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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Projeto Palco Giratório SESC 2008

Nesse final de semana o Projeto Palco Giratório SESC chega ao Theatro Carlos Gomes com o espetáculo Amor & Loucura. Segue abaixo o release enviado a mim pelo SESC/ES Cultura (Obrigado Poliana!):
Dando início a temporada de 2008 do Projeto Palco Giratório Sesc, sobe ao palco do Theatro Carlos Gomes, no próximo dia 26 (sábado), com o espetáculo Amor & Loucura. Esta é a primeira etapa do projeto que vai trazer ao Estado, ainda este ano, mais três apresentações.
Foi com base na instigante tentativa de explicar os mistérios do amor, que o Grupo A Roda ancorou sua pesquisa para desenvolver o espetáculo "Amor & Loucura". A partir de argumento de origem mitológica recantado pela escritora renascentista Louise Labé ( em "Debat de folie et d"Amour") por La Fontaine, dentre muitos outros, o espetáculo recorre mais uma vez ao imaginário popular para falar do encontro do amor e da loucura e como essas figuras nunca mais se separaram.
Munidos de luvas, os atores-manipuladores vestem preto e trabalham sobre uma estrutura circular que faz alusão ao universo. A concepção do Grupo A Roda imprime ao tema, elementos fantásticos apoiados pelo lirismo e pela magia dos bonecos, fazendo a fronteira entre o real e o imaginário.

FICHA TÉCNICA
Montagem: Companhia A Roda de teatro de bonecos
Direção: Olga Gómez
Texto (poemas): Myriam Fraga
Elenco (manipuladores): Fábio Pinheiro, Marcus Sampaio e Stella Carrozo
Técnica utilizada: manipulação de bonecos
Duração: 1h10min
Censura: Livre
SERVIÇO:
Palco Giratório Sesc
Amor & Loucura, Grupo A Roda (BA)
Dia: 26 de abril de 2008
Local: Theatro Carlos Gomes
Horário: 20:00 horas
Entrada gratuita e distribuição dos ingressos no dia da apresentação a partir das 14 horas, na bilheteria do teatro.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Toalete, de Walcyr Carrasco

Nos dias 25, 26 e 27 de Abril, o Teatro do Sesi terá em seu palco um elenco "global", sob direção da conceituada Cininha de Paula, numa comédia de Walcyr Carrasco, intitulada "Toalete". A Cajú Produções e a Mesa2 Produções, junto com o Sesi nos trazem o universo feminino retratado de forma bem cômica. Segue abaixo o release enviado pela Cajú Produções (obrigado pessoal!):



Está chegando em Vitória.

PEÇA DE WALCYR CARRASCO, TOALETE CHEGA AOS PALCOS DO SESI, JARDIM DA PENHA, SOMENTE NOS DIAS 25, 26 E 27 DE ABRIL.

Depois de ser vista por mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Nordeste, texto de Walcyr Carrasco com direção de Cininha de Paula chega ao palco do Teatro do SESI em Vitória. A comédia é um raio-x do universo feminino com seus conflitos, devaneios, angústias, felicidades e intimidades, e traz no elenco as atrizes Alexandra Richter (que vive oito personagens) e Vera Mancini, entre outras.
O espetáculo foi indicado ao Prêmio Contigo! de Teatro nas categorias Melhor Espetáculo de Comédia e Melhor Texto e a atriz Suzana Pires foi indicada ao Prêmio Qualidade Brasil como Melhor atriz de comédia por sua atuação em Toalete.
Unanimidade entre os homens, a curiosidade no que se passa no banheiro feminino e o porquê das mulheres demorarem tanto lá dentro é alvo de muitas especulações. Tirando proveito desse mote, o autor Walcyr Carrasco escreveu TOALETE, que se apresenta Vitória nos dias 25, 26 e 27 de abril, sexta e sábado às 21h e no domingo às 19h, no Teatro do SESI. O ponto de partida da comédia, que tem direção de Cininha de Paula, é um dia no banheiro feminino de um hotel de luxo, que recebe, ao longo do dia, hóspedes, participantes de uma convenção, o pessoal do happy hour, executivas, prostitutas, empresárias e uma gama de personagens com histórias diferentes, contadas por meio de dez pequenas cenas. Em 2007 e 2008, a peça fez 200 apresentações e foi vista por, aproximadamente, 100 mil pessoas.
As atrizes Alexandra Richter, Vera Mancini, Cynthia Falabella, Suzana Pires e Antoniela Canto, além do ator Renato Wiemer, dão vida aos personagens de Walcyr Carrasco. No sábado, dia 26 de abril, a atriz Márcia Cabrita, que acaba de sair do elenco do espetáculo, volta para fazer uma participação especial e exclusiva para Vitória. Com cenários e figurinos de Cláudio Tovar, o espetáculo possibilita ao espectador a sensação de observar pelo buraco da fechadura os conflitos íntimos de cada uma das personagens que transitam pelo banheiro, tornando-se cúmplice de toda a história.
Walcyr conta que para escrever TOALETE fez uma grande pesquisa com amigas. “Garimpei histórias, informações e comportamentos. Só depois parti para a criação do texto, sempre com meu olhar crítico”, explica o autor, que jura que as histórias são reais. “Só não posso dizer os nomes, porque seria trucidado. Mas são tantas situações, algumas mais ousadas, outras menos, que muitas mulheres vão se reconhecer no palco.”

