Todos os anos, uma semana antes dos desfiles das Escola de Samba de Vitória, o Sindicato dos Artistas e Tecnicos em espetáculos e Diversões no estado do Espirito Santo (SATED/ES) organiza o Baile dos Artistas.
Na sua vigésima sétima edição, o baile é uma tradição antiga da capital, sempre contato com prêmios para melhor fantasia e shows com grandes músicos da MPB.
Este ano o Baile terá o inusitado e sempre divertido Eduardo Dusek.
Esse carioca de 55 anos começou aos oito anos quando compôs sua primeira canção popular: “A baianinha”, uma marchinha de carnaval, curiosamente, pois até então só ouvia bossa nova, MPB e o rock de The Beatles e Rolling Stones. O motivo da inspiração inusitada é a visita do pequeno Eduardo ao MIS ( Museu da Imagem e do Som), que comemorava os quatrocentos anos da cidade do Rio de janeiro ( 1965), com varias exposições; entre elas , uma sobre a vida de CARMEN MIRANDA, morta 10 anos antes. A criança pensa estar diante de um personagem de Walt Disney, tipo Mickey e Pato Donald e, ao ficar conhecendo a curiosa estória da cantora, resolve homenageá-la com uma marchinha de carnaval, gênero que conhecia de bailes infantis, mas que ouvira “intelectualmente” pela primeira vez nessa exposição.
Ainda pequeno, sua família muda-se de Copacabana para a subida do Alto da Boa Vista, e ele passa sua pré-adolescência na Usina da Tijuca , bairro que na época juntava, democraticamente, a classe média alta do Alto da Boa Vista, que gostava de bossa nova sofisticada ( e onde residiam suas professoras de piano clássico: Alaíde Sampaio e Denise Sampaio Felipe) com a juventude dos clubes tijucanos (que faziam rock and roll), mais o samba de raiz das escolas dos morros da Tijuca ( Borel, Salgueiro e Formiga). Tudo isso promovia uma convivência saudável na formação do jovem pianista, metido à compositor. Sua turma do Montanha Clube curte Jovem Guarda, bossa nova e a MPB dos festivais da Canção da primeira fase (de 1965 a 70) Passa a curtir também: Tim Maia, Chico Buarque, Elis Regina e os tropicalistas do final da década.
Aos quinze anos, em 72, vai morar numa comunidade de artistas em Botafogo, num pequeno apartamento de cobertura, ousadamente transformado também em teatro e centro cultural. Lá trabalha com os amigos Luis Fernando Guimarães (o ator) e Luis Antonio de Cássio (diretor, autor teatral e compositor). Juntos produzem peças e shows musicais liderados por Cássio, que também é, na época, professor de artes e expressão de língua portuguesa no Colégio de Aplicação, na Tijuca. O apartamento é freqüentado por artistas, hippies e intelectuais. Lá acontecem festas, saraus, peças e leituras teatrais, reuniões culturais e muita badalação, além dos shows “in door”, que acabam ficando famosos, atraindo gente badalada e curiosa da zona Sul, inclusive Gilberto Gil, levado pelo enturmado promotor cultural Sergio Natureza (o primeiro profissional da área de musica a se interessar pelo seu trabalho) e o jornalistas Antonio Carlos Miguel e Ana Maria Bahiana, ambos na época trabalhando pro jornal Rolling Stones e posteriormente para O GLOBO. Apesar de se transformar num local “cult”, o “apartamento-centrinho cultural” acaba fechando, dois anos depois, por força das circunstancias e da repressão ostensiva da ditadura militar da época.
Começa sua carreira profissional em meados dos anos setenta, como o hilário pianista da peça AS DESGRAÇAS DE UMA CRIANÇA, de Martins Pena, na famosa montagem debochada de Antônio Pedro, com Marco Nanini, Marieta Severo, Camila Amado ( também produtora do espetáculo) e Wolf Maia. A peça fica três anos em cartaz, em viagens pelo Brasil e longas temporadas no Rio e São Paulo, e ele acaba sendo contratado, desta vez como ator, na próxima produção teatral de Camila Amada: “ A dama das Camélias” de Alexandre Dumas Filho, direção também de Antonio Pedro, interpretando Gaston Rieux, o melhor amigo da dama. Nesta Produção estuda expressão corporal com Nelly Laport. A peça, infelizmente, é um fracasso de público e a companhia se desfaz.
