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sábado, 24 de outubro de 2009

Oficina: O Intérprete-Criador na Dança Contemporânea – Palco Giratório 2009

fafi-sesces A Escola de Teatro e Dança FAFI, em parceria com o SESC, sempre realiza oficinas e depois conclusões dessas durante a passagem do Projeto Palco Giratório pela capital do Espírito Santo. Na maioria das vezes eu divulgo somente as oficinas de teatro, mas no intuito de uma abrangência mais ampliada e querendo divulgar todas as artes cênicas do nosso estado, hoje vou colocar aqui sobre a Oficina que será oferecida durante a passagem da Índios.com Cia. de Dança, Companhia amazonense que já ganhou muitos prêmios por este Brasil afora e agora chega à Vitória com seu espetáculo “Rito de Passagem” e a oficina acima citada. A oficina abriram inscrição no dia 21/10/2009 (quarta-feira) e ficará aberta até o dia 30/10/2009 (sexta-feira), com inicio agendado para 03/11/2009 (terça-feira), das 08:00 as 18:00, na FAFI. Sem mais delongas, divulgo o material passado a mim pela atriz Colette Dantas.

Palco_Giratorio_2009_logo OFICINA: O INTÉRPRETE-CRIADOR NA DANÇA CONTEMPORÂNEA

PROFESSORA: YARA DOS SANTOS COSTA

ASSISTENTES: ALESSANY NEGREIROS E ROSI ROSA

INSCRIÇÕES: de 21 a 30 de outubro, de 9 às 20 horas

CARGA HORÁRIA: 8 Horas

“Imersa no contexto da dança contemporânea, a oficina busca explorar as potencialidades interpretativas e criativas do corpo que dança.”

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

MOMENTO 1: O INTÉRPRETE

        - Consciência Corporal

ESPAÇO INTERNO

Percepção dos Receptores Exteroceptivos (pele e órgãos dos sentidos)

Percepção dos Receptores Proprioceptivos (músculos, tendões e articulações)

RITMO INTERNO

a.      Percepção do ritmo interno e próprio do aluno;
b.      Percepção musical e o movimento.

        - Noções iniciais do trabalho com o corpo:

Exercícios no chão/centro: Movimentos vibratórios do corpo; Trabalho dos membros superiores e inferiores; Tronco/coluna; Transferência de peso; Balanço e equilíbrio; Giros em diferentes apoios no chão; quedas e recuperação; Pequenos saltos para aquecimento dos pés; Seqüências de locomoção enfatizando o conteúdo da aula, com a participação criativa do aluno;

MOMENTO 2: O CRIADOR

        - Trabalho de Improvisação solo; Improvisação 2 ou mais pessoas utilizando o contato improvisação; Improvisação para organização das células coreográficas para encerramento do curso.

PÚBLICO ALVO

Bailarinos, atores, coreógrafos. (Preferencialmente para quem comprovar experiência)

Faixa etária: Maiores de 14 anos

Espetáculo: Rito de Passagem

Apresentação

A Índios.com Cia de Dança  propõe buscar temáticas e estéticas que desafiem a acomodação nos universos já apreendidos. Em cada iniciativa procura incentivar a pesquisa do movimento, de modo a estimular o senso crítico dos artistas envolvidos no processo, esperando com o produto acabado atingir a comunicação com a sociedade.
Desde 2001 a Índios.com Cia de Dança desenvolve trabalhos combinando a técnica da dança com a técnica de Rapel (descida em cordas na vertical), tiroleza (cabos aéreos dispostos na horizontal), escalada em rede de cordas e tecido circense. A cada nova coreografia existe uma tentativa de  aprofundar a pesquisa e o conhecimento proveniente da relação Dança x Esporte.

Destas experimentações, a Índios.com Cia de Dança objetiva alcançar a classificação de dança contemporânea com suas propostas de trabalhos, entendendo por contemporâneo o movimento não linear, fragmentado, subjetivo, autoral, híbrido, aquele que é pensado no contexto da transgressão de fronteiras.

A Índios.com Cia de Dança foi premiada pelo “Caravana FUNARTE de Circulação Regional-Brasil/Amazônia/MinC (2004)”, “Pequenos Projetos Grandes Idéias- Pessoa Jurídica e Eventos (2005)/SEMC” e “Prêmio Klauss Vianna de Dança 2007”.

