece a apresentação de “Besouro, Cordão de Ouro”, do Rio de Janeiro, e fechando à noite, no Teatro Universitário, no Campus da UFES, a Cia. Visse-Versa de Ação Cênica, do Acre, apresenta “Piquenique no Front”, as 21:00.

Vale sempre lembrar que, para retirada do ingresso, precisa estar na bilheteria do teatro que escolher a partir das 13:00, mas para o teatro de rua, basta comparecer ao local da apresentação. Abaixo as fichas técnicas e as sinopses dos espetáculos. Bom espetáculo para todos!

O GIRO DA CRIATURA - GO

Olho da rua-e-banner-02 Ficha Técnica:

Direção - Grupo Olho da Rua, com participação de Constantino Isidoro na primeira fase

Elenco: Diógenes de Carvalho, Lenita Caetano, Rita Alves, Valéria Vieira.

Horário: 12:00

Local: Praça Costa Pereira, Centro

Sinopse:

O espetáculo O Giro da Criatura narra a trajetória de Constança e Zé Olegário, seus encontros e desencontros. Constança viaja pelo mundo desde menina. Quer entender porque ele é tão desigual. Em suas andanças, ela conhece personagens que representam o povo humilde e estabelece uma relação de aprendizado com todos, aspecto que valoriza a cultura popular. No outro ponto da história está Zé Olegário, um homem sem esperança que fala mal da vida e almeja a morte. E a Morte misteriosa surge para transportar Zé para outra dimensão. Contudo, antes, em um giro da vida, Zé encontra Constança, quando surge um recíproco encanto entre eles. Desse encontro reacende a quase apagada chama de vida de Zé, e ele novamente gira.

Depois, acontece um segundo encontro entre Constança e Zé. O encanto mútuo impulsiona a história dos dois, e a vida gira, pois o mundo gira. Nesse universo das narrativas populares, o grupo Olho da Rua propõe o encontro do real com o sobrenatural para narrar a saga do homem em sua dualidade: o bem e o mal, transfigurados nas figuras de Deus e do Diabo. Ao mesmo tempo em que o público testemunha esse encontro, ele é confrontado com suas crenças e superstições e convidado a celebrar. A interpretação não realista, os adereços, figurinos, sons e cheiros criam um universo onde o poético, o maravilhoso o simbólico surgem como um convite a memória do espectador.

AUTO DA DEFUNTA NUA - ES

auto2 FICHA TÉCNICA:

Peça: Auto da Defunta Nua

Direção: Maurício Paroni de Castro

Assistente de direção: Renato Rosati

Texto: Sérgio Sant'Anna

Participação especial em vídeo: Sérgio Sant'Anna

Horário: 19:00

Local: Theatro Carlos Gomes, Centro

Sinopse:

Uma personagem provoca o seu próprio criador ao fazer um strip tease diante dele, momentos antes de suicidar-se. Em foco está o espírito de vanguarda do Século XX. No palco desenvolve-se o drama das justaposições de papéis sociais geradas quando se enxerga a própria identidade através de referências ideológicas e moralizações. O velório despudorado de Ersília Drei, protagonista do drama, é encenado por uma volúpia literária radicalmente criadora que age em sentido contrário à decomposição da vida que, aparentemente, ela traz consigo. A dramaturgia do espetáculo foi elaborada pelo escritor Sérgio Sant'Anna, baseada na obra de Luigi Pirandello. O escritor também contracena com a atriz, em participação em vídeo projetado durante o espetáculo.

BESOURO, CORDÃO DE OURO - RJ

noticia080708-2 Ficha Técnica:

Texto, músicas e letras:Paulo César Pinheiro

Direção:João das Neves

Direção Musical:Luciana Rabello

Assist. de Direção: Bya Braga

Elenco: Alan Rocha, Anna Paula Black, Cridemar Aquino, Gilberto Santos da Silva "Laborio", Iléa Ferraz, Letícia Soares, Marcelo Capobiango / Maurício Tizumba, Raphael Sil, Sérgio Pererê Valéria Monã, Victor Alvim "Lobisomem",William de Paula,Wilson Rabelo.

