É, chegamos ao fim de mais um Festival, e com chave de ouro. Esta noite (20/10/2009) contávamos com três opções, duas reapresentações e uma apresentação, todas no mesmo horário. As duas que se apresentaram novamente foram “Besouro, Cordão de Ouro”, no Teatro José Carlos de Oliveira, localizado no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, e “O Giro da Criatura”, do Grupo Olho da Rua, que antes apresentara como teatro de rua na Praça Costa Pereira, hoje ocupou o palco do Theatro Carlos Gomes, e a peça teatral que fez sua estréia no Festival foi o monólogo “Rosas Brancas para Salomé”, de Gladston Ramos, com o ator Mauro Pinheiro em palco do Teatro do SESI.
Como escolha, não somente por causa do blog, mas também porque queria assistir novamente, fui ao SESI. Tenho de parabenizar o público da capital, que lotou todos os teatros, pelo menos aos que eu fui, em todos os dias do Festival, mas sinceramente, antes tivessem alguns assentos vazios do que pessoas que não sabem respeitar um profissional em cena. Me deu vergonha ser capixaba ao ver pessoas que ficavam gritando, ligando celulares e conversando alto durante a peça. Mias vergonha ainda me deu ao saber que este trabalho não tem o minimo de reconhecimento da qualidade do nosso estado. Mas me deu orgulho um dia ter sido ator capixaba, ao ver Mauro Pinheiro em cena.
Como dá primeira vez que eu vi, eu ri, eu fiquei chocado e me emocionei com Salomé, a transformista que após um show, numa noite de Natal, conta sua história para o público. Sua história com seu pai, sua mãe, suas amigas (Otila e Madame Satã), seus amores reais e platônicos, seus irmãos e parentes, e suas histórias, sempr contadas com muito humor.
Fico feliz de ver trabalho de tão alta qualidade em palco. Mauro Pinheiro é Salomé, assim como – sem grandes comparações – Wilson Nunes é Melanie Marques e José Luiz Gobbi é Marly. Faço este comparativo, pois vejo o ardor e o amor dedicado a estas personagens que esses atores têm. A diferença é que Salomé é uma personagem real, não ficticia. A sua história contada em palco, escrita brilhantemente por Gladston Ramos, é verdadeira. Dá para perceber que Mauro Pinheiro entregou-se a Salomé, assim como o texto parecia “alegre” ao sair da boca do ator (liberdade poética, dá lincença!). Agradeço a ele por tão belo final para esta edição do Festival.
Bem, tenho de agradecer a todos que compareceram ao blog e acompanharam o Festival, pela programação que eu sempre disponibilizo por aqui. Agradeços a todas as 799 pessoas que estiveram aqui, ao meu lado, vendo e acompanhando o blog, dia a dia, neste oito dias de Festival. E isso é somente o começo, pois na sexta edição, estaremos aqui, também, colocando a programação e disponibilizando minha opinião – para quem se interessar – sobre os espetáculos do nosso estado que participarem da próxima. Bem, é isso, agora é começar a torcer por aqueles que estarão concorrendo ao Prêmio Omelete Marginal 2009, nas categorias de teatro: diretor, peça, ator, atriz e revelação, além do próprio Festival estar concorrendo na categoria de Melhor Festival. Boa sorte para eles!
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