Sei que estou atrasado com essa congratulação, mas antes tarde do que nunca.
Ontem (19/08/2009), no final da noite, vi que Ary Roaz disponibilizou no Opiniões Cênicas um texto escritor pelo ator e escritor Antonio Calloni (“a alma do ator é seu corpo…”) sobre o Dia do ator. É um lindo texto, posso falar, e reflete bem o ator.
Ser ator não é uma opção facil, ainda mais sendo ator de teatro, ainda mais sendo ator de teatro no Espírito Santo, onde o próprio sindicato não ajuda em nada. A batalha é constante e sempre terminam indo de encontro com aqueles que fantasiam o que é ser ator, que na vrdade é maravilhoso.
Eu queria ser mais corajoso e continuar subindo ao palco, pois a magia ali existente, o convivio com os colegas, os agradecimentos no final, o encanto, é tudo memorável, inesquecível. Você percebe que, todos os meses de constante ensaios, discussões, confusões e concílios, valeram a pena.
Mesmo quando festivais de dentro do nosso estado acham que não vale a pena peças marcante dentro da sua programação, o ator continua sua batalha, as vezes sem apoio (patrocínio então, somente das Leis de Incentivo), pois o palco é magia ao vivo, é algo espontâneo, sem repetição, com improviso imediato. A repetição fica para os ensaios, já que no momento da apresentação, ele se torna outra pessoa, a personagem que está em cena.
Eu iria colocar o texto de Antonio Calloni aqui, mas vou deixar para outra oportunidade. Agora, vou colocar um texto que encontrei no Portal São Francisco, do Colégio São Francisco, que tem tanto impacto quanto o texto de Calloni. Mesmo com atraso, feliz dia do ator para aqueles que se colocam a frente do público, na intenção de lhes contar uma história.
Dia do Ator
Um corpinho bem torneado, um rostinho bonito e o esboço de algumas emoções - alegria, tristeza e raiva - têm sido os principais requisitos para que os "atores de ocasião" - aqueles que se mantêm na ativa por um ou dois verões - conquistem seu "espaço" no meio artístico.
Esse modelo fast food de "atores" é mais evidente no cinema e na televisão, é verdade. No teatro o assunto é outro. É preciso mais que belos atributos físicos. É preciso saber muito do ofício de representar. É preciso estudar... muito.
A formação profissional do ator, no Brasil, é realizada por poucas escolas de nível superior e técnico, geralmente com duração de 3 anos, onde são ministradas as principais matérias relacionadas às artes cênicas. Paralelamente a essas escolas, o ofício do ator pode ser obtido através dos diversos cursos livres de teatro, onde a preocupação maior é com o ensino das técnicas de interpretação, expressão vocal e corporal.
As escolas profissionalizantes, no que concerne às técnicas interpretativas, adotam basicamente o Método de Composição de Personagem e Criação de um Papel de Constantin Stanislavski, que trabalha fundamentalmente com a emoção do ator.
O estudo das artes cênicas, através da criação de escolas especializadas, tem evoluído gradativamente nesses últimos anos - apesar de ainda ser reduzido o número desses estabelecimentos e grande parte deles ser de qualidade duvidosa - sendo que poucas dessas escolas ousaram evoluir ou buscar, através de estudos e pesquisas, alternativas para a arte do ator.
Fonte: Revista Rio; Kplus Cosmo; Portal São Francisco
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