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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Na Coxia, por André Luz

Novo_IU Assim, eu escrevo uma coluna no Intervenções Urbanas chamada Na Coxia, mas infelizmente ela anda desatualizada, pois vai ganhar uma nova cara, então na intenção de mantê-la firme e forte, começarei a publicar aqui no blog Teatro Capixaba o mesmo material que publico lá. São geralmente críticas ou opiniões pessoais que coloco. É uma forma de desabafar para as pessoas minhas decepcções com certos acontecimentos junto ao nosso cenário cênico teatral.

Sei que falei para muitos que não publicaria críticas e no máximo colocaria minha opinião quanto alguns trabalhos teatrais, mas como a falta de atualização vem acontecendo no site do Intervenções, achei que seria bom publicar aqui.

Lógico que assim que o site voltar, estarei atualizando minha coluna, mas até lá, espero que tenho para falar.

Bem, antes de o site sair fora do ar, eu iria falar sobre o espetáculo “Boulervard, 83”. Segue abaixo a matéria da coluna:

Um Musical em Vitória

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Este ano, como eu disse anteriormente, acontece o musical “Boulevard 83”. Mas por que falar especificamente deste musical? Bem, primeiramente, porque eu estive envolvido durante um curto período de tempo com o Grupo Teatro Empório e justamente com esta montagem. Tenho até de agradecer aos produtores e atores Leandro Bacellar (que também faz a vez de diretor) e Luana Eva pela oportunidade, mas precisei deixar de lado, pois outros compromissos estavam ocupando muito meu tempo, como meu blog e minha coluna no Entretendo.com (nada sobre teatro, mas sobre minha outra paixão, os quadrinhos) e segundo, porque é um verdadeiro musical.

Primeiro vamos à definição musical. (Adoro o Wikipédia!) De acordo com o site Wikipédia, “Teatro Musical é um estilo de teatro que combina música, canções, dança e diálogos falados. Esta delimitada por um lado pela sua co-relação com a ópera e por outro pelo cabaré(...)”, assim sendo podemos considerar “Sexo, Drogas e Rock’n’Roll” (ou melhor, “Sonho Dourado”, de Marcello Caridade e Marcelo Lino) como musical? Talvez sim ou talvez não. Se pensarmos no ponto de vista de musical, existe musica, existem canções, dança e diálogos, mas as canções são playbacks, ou melhor, os atores não a cantam de verdade, diferente do que será com “Boulevard 83”.

clip_image004O musical, escrito, dirigido e produzido por Leandro Bacellar, foi um sonho que se tornou realidade. Depois de enfrentar dois anos batalhando para levar o trabalho para o palco, o Grupo Teatro Empório conseguiu passar na Lei de Incentivo Cultural Vila Velha Cultura e Arte e após receber seus bônus, conseguiram trocá-los com empresas do município.

clip_image002[6]A pré-estréia foi em Vila Velha, no Teatro Marista, mas qual é a história desta peça teatral? Em resumo, os integrantes do Boulevard 83, uma casa de shows na cidade ficticia New Paris City, precisam realizar um espetáculo para salvar a casa de um mafioso poderoso. Num clima de Cabareth, que lembra à Paris boêmia de 1889 e o período da Grande Depressão, que atingiu os Estados Unidos em 1929, o espetáculo acontece com músicas tocadas ao vivo pela Banda BLVD83, regida pelo compositor, pianista e diretor musical Elenísio Rodrigues, e cantadas pelos atores que fazem parte do espetáculo. Os atores, passaram por intensos exercícios vocais com o cantor lírico Patrick Do Val, e Tadeu Schneirder produziu as coreografias. No elenco temos pessoas que já trabalharam em “Sexo, Drogas e Rock’n’Roll”, como Nívia Carla (Joe Jocker) e Diego Carneiro (Ruan Hernandez), outros que já realizaram trabalhos com Leandro Bacellar (Zac), como Dayanne Lopes (Marrie), Luana Eva (Lucy) e Danielle Pansini. Alguns estão desde o começo como Luciene Camargo (Terry), Ludmila Porto (Divine Lémitre), Werlesson Grassi, Stace Mayka (que fazem clowns, respectivamente) e Josimar Teixeira, e outros decidiram aceitar a empreitada mais recentemente como Allan Toni (William Lee), Kalina Aguiar (Jane), Marcos Luppi (Jam Montola) e Mell Nascimento. Os figurinos têm desenho de Samira Alcântara, a iluminação ficará por conta de Overlan Marques e Thiago Salles.

O que veremos então? Um musical! Não poderemos compará-lo aos musicais da Broadway ou qualquer outro musical europeu ou mesmo alguns nacionais, mesmo porque o diretor Leandro Bacellar garante que não é esta a intenção. “O Boulevard é uma grande subversão dos paradigmas do Teatro Musical, toda a peça é completamente off-Broadway, por isso é melhor não esperar enormes coreografias de passos marcados, mocinha chorona e uma produção com cenários apoteóticos.”, palavras do diretor.

Depois de sua pré-estréia, o espetáculo parte para Vitória, para o Teatro do Sesi, em Jardim da Penha. O que eu posso falar para esperarem? Um trabalho árduo, de um grupo que se manteve unido. Desejo-lhes “merd”! E que Díoniso os abençoe!

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