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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

4ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória – Dia 05

Eu decidi fazer assim, vou falar sobre o dia anterior, antes de falar sobre o dia que virá.

O terceiro e quarto dias do Festival Nacional de Teatro foram muito bons, na minha opinião. No dia 15/10/2008 (quarta-feira), fui assistir “Um Dedo de Prosa”, com o ator, cancioneiro e músico Sérgio Torrente. No seu monólogo ele interage o tempo todo com o público, além de interpretar três personagens diferentes. Com sua viola, ele conta “causos" do mais diversos e engraçados. Ouvi queixas dos outros espetáculos que rolaram no mesmo dia, mas não posso falar sobre eles, pois não os vi.

No dia 16/10/2008, consegui assistir duas peças teatrais. Gostaria muito de aumentar meu “repertório” teatral, mas é muito complicado, precisando trabalhar durante o dia, mas consegui ingresso para “O Figurante Invisível” e “A Mulher Que Escreveu a Bíblia”.

O primeiro é uma grande homenagem ao teatro e todas as agruras nas quais ele passou, passa e passará. Mas como diria o nosso saudoso Nelson Rodrigues, “O teatro é um cadáver salubérrimo”. A homenagem se estende ao ator Ednardo Pinheiro e seus anos de palco. O tempo inteiro estamos dentro da ação, já que assistimos ao ensaio de uma peça teatral, Antígona. Não vou falar mais, pois o interessante de ser assistir e “participar” desse espetáculo, é indo até o Teatro Galpão hoje ou durante a temporada que estiverem em cartaz.

No Teatro Universitário, assisti ao monólogo “A Mulher Que Escreveu a Bíblia”. De uma forma descontraída, a atriz Inez Viana nos conta como uma mulher, na época do Rei Salomão, escreveu a Bíblia. Com um começo interessante, um meio cansativo e um final revelador, Inez conta essa história com bastante humor e introspectividade. O ritmo somente fica cansativo, quando ela se prende a história de seu “amor” pelo rei e pelo criador de cabras, que se torna repetitivo, mas isso não faz perder a graça e o charme da atriz em cena, que compõe belamente sua personagem. Mas tenho uma reclamação, o cansativo bater de palmas do público, atrapalhando um pouco a atriz, que preferiu não usar o recurso do microfone.

É interessante isso, pois atrês peças que assisti recentemente não usaram este recurso, o que gostei muito.

Agora vamos seguir com o quinto dia do festival. Vamos ter duas reapresentações, expressão corporal, teatro de rua, monólogo e muitas palestras e um debate.

Tudo começa as 10:00, com a palestra da Tropa do Balaco Baco Equipe Teatral de Arcoverde, na Escola de Teatro e Dança Fafi e no Teatro Galpão, rola o debate “O Poder do Teatro e as Táticas da Resistência”, com Lúcia Pardo, do Rio de Janeiro e Kaká Werá, de São Paulo. Ao 12:00, teremos a peça teatral de rua “Memória Tá Na Rua”, com direção de Hamir Haddad, na Praça Costa Pereira. O teatrólogo também fará uma palestra as 17:00, na Escola de Teatro e Dança Fafi, mas antes, as 15:00, na Estação Porto, o Grupo Folias também estará palestrando. Seguindo com a programação de teatro em palco, as pessoas terão de fazer uma escolha de qual peça assistirão, pois todas serão as 20:00. Metrópolis estará no Teatro Carlos Gomes, com direção de Marcelo Pereira. No Teatro Universitário, a capixaba Letícia Braga nos tráz “No Final das Contas”, com sua direção e de Pablo Cruces. No Teatro Galpão, “O Figurante Invisível” volta a se apresentar, com direção de Telma Smith. E na Estação Porto, também se reapresentando, Orestéia – O Canto do Bode, do Grupo Folias, sob direção de Marco Antonio Rodrigues. Abaixo as sinopses, horários e locais. Lembrando, os ingressos começam a ser entregues as 13:00, nas bilheterias dos teatros. Àqueles que não puderem pegar seus respectivos ingressos, podem arriscar e ir ao teatro na qual a peça estará acontecendo e torcer para ser posto para dentro.

