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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

5ª Edição do Festival Nacional de Teatro “Cidade de Vitória” – Dia 1

imagem0002 Um primeiro dia maravilhoso para o Festival. Além de ter iniciado as oficinas e workshops que acontecerão durante todo o Festival (infelizmente a coordenação do Festival não me passou os aprovados para serem disponibilizados no blog), aconteceram três traalhos teatrais em três espaços. À noite, para ser mais exato as 18:00, foi a apresentação do Grupo Z de Teatro na Praça Costa Pereira com o trabalho cênico “Quatro Interpretes Para Cinco Peças”, aonde os atores e as atrizes Alexsandra Bertoli, Daniel Boone, Ivna Messina e Marcelo Vitor entregam seus corpos as expressões corporais de cinco textos que entraram para a dramaturgia brasileira: O Beijo no Asfalto, Dois Perdidos Numa Noite Suja, Hoje é Dia de Rock, Trate-me Leão e O Livro de Jó, mostrando que releituras de textos podem ser expressadas com o corpo e com pequenos trechos falados.

Depois, as 19:00, no Teatro Universitário, na UFES, a Cia. Capixaba de Comédias apresentou a sua peça teatral “Morto por 30 Dias”. Para quem tinha condições de ir até lá e depois retornar ao Theatro Carlos Gomes, com certeza deve ter sido um tanto quanto proveitoso, sendo que não ouvi boas críticas quanto ao trabalho, mas quem permaneceu no Centro de Vitória, para ter a oportunidade de assistir “In On It”, com certeza valeu a pena. Utilizando o recurso da metalinguagem e ultrapassando a quarta parede, usando o público como o terceiro personagem, os atores Fernado Eiras e Emílio de Mello levaram ao público um casal em crise, que passa uma peça teatral, escrita por um deles, e enquanto discutem sua relação, comentam também sobre as personagens do texto e suas intenções e funcionalidades. Em uma mistura de a vida imita a arte ou vice-versa, os diálogos pessoais acontecem em vários planos, enquanto os das personagens são divididos em dois planos, numa forma de contra-posíção de ambos. Não sou um crítico e desconheço muito as linguagens teatrais (nunca fui um aluno muito dedicado neste ponto), mas posso garantir que é um trabalho cênico de qualidade, mesmo um dos atores estarem resfriados, o que não interferiu em nada com o trabalho.

3407002267_9b76dbe0ed_o Agora, já no dia de hoje (14/10/2009), começaremos as atividades – sem contar oficinas, workshops e palestras – na Praça Costa Pereira, ao meio-dia. O Instituto Pombas Urbanas, que iniciou a partir de uma experiência prática de fazer artístico com jovens da periferia de São Paulo, leva a nossa praça o trabalho de rua deles “Histórias Para Serem Contadas”. Na sinopse, eles são um grupo de atores que vai de cidade em cidade, tocando e cantando de praça em praça, representando o jogo da vida. Numa linguagem vibrante,eles contam histórias incríveis de pessoas comuns. Falam de um homem que virou cachorro e do camelô que ganhava no grito e morria de dor de dente. Com humor e violência, as histórias revelam situações absurdas criadas na luta pela sobrevivência que pipocam e desaparecem.

FICHA TÉCNICA:

Peça: “Histórias Para Serem Contadas”

Texto: Oswaldo Dragún

Direção: Hugo Villavicencio

Elenco: Adriano Mauriz, Paulo Carvalho Júnior, Juliana Flory, Marcelo Palmares, Ricardo Big e Natali Santos

Local: Praça Costa Pereira, Centro de Vitória

Horário: 12:00

hysteria E para quem permanecer no Centro da capital, vale conferir na Escola de Teatro e Dança FAFI, o espetáculo Hysteria, do Grupo XIX de Teatro. O trabalho cênico conta com a seguinte sinopese: N final do século XIX, nas dependência de um hospício feminino carioca, cinco personagens internadas como histéricas revelam seus devios e contradições – refleco direto em uma socidade em expansão, na qual os valores burgueses buscavam adequar a mulher a um novo pacto social. Cenicamente abdica-se do palco e dos recursos de sonoplastia e iluminação, optando-se por um espaço não convencional, no qual a platéia masculina e separado da platéia feminina que é convidada a interagir com as atrizes, o que gera uma dramaturgia híbrida, única a cada apresentação.

FICHA TÉCNICA:

Peça: Hysteria

Criação, pesquisa de texto e figurinos: Grupo XIX de Teatro

Direção: Luiz Fernando Marques

Elenco: Evelyn Klein, Mara Helleno, Janaina Leite, Juliana Sanches e Sara Antunes

Local: Escola de Teatro e Dança FAFI

Horário: 16:00

oidipus E para fechar, no Teatro Universitário estréia o espetáculo carioca “Óidipus, filho de Laios – A História de Édipo Rei pelo avesso”, da Cia. Inconsciente em Cena. A história é uma adaptação do psicanalista, dramaturgo e diretor teatral Antonio Quinet sobre o original de Sófocles "Édipo Rei". A montagem faz um paralelo entre o homem grego, o homem do Xingu e o homem da cidade. Óidipous representaria nossa origem greco-indígena, e por isso o diretor optou por levar à cena uma trilha original executada ao vivo, com instrumentos barrocos e indígenas. A peça é a terceira direção teatral do psicanalista Antonio Quinet.

O personagem principal, Óidipus (Édipo em grego), é o herdeiro de uma maldição que desconhece e alvo de "filicídio" por parte dos pais. É também objeto de desejo de sua própria mãe. Por desconhecer a maldição paterna, Óidipous "vai da cegueira dos fatos à cegueira de fato". O personagem fura seus próprios olhos quando descobre a verdade. Ignora sua origem, seus atos de incesto e parricídio e o desejo que o gerou e quase o matou.

FICHA TÉCNICA:

Peça: Óidipus, filho de Laios – A História de Édipo Rei pelo avesso

Transcriação do texto e Direção geral: Antonio Quinet

Elenco: Marcelo Mello, Alexandre Braga, Aline de Luna, André Roman Infante, Carla Stank, Edson Barbosa, Lílian Chalub, Loren Vandal, Simone Guimarães e Tarik Vasques.

Local: Teatro Universitário, na UFES

Horário: 20:00

Não esqueça de que para assistir as peças teatrais dentro do teatro, é preciso estar na portaria do teatro onde pretende assistir ao trabalho cênico as 13:00 para pegar o seu ingresso.

Qualquer alteração na programação é de total responsabilidades da Secretaria Municipal de Cultura (SEMC) e da organização do Festival.

Bom espetáculo para todos!

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