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terça-feira, 14 de outubro de 2008

4ª Edição do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória – Dia 02

Hoje (14/10/2008) continua o Festival. Esqueci de agradecer a Loureta Samora, Assessora de Comunicação da Prefeitura Municipal de Vitória pelos releases do Festival e sinopses das peças que estão acontecendo.

Agora, vamos a programação do segundo dia do festival. Hoje, as 17:00, na Escola de Teatro e Dança Fafi acontecerá a apresentação da farsa “Miséria Servidor de Dois Entancieiros”, do Oigalê Cooperativa de Artistas Teatrais, do Rio Grande do Sul. Depois, as 19:00, também na Fafi estréia “Os Cenci”, baseado na obra de Gonçalves Dias, com direção geral de Fernando Marques, ao mesmo tempo, no Teatro do Sesi estará sendo encenada a Leitura Musical “Amor, Vida e Bossa Nova”, com direção de César Huapaya. Já no final da programação, as 20:00, as pessoas que não tiveram oportunidade de assistir ontem, poderão ver “Gota D’Água”, espetáculo escrito por Chico Buarque e Paulo Pontes, com direção geral de João Fonseca e as 21:00, apresentam-se no Teatro da UFES, O Grupo Tapa, de São Paulo, com "Amargo Siciliano", de Luigi Pirandello, com direção de Eduardo Tolendino de Araújo e Sandra Corvelone.

A distribuição dos ingressos se inicia as 13:00, nas bilheterias dos teatro Carlos Gomes, Sesi e Teatro da UFES, no caso da Fafi, procurar a secretaria, para melhores informações. Segue abaixo as sinopses:

Peça: Miséria Servidor de Dois Estancieiros

4147706 Oigalê Cooperativa de Artistas Teatrais/RS

Dia: 14 de outubro, às 17h

Local: Escola de Teatro e Dança FAFI

Duração: 1h

Dia: 16 de outubro, às 19h30

Local: Espaço Circuito Cultural – São Pedro

Sinopse

“Miséria Servidor de Dois Estancieiros” é uma farsa gaudéria livremente adaptada do clássico da commedia dell’arte “Arlequim, Servidor de Dois Amos” de Carlo Goldoni. É continuidade da saga de Miséria, nosso personagem anti-herói, que depois de não conseguir entrar nem no céu e nem no inferno, fica vagando pelo Pampa. Decide vir para a cidade grande trabalhar para dois patrões, sem que eles saibam.

Ficha técnica

Dramaturgia: Carlo Goldoni. Adaptação: Hamilton Leite e Juliana Kersting. Direção: Hamilton Leite. Preparação de ator: Claudia Sachs. Trilha sonora e Preparação Musical: Matheus Mapa e Simone Rasslan. Figurinos: Alexandre Silva. Cenografia: Paulo Balardim. Cenotecnia: Daniel Fetter e Paulo Balardim. Adereços: Juliano Rossi e Rafael Dal’Osto. Arte gráfica: Vera Parenza

Elenco

Carla Costa, Fernando Pecoits, Giancarlo Carlomagno, Juliana Kersting, Paulo Brasil, Roberta Darkiewicz

Os Cenci

Sinopse

24733-004-E611B29ABeatriz Cenci é uma das obras de Gonçalves Dias. A peça trata de um caso ocorrido em Roma no século XVI, onde viveu D. Francisco Cenci, casado pela segunda vez com Lucrecia Petroni e pai de Beatriz, fruto de seu primeiro casamento. Autor de muitos crimes, de cujas punições sempre escapou em função de sua fortuna e de sua influencia, o homem apaixonou-se pela filha, tomando-a a força. Tal fato levou a moça e sua madrasta à vingança e assassinato do senhor Cenci. A igreja que nunca fora capaz de punir as atrocidades cometidas por D. Francisco, não foi tão clemente com D. Lucrecia e Beatriz, condenando-as à morte.

Elenco

Eldon Gramlich, Flávio André Silva, Ingrid Carrafa, Mayra Alarcón, Sara Lima, Taís Duque, Valéria Nogueira e Vinícius Duarte.