Peça: Memória Tá na Rua

Grupo Tá na Rua/RJ

Dia: 17 de outubro, às 12h

Local: Praça Costa Pereira - Centro

Duração: 2h

Dia: 18 de outubro às 19h

Local: Praça Mário Elias da Silva - Jardim Camburi

amir-haddad Sinopse

A peça revela momentos marcantes da vida brasileira e mundial das últimas décadas. Como numa trouxa de retalhos, o espetáculo apresenta um panorama de acontecimentos variados que vão desde o desfile da Beija Flor, em 1989 (os mendigos no abre-alas e o Cristo censurado) até o assassinato do presidente chileno Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973. Em outros momentos, entram em cena personagens como o poeta Federico García Lorca e o cantor Vicente Celestino, numa homenagem a estes e outros artistas que marcaram a história com suas criações e trajetórias de vida. A encenação acontece através de um jogo que envolve atores e público. A ordem das cenas é definida através de um “sorteio”, onde a platéia vai retirando de uma cartola os fragmentos de “Memórias” que serão apresentados. Essa dinâmica torna cada espetáculo um acontecimento único, aberto à improvisação e ao acaso, onde o imprevisível é altamente desejável.

Ficha técnica

Direção: Amir Haddad. Texto: Grupo Tá na Rua. Dramaturgia: Alexandre Santini. Produção Executiva: Disnael dos Anjos. Figurino: Miguel Campello. Direção Musical: Grupo Tá na Rua. Sonoplasta: Alessandro Perssan. Contra-regra: Pimpolho Daskandongas.

Elenco

Aldo Perrota, Alessandro Perssan, Alexandre Santini, Ana Cândida Baesso, Herculano Dias, Ingrid Medeiros, Letícia Almeida, Licko Turle, Mery Alentejo, Miguel Campelo, Mônica Saturnino, Tathiane Mattos.

Tel: 61 – 3349-6028 (Disnael dos Anjos)

Email: tanarua@tanarua.com.br

Peça: Metrópolis

Vitória – ES

Dia: 18 de outubro, às 20h

Local: Teatro Carlos Gomes

Fritz_Lang Sinopse

Com roteiro original, a partir da obra homônima do cineasta austríaco Fritz Lang, a peça apresenta um grupo de operários isolados num contêiner, totem, capitalista que abriga todo tipo de mercadoria. Trabalham, moram, asfixiam-se nesse espaço exíguo, metáfora da condição humana oprimida nas metrópoles e em seus próprios corpos. Mantidos sob rigoroso regulamento totalitário e a ingestão de cápsulas up e down, repetem uma rotina forçada, vigiados pelo “Sistema” – que tudo domina e ninguém vê. A tecnologia usada como forma de controle. O aniquilamento pela brandura. O cyberhumano e o chip idiota que se instala em nossa cabeça, sutilmente, entretendo e transformando homens em máquinas repetidas, num eterno delay.

Nome da Companhia

Ficha técnica

Texto e Direção: Marcelo Ferreira; Assistente de direção: Diego Amaral;; Trilha sonora: Raphael Coutinho e Marcelo Ferreira; Iluminação: Raphael Coutinho; Cenografia: Rita Vasques e Marcelo Ferreira; Figurino: Diego Amaral, Regina Schmid e Marcelo Ferreira; Contra-regra: Luis Claudio Siqueira; Fotos: Jussara Martins; Arte: Raphael Coutinho

Elenco: Eduardo Moraes, Diego Amaral, Marcelo Ferreira

Classificação etária: 14 anos

Tel: 27 – 9224-1574 (Marcelo Ferreira)

Email: phacoutinho@gmail.com

Peça: No Final das Contas

Nome do Grupo/RJ

Dia: 17 de outubro, às 20h

Local: Teatro Universitário - UFES

Duração: 1h

Dia: 17 de outubro, às 21h

Local: Teatro Universitário - UFES

reduzida Sinopse

Monólogo que mostra a intimidade de uma pessoa solitária que conta a própria existência. Um

relato de vida que existe na somatória de memórias e objetos. Metáfora sobre a alienação, a peça mergulha profundamente nas causas sociais da neurose, mostrando que existe uma cisão entre realidade e o desejo, entre o mundo que se oferece para ser vivido e o mundo a que não se tem acesso. Uma impossibilidade potencializadora, que no final das contas é o motor da própria vida.

