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terça-feira, 21 de outubro de 2008

4ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória – Dia 09

E Chegamos ao dia derradeiro dessa edição do Festival. O último dia nos promete espetáculos de boa qualidade, como todos os outros dias fizeram. Nem sempre precisavam ser de fora do estado, pois podemos contar com trabalhos de qualidade aqui dentro também.

Durante minha maratona, indo de teatro em teatro, as vezes indo em dois no mesmo dia, vi excelentes espetáculos como também vi trabalhos medíocres, mas com textos que poderiam ser melhor trabalhados, tendo uma qualidade melhor de direção, talvez. Como já disse e repeti infinitas vezes, tentei assistir somente a trabalhos de dentro do estado e para minha satisfação, estamos de parabéns. Podemos não os teatros de melhor qualidade ou mesmo voltados somente para que em seus palcos sejam encenadas as artes cênicas, mas temos atores e atrizes que podem se comparados a qualquer ator ou atriz de fora do estado. Não vou fazer um levantamente total agora, pois vou deixá-lo para amanhã, quando farei uma melhor análise, após assistir “Uma Temporada no Inferno”.

Agora faço uma pergunta: Como podemos montar algo de Nelson Rodrigues em palco? Carregando no drama, fazendo-o tenso e pesado, ou simplesmente podemos brincar com as situações propostas pelo escritor, cronista, dramaturgo e torcedor do Fluminense? Essa é a pergunta que me fiz enquanto assistia “As Noivas de Nelson”, da Cia. Paulista de Teatro.

De forma divertida e descontraída, sem perder as intenções nas escritas dos contos de “A Vida Como Ela É…”, a Companhia nos mostra as propostas de casamento abordadas por Nelson Rodrigues (senti falta de As Gêmeas). De forma narrativa, eles nos mostram como Nelson Rodrigues podia ser divertido e irreverente. Alguns dos contos foram vistos no seriado que a Globo fez com os contos do escritor.

Com pouco mais que seis cadeiras, uma arca que servia para várias coisas, uma iluminação simples, com variações de luzes amarelas, brancas, vermelhas e azuis, a companhia montou e encenou muito bem os contos. Estão de parabéns! Hoje foi uma noite maravilhosa… Mas ainda não acabou!

Hoje (21/10/2008) é o último dia dessa edição do Festival. Chegando próximo ao final, teremos somente três peças, em três teatros de Vitória: Carlos Gomes, Sesi e Universitário. Uma será reapresentada e as outras terão sua primeira aparição no festival.

Tudo começa as 19:00, no Teatro Universitário, com a peça “Cadê Meu Herói?”, do Grupo Sobrevento, com direção de Luiz André Cherubini. No Teatro Carlos Gomes, as 20:00, o espetáculo “O Púcaro Búlgaro” será reapesentado, enquanto no Teatro do Sesi, será aprensentado “Uma Temporada no Inferno”, do Grupo Tarahumaras, com direção de Wilson Coelho.

O sistema continua. As entregas dos ingressos se inicia as 13:00, nas bilheterias dos teatros. Se não conseguir pegar seu ingresso, vá ao teatro que pretende assistir a peça e torça para poder entrar.

Seguem abaixo as sinopses. Bom espetáculo a todos!

Peça: Cadê Meu Herói?

Grupo Sobrevento/SP

Dia: 21 de outubro, às 19h

Local: Teatro Universitário - UFES

Duração: 1h

heroifoto1 Sinopse

Cadê o meu herói? é uma releitura dos antigos romances de cavalaria, da tradicional história da donzela que, aprisionada na torre do castelo por um barão malvado com quem não quer casar-se, espera a vinda de um herói que a salvará. A peça apresenta uma série de reviravoltas naquilo que deveria ser o decorrer natural da história, e termina por revelar que na vida real não existem heróis ou soluções milagrosas e que o diálogo é mesmo a melhor solução para todos os problemas. Cadê o meu herói? é um texto que nasceu para ser representado por fantoches e que não pode ser montado senão por bonequeiros.

Ficha Técnica

Concepção geral: Grupo Sobrevento. Texto: Horacio Tignanelli. Direção geral: Luiz André Cherubini. Manipulação: Sandra Vargas, Luiz André Cherubin/Anderson Gangla. Tradução: Luiz André Cherubini e Sandra Vargas. Dramaturgia: Horacio Tignanelli. Direção de manipulação: Yang Feng. Escultura dos bonecos: Mestre Saúba. Confecção dos bonecos e adereços: Renata Costa e Grupo Sobrevento. Cenário: Telumi Helen/Vânia Monteiro. Consultoria visual: Espaço Cenográfico - J. C. Serroni. Figurinos de bonecos e manipuladores: Sandra Vargas. Iluminação: Renato Machado. Direção musical e músicas originais: Marcelo “Lé” Zuravski/Sérgio Zurawski Jr. Direção de produção: Grupo Sobrevento. Produção executiva: Lucia Erceg. Assistência de confecção: Anderson Gangla

Tel: 11 – 3272-9684 / 3399-3589 (Sandra Vargas)

Email: grupo@sobrevento.com.br

Peça: O Púcaro Búlgaro

Aderbal Freire Filho/RJ

Dias: 20 e 21 de outubro, às 20hs

Local: Theatro Carlos Gomes

Duração: 2h

Pucaro_LauraAlvim-786809 Sinopse

São 40 breves cenas para contar a história de um homem que tem dúvidas sobre a existência da Bulgária depois de encontrar, num museu da Filadélfia, um púcaro búlgaro. Para se certificar, resolve iniciar uma expedição até lá. No bairro carioca da Gávea, inicia sua empreitada colocando um anúncio no jornal a fim de arregimentar uma equipe para a viagem, o que atrai tipos estranhos. A história é exatamente o diário dessa expedição. Intercala um humor popular, escrachado, com outro sofisticado e cheio de referências cultas, mais sutis.

Ficha técnica

Direção: Aderbal Freire. Texto original: “O Púcaro Búlgaro”, de Campos de Carvalho. Direção: Aderbal Freire Filho.

Elenco

Ana Barroso, Candido Damm, Gillray Coutinho, Isio Ghelman, José Mauro Brant

Tel: 21 – 2527-8241 / 8134-9303 (Ana Barroso)

Email: teatroana@uol.com

Peça: Uma Temporada no Inferno

Vitória - ES

Dia: 21 de outubro; às 20hs

Duração: 80 min

Local: Teatro do Sesi

wilson_coelho Sinopse

Baseado na vida e obra do poeta francês Jean-Nicholas Arthur Rimbaud. O inferno, enfatiza sua estadia na Abissínia (hoje Etiópia), onde – além de comerciante de peles, café e armas com as quais contribuiu para a vitória do guerreiro Menelik sobre os ingleses revive os delírios de sua poesia profética e sua e sua relação com as personalidades que marcaram sua vida.

Grupo Tarahumaras

Ficha técnica

Roteiro e encenação: Wilson Coelho; Cenografia: Gilbert Chaudanne; Iluminação: Uyara Pahins Coelho; Adereços: Berenice Pahins, Everaldo Nascimento e Gilbert Chaudanne; Fotografia: Sergio Cardoso; Filmagens: Ricardo Aguiar; Produção: Tarahumaras;

Elenco: Mauricio Fuziyama, Marcos de Castro, Ricardo Amaro, Diana Santos, Telma Smith, João Vitta, Ricardo Amaro, Hudson Braga, Berenice Pahins, Gilbert Chaudanne.

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