Horário: 20:00

Local: Teatro José Carlos de Oliveira, no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza

Sinopse:

O espetáculo faz homenagem a Manuel Henrique Pereira, o Besouro Cordão-de-Ouro ou Besouro-Mangangá, maior capoeirista de todos os tempos da Bahia. Suas estórias são contadas através de outros mestres capoeiristas conhecidos como Canjiquinha, Bimba, Barroquinha, Caiçara, Budião, Rosa Palmeirão, Dora das Sete PortasePastinha. O palco se transforma numa grande roda de capoeira com atabaques, berimbaus, pandeiros e caxixis. Primeiro texto para teatro de Paulo César Pinheiro, grande poeta da MPB, que também compôs músicas e letras inéditas para o musical, Besouro Cordão-de-Ouro tem direção geral de João das Neves e direção musical de Luciana Rabello.

Na peça, caixotes de madeira perfurados lembram um mercado,balaios espalhados pelo chão funcionam como poltronas e painéis com versos das letras das músicas do espetáculo, inspirados no poeta Gentileza, transformam com teatralidade o ambiente dos personagens, fazendo com que a platéia participe das cenas. O elenco, todo composto de atores negros, foi escolhido em workshops. Besouro, nascido em Santo Amaro da Purificação (BA), deixou seu nome gravado nas rodas de capoeira por esse Brasil inteiro. Envolvido em política, impunha respeitoetemor aos poderosos daquele princípio de século XX na velha Bahia. Sua vida virou lenda.

PIQUENIQUE NO FRONT - AC

P9200595 Ficha Técnica:

Texto: Fernando Arrabal

Direção: Nonato Tavares

Elenco: Lenine Alencar, Cláudia Toledo, Diego Batista, Yuri Montezuma, Dino Camilo, Sandra Buh.

Horário: 21:00

Local: Teatro Universitário, Campus da UFES

Sinopse:

É uma crítica à guerra. O Senhor e a Senhora Tépan resolvem fazer um piquenique com seu filho, o soldado Zapo, em pleno front de batalha. É neste cenário que se passa a história "Piquenique no Front", peça de teatro escrita pelo autor espanhol Fernando Arrabal, uma das referências do Teatro do Absurdo. O mais interessante é a forma como o casal se porta em relação à situação, encarando-a como um "belo passeio no campo". Um espetáculo mágico e de grande riqueza de detalhes e símbolos, onde o inusitado impressiona a todo o momento, de maneira bem humorada, mostrando como nada é impossível quando se busca a paz, ainda que em meio a uma guerra.

domingo, 18 de outubro de 2009

5ª Edição do Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória” – Dia 5

imagem0002 Mais uma noite maravilhosa de teatro nas veias. Consegui assistir dois trabalhos que me deixaram muito contente de falar sobre teatro.

Primeiro, eu gostaria muito de entender mais sobre a arte de se expressar corporalmente no teatro. Não é dança, mas sim o corpo e movimentos falando mais do que palavras. É assim que posso definir o trabalho da Companhia de Teatro Urgente com “Fahrenheit, 451”, que se apresentaram hoje no Teatro do Sesi. Uma adaptação do romance do sueco Ray Bradbury e do filme de 1966 do cineasta francês François Truffaut. Com uma qualidade impecável de movimentos, os atores Marcelo Ferreira e Diego Amaral dão corpo as cenas que são expressadas neste trabalho que estréia no Festival. A iluminação é muito bem executada, deixando os movimentos serem mostrados de forma fluída. Simplesmente recomendável!

Depois, corri para o Teatro Universitário para assistir o espetáculo cênico do Armazém Companhia de Teatro. “A Inveja dos Anjos” me mostrou o quanto o teatro brasileiro é rico e o quanto pode crescer.