Ficha técnica

Direção: Pablo Cruces e Leticia Braga. Texto: Trilha sonora original: Luiz Gustavo. Iluminação e cenário: Pablo Cruces. Figurino: Leticia Braga e Pablo Cruces. Fotografia e vídeo: Pablo Cruces. Produção: Pablo Cruces e Leticia Braga

Elenco

Letícia Braga

Peça: O Figurante Invisível

Vitória – ES

Dias: 16 e 17de outubro, às 19h

Duração 1h 15 min

Local: Teatro Galpão

o figurante invisivel Sinopse

Do texto de Romario Borelli, o espetáculo é um ensaio da tragédia Antigona de Sófocles. O diretor prepara uma atriz na substituição do papel. Durante o ensaio, recebem a visita de Ganzarolli, um experiente ator que decide se aposentar e para isso procura quem compre sua biblioteca pessoal. O espetáculo procura mostrar artistas que muitas vezes vivem de forma anônima pela sociedade, que nascem, lutam por sua arte e morrem, passando por questionamentos e privações, mas também por uma vida repleta de novidade e desafios.

Grupo Quintal

Ficha técnica

Produção Executiva: Miriam Gonçalves de Assis; Diretora: Telma Carolina Smith; Figurinista aderecista: Luiza Helena Fardin; Iluminador: Fabio Pietro; Direção de produção: Rosa Helena Rasuck; Cenotécnico: Jose augusto Loureiro, e Luiz Claudio Siqueira; Operador de luz: Willian Zane; Sonoplasta: Carlos Rabello.

Elenco: Colette Dulce Dantas Gomes, Jose Augusto Loureiro, Ednardo Pinheiro, Higor Campagnaro

Tel: 27 – 3233-3523 (Miriam Gonçalves de Assis)

Email: migoproducoes@yahoo.com.br

Peça: Orestéia – O Canto do Bode

Grupo Folias/SP

Local: Estação Porto – Armazém 5

Dias: 16 e 17 de outubro, às 20h

Duração: 3h

or_news Sinopse

A trilogia nos conta a história dos Atridas, desde a partida do Rei Agamêmnon para a conquista de Tróia, até o julgamento de Orestes em Atenas pela morte de sua mãe Clitemnestra. Nessa longa trajetória entramos em contato com a constituição do Estado Grego e sua passagem do matriarcado ao patriarcado e no estabelecimento da justiça dos Homens em substituição a justiça dos Deuses. Com o julgamento de Orestes por um tribunal formado pelos melhores cidadãos, temos constituída a justiça dos fóruns, dos debates entre acusação e defesa, tal qual a conhecemos hoje.

Ficha técnica

Dramaturgia: Reinaldo Maia. Direção: Marco Antonio Rodrigues. Direção musical: Dagoberto Feliz. Cenografia: Ulisses Cohn. Figurinos: Atílio B. Vaz. Criação de luz: Carlos Gaúcho. Corpo: Joana Mattei. Técnica de Alexander: Reinaldo Renzo. Assistente de direção: Val Pires. Adereços: Marcela Donato e Bira Nogueira. Vídeo Maker: Zeca Rodrigues. Design gráfico: Zeca Rodrigues. Operação de luz: Tulio Pezzoni. Operação de som: Ricardo Barison/Carol Costa. Operação de vídeo: Osmar Guerra. Produção: Nani de Oliveira, Patrícia Barros e Tili Woldby.

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