Nessa mesma época faz seu primeiro show musical , no Teatro Opinião, Rio, cantando composições suas na serie MOSTRAGEM, promovido pelo agitador cultural Rodrigo Faria Lima. Lá, ele é apresentado por Gilberto Gil, que fica sendo assim uma espécie de “padrinho” musical. A direção é de Luis Antonio de Cássio, seu parceiro em clássicos como Cabelos negros e Alô, Alô Brasil (esta também com a parceria de Roque Conceição) Embora experiente em shows que fazia no apartamento de Botafogo, Dussek experimenta pela primeira vez a adrenalina de atuar como cantor popular num palco e se declara “viciado” em música, abandonando por um tempo a profissão de ator.
Neste shows semi-profissionais, ele é descoberto pelo Jornalista, escritor, produtor e compositor Nelson Motta, que, nessa época, produz Marilia Pêra no musical A FEITICEIRA, onde ela canta ( e grava no disco da trilha sonora) a musica ALÔ ALÔ BRASIL., de Dussek (e seus parceiros acima citados)
Motta convida Dussek para fazer musica para o grupo das Frenéticas. Ele compõe Vesúvio Tropical, gravado por elas em 78. Com o dinheiro dos direitos autorais, ele compra seu primeiro carro, um fusquinha modelo 1968.
Na mesma época, Nelson Motta grava com ele, na RCA Victor, um compacto, com as musicas NÃO TEM PERIGO e APELO DA RAÇA(ambas parcerias com Luis Antonio de Cássio). O compacto não é lançado e Dussek fica congelado em um contrato com aquela antiga gravadora.
Ainda nos anos 70 , atua, produz e dirige 2 shows individuais absolutamente undergrounds: TOQUE DE SILÊNCIO / Teatro Ipanema RJ e Teatro Opinião RJ e BANDA FURIOSA / Teatro Treze de maio –SP e Teatro Igreja SP . As imprensas carioca e paulista recebem bem o novo artista, mas Dussek permanece em quase total anonimato.
Por essa época, Dussek conhece o grupo Coisas Nossas, especializado no samba de Noel Rosa. Como ele é fã do assunto, se enturma com o grupo e passa atuar como convidado nos shows do conjunto, participando também do disco deles.
Em 1978 Dussek mora um ano em São Paulo, onde sobrevive dando aulas de voz e atuando em shows undergrounds. No mesmo período começa à compor com seu mais constante parceiro, Luís Carlos Góes, a quem é apresentado pelo badalado ator teatral Rubens de Araújo . A dupla trabalha em composições para teatro e shows.
No final da década, já de volta ao Rio, monta o show FOLIA NO MATAGAL. Baseado na musica homônima composta em parceria com Luis Carlos Góes, o show é uma comedia besteirol e alcança sucesso no mundo underground do Rio. Tem participação das atrizes Duse Nacaratti e Celinha Azevedo, além da participação especial do próprio Góes, nos vocais. Acompanha a “Banda de Banda” e o “Coro de gato” ( hilariante vocal de Góes com as duas atrizes).
Também em fins dos anos setenta, .participa como compositor de teatro da montagem da primeira produção de teatro besteirol: “Cabe tudo” com textos de Vicente Pereira, Mauro Rasi e Luis Carlos Góes, direção de Ari Coslov. Embora tendo no elenco Renata Sorrah, Marieta Severo, Vera Setta e Duse Nacaratti, o musical não consegue estrear, mas deixa fincada uma pedra fundamental do movimento do mesmo nome (besteirol).
Em 1980 é lançado para o grande público no FESTIVAL MPB DA TV GLOBO com a bombástica interpretação de sua música NOSTRADAMUS.
Aparece de fraque e cueca, com asas de anjo e sacode o estádio do MARACANANZINHO - RJ
Em 1981, lança seu primeiro disco pela Polygram: o LP OLHAR BRASILEIRO ( da música homônima de Eduardo Dussek e Luis Carlos Góes), com ritmos ecléticos, do samba tradicional ao rock e o funk. Tudo com muito deboche, sua marca registrada desde então. O disco é bem aceito pela critica, as rádios tocam muito a canção NOSTRADAMUS, mas o disco tem vendagem ainda inexpressiva.