Ficha técnica

Dramaturgia e direção geral – Fernando Marques

Direção de elenco – Carla van den Bergen, Fernando Marques e Margareth Galvão

Cenário e figurino – Francian flores

Confecção de máscaras – Daniel Boone

Iluminação – Carla van den Bergen

Produção – Lilian Menenguci e Roberto Ferrante

Leitura Musical – Amor, Vida e Bossa Nova/ES

vinicius-de-moraes Grupo de Teatro Experimental Capixaba

Dia: 14 de outubro, às 19h

Direção: César Huapaya

Local: Teatro do Sesi

Duração: 1h20

Sinopse

Amor, Vida e Bossa Nova é uma leitura musical sobre a Bossa Nova, baseado no texto “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes e na história dos personagens desse estilo musical. A paixão de Orfeu pela música e por Eurídice pontua toda a leitura musical. A primeira fase (1958-1963) é vista dentro do espírito dos anos dourados e a segunda fase (1964-1968) com o início da ditadura militar e da ação política de Eurídice entrando na luta armada e a Bossa Nova tornando-se regional com Baden Powell e Vinícius de Moraes.

Ficha técnica

Cantoras: Amélia Barreto e participação especial de Natércia Lopes. Músicos: Baixo - Paulo Sodré. Piano - Bruno Venturim. Bateria - Mário Ruy. Violão - Zé Moreira. Direção musical: Paulo Sodré. Iluminação: César Huapaya e Tatiane Benevides. Operação de luz: Tatiane Benevides. Operação de som: Julio Huapaya. Operação de vídeo, imagens e edição: Priscilla Schimitt. Fotos e imagens II: Pupa Gatti. Figurino, espaço cênico e instalação: Ana Tereza Huapaya e Vera Colodetti. Pesquisa musical: Julio Huapaya. Instalação: Ana Tereza Huapaya, Vera Colodetti, Priscilla Schimitt e César Huapaya. Cabelos e caracterização: Terezinha Haute Coiffeur. Direção de produção: Rose Andrade e Julio Huapaya

Elenco

Eliezer Almeida, Carlos Roberto Claudino, Rosi Andrade

Peça: Gota d'Água

gota-cartaz Primeira Página Produções/RJ

Dias: 13 e 14 de outubro, às 20h

Local: Theatro Carlos Gomes

Duração: 2h40

Sinopse

Peça inspirada na tragédia "Medéia" de Eurípedes. Em um conjunto residencial chamado Vila do Meio-Dia, localizado no subúrbio de uma grande cidade brasileira, mora Joana, uma mulher corajosa e batalhadora, abandonada pelo marido Jasão, que a trocou por uma menina muito mais jovem e rica. Jasão agora mora na casa do novo sogro Creonte e desfruta seu romance com a jovem Alma e o sucesso do seu samba Gota D’água, que toca em todas as rádios da cidade. A angústia e desespero de Joana, causados pela enorme dor da traição, evoluem ao longo da peça até culminarem no trágico final.

Ficha técnica

Texto: Chico Buarque e Paulo Pontes. Música: Chico Buarque. Direção geral: João Fonseca. Direção musical e músicas adicionais: Roberto Bürgel Cenário: Nello Marrese. Iluminação: Luiz Paulo Nenen. Figurino: Natália Lana. Projeto de sonorização: Branco. Coreografia: Édio Nunes. Preparação vocal: Pedro Lima. Programação visual: Mauro Ventura, André Castro e Chris Baroncini. Fotos: Paula Kossatz. Diretora assistente: Rafaela Amado. Coreógrafa assistente: Mareliz Rodrigues. Assistente de direção: Fabricio Belsoff. Assistente de direção musical: João Bittencourt. Diretor de cena: Dom. Camareira: Érida Ferreira. Operador de luz: Allan Imianowsky. Operador de som: Tiago Silva. Microfonista: Jansen Nunes. Assessoria de imprensa: UM+UM Assessoria e produção. Produção executiva e administração: Gabriela Mendonça. Equipe de produção Primeira Página: Paula Salles, Luciano Marcelo, Olavo Carneiro e Sabrina Abreu. Direção de Produção: Maria Siman. Realização 1ª Temporada: JLM Produções Artísticas e Pablo Sanábio. Realização: Izabella Bicalho e Primeira Página Produções Culturais.

Elenco

Izabella Bicalho, André Arteche, Thelmo Fernandes, Kelzy Ecard, Luca de Castro, Maíra Kestenberg, Renata Celidonio, Jorge Maya, Lorenzo Martin, Letícia Soares. Crianças: Yago Machado, Mariana Rebello, Andressa Toledo. Músicos: Piano - João Bittencourt e Rodrigo De Marsillac. Baixo - Ricardo Reston. Percussão - Júlio Braga. Bateria e Percussão - Roberto Kauffmann.