A história toda se desenrola próximo de uma estação de trem, aonde pessoas vem e vão, constantemente, com suas alegrias, tristezas e dessabores. Três amigos (se assim posso definí-los) se reunem para jogar conversa fora e o escritor propóe que queimem todas as suas lembranças, após lhe contar a história do carteiro, que encontrara um homem sem um braço, dizendo já ter vivido ali. No desenrolar dos fatos, surge uma filha do escritor, na qual ele nunca havia ouvido falar, depois ficamos sabendo sobre a mãe esclerosada de outra, e para finalizar descobrimos que a outra havia sido abandonada por um namorado que ressurge na cidade, depois de quinze anos desaparecido.

Eu sinceramente queria poder falar mais de tudo que vi, dos movimentos sincronizados nos trilhos do trem, da iluminação impecável, das expressões, das marcações bem elaboradas e distintas, da compreensão do texto, mesmo quando este era metralhado com todas as nuances de emoções. Hoje me senti feliz de um dia ter feito teatro e subido num palco para atuar, pois o Armazém me proporcionou esta felicidade e me mostrou o porque mantenho este blog ativo, falando somente desta arte de interpretar e causar furor no coração das pessoas, emocionando-as. Obrigado a eles por isso!

Agora, partindo para o penúltimo dia desta quinta edição, teremos três trabalhos, um deles será uma reapresentação, o outro internacional e para fechar, um musical. Primeiro, no final da tarde, o grupo cubano Grupo Teatro Del Caballero apresenta a peça “La Odisea, Según Rico”, no Teatro do SESI, as 17:00, depois à noite teremos a reapresentação do Grupo Giramundo com a peça de bonecos “Um Baú de Fundo Fundo”, no Theatro Carlos Gomes, novamente as 18:00, e fechamos a noite do sexto dia com o musical “Boulevard, 83” do Grupo Teatro Empório, que se apresenta no Teatro Universitário, as 20:00. Abaixo seguem as fichas técnicas e sinopses.

Ah, vale lembrar que os ingressos precisam ser retirados nas portarias dos teatros a partir das 13:00. Tenham um bom espetáculo!

LA ODISEA, SEGÚN RICO - CUBA

Rico_cartel Ficha Técnica:

Peça: La Odisea, Según Rico – Convidado Especial

Direção Geral: José Antonio Alonso

Autor: Carlos Schwaderer y José Antonio Alonso

Ator: José Antonio Alonso

Horário: 17h

Local: Teatro do Sesi, Jardim da Penha

Sinopse:

Espetáculo teatral de animação La Odisea Según Rico, do Teatro del Caballero (Havana/Cuba), conta a história de Rico, que espera um trem. Mas, a espera é muito longa e, enquanto isso, ele vai narrando passagens do conto A Odisséia. Nele, o desejo de ver sua família se faz cada vez mais forte e as peripécias para conseguir se mesclam com a do herói do conto, Ulisses. A narrativa deixa o público com o sabor de que tudo na vida dependerá do desejo e do empenho que cada um dispõe.

UM BAÚ DE FUNDO FUNDO - MG

bau_menu_r1_c8 Ficha Técnica

Texto: Álvaro Apocalypse e Madu

Direção: Beatriz Apocalypse

Vozes: Vilma Henriques, Joaquim Costa, Ezequias Marques, Arildo Barros, José Roberto Alvarenga

Construtores e Marionetistas: Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso, Madu

Horário: 20h

Horário: 18h

Local: Theatro Carlos Gomes, Centro

Sinopse:

Teatro de bonecos do grupo Giramundo, Um Baú de Fundo Fundo é um conjunto de lembranças, estórias, lendas e cantigas populares. Com interesse em preservar a cultura popular, o "Baú" coleciona e expõe um pouco da cultura mineira. O palhaço Libório comanda a ação. Foi a quarta montagem da Companhia Giramundo, de Belo Horizonte e estreou em 1975, mostrando o teatro de bonecos para adultos, com linguagem verdadeiramente teatral, sem os excessos do teatro de bonecos infantil. O grupo Giramundo foi fundado em 1970, em Minas Gerais (Lagoa Santa) e desde 1976 está em Belo Horizonte, onde realiza espetáculos para o público infantil e adulto, com as mais variadas técnicas de criação, confecção e manipulação de bonecos. Foi premiado em todo o mundo e com grande atuação profissional em vários campos, como por exemplo, espetáculos, museu, teatro e escola.

