Estamos perto do fim. E, sinceramente, será uma pena, pois vem sendo muito bom este festival.
Ante-ontem (19/10/2013) foi o sétimo dia e infelizmente não consegui postar, pois estava extremamente cansado e a mudança para o horário de verão me deixou meio perdido, mas as apresentações haviam começado a partir das 18h00, na Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música Fafi, com o grupo Teatro Popular União e Olho Vivo (SP) que apresentou “A Cobra Vai Fumar”. As 19h00, o grupo Teatro Trupersa da UFMG reapresentou o espetáculo “Medéia” (do qual falarei daqui a pouco). Na Praça Sagrada Família, localizada em Jardim Camburi, Vitória – ES, o espetáculo de rua “Julia” do grupo Cirquinho do Revirado (SC) foi apresentado as 19h30, e a noite foi finalizada com a Companhia Brasileira de Teatro que apresentou no Theatro Carlos Gomes o espetáculo “Esta Criança”, com Renata Sorrah.
A minha noite de ante-ontem começou as 19h00, quando assisti “Medeia”. Vou levar em conta a opinião do meus amigos atores que assistiram ante-ontem (18/10/2013) e não gostaram muito do trabalho cênico do grupo, tendo opiniões afiadas sobre as atuações de algumas atrizes. Mas eu fiquei muito feliz com o que vi. A peça, que adapta a obra Eurípedes, foi muito bem realizada. as músicas do espetáculo eram todas ao vivo, sem nada gravado e os atores deram o melhor de si para fazer um excelente trabalho cênico. Foram duas horas de peça que eu nem senti passar. E de lá corri para o Theatro Carlos Gomes, pois as 21h00 começava o espetáculo “Esta Criança”, da Companhia Brasileira de Teatro.
Cheguei a tempo de conseguir uma boa localização no teatro, que ficou lotado. Antes de começar, o diretor fez algumas recomendações, pois havia a necessidade do breu total. A peça começou já com a atriz Renata Sorrah em cena, fazendo o papel de uma mãe que busca entender sua filha. E as histórias eram mais ou menos assim, contando o relacionamento de pessoas dentro de uma família. O espetáculo fala sobre violência doméstica, adoção, desententimentos, e uma constante busca por entendimento. Um espetáculo muito bom, tendo somente quatro atores no palco, que dividem personagens constantemente. E como o diretor havia dito, a iluminação era muito necessária mesmo, pois fazia parte do espetáculo o breu, os cantos escuros. O teatro todo era usado pelo elenco, até o momento que o próprio cenário começou a se abrir (fantástico!)
Mas ontem (20/10/2013) não ficou atrás. Tudo começou as 10h00, com a reapresentação do espetáculo de rua “A Cobra Vai Fumar” do grupo Teatro Popular União e Olho Vivo (SP) no Parque Moscoso, no Centro de Vitória. Depois, as 20h00, no Teatro Universitário aconteceu a apresentação do musical “Gonzagão - A Lenda”, na qual eu falarei, e depois aconteceu a reapresentação da Companhia Brasileira de Teatro com “Esta Criança” no Theatro Carlos Gomes, as 21h00.
Como falar de “Gonzagão – A Lenda” sem ser, no mínimo, empolgado e, no máximo, tendencioso. Considero, aqui, o melhor espetáculo teatral desta edição do Festival. Há anos atrás assisti a “Gota D’Água” com Izabella Bicalho no papel principal, e mesmo tendo visto muito trabalhos de qualidade muito boa em outras edições do festival, era dificil algum substituir a impressão que tive daquele espetáculo, até o dia de ontem, quando assisti ao espetáculo musical “Gonzagão – A Lenda” no Teatro Universitário. Figurino de teatro mambembe, cenário simples e móvel, com música ao vivo em cena, várias músicas de interpretes da nossa música nordestina, este espetáculo e deixar qualquer um feliz de que o teatro brasileiro ainda existe.
Lógico houve falhas, mas nada que tirasse a magia do espetáculo, que teve muitos momentos hilários e contou de forma muito divertida a história do nosso “Rei do baião”, Luiz Gonzaga do Nascimento, o Gonzagão, um dos grandes compositores e interpretes da música do sertão nordestino do Brasil.