Síntese do Espetáculo:

“Rito de Passagem” propõe trabalhar com uma questão regional, porém apresentado numa linguagem universal. Este espetáculo “fala” sobre os mundos transformados da mulher indígena e ao mesmo tempo de todas as mulheres, pois independente da cor da pele, todas mulheres vivem suas mutações, cada uma no seu próprio e único tempo, umas mais lentas, outras mais rápidas, porém imersas num processo rico para observações do corpo e da mente feminina.

Diferente do homem, a mulher aprende a conviver com o período cíclico na sua vida. Antes mesmo da menarca, seu corpo começa a se preparar para a vida adulta, para ser mãe e mostrar ao outro o que é amar sem limites. Ciclos perturbam e alegram seu dia a dia, provocam tensões, equilíbrios e desequílibrios na sua vida. Entretanto a mulher, dona de uma resistência singular, ao mesmo tempo que chora e se deixa levar pela emoção, na sua razão pulsante ela sustenta e semeia o futuro da humanidade.

Ficha Técnica

Espetáculo: Rito de Passagem

Direção Artística / Coreografia:   Yara Costa

Roteiro: Yara Costa e Ricardo Risuenho

Intérprete: Yara Costa

Figurino: Adroaldo Pereira

Confecção de Cenário: Nelson Magli

Vídeo Maker/ Edição de Imagens e som e Operador de Projetores/Montagem de Cenário: Ednaldo Passos

Pesquisa de Trilha Sonora: Yara Costa e Ricardo Risuenho

Operadora de som e imagens: Alessany Negreiros

Projeto de Luz: Ricardo Risuenho e Yara Costa

Assistente de Palco: Rosi Rosa

Duração do Espetáculo: 40 minutos

Argumento do Espetáculo

“Assim como nos mitos, os seres mutantes recriam o tempo e o espaço, num plano virtual, sem rupturas com o contexto físico circundante” .[Oliveira, 1995]

“Rito de Passagem” propõe trabalhar com uma questão regional, porém apresentado numa linguagem universal. Este espetáculo “fala” sobre os mundos transformados da mulher indígena e ao mesmo tempo de todas as mulheres, pois independente da cor da pele, todas mulheres vivem suas mutações, cada uma no seu próprio e único tempo, umas mais lentas, outras mais rápidas, porém imersas num processo rico para observações do corpo e da mente feminina.

Fisicamente diferente do homem, a mulher aprende a conviver com o período cíclico na sua vida. Antes mesmo da menarca, seu corpo começa a se preparar para a vida adulta, para ser mãe um dia e mostrar ao outro o que é amar sem limites. Ciclos perturbam e alegram seu dia a dia, provocam tensões e equilíbrio na vida.

Precocemente a mulher indígena é iniciada na vida adulta. Após a primeira menstruação, ela é casada e logo deverá ter filhos, pois o casal deve procriar e construir uma nova família para manter viva a sua sociedade e cultura.

Para a etnia Baniwa do Alto Rio Negro do Amazonas, que é uma das referências utilizadas na elaboração deste projeto, há um rito de iniciação feminina, chamado Ritual de Kuwai. As indígenas Baniwa passam 12 horas em jejum para receber o “Kalidzamai” ou o “benzimento” do Pajé da comunidade, e todas as iniciadas levam surra de “Capethe” ou “Adabi” (uma espécie de chicote de caniço) para entenderem que se desobedecerem os conselhos recebidos e as regras estabelecidas, sentirão muita dor e sofrimento na vida. Suas barrigas são marcadas para sempre com as cicatrizes deixadas pela surra, para que nunca esqueçam do que foi dito na sua passagem de menina para mulher.

No espetáculo “Rito de Passagem” haverá 3 tipos de transformações: a sexual, a corporal e a espiritual. Entre as cenas, propõe-se um diálogo, uma lamentação, um sonho, uma reflexão e uma realimentação da transformação, enfatizando-se o fim e o começo de cada novo ciclo.
Este espetáculo busca valorizar a arte indígena e na cena certamente existirão elementos étnicos dos povos indígenas do Amazonas, tais como cestos e sementes de açaí. A orientação para a montagem da trilha sonora é a utilização de músicas indígenas editadas e uso de alguns efeitos sonoros.

Para maiores informações, ligue: (27) 3381.6921 - 3381.6922

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