Em 1981 excursiona com um espetáculo solo intitulado Eduardo Dussek e seu piano de “calda”, onde está em cena sozinho com seu piano, desfilando suas musicas hilariantes e textos de humor, usando pela primeira vez um formato de show estilo “cabaretier” que o consagraria ao longo de sua carreira.
Ainda em 81, participa de um das primeiras temporadas do Projeto Pixinguinha, viajando pelo país ao lado de Emilinha Borba e Tânia Alves, então também uma iniciante. Como acompanhamento, leva parte do grupo Coisas Nossas.
À partir de 80, começa à compor para artistas consagrados como Zizi Possi, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Simone, Marília Pêra, Adriana Calcanhoto, Erasmo Carlos eEmílio Santiago, entre outros.
Em 82/3 participa do inicio do movimento do ROCK BRASIL, que começa a aparecer nessa época, principalmente no CIRCO VOADOR, na praia do Arpoador em Ipanema, RJ. Junto com o grupo de rock João Penca e seus miquinhos Amestrados e o cantor compositor Leo Jaime, Com eles, Dussek grava seu segundo disco- CANTANDO NO BANHEIRO-(82). Participam também do movimento Blitz, Barão Vermelho, Lobão,Cazuza, Gang 90 e as Absurdetes, etc.
Nessa época faz a turnê do show CANTANDO NO BANHEIRO ( da música homônima dele mesmo, Eduardo Dussek), que fica três anos em cartaz, culminando com apresentações no MARACANANZINHO - RJ lotado . É a época de BARRADOS NO BAILE (Eduardo Dussek e Luis Carlos Goes) e a famosa “TROQUE SEU CACHORRO POR UMA CRIANÇA POBRE” (ROCK DA CACHORRA de Leo Jaime), um de seus maiores sucessos. Outra música que faz sucesso nesta época e CABELOS NEGROS ( parceria com Luis Antonio de Cássio).
Volta a trabalhar em musica para teatro com Luis Carlos Góes. São da dupla as trilhas de AS MIL E UMA ENCARNAÇÕES DE POMPEU LOREDO e A RECEITA DO SUCESSO, ambos musicais de Jorge Fernando, com textos de Vicente Pereira e Mauro Rasi.
Também fazem juntos a trilha de GALVEZ, O IMPERADOR DO ACRE, de Márcio de Souza, com Vera Setta e Miguel Falabella. O musical é um retumbante fracasso e vira “cult”.
Em 86 é a vez de BREGA CHIQUE, um pequeno movimento neo-cafona articulado junto com Júlio Barroso, da Gang 90, São Paulo. Lança disco com o mesmo nome BREGA CHIQUE- CHIQUE BREGA, com a polêmica canção DOMÉSTICA (BREGA- CHIQUE) (Eduardo Dussek e Luis Carlos Góes)
Em 86/7 volta ao teatro como ator em CLASSIFICADOS DESCLASSIFICADOS, com textos de Luís Carlos Góes, Miguel Falabella e Vicente Pereira. Direção de Jaqueline Laurence. Dussek contracena com Thaís Portinho e faz 8 personagens. A peça faz estrondoso sucesso e é considerada a primeira de uma serie de pequenos espetáculos de besteirol
Em 87 lança seu quarto disco pela Polygram: DUSEK NA SUA.
Entre 87 e 88 faz duas grandes turnês pelo país. O disco vende bem, toca no radio suas musicas românticas, mas a critica torce o nariz.
Nessa época faz varias trilhas para as novelas de TV, entre elas: NEM TEMPO ASSIM, parceria com Luis Carlos Góes para “Guerra dos sexos”
(Fernanda Montenegro e Paulo Autran), BEBE À BORDO, novela do mesmo nome (abertura), QUE REI SOU EU (idem), TUDO EM CIMA (parceria com Góes para uma novela da TV Manchete ) entre outras...
Em 1988 acontecem brigas internas na gravadora entre a direção e seus produtores. Dussek, no meio do fogo cruzado e não tendo nada a ver com a questão, inadvertidamente, pede demissão e resolve fazer uma pausa. Viaja para Europa e Estados Unidos por seis meses, tentando reformular seu trabalho e sua cabeça.