Peça: Amargo Siciliano

Grupo Tapa - São Paulo/SP

Dia: 14 de outubro, às 21hs

Local: Teatro Universitário - UFES

Duração: 1h30

Sinopse

Em Amargo Siciliano, o Grupo Tapa lança um olhar narrativo original sobre um conto e duas peças, apresentando um pequeno panorama da obra do emblemático autor italiano Luigi Pirandello, Prêmio Nobel de Literatura. Limões da Sicília é centrada no conflito entre dois mundos e dois tempos, e trata do reencontro de um músico de uma banda de vila do interior da Sicília e uma famosa e bem-sucedida cantora radicada no Norte. Andorinho e Andorinha, conto levado à cena em narrativa original, estabelece uma relação entre as outras duas peças. Em seu cerne, um casal estrangeiro que todo verão retorna a uma pequena comunidade nas montanhas, e as versões dos moradores locais acerca dessa suposta relação amorosa. Encerra a peça “O Dever de Médico”, obra peculiar que coloca em cheque princípios profissionais, morais e acadêmicos e acima de tudo expõe de maneira sucinta e brilhante toda a genialidade de Pirandello.

Ficha técnica

Direção: Eduardo Tolentino de Araújo e Sandra Corvelone. Figurinos: Lola Tolentino. Cenário: Flávio Tolezani. Desenho de luz: André Canto. Trilha sonora: Sidney Giovenazzi. Tradução “Limões da Sicília” e “O Dever de Médico”: Tony Giusti. Tradução “Andorinho e Andorinha”: Bruno Berlendis de Carvalho. Programação visual: Zé Henrique de Paula. Divulgação: Patricia Pichamone. Produção: Grupo Tapa.

Elenco

Fernão Lacerda, Francisco Eldo, Malú Bazán, Maria do Carmo Soares, Patrícia Pichamone, Tony Giusti, Zé Henrique de Paula.

MERA AVALIAÇÃO

Se alguém tiver paciência de ler até aqui, vamos a uma breve avaliação do que consegui assistir hoje. "Amor, Vida e Bossa Nova", do Grupo de Teatro Experimental Capixaba. Quando li a proposta Leitura Musical, imaginei que seria algo um pouco diferente do que vi, mas não foi... A cantora possui uma voz afinadíssima e linda. Suas interpretações das músicas de Vínicius de Moraes foram fantásticas e bem acompanhadas pelos quarteto musical composto pelo baixo de Paulo Sodré, piano/teclado com Bruno Venturim, bateria com Mário Ruy e violão com Zé Moreira. Indo a proposta da leitura, quando você fala do texto Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes, espera de alguma forma uma certa fidelidade ao texto do autor, mas o que vemos é algo diferente. Trechos do texto aparecem durante uma leitura da história sobre a Bossa Nova. Meio maçante e cansativo, eles contam como Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Baden Powell, Johnny Alf, João Gilberto, Roberto Menescal e muitos outros conseguiram construir um estilo de música que até hoje ainda faz sucesso. Só que a tentativa de atuação com texto em mãos, fez com que ficasse uma leitura fraca e defeituosa. Antes tivessem mantido a proposta de uma leitura dramática, com uma cantora em cena, do que colocassem como uma leitura musical, onde somente existe uma cantora, com algumas participações dos atores em um coro ou somente em uma música.
Mais triste foi no ínicio da apresentação da peça, o erro do apresentador e ele ser interrompido pelas pessoas que se encontravam na sala de som, gritando ao público o erro cometido, já que a procução do festival errou novamente ao não colocar o nome do diretor geral do trabalho, César Huapaya.
Depois fui convidado pela minha amiga, a atriz Léia Rodrigues, a assistir "Amargo Sicilano", com o Grupo Tapa, quando me vi barrado, porque não havia ingresso. Dessa forma, fui colocado junto com outras oito pessoas, encostado numa parede, para depois ser posto para dentro do espetáculo, sendo que um dos membros da produção estava com quatro deles dentro do bolso, reservado a alguém, que não havia aparecido ainda. A promessa era que, eu mais os outros oito seríamos postos para dentro. A parte humilhante era que, precisávamos ficar encostados numa parede, como se fossemos condenados a pena de morte ou algo parecido. Antes eu não tivesse aceitado o convite.

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