Como sempre estou atrasado com minhas postagens, mas pretendo mudar isso durante os dez dias de recesso da minha faculdade. Entao vamos lá… Este fim de semana é um de muitos debates sobre cultura rolando em espaços dos mais diversos, e isso tudo começa amanhã (10/06/2011) na Biblioteca Pública Estadual, as 19h00, com uma mesa que falará sobre a Dramaturgia Brasileira Contemporânea.
Quem me enviou o convite foi a Secretaria Estadual da Cultura (SECULT) e o Marcelo Siqueira, pelo Facebook. A mesa para o debate será composta por Márcio Meirelles e Samir Yazbek.
Márcio Meirelles é atualmente secretário de cultura do estado da Bahia, mas também atua como diretor teatral, cenógrafo e figurinista. Ele nasceu em Salvador (Bahia), em 26 de maio de 1954. Começou a trabalhar com direção teatral na década de 70 e é um dos diretores mais atuantes do país. Responsável pela revitalização do tradicional Teatro Vila Velha, em Salvador, também criou, em 1990, juntamente com Chica Carelli o Bando de Teatro Olodum, grupo teatral baiano formado somente por atores negros, que surgiu a partir da realização de oficinas nos bairros da capital. Em 1994, assumiu a direção artística do Vila Velha, mesmo ano em que dirigiu o Show de Aniversário da Cidade de Salvador, com Caetano Veloso, Tom Zé e Carlinhos Brown.
Foi diretor artístico de shows individuais de Margareth Menezes, Daniela Mercury, Virgínia Rodrigues, e coletivos, como as comemorações dos 450 anos da cidade de Salvador e dos 50 anos da Petrobras. Alguns de seus espetáculos já foram apresentados em diversas cidades do Brasil e, no exterior, passaram pela Europa e pela África.
Entre seus atuais trabalhos no teatro, destaca-se: o espetáculo Ó Paí Ó, com o Bando de Teatro Olodum, cujo texto e projeto de encenação deram origem ao filme do mesmo nome, dirigido por Monique Gardemberg, com o ator Lázaro Ramos (que começou sua carreira justamente no Bando de Teatro Olodum).
Márcio Meirelles escreveu e dirigiu a peça Candances – A Reconstrução do Fogo, do grupo carioca Companhia dos Comuns, que virou samba-enredo do Salgueiro no carnaval de 2007. Também co-dirigiu, com Werner Herzog, o espetáculo Sonhos de uma Noite de Verão, uma versão negra e baiana da história de Shakespeare, premiada como Melhor Espetáculo pelo Prêmio Braskem.
Diretor do Teatro Castro Alves durante o Governo Waldir Pires, foi convidado pelo Governador Jaques Wagner para assumir a nova Secretaria de Cultura da Bahia em janeiro deste ano, em reconhecimento pelo seu trabalho para o desenvolvimento da cultura na Bahia. (extraído da SECULT/BA).
Já Samir Yazbek é ator, diretor de teatro, dramaturgo, professor de interpretação e dramaturgia Samir Yazbek nasceu em São Paulo, em 1967,
É um dos autores do grupo que a crítica identifica como Geração 90.
Samir Yazbek chamou a atenção e conseguiu reconhecimento com sua segunda peça, "O Fingidor".
Iniciou-se-se no teatro aos 21 anos. Em 1988, dirigido por Edson D'Santana, Samir Yazbek escreveu e interpretou o monólogo, "Uma Família à Procura de um Ator".
Dois anos depois, Samir Yazbek ingressou no Centro de Pesquisa Teatral do Sesc - CPT, coordenado por Antunes Filho, com quem trabalhou por quase oito anos em atividades ligadas à dramaturgia.
Entre 1992 e 1994, Samir Yazbek foi assistente de dramaturgia do professor Antônio Januzelli, do curso de artes cênicas da Universidade de São Paulo - USP.
Em 1994 e 1998, as peças "Arquipélago", dirigida por Augusto de Resende, e "Antes do Fim", direção do próprio autor, antecipam o rigor formal que caracteriza as obras seguintes.
De 1999, "O Fingidor" - Prêmio Shell de dramaturgia de melhor autor - cria uma ficção sobre a vida de Fernando Pessoa. Interpretada por Hélio Cícero, o poeta português, disfarçado com o pseudônimo de Jorge Madeira, emprega-se como datilógrafo de um crítico que está analisando sua obra. Tanto a irmã de Pessoa como a empregada do crítico condenam o disfarce. Chamam a atenção do público o uso que o autor faz dos textos e os heterônimos com que dialoga: Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caieiro.
Ali, ficou evidente a habilidade do dramaturgo em construir os embates do discurso de suas personagens.
Em 2001, com a peça "A Terra Prometida", traz à baila temas como a intolerância, a liberdade de escolha, a ética e a fé. Com direção de Luiz Arthur Nunes e a dupla composta por Luiz Damasceno e Marco Antônio Pâmio, o espetáculo se constrói no debate entre Moisés e o sobrinho Itamar sobre a busca de Canaã.
Em 2004, "A Entrevista", com atuação de Lígia Cortez e de Marcelo Lazzaratto, também diretor da montagem, levou ao palco uma escritora em crise que responde a perguntas do ex-marido durante um programa de TV. A performance da atriz foi destacada pela crítica.
Em "O Invisível", de 2006, dirigido por Maucir Campanholi, um homem - papel que cabe a Hélio Cícero - passa a maior parte do espetáculo no fundo do palco, na escuridão, e diz que não consegue ser visto por ninguém. A exceção é um rapaz que aparece e para quem ele conta sua trágica história. Ele pede ao jovem que procure seu filho, que o despreza, na esperança de reatar uma relação perdida.
Samir Yazbek escreveu, também, "O Regulamento" e "A Máscara do Imperador".
É organizador de "Uma Cena Brasileira", da Editora Hucitec, coletânea de depoimentos de alguns dos mais importantes atores e atrizes brasileiros, como Eva Wilma, Laura Cardoso, Paulo Autran e Raul Cortez.
Samir Yazbek também é autor de "O Teatro de Samir Yazbek", lançado pela Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, com a edição de suas peças "O Fingidor", "A Terra Prometida" e "A Entrevista".
O dramaturgo escreve artigos para os jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e Revista Bravo.
Com a "Cia. Teatral Arnesto nos Convidou", fez a montagem de seu texto "Diálogo das Sombras".
Foi ao ar, pela TV Cultura, o teleteatro "Vestígios", que Samir Yazbek escreveu e dirigiu.
Além de seu trabalho como dramaturgo, Samir Yazbek é dedica-se, também, a oficinas de formação promovidas por instituições públicas e privadas. (Extraído do Mutiply-Dramaturgos brasileiros).
Pela ficha desses dois, com certeza será um debate que vale a pena conferir. Então, é só comparecer ao Auditório da Biblioteca Pública Estadual, localizada na Av. Joao Batista Parra, 165, Praia do Suá, Vitória/ES, a partir das 19h00. A entrada é franca, mas só tem capacidade para 60 pessoas.
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