Em 88 faz sua primeira novela, como ator: FLORADAS NA SERRA, na TV Manchete, contracenado com Carolina Ferraz, os dois vivendo um casal romântico.
Em 88/9 participa, como ator, da produção A PEQUENA LOJA DOS HORRORES no TEATRO TEREZA RACHEL, RJ , musical americano dirigido por Wolf Maia, com Claudia Raia, Stella Miranda, Osmar Prado, Tim Rescala e grande elenco. Produção de Claudia Raia
Em 91/2 lança seu quinto disco, CONTATOS pela gravadora Eldorado e faz turnê de shows com o mesmo nome. O disco não acontece, a turnê alcança um sucesso relativo e ele vai à falência, com o plano Collor. A produção pára e começa-se a pagar os prejuízos.
No decorrer doas nos 90, grava participações nos song books de Noel Rosa ( QUEM DÁ MAIS?) , Chico Buarque ( TROCANDO EM MIUDOS e BARBARA) , Tom Jobim ( SABIÁ, parceria com Chico Buarque ) Dorival Caymmi ( O QUE É QUE EU DOU? ) e João Donato (È PROIBIDO AFINAR O PIANO) Todas as Produções de Almyr Chediak
Começa a compor com a compositora Isolda e emplaca dois sucessos com a cantora Simone SOU EU e QUEM SERÁ, ambas parcerias com Isolda.
À partir de 92, começa à dirigir shows e eventos, entre eles a campanha AVON COLOR PRÊMIO DE MAQUILAGEM, de 93, com Bibi Ferreira, Mariza Orth, Diogo Vilella, Lilian Cabral e Rosamaria Murtinho, no Memorial da América Latina, São Paulo.
No inicio dos noventa, dirige shows de vários e diferenciados cantores como Roberta Miranda, Gang 90, Miquinhos Amestrados, Amado Batista, Bad Girls, Mara Maravilha etc.
Em 93, faz uma turnê de 32 shows na costa leste dos Estados Unidos, para brasileiros e americanos, mas cantando a maioria de suas músicas em inglês, galhardamente traduzidas. Grava por lá seus shows ao vivo, mas não existe registro de lançamento desse material.
Em 94/5 volta à TV, desta vez no comando do programa musical ALO BRASIL BAR, de Maurício Sherman, sob direção de Valter Avancini, na TVE, Rio. Ficam em cartaz 18 meses, entrevistando e cantando junto com nomes variados da MPB como Tim Maia, Elba Ramalho, Barão Vermelho, Erasmo Carlos, Alcione e Martinho da Vila.
Em 94/5 faz turnê com o show APOCALIPSE ELEGANTE. O Cd da temporada, cujo titulo é homônimo à uma musica feita especialmente para a astróloga e cantora Leiloca (ex- integrante do grupo musica as Frenéticas), no entanto, não é aprovado pelo artista, que desiste de negociar com as gravadoras e arquiva o trabalho, alegando critérios de qualidade. Lança, nessa época, um primeiro CD retrospectivo, pela Polygram
Em 96 participa, como ator, da novela XICA DA SILVA, de Valter Avancini, na extinta TV Manchete, Rio, interpretando o vilão Capitão–mor Gonçalo. A novela é um sucesso e Dussek mostra um lado seu inusitado: de ator dramático, causando ódio e admiração no publico, com sua interpretação agressiva de um feitor sanguinário de escravos, que é assassinado na segunda metade da novela e mantém o mistério de sua morte ( que fora gravada por personagens oito assassinos diferentes) até o final. A novela é lançada em Portugal e Angola, alcançando enorme sucesso por lá.
Em 96/7 escreve e dirige a comédia teatral CUIDADO PATRICINHA, com Juliana Teixeira e Ronei Vilella. Em cartaz durante seis meses no Rio.
Na segunda metade dos anos 90 grava participações nos CDs do Botafogo (HINO DO CLUBE, ao lado de Beth Carvalho e Ed Motta), Pixinguinha (COCHICHANDO, ao lado de Zezé Gonzaga), e Ataulfo Alves (MULATA ASSANHADA) Todos SOM LIVRE
Em 96/7/8, compõe toda a trilha sonora dos espetáculos OS DRAGÕES e o TEATRO DOS FANTASMAS, musicais infantis de sucesso, com textos de Vinícius Márquez e direção e produção de Ronaldo Tasso. Teatro Villa Lobos e Laura Alvim/Clara Nunes (Rio), respectivamente.