Os nove atores em cena se revesam constantemente, fazendo personagens femininos e masculinos, e o mais interessante não é somente o musical, mas a peça dentro da peça, pois um dos grandes momentos é o uso da metalinguagem para mostrar que um grupo de artistas mambembes interpreta a história do rei (este sim é um rei!).
Eu ainda estou em extase teatral, pois me faltam palavras para elogiar ao diretor João Falcão (que me falaram que mete a mão na massa, ajudando sua equipe técnica), ao maravilhoso elenco formado por Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Eduardo Rios, Fábio Enriquez, Larissa Luz, Marcelo Mimoso, Paulo De Melo, Renato Luciano e Ricca Barros, aos músicos Beto Lemos (Viola, Rabeca e Pandeiro), Daniel Silva (Cello), Rick De La Torre (Bateria e Percussão) e Rafael Meninão (Acordeon), e toda a equipe técnica que tornou tal espetáculo possível, pois fico muito feliz de AMAR essa arte.
Bem, sem mais delongas, vamos ao último dia de apresentações, que começará as 19h00 no Theatro Carlos Gomes com a peça “Ópera Pobre” da Cia. Teatro Urgente (ES). Já as 20h00, no Teatro Universitário, que não viu poderá assistir a “Gonzagão – A Lenda” com texto e direção de João Falcão. No mesmo horário, o grupo Anônimos de Teatro (ES) apresenta no Teatro do Sesi o espetáculo “A Culpa”. Abaixo os realeases dos últimos espetáculos e as recomendações: os ingressos devem ser tirados individualmente a partir das 13h00, nas bilheterias dos teatros. Desejo a todos boa diversão!
PEÇA: OPERA POBRE
HORA: 19h
DURAÇÃO: 60 min.
CLASSIFICAÇÃO: 18 anos
LOCAL: TEATRO CARLOS GOMES
RELEASE:
conta a história de artistas que trabalham em um cabaré decadente e cantam com humor e ironia a miséria, a corrupção e a hipocrisia social. A obra é inspirada nos trabalhos do dramaturgo alemão Bertold Brecht (“Ópera dos Três Vinténs”, “Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny”) e do bailarino capixaba Magno Godoy (“Cabaret Affair”).
FICHA TECNICA:
Roteiro e direção cênica: Marcelo Ferreira
Direção musical: Renato Gonçalves
Piano: Elenísio Rodrigues
Acordeom: Letícia Braga
Elenco: Elenísio Rodrigues, Ivny Mattos, Letícia Braga, Marcelo Ferreira, Renato Gonçalves
Músicas: Kurt Weill, Magno Godoy.
Arranjos: Elenísio Rodrigues, Renato Gonçalves
Trilha original: Raphael Coutinho
Figurino e maquiagem: David Scárdua
Cenografia: Marcelo Ferreira, Raphael Coutinho
Iluminação: Everaldo Nascimento
Video: Wanderson Bello/Pixx Fluxx
Design gráfico: Ana Lúcia Ferreira
Produção: Cia Teatro Urgente
PEÇA: GONZAGÃO - A LENDA
HORA: 20h
DURAÇÃO: 120 min.
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
LOCAL: TEATRO UNIVERSITÁRIO-UFES
RELEASE: Luiz Gonzaga, assim como tantos artistas, teve que deixar sua cidade natal, Exu, em Pernambuco, para galgar os degraus da fama. Legítima voz do povo nordestino, soube com seu talento traduzir em voz, verso e nos baixos de sua sanfona as alegrias e tristezas de seu povo e de sua terra.
Uma trupe teatral conta a história do mito Luiz Gonzaga, o rei do baião, cujo centenário se completa neste ano. O elenco interpreta mais de 50 músicas do compositor, valendo-se delas para narrar a vida do autor de “Asa branca”.
