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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Espetáculos do Palco Giratório no Theatro Carlos Gomes

         No inicio de julho Vitória receberá mais uma etapa do Palco Giratório 2010. Os espetáculos " Malentendido" e "Ingrid"  do Núcleo Bacatá de Teatro (RJ) terão exibição gratuita no Theatro Carlos Gomes nos dias 03 e 04/07, as 20h. A seguir o release sobre o grupo e espetáculos compartilhado por Colette Dantas.


     · Sobre o Palco Giratório:


Iniciado em 1998, através da iniciativa do Departamento Nacional do Sesc, o Palco Giratório confirma um dos papéis fundamentais da instituição, que é a transformação do panorama das políticas de difusão, descentralização e intercâmbio das artes cênicas. O projeto promove a troca de metodologias de trabalho entre os grupos visitantes e locais, criando maiores oportunidades para os artistas. Esse projeto cultural intensifica o processo de educação dos sentidos dos espectadores brasileiros.
O Palco Giratório se transformou em uma das ações culturais mais importantes do país, pois permite o acesso a produções teatrais de qualidade. Com uma programação múltipla, leva diversos espetáculos a capitais e cidades do interior de todo o Brasil.

    
PALCO GIRATÓRIO 2010

 Sobre o Núcleo Bacatá de Teatro

Desde 2007 o Núcleo tem aproximado um grupo de artistas e técnicos de diferentes companhias, que inicialmente se reuniram para discutir e levar ao palco temas relacionados com a questão da identidade. O primeiro espetáculo foi “Sonhos, Amores e Bufões”, com direção de Helena Varvaki, selecionado no Edital da Caixa Cultural; o segundo “Ingrid”, selecionado no edital do FATE , da Prefeitura do Rio de Janeiro,em 2008; e o terceiro “Malentendido”, que estreou no Espaço SESC em 2009; estes últimos com direção de Marco André Nunes. Apostando na diversidade e nas experiências de cada um dos integrantes, o Núcleo pretende continuar pesquisando novas possibilidades de investigação cênica e temática, valorizando a importância da formação de novos artistas e ministrando oficinas e realizando debates sobre as proposições encenadas. Seus membros pertencem a diversas companhias, entre elas, Aquela Companhia, Cutelaria de Teatro, Núcleo Carioca de Teatro e Núcleo Informal de Teatro. Quanto a Cenografia e Figurinos, Marcelo Marques participa desde o primeiro espetáculo, e no que se refere a Iluminação, Direção de Movimento e Direção Musical; Renato Machado, Nívea Magno e Diogo Ahmed tem acompanhado o Núcleo desde a realização de Ingrid. A Produção, desde 2007, tem ficado a cargo de Sérgio Saboya e Sílvio Batistella.


RELEASE MALENTENDIDO

Depois de viver 20 anos num país estrangeiro um homem volta a seu país de origem à procura de sua identidade. Sua mãe e sua irmã não o reconhecem, e em conseqüência de um mal-entendido é assassinado.
Tragédia moderna escrita em 1943 durante a segunda guerra mundial, “O Malentendido” é uma das peças mais célebres de Albert Camus - ganhador do Prêmio Nobel de literatura.
A encenação da peça “O Malentendido” tem ressonância no Brasil de hoje porque discute uma temática de vital importância para a sociedade atual, que aborda a necessidade do fortalecimento da nossa identidade, da comunicação e da não violência.
A dramaturgia está apoiada na complexidade, ambigüidade e riqueza da condição humana. Os personagens refletem uma sociedade niilista, onde se sentem alienados, sem perspectiva, numa situação limite transitando por um cenário minado por zonas escuras onde o essencial não é dito.
A peça foi escrita nas montanhas da França ocupada pelo terceiro Reich. “A vida é um Malentendido”. É trágica.
Camus tem razão ao buscar o estranho da fala trágica para relatar o horror e os dilemas metafísicos de seu tempo.
Mas que não haja engano, a obra da Camus aprofunda questões existenciais na mesma medida que propõe caminhos. Celebra a vida e o homem em suas melhores possibilidades.
Aqui mesmo "basta encontrar as palavras certas" e falar, ouvir.
“Pois se há pecado contra a vida, talvez não seja tanto desesperar quanto esperar outra vida, e furtar-se à implacável grandeza desta.”