Em 97/8 dirige o show ALEGRO MA NON TROPPO, comédia com a dupla humorística Bê e Thoven. Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 98 participa de duas peças teatrais, como ator e compositor: COMÉDIA DE UMA CRIANÇA:
(remontagem do musical original de Antonio Pedro, sobre texto de Martins Pena que iniciou sua carreira, comemorando vinte e cinco anos de carreira, junto com Wolf Maia, diretor e produtor da atual montagem), no TEATRO CAFÉ PEQUENO, Rio...
e também do espetáculo musical
PAIXÃO DE CRISTO, A HISTÓRIA DO AMOR, vivendo Jesus Cristo e dirigido por Jesus Chediak, com grande elenco no Teatro da Lagoa, Rio, um realização do PADRE NAVARRO.
Em1989/ 99 monta três espetáculos diferentes:
1) ADEUS BATUCADA, sobre os noventa anos de Carmen Miranda, numa encomenda do CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL, onde atua ao lado de Chico Costa (sax) e Beto Cazes (percussão), escreve textos e arranjos e descreve sem frescuras e com muito humor a carreira e a vida sentimental de Carmen e sua ida para os States e a fama mundial. O espetáculo, originariamente planejado para ficar uma semana em cartaz comemorando os 90 anos de nascimento da estrela faz grande sucesso e sai em turnê pelo país, ficando, só no Rio de Janeiro , cerca de dois anos em cartaz.
2) GRAÇAS À DOIS, criado junto com o humorista Valério Wiz um show de humor personalizado para empresas, que a principio não seria apresentado ao grande publico. O espetáculo extrapola o publico alvo e vai para no programa Jô Soares, Onze e meia (TV S) com muito sucesso.
3) EDUARDO DUSSEK, PIANO E SAX - Excursiona com seu espetáculo básico, com participação do saxofonista Chico Costa, onde apresenta velhos sucessos reciclados e impagáveis criações atuais, selecionadas para o próximo CD.
Em 2000/01 ensaia nova banda, apelidada de COPACABANDA ( Alex Moraes/ violão e guitarra, Franklin Gama/ contra-baixo e bandolim e Marcio Mazza / Bateria e percussão) , excursiona com ela, enquanto grava um álbum sobre Carmen Miranda, com 18 sucessos da cantora, re-arranjados e adaptados para voz dele.
Em Maio/ junho 2001 faz o Lançamento do CD ADEUS BATUCADA, GRAVADORA VITALE RECORDS / KUARUP, sobre o repertório de Carmen Miranda, com trio formado por ele, ao piano, Beto Cazes, na percussão e Chico Costa, nos saxofones.
Lança paralelamente, uma biografia bilíngüe sobre a pequena notável acoplado à um songbook com trinta partituras da obra da cantora: CARMEN MIRANDA BY EDUARDO DUSSEK, Editora Vitale com descrições informativas sobre cada canção e fotos ilustrativas. Diagramação de Márcia Fialho e tradução para o inglês de Chris Hieatt
No segundo semestre de 2001, sua música ALÔ, ALÔ BRASIL! (parceria com Luis Antonio de Cássio e Roque Conceição) é escolhida para tema de abertura da novela “AS FILHAS DA MÃE” de Sílvio de Abreu, com direção de Jorge Fernando, na REDE GLOBO DE TELEVISÃO.
Em outubro de 2001, compõe a trilha e faz a direção musical da peça BOEING BOEING, comédia com Heloísa Perissé e Luciano Zsafir. Produção de Luciano Zsafir.
Em 2001, dirige um show sobre a antiga e famosa companhia de cinema Atlântida, com participações de Emilinha Borba, Adelaide Chiozzo e o então recém surgido grupo amador de cantores de terceira idade “Os cantores de Chuveiro”, que fazia enorme sucesso em um espetáculo dirigido por Ricardo Cravo Albin. O show é realizado em plena praia de Copacabana, com exibição de filmes (todos dos anos 50 e 60) da citada companhia cinematográfica.
