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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A Lição, de Eugène Ionesco

Ante-ontem recebi um e-mail do ator Carlos Eduardo Rosado Torres, referente a nova peça com o retorno de Gilson Sarmento ao palcos. Além de dirigir, Gilson estará também atuando no espetáculo "A Lição", uma peça de franco-romeno Eugène Ionesco. O espetáculo estará em cartaz no palco do Teatro Campaneli, nos dias 12, 13, 19 e 20 de setembro de 2008. Segue abaixo o release completo:

A Lição

De Eugène Ionesco


12, 13, 19 e 20 de Setembro

20:00h

Teatro Campaneli
Rua da Cruz do Papa, 04 - Enseada do Suá.

Direção: Gilson P.Sarmento

- E L E N C O -

Maria – Rosângela Barroso

Aluna – Vera Rocha

Professor – Gilson Sarmento

Gilson Sarmento

Após completar seu mestrado em Teatro na Southern Illinois University, nos Estados Unidos, dedicou-se intensamente à produção teatral, nos estados de Iliinois, New York e New Hampshire, onde teve oportunidade de desenhar e atuar em inúmeras peças. Ao voltar para Vitória, iniciou o Grupo de Teatro da Fundação Cultural do Espírito Santo, com o qual montou várias produções de peças infantis e adultas, recitais de poesia e programas de cenas do teatro mundial. Posteriormente, contratado como professor da UFES, ministrou aulas de Língua e Literatura Inglesas, História do Teatro, Teoria da Literatura Dramática e Dramaturgia Brasileira. Atuou também como Coordenador de Teatro da Universidade, quando teve a oportunidade de dirigir e desenhar produções teatrais através do Programa Bolsa Arte, do Ministério de Educação. Seu Ph.D. foi em Comunicação e Teatro, como foco em Dramaturgia.

Rosangela Barroso

Seus primeiros passos no Teatro foram dados no Grupo de Teatro da Fundação Cultural do Espírito Santo. Posteriormente, mudou-se para Ecoporanga, E.S. onde casou-se e continuou praticando o Teatro, enquanto cuidava de cinco filhos e cursava Direito. Agora, de volta a Vitória, ela junta-se aos velhos colegas para continuar sua atividade favorita: fazer Teatro.

Vera Rocha

Começou a fazer Teatro, ainda pequena, em Iguaí, na Bahia. Com a vinda de sua família para Vitória, juntou-se ao Grupo de Teatro da Fundação Cultural do E.Santo, enquanto fazia seu curso universitário. Após a dissolução do Grupo, ela continuou atuando em várias produções capixabas, dando aula de Interpretação Teatral e de Jogos Dramáticos, tendo sido premiada pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões, como melhor atriz do Espírito Santo, em 1993.

EUGÈNE IONESCO

Romeno de nascimento, Ionesco naturalizou-se francês. Sua primeira peça foi "A Cantora Careca", ainda em cartaz em Paris desde 1950, quando estreou. Seguiram-se O Rinoceronte, As Cadeiras, A Lição, Amedé e várias outras peças, apresentadas sempre com grande sucesso e, como seria de se esperar, criando celeuma, onde quer que tenham sido apresentadas. Embora considerado o pai do Teatro do Absurdo, Ionesco rejeitou a definição de seu teatro como absurdo, explicando: "É uma definição imprópria. Meu teatro trata da condição humana. É um teatro realista". Em 1970, numa reviravolta muito ao seu estilo, Ionesco entrou para a Academia Francesa de Letras.

O TEATRO DO ABSURDO

O Teatro do Absurdo resulta da percepção contemporânea segundo a qual não é mais possível, continuar a aceitar formas de arte baseadas na possibilidade de ainda haver leis de conduta e valores absolutos decorrentes de uma firme base de certezas reveladas sobre o objetivo do homem no universo.

Do ponto de vista estético esse Teatro representa uma reação revolucionária contra a camisa de força do Realismo. Os dramaturgos realistas admitiam a existência de uma estrutura compacta, na qual se revelava a imoralidade social em ação. Mas, para os dramaturgos do período pós-II Guerra Mundial, após Hitler e Hiroshima, tornava-se necessário romper com a forma realística, criar um novo vocabulário dramático, uma dramaturgia cuja forma fosse ela mesma absurda, que pusesse as platéias objetivamente diante de representações que fossem alegorias claras do estado absurdo das coisas. Daí o nonsense das falas, os atos aparentemente arbitrários, a dificuldade de comunicação entre os personagens que caracterizam este Teatro.

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