FICHA TÉCNICA MALENTENDIDO

Texto: Albert Camus
Direção: Marco André Nunes
Co-direção: Pedro Kosovsky
Elenco: Alexandre Dantas, Carolina Virguez, Ludmila Wischansky, Maria Esmeralda Forte e Pedro Farah
Cenário e Figurinos : Marcelo Marques
Luz: Renato Machado
Direção Musical: Diogo Ahmed
Produção: Galharufa Produções Culturais


 RELEASE INGRID



Ingrid Betancourt nasceu em 1961 na Colômbia. Passou parte de sua juventude na França, onde estudou Ciências Políticas. Retorna a seu país e inicia uma carreira política baseada na luta contra o tráfico de drogas e a corrupção. Foi eleita deputada, e a seguir senadora com a maior votação do país. Escreveu o livro “Coração Enfurecido”, proibido de ser publicado em seu país porque continha revelações polêmicas, além de críticas e acusações contra o presidente de então. Fundou o Partido Verde Oxigênio. No ano de 2001 candidatou-se à Presidência da República. Em fevereiro de 2002, três meses antes das eleições presidenciais, foi seqüestrada pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e permaneceu nas selvas colombianas por seis anos e meio. Nesse período a única notícia que tinha de sua família as recebia através do programa de rádio “As Vozes do Seqüestro”, de Herbin Hoyos (ex-sequestrado), que leva mensagens de alento aos seqüestrados. Ingrid Betancourt, símbolo dos seqüestrados da Colômbia, foi libertada em 02 de julho de 2008, num operativo de inteligência militar do governo colombiano, junto com mais 14 reféns.
A partir da experiência vivida em cativeiro pela ex-candidata à presidência da república da Colômbia Ingrid Betancourt, o espetáculo propõe uma reflexão sobre o problema do seqüestro na Colômbia, suas seqüelas na sociedade e nos indivíduos privados de liberdade, cujos direitos humanos são violados.
Constituída por cenas fragmentadas, não cronológicas, a dramaturgia faz um ponto de interseção entre o “personagem” em questão e a historia da própria atriz configurando-se em cena um personagem vértice. A justaposição apresentada é o ponto de partida para discutir não só questões identitárias, mas também a complexidade da situação emergencial vivida pelos quase 3000 seqüestrados que estão em cativeiro na Colômbia. A abordagem da temática extremamente atual e a construção cênico-dramatúrgica conferem ao espetáculo uma aproximação do gênero documental.
A encenação apresenta um recorte do cativeiro numa dramaturgia cênica apoiada em pequenas estruturas onde as imagens constroem uma narrativa sensorial e poética. O espetáculo traz o aspecto cíclico da espera constituído pela repetição de células cênicas que traduzem o cotidiano desolador vivido por milhares de seqüestrados que se mantêm vivos graças às notícias enviadas pelos seus familiares através do programa “As Vozes do cativeiro” transmitido nas madrugadas de sábado.


FICHA TÉCNICA INGRID

Direção: Marco André Nunes
Dramaturgia: Fidelys Fraga
Atriz: Carolina Virgüez
Direção de movimento: Nívea Magno
Cenário e figurino: Marcelo Marques
Luz: Renato Machado
Direção Musical: Diogo Ahmed
Instrumentistas: Mateus Ceccato (violoncelo) e Paulo Passos (clarineta e clarone)
Locução: Álvaro Pilares, Cássio Pandolfi, Jorge Paredes e Rocio Salazar
Produção:Sérgio Saboya, Silvio Batistela
Música originalmente composta: Diogo Ahmed
Projeto idealizado por Carolina Virgüez



serviço: 


Local: Theatro Carlos Gomes
Horário: 20 h
Dia 03/07/10 (sábado): Espetáculo Malentendido
Dia 04/07/10 (domingo): Espetáculo Ingrid
Classificação etária/ tempo de duração:
Malentendido – 16 anos – 70 min
Ingrid – 14 anos – 60 min

Apoio cultural:  
Governo do Estado do ES / Secretaria de Estado da Cultura
Escola de Teatro e Dança FAFI/ Secretaria de Municipal de Cultural/ PMV

Realização: SESC/ES

Entrada Franca
(Ingressos distribuídos a partir das 19h na bilheteria do Teatro)




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