Durante os anos de 2000, 2001 e parte de 2002, faz grande sucesso com o show - comédia “Carmen Miranda by Dussek”, nos teatros Fernanda Montenegro, Rio e Café Teatro Arena, Copacabana, também no Rio de Janeiro.
Em 2002 leva o show “Carmen Miranda by Dussek”, para São Paulo, na casa de espetáculos TOM BRASIL e fica quatro semanas em cartaz, com grande sucesso de publico e critica.
Durante 2002, e no primeiro semestre de 2003 já fez cerca de 80 shows personalizados para empresas: o “Dussek Explica” , onde através de um briefing antecipado e de um estudo sobre o assunto da convenção, organiza piadas e textos específicos. O espetáculo alcança sucesso absoluto em convenções, simpósios, shopping-centers e congressos. Varias empresas o solicitam, tais como: Grupo Pão de Açúcar, TAM, Consorcio Rodo Bens, Laboratórios Knoll, Amil, Volkswagen, Banco Pan-americano, Amil, Unimed, Laboratórios Torrent entre outras, além de congressos de medicina ( cardiologia, ortopedia, psiquiatria etc). Começa a ser convidado para apresentar prêmios e para atender outros tipos de congressos, já não ligados à área médica.
Durante o ano de 2002, também começa a elaborar o repertório do projeto infantil AMIZADE beneficente, em prol das CRIANÇAS COM CÂNCER E DOENÇAS DE TRATAMENTO DIFÍCIL E PROLONGADO. Nele, o artista planeja cantar quase todas as músicas infantis compostas por ele nos vinte e poucos anos de carreira, com parcerias variadas. e apresentando os shows em hospitais e vendendo o CD com renda revertida para a instituição. Consta no projeto CD, SHOW e LIVRO. Por falta de patrocínio, o projeto estaciona
2002: Compõe a trilha sonora da peça musical: “AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA” (junto com Luis Carlos Goes, seu parceiro mais constante) Texto de Mauro Rasi, com direção de Jorge Fernando, que estréia em junho de 2002.
2002: Dirige e roteiriza o show “LUZ CHUVEIRO, AÇÃO!” , com os “Cantores de Chuveiro” profissionais liberais que paralelamente são cantores amadores e que fazem sucesso absoluto entre a terceira idade. O tema do show é a musica feita para o cinema nacional, desde o inicio do cinema falado até os dias de hoje.
2003: Estréia o espetáculo “ DUSSEK NA SUA “, show de humor e música, em varias versões (solo, trio e banda)
com versão também para empresas, chamada de DUSSEK EXPLICA
2003: Compõe a trilha sonora da peça musical: “OS PICARETAS” com direção de Gracindo Junior, Teatro Ipanema, Rio de Janeiro.
2003: participa das filmagens do longa-metragem : “BENS CONFISCADOS” , de Carlos Reinchenbach, com Beth Faria (produção dela) e grande elenco.
2003: participa das comemorações dos 100 anos de LAMARTINE BABO, no BNDES. A mídia começa a tratá-lo como alguém que entende de marchinhas de carnaval.
2004: Excursiona com os espetáculos DUSSEK NA SUA, DUSSEK EXPLICA e DUSSEK NO BAILE.
2004: participa das filmagens do media metragem “AMIGAS” onde protagoniza um alemão que se casa com uma prostituta brasileira. Direção de Alberto Salvá.
2004: participa das comemorações dos 100 anos de ARI BARROSO. No SESC Rio / Flamengo
2004: participa do projeto “ A ERA DOS FESTIVAIS” no CCBB (Rio e São Paulo) de Zuza Homem de Mello onde atua como cantor e entrevista personalidades de antigos festivais como Maria Alcina e Toni Tornado.
2005: organiza a pré-produção do novo CD de carreira, (seu ultimo lançamento foi o CD sobre o repertório de Carmen Miranda, descrito acima...) O Cd terá 50de inéditas, engraçadas e também românticas, dançantes e algumas regravações dos sucessos seus da década de 80, com novas roupagens.
