Em maio de 2009 eu cheguei a anunciar aqui, pegando um gancho no jornal A Gazeta, sobre as obras do Cais das Artes, um grande Centro Cultural do estado, projetado pelo capixaba ganhador do Prêmio Pritzker 2006, Paulo Mendes da Rocha, que se localizará nas proximidades da Praça do Papa, em Vitória – ES. Hoje, a SECULT me enviou um convite para a celebração do ínicio das construções deste centro.
A celebração se iniciará nesta sexta-feira (26/03/2010), as 19:00, na Praça do Papa. Para marcar o ínicio das construções, uma escultura do artista brasileiro, o mineiro Amílcar de Castro, será colocada no local, como pedra fundamental do complexo.
Abaixo disponibilizo a matéria escrita por Larissa Ventorim, Assessora de Comunicação da SECULT/ES:
Escultura de Amílcar de Castro marca início da construção do Cais das Artes
Uma escultura de Amílcar de Castro (1920-2002), um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros, será a pedra fundamental do complexo cultural batizado de Cais das Artes, uma iniciativa do Governo do Estado a ser concretizada em um terreno de 20 mil metros quadrados na Enseada do Suá. A solenidade que celebrará o início das obras será realizada ao lado da Cruz do Papa, na sexta-feira (26), às 19 horas.
A construção com 150 metros de comprimento e 30 de altura, com um teatro de ópera e um museu, irá dialogar com a atividade portuária da Baía de Vitória. Será a primeira obra de Paulo Mendes da Rocha em sua cidade natal. O arquiteto voltará ao Estado, para participar do evento que comemora o início dos trabalhos.
Na solenidade também será apresentado o livro "Paulo Mendes da Rocha - o horizonte da utopia". Em formato de estojo, a publicação é composta por lâminas que contam por meio de textos e ilustrações a história do arquiteto e do projeto Cais das Artes. O livro foi editado por Paulo Herkenhoff, crítico de arte, também capixaba, que exerceu vários cargos de coordenação e direção de coleções e instituições de arte como Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), Fundação Eva Klabin Rapaport, e Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Para licitar a obra, cujo objetivo é inserir o Estado no circuito nacional e internacional das grandes exposições e espetáculos, foi criada uma Comissão Especial de Licitação, formada por servidores de diversos órgãos e secretarias do Governo do Estado. A empresa licitante vencedora foi a Santa Barbara Engenharia S/A, que soma 40 anos de história e mais de mil obras espalhadas pelo País. A obra, prevista para terminar em 18 meses, vai ser contratada por 115,5 milhões. Quando estiver pronto, o conjunto deverá receber, em média, 2500 pessoas por dia entre funcionários e usuários, e movimentar financeiramente por mês R$ 1, 5 milhões.
Paulo Mendes da Rocha
Paulo Mendes de Rocha é capixaba de Vitória, radicado em São Paulo. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie de São Paulo, em 1954. Ele assumiu nas últimas décadas uma posição de destaque na arquitetura brasileira contemporânea, tendo sido agraciado em 2006 com o Prêmio Pritzker, a mais importante premiação da arquitetura mundial.
Teatro
O teatro será equipado para possibilitar usos múltiplos como concertos de música acústica ou amplificada, óperas, danças ou peças teatrais. Comportará 1.300 pessoas e contará com um palco de aproximadamente 600m² e com um vão livre com mais de 25 metros de altura até o teto, o que vai permitir a utilização de diversos cenários em uma mesma apresentação.
O projeto prevê também um fosso para orquestra sob o palco, com dimensões que vão atender às exigências mundiais. O público que frequentar o local contará ainda com um café que avançará por cima da água, na Baía.
Museu
O projeto do museu contempla grandes salões com diversas alturas livres e diferentes tamanhos, totalizando em torno de três mil metros quadrados de área expositiva climatizada. As instalações poderão utilizar desde pequenos recintos, para obras que requerem ambientes controlados, a salões com altura livre de até 12 metros, para exposições de grande porte.
Esses salões serão amparados por uma série de espaços de serviços, que vão permitir, ainda, o desenvolvimento de pesquisas, palestras e ações educativas em geral. Completam o projeto do museu um auditório com capacidade de 225 lugares, uma biblioteca e um café.
O conjunto arquitetônico projetado tem como característica central a valorização do entorno paisagístico e histórico da cidade. A estrutura passará a ideia de leveza. O arquiteto decidiu suspender os edifícios do solo, de modo a permitir visuais livres e desimpedidos, desde a praça até paisagem ao redor. O visitante contemplará através de janelas e rampas envidraçadas o Convento da Penha e a Terceira Ponte.
Os dois edifícios que compõem o conjunto arquitetônico do Cais das Artes serão implantados em uma grande praça, que será uma extensão do museu e do teatro, pois ela abrigará eventos ao ar livre, como exposições e até encenações.
Amílcar de Castro
Há diversas obras públicas do mineiro Amílcar de Castro espalhadas por jardins e praças do Brasil e do mundo. Foram feitas com a intenção de que a ação do tempo seja vista constantemente no espaço da obra. Agora o Espírito Santo ganhará um trabalho do artista, no ano em que ele é homenageado pelos 90 anos de seu nascimento.
A obra de Amílcar, famoso por suas esculturas neoconcretas, feitas com chapas de aço e ferro recortadas em formato geométrico, poderá ser admirada já no dia da solenidade de início das obras do Cais das Artes. O trabalho foi construído em 1997, tem 4,80 metros de comprimento, e pesa cinco toneladas.
Cais das Artes pelo mundo
Paulo Mendes da Rocha levou o Cais das Artes para Londres, na Embaixada do Brasil. O projeto foi um dos destaques na exposição da Bienal de Arquitetura da capital inglesa.
O Cais das Artes também virou notícia pelo mundo. Em Tokyo, Japão, a revista "GA Document Internacional 2008" publicou uma matéria amplamente ilustrada sobre o projeto. A revista "Summa +", de Buenos Aires, Argentina, também dedicou várias páginas a Paulo Mendes da Rocha, com fotos da maquete.
A Revista Internacional de Arquitetura 2G, de Barcelona, Espanha, é outra publicação que detalhou a obra do arquiteto e deu ênfase ao Cais das Artes, citando inclusive onde o projeto será instalado - em Vitória, Capital do Espírito Santo.
No Brasil, além de ampla cobertura na mídia local, o Cais das Artes já passou pelas paginais de jornais como O Globo e Folha de São Paulo, e também pelas revistas Isto é e Carta Capital.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Secult
Larissa Ventorim
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