BOULEVARD, 83 - ES

BLVD83-Carlos_Gomes[6] Ficha Técnica:

Direção e Texto: Leandro Bacellar

Compositor: Elenísio Rodrigues

Elenco: Stace Mayka, Werlesson Grassi, Nívia Carla, Leandro Bacellar, Allan Toni, Diego Carneiro, Marcos Luppi, Dayane Lopes, Luana Eva, Danielle Pansini, Luciene Camargo, Ludmila Porto.

Horário: 20 horas

Local: Teatro Universitário, Campus da UFES

Sinopse:

O musical Boulevard 83 conta a história de François Jocker e Joe Jocker, proprietários do endereço da casa de espetáculos mais antigos da Rua Boulevard, situada em New Paris City (um lugar híbrido entre Paris e Nova York). Após a morte de François Jocker, que aparentemente era rico, é feita a leitura do testamento e os artistas que trabalhavam e moravam na casa, descobrem que ele, na verdade, estava falido. Com a casa hipotecada, todos passam a temer uma ordem de despejo. Para solucionar o problema, os artistas se unem e resolvem montar um show de reabertura do Boulevard e tentar conseguir oitenta e três mil "Francos Dolados" para quitar os títulos.

Escolham o que desejarem assistir e apreciem! Bom espetáculo!

sábado, 17 de outubro de 2009

5ª Edição do Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória” – Dia 4

imagem0002 Sinceramente quria iniciar este tópico com o seguinte título: “Uma Ode ao teatro!”, pois foi isso que eu senti ao fim do trabalho cênico da Trupe Iá… Pocô!, “Os Mendigos e o Pato do Imperador”.

Eu não concordo com o título, mas com o imperador constantemente os chama assim, além de outras palavras perjorativas, deixa passar.

Este grupo de Aracruz, que veio a Vitória e aqui se estabeleceu estão de parabéns pelo trabalho, pois mesmo com constante repetição de algumas frases, conseguiram dar conta do recado.

Olha não entendo nada de poesia ou prosa, mas ver um texto sendo “recitado” e contendo interpretação é uma coisa na qual não tinha visto ainda. Está de parabéns o ator, diretor e autor Rodrigo Paouto, que nos entrega uma verdadeira declaração de amor a arte que pratica. No começo, não acreditei muito nos atores que interpretavam os mendigos, que pareciam estar nos forçando a acreditar neles, mas com o passar da peça, demonstraram muita qualidade no trabalho, com exceção de um ator somente. Uma verdadeira aula de história do teatro, na qual ouvi pessoas que saiam do teatro, dizendo que haviam aprendido mais sobre esta arte marginalizada e menosprezada. Eu fiquei emocionado com o trabalho, que também me fez rir, apesar de todos os clichês. Obrigado a Trupe pelo trabalho e parabéns a todos, em especial a Tato Brasil, Rodriggo Sabatini e o próprio Rodrigo Paouto. E que esta arte marginal perdure por muitos anos!

Agora seguindo o trivial, que é a programação de amanhã, teremos teatro de rua, de bonecos, expressão corporal e uma das companhias mais consagradas do Brasil. Vamos lá!