Também em 2005, começa a trabalhar em um projeto proposto pelo ator Jorge Caetano, sobre musicas que falam de Copacabana. Dussek propõe escrever um musical contando a historia do bairro mais famoso do Brasil…Embora avançando nas pesquisas, o projeto é arquivado , depois de um ano de trabalho, por falta de verbas. Dussek jura retoma-lo mais tarde.
Em 2005 faz temporadas no elegante Bar Baretto, do Hotel Fasano, em São Paulo. Atua também em shows para empresas e entregas de prêmios, além de continuar com as viagens do show Dussek na Sua, versões solo e trio ( com a Copacabanda)
Em 2006, a novela Xica da Silva é relançada com grande sucesso no canal SBT.
Em 2006, participa das filmagens do longa metragem FEDERAL, de Eric de Castro ( Brasília, pólo de cinema) premiado em Sundance festival (EUA) como melhor roteiro, e onde Dussek faz o personagem “Beque”, o traficante vilão do filme e atua ao lado de Selton Melo, Carlos Alberto Ricelli, e do ator americano Michael Madsen ( Kill Bill, de Quentin Tarantino), com quem ele contracena em inglês.
Em 2006 participa do projeto da Sarau produções para os 80 anos do prédio do Centro Cultural banco do Brasil ( CCBB) com show especial sobre musicas que falam do centro do Rio de Janeiro. Acompanhado pela Copacabanda.
Entre 2006 e 2007 volta a compor para trilhas de novelas, gravando “A GULA” (especialmente composta com Luis Carlos Góes para a novela “Os sete pecados” de Jorge Fernando) e “Tamanho não é documento” ( de Lamartine Babo) da novela Desejo Proibido.
Em fevereiro de 2006, participa do Concurso de Marchinhas de Carnaval da Fundição Progresso e do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão. Sua musica fica classificada em terceiro lugar, entre 600 concorrentes. Trata-se de uma homenagem ao cirurgião plástico Ivo Pitanguy.
Por essa época, começa a ser frequentemente chamado para fazer pequenas participações em programas da TV Globo, a saber: as novelas: A Lua me disse, de Miguel Falabella, onde faz um dos namorados de sua talentosa amiga Arlete Salles, a estrela da novela; a comedia novelística Bang-Bang, onde interpreta um conde gay alemão pretendente de Fernanda Lima, a mocinha da trama, alem de pequenas participações em humorísticos como “Sob Nova direção” com Heloisa Perissé e Ingrid Guimarães, e Toma Lá da cá” de Miguel falabella e Maria Carmen Barbosa.
Em março de 2006 estréia o show “DUSSEK DE QUINTA” sempre às quintas feiras, no Bar do Tom / Leblon - Rio de Janeiro. O projeto, com formato de espetáculo de cabaré, bolado por ele a convite do amigo Alberico Campana, é um musical bem teatral, que inclui textos (a maioria de DUSSEK, mas com colaborações de Valério Wizz e Luis Carlos Góes) e também musicas de humor rasgado; e foi originariamente programado para ficar apenas um mês em cartaz, mas avança por 2007 e 2008, viajando pelo Brasil, deixando o local original de seu lançamento para ocupar espaços intimistas de até 300 lugares, sempre com muito sucesso e consolidando junto ao publico a imagem de Dussek como “show-man” . A alta sociedade começa a freqüentar seu show, danço um status para o Bar do Tom que o lugar não via desde os tempos em que fora uma churrascaria famosa, freqüentada pelas altas rodas, chamada Plataforma. Dussek debocha da falta de estrutura evidente do lugar, dizendo que acabou sua carreira como “cantor de churrascaria”. A imprensa adora. Alberico aplaude, de bom humor, já que a casa só lota com o artista por lá. Até Pitanguy vai assisti-lo com a família, mas o lugar fica a cada dia pior e o nosso artista, depois de um ano e meio em cartaz, desiste de se apresentar por lá.
Participa dos concursos de Marchinha de Carnaval subseqüentes ( 2007 e 2008) e, embora sempre classificado entre as dez finalistas, Dussek não ganha premio nenhum. Em 2007, com TAPA NA PANTERA, uma alusão à um vídeo da atriz Maria Alice vergueiro, sucesso no site U- tube da Internet, o júri fica com medo de estar fazendo propaganda de tóxicos ( o que não era verdade no enredo da marchinha) e em 2008, com ÍNDIO LOURO COM PINTA DE NEGÃO, ( ambas de sua autoria) , ele também não fica entre as vencedoras, embora, como já se disse, a musica tenha sido classificada entre as dez finalistas.