FICHA TECNICA:
Texto, Direção E Roteiro Musical | João Falcão
Direção Musical | Alexandre Elias
Direção De Movimento | Duda Maia
Direção De Produção E Idealização | Andréa Alves
Cenografia E Adereços | Sergio Marimba
Figurinos | Kika Lopes
Iluminação | Renato Machado
Preparação Vocal | Carol Futuro
Arranjos | Alexandre Elias E Músicos
Colaboração Nos Arranjos Vocais | Alfredo Del Penho
Sound Designer | Fernando Fortes
Visagismo | Uirandê Holanda
Assistente De Direção | João Vancini
Assistentes De Direção Musical | Beto Lemos E Carol Futuro
Assistentes De Figurino | Masta Ariane E Sabrina Magalhães
Assistente De Iluminação | Rodrigo Maciel
Assistentes De Visagismo | Bruna Boliveira E Carlo Felizmino
Cenógrafos Assistentes | Bruna Cataldi E Paula Tibana
Elenco: Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Eduardo Rios, Fábio Enriquez, Paulo De Melo, Renato Luciano e Ricca Barros
Apresentando | Larissa Luz E Marcelo Mimoso
Músicos
Viola, Rabeca E Pandeiro | Beto Lemos
Cello | Daniel Silva
Bateria E Percussão | Rick De La Torre
Acordeon | Rafael Meninão
Equipe De Cenário
Cenotécnica | Hélice Produções
Equipe De Figurino
Aderecista | Heloisa Stockler
Costureira | Fátima Félix
Alfaiate | Macedo Leal
Comunicação
Assessoria De Imprensa | Morente Forte Comunicações
Programação Visual | Gabriela Rocha
Fotografia | Silvana Marques E Marcelo Rodolfo
Assistente De Fotografia | Dora Reis
Mídias Sociais | Laura Rodrigues Velho E Adriano Mendes
Equipe De Produção
Coordenação De Produção | Janaína Santos E Leila Moreno
Produção Executiva | Samara Martins
Assistente De Produção | Talita Magar
Coordenação De Planejamento | Mariana Sacramento
Financeiro E Administrativo | Luciana Verde
Prestação De Contas | Ana Caroline Araújo
Apoio De Produção E Administração | Leandro Barbalho
Equipe Técnica
Operador De Luz | Hugo Mercier Bosseny
Operador De Som | Leandro Lobo
Microfonista | Adriana Lima
Diretor De Palco | Clayton Marques
Contrarregras | Kadu
Camareira | Marceli Araújo
Agradecimento Especial A Daniel Gonzaga, Rosinha Gonzaga E A Toda A Família De Luiz Gonzaga.
Marketing Cultural
Kommitment Produções Artísticas
Realização
Sarau Agência De Cultura Brasileira
PEÇA: A CULPA
GRUPO: Anônimos de Teatro Cachoeiro de Itapemirim/ES
HORA: 20h
DURAÇÃO: 50 min.
CLASSIFICAÇÃO: 14 anos
LOCAL: TEATRO SESI
RELEASE: Baseado na obra “Carta ao Pai” de Franz Kafka, Na peça, o personagem questiona as relações de subordinação e autoridade de nossa sociedade. “Ele fala sobre quem manda e quem obedece e até onde vão as relações de hierarquia e subordinação que enfrentamos todos os dias, até dentro de nossas casas”.
FICHA TECNICA:
Texto: Franz Kafka
Adaptação: Luiz Carlos Cardoso
Direção: Carlos Ola
Assistente de Direção: Victor Coelho
Elenco: Luiz Carlos Cardoso
Direção Coreográfica: Jeremias Schaydegger
Cenario de Figurino: Luiz Carlos Cardoso e Carlos Ola
Cadeiras: Paulo Honório da Costa (In memoriam)
Iluminação: Carlos Ola
Violino: João de Paula Junior
Direção de Estudo Fonográfico: Daniel Curicica
Operador de Luz: Ana Paula Ventury
Operador de Som: Isabel Bremide
Associação Filiada: ASTECA - Associação Teatral de Cachoeiro
Direção Artistica do Grupo Anônimo de Teatro - Luiz Carlos Cardoso
Bem, finalizamos aqui os releases. Espero amanhã estar fazendo uma análise deste último e de todos o Festival. Divirtam-se, pois teatro é isso, entretenimento e diversão!
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