Primeiramente, não teremos programações vespertinas, pois elas se iniciarão à noite no Theatro Carlos Gomes com o Grupo Giramundo que apresenta o teatro com bonecos “Um Baú de Fundo Fundo”, as 18:00. Já na Escola de Teatro e Dança FAFI, as 19:00 teremos a peça “Rock, Ressaca e Refluxo”, com roteiro, argumento e direção de Leonardo Patrocínio. Depois, na Praça Sagrada Família, no bairro Jardim Camburi, o Grupo Imbuaça reapresentará o seu trabalho de rua “O Munodo Tá Virado, Tá Que Vai ou Não Vai, Uma Banda Pendurada A Outra Em Breve Cai”, as 19:30. Já no Teatro do SESI, as 20:00, estréia a nova montagem de expressão corporal da Cia. de Teatro Urgente, com texto e direção de Marcelo Ferreira, “Fahrenheit, 451”, e para fechar com chave de ouro o quinto dia do Festival, o Armazém Companhia de Teatro apresenta no palco do Teatro Universitário, no Campus da UFES, as 21:00, o espetáculo “Inveja dos Anjos” dos dramaturgos Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes, com direção do segundo.

Abaixo sinopses e fichas técnicas. Sempre lembrando que, para retirada dos ingressos das peças que acontecerão dentro do teatro, tem de comparecer ao da sua escolha para retirada do ingresso, a partir das 13:00. Já no teatro de rua, é só aparecer e assistir. Bom espetáculo para todos!

UM BAÚ DE FUNDO FUNDO - MG

bau_menu_r1_c8 Ficha Técnica:

Peça: Um Baú de Fundo Fundo

Texto: Álvaro Apocalypse e Madu

Direção: Beatriz Apocalypse

Vozes: Vilma Henriques, Joaquim Costa, Ezequias Marques, Arildo Barros, José Roberto Alvarenga

Construtores e Marionetistas: Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso, Madu

Horário: 18:00

Local: Theatro Carlos Gomes, Centro

Sinopse:

Teatro de bonecos do grupo Giramundo, Um Baú de Fundo Fundo é um conjunto de lembranças, estórias, lendas e cantigas populares. Com interesse em preservar a cultura popular, o "Baú" coleciona e expõe um pouco da cultura mineira. O palhaço Libório comanda a ação. Foi a quarta montagem da Companhia Giramundo, de Belo Horizonte e estreou em 1975, mostrando o teatro de bonecos para adultos, com linguagem verdadeiramente teatral, sem os excessos do teatro de bonecos infantil. O grupo Giramundo foi fundado em 1970, em Minas Gerais (Lagoa Santa) e desde 1976 está em Belo Horizonte, onde realiza espetáculos para o público infantil e adulto, com as mais variadas técnicas de criação, confecção e manipulação de bonecos. Foi premiado em todo o mundo e com grande atuação profissional em vários campos, como por exemplo, espetáculos, museu, teatro e escola.

ROCK, RESSACA E REFLUXO - ES

Rock_Ressaca_Refluxo_Foto de Rafael Magalhães_2 Ficha Técnica:

Peça: Rock, Ressaca e Refluxo

Direção, Roteiro e Argumento: Leonardo Patrocínio.

Elenco: Célia Moscon, Cyntia Andrade, Dieymes Pechincha, Elias de Aquino, Erik Martincues e Josué Anner.

Horário: 19:00

Local: Escola de Teatro e Dança FAFI, Centro

Sinopse:

Rock, Ressaca, Refluxo são três quadros que formam um círculo vicioso e surreal a que as pessoas se submetem. No Rock há uma tentativa de compensar uma vida opaca. A Ressaca é angustiante e revela o vazio que resta aos personagens que fogem de si mesmos. No Refluxo, as personagens "viram do avesso" para expor de forma intensa o que está represado. Em relação à linguagem, o espetáculo reúne Teatro Físico e Dança-Teatro.