NO final de 2006, recebe um inusitado convite da Prefeitura do Rio de janeiro, através da secretaria de Eventos, Ana Maria Maia, irmã de Cezar maia, o prefeito, para comandar o show da virada na Praia de Copacabana. O show, com textos cronometrados de Dussek, acompanhamento da Copacabanda e de uma orquestra, é transmitido por um sistema de som precaríssimo por toda a praia. Quem presenciou, gostou. A mídia, no entanto, ignora o evento, dando mais importância ao show de uma banda estrangeira em Ipanema, patrocinada por uma importante marca de tênis. Dussek comemora seu aniversário recebendo convidados com champanhe, em uma tenda em exclusiva em pleno calçadão.
Também no final de 2006, ele é convidado por Rosa Maria Araújo (pesquisadora e presidente do museu da Imagem e do Som) e Sergio Cabral (jornalista, escritor e pesquisador) para estrelar, junto com Soraya Ravenle, o musical Sassaricando, e o Rio inventou a Marchinha, com estréia prevista para fevereiro no espaço Sesc Ginástico. Previsto para ficar dois meses em cartaz, o espetáculo faz tanto sucesso, levantando a auto-estima depauperada do povo carioca, que acaba ficando todo o ano de 2007 em cartaz, fazendo Dussek alterná-lo com o show Dussek de quinta. Sassaricando fica em cartaz também no teatro João Caetano e em seguida para o Centro Cultural Veneza, e ainda aportando finalmente, no teatro Carlos Gomes, já em 2008 ( todos os espaços no Rio de Janeiro) . Em 2007, o musical também é apresentado em Curitiba (março), São Paulo (julho), Niterói (agosto ) e Brasília ( setembro). Também é feita itinerância ( no ano seguinte) por varias capitais brasileiras, entre elas: Porto Alegre, Vitória, Salvador, Curitiba, Belém, Manaus, Recife e Belo Horizonte.
(Maio, junho e julho de 2008) Todas com grande sucesso de publico e critica, mesmo sendo um musical eminentemente carioca.
Em finais de 2007, Dussek é convidado para viver um personagem dos contos de fadas, o Barão de Munchausen, em 50 capítulos de uma temporada do seriado O Sitio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato, em esmerada produção de Alexandre Guimarães para a rede GLOBO DE TELEVISÃO.
Em janeiro de 2008, participa, a convite de Hermínio Belo de Carvalho, da excursão comemorativa dos 30 anos do projeto Pixinguinha, viajando com a Copacabanda e tendo ao lado a banda Babilak Bah. É dirigido por Luis Felipe de Lima, também diretor musical do Sassaricando. Os shows acontecem no Rio, em São Paulo, Porto Alegre, Vitória, e Florianópolis.
Também em Janeiro de 2008, no dia de ano novo, o Jornal O GLOBO traz reportagem de capa (SEGUNDO CADERNO) assinalando os 50 anos de EDUARDO DUSSEK, com fatos e fotos antigas e atuais, com o seguinte titulo: “Eduardo Dussek: Cinqüenta anos de Sassarico!!!!”
Além do Eduardo Dusek, ainda teremos a Banda Vix e a Batera da Escola de Samba Imperatriz do Forte. Acontecerá o Concurso da Rainha dos Artistas e do Príncipe Consorte.
Os ingressos já encontram-se a venda para associados e associadas do SATED-ES no valor de R$ 15,00 (quinze reais), para os demais o ingresso é R$ 30,00 (trinta reais).
O Baile acontecerá neste sábado (15/02/2014), na sede social do Clube Álvares Cabral, as 22h00. Maiores informações com a produção do Baile pelo telefone: (27) 9 8805-0859.
E para aqueles que não conhecem o cantor, segue uma música que combina bem com a festa:
Um comentário:
Olá. gostaria de saber exatamente o nome do cd de marchinhas de carnaval da pesquisa que Eduardo fez para uma peça.
tomei conhecimento do trabalho no Programa do Jô. Não consigo comprar o cd.
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