O MUNDO TÁ VIRADO, TÁ QUE VAI OU NÃO VAI, UMA BANDA PENDURADA A OUTRA EM BREVE CAI – SE

gimbuaca Ficha Técnica:

Peça: O Munodo Tá Virado, Tá Que Vai ou Não Vai, Uma Banda Pendurada A Outra Em Breve Cai

Direção Geral: Iradilson Bispo

Elenco:Isabel Santos Neves, Lindolfo Amaral, Manoel Cerqueira, Luciano Lima, Rita Maia, Késsia Mecya, Rosicléia Moura, Talita Calixto, Carlos Wilker.

Horário: 19h30

Local: Praça Sagrada Família, em Jardim Camburi

Sinopse:

No cotidiano das ruas tudo acontece. O espetáculo constrói um espelho desse segmento social: o ambulante, expondo o consumismo e o anti-herói dentro de uma mesma atmosfera. O comércio, antes restrito às feiras, hoje invade os logradouros públicos e até mesmo os lares. A sociedade de consumo exige sempre maiores espaços para vender e adquirir seus atrativos. Nesse comércio global e expandido, circulam personagens inusitados que trazem consigo a velha história: se dar bem a qualquer custo, não importa como.

FAHRENHEIT, 451 / ES

fahrenheit451 Ficha Técnica:

Peça: Fahrenheit, 451

Texto e Direção gestual dramático: Marcelo Ferreira

Elenco: Marcelo Ferreira e Diego Amaral

Horário: 20:00

Local: Teatro do SESI, em Jardim da Penha

Sinopse:

Espetáculo de teatro e dança, Fahrenheit, 451 é uma montagem com roteiro e texto originais, a partir do romance homônimo do escritor americano Ray Bradbury e da versão para o cinema de François Truffaut. A peça fala do poder, da censura, da alienação de uma sociedade vigiada. Mostra um futuro sombrio para a história, quando todos os livros foram proibidos e queimados e os meios de comunicação, em especial a TV , manipulam o pensamento e os sentimentos dos telespectadores, criando fatos e gerando guerras.

Reúne imagens, sons, movimento e texto que remetem aos signos e temas da obra citada: a impossibilidade do pensamento, a patrulha ideológica e o controle autômato da informação. A resistência a todo tipo de opressão fica clara quando os personagens fogem para a floresta e transformam-se em livros, decoram suas falas e as repetem à exaustão para que a memória da civilização não se apague. Com Fahrenheit, 451 a Companhia de Teatro Urgente encerra sua trilogia em homenagem ao cinema ( Nosferatu - 2007 e Metrópolis - 2008).

INVEJA DOS ANJOS - RJ

inveja_dos_anjos(1) Ficha Técnica:

Peça: Inveja dos Anjos

Direção: Paulo de Moraes

Dramaturgia: Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes

Elenco: Marcelo Guerra, Patrícia Selonk, Ricardo Martins, Simone Mazzer, Simone Vianna, Thales Coutinho, Verônica Rocha

Horário: 21h

Local: Teatro Universitário, UFES

Sinopse:

Inveja dos Anjos reúne histórias e traz memória, encontros e despedidas que emocionam o público. Em um cenário atravessado por trilhos de trem desenvolve-se o comovente espetáculo que consolida a atuação da Armazém Companhia de Teatro, do Rio de Janeiro, como um grande grupo teatral da atualidade.

O texto reúne histórias de pessoas simples, que vivem em uma cidadezinha qualquer e repassam cenas do cotidiano. São acontecimentos que movem os relacionamentos humanos, acompanhados de afetos, desejos e frustrações com a vida. Por outro lado, são pessoas que comovem pela dignidade ao encarar suas alegrias e tristezas. A memória é o ponto comum entre os personagens. Em um exercício constante de revisitar o passado, vivenciam os reencontros com esperança renovada e absorvem as partidas, as despedidas da melhor maneira possível, seguindo em frente. Com isso, a importância do cenário. As idas e vindas das pessoas, do trem que chega e parte durante toda a encenação, torna o cenário vivo e fundamental nos constantes encontros e despedidas.

Qualquer alteração na programação é de responsabilidade da Comissão Organizadora. Bom espetáculo a todos!