Comédia retrata comportamento atual
O elo de ligação entre as dez cenas é Dagmar (Vera Mancini), a senhora protestante que passa o dia sentada junto à pia oferecendo comprimidos, absorventes íntimos, balas, lenços de papel e desodorante para as mulheres que passam pelo banheiro do hotel. Dagmar vê as personagens revelarem suas questões e suas intimidades nas histórias que acontecem nesse toalete e que, de maneira provocadora e às vezes trágica, retratam o comportamento da sociedade atual.
Para Vera Mancini, Dagmar é apenas uma espectadora inocente na contramão das personagens do espetáculo. “No meio de tantas loucas que desfilam pelo banheiro, ela até conversa com Deus”, diverte-se a atriz. Já Márcia Cabrita, que interpreta oito mulheres diferentes, afirma se identificar, em alguns momentos, com certas personagens. “Quem já não foi ao banheiro fazer uma fofoca ou contar um segredo a uma amiga?”, pergunta a atriz.

Visão feminina na direção
A diretora Cininha de Paula conheceu Walcyr Carrasco durante as gravações de O Sítio do Pica-Pau Amarelo (TV Globo). “Foi uma amizade instantânea. Até parecia que nos conhecíamos há muito tempo”, conta Cininha. O convite para dirigir o espetáculo foi uma conseqüência, pois Walcyr queria alguém com uma vivência feminina e enxergou em Cininha a diretora ideal. “Tenho total confiança de que, como mulher, ela soube acrescentar muita coisa ao espetáculo”, diz o autor.
Para Cininha é no banheiro que as mulheres se confidenciam e liberam seu pensamento intenso. “O toalete feminino é um local onde a mulher cria uma rápida intimidade, se desvenda, fala da sua vida, dos homens e de sexo com uma liberdade absoluta”, acredita a diretora. Walcyr Carrasco afirma que atualmente sabe mais sobre o universo feminino, pois se aprofundou nas questões da mulher de hoje. “Descobri o lado divertido dos encontros das mulheres nos toaletes”, brinca ele.
A direção optou por uma visão na qual prevalece o lado forte das mulheres, que muitas vezes é negado. “As mulheres bancam de mocinha, com delicadeza e fragilidade, mas no banheiro fazem muitas revelações, mostram sua intimidade, não se contentam com uma posição passiva diante da vida e são capazes de discutir os homens com absoluta franqueza”, explica Cininha.


Sobre Walcyr Carrasco
Walcyr Carrasco é autor de livros, peças teatrais e novelas de televisão. Começou sua carreira como jornalista trabalhando nos principais veículos da imprensa. A estréia como autor se deu no teatro, com a peça Batom (que consagrou a atriz Ana Paula Arósio). Ainda em teatro, ganhou o prêmio Mambembe de melhor espetáculo Infanto-Juvenil, e o prêmio Shell, pela peça Êxtase. Suas novelas de televisão, como Alma Gêmea, Chocolate com Pimenta, O Cravo e a Rosa e Xica da Silva foram sucesso de público e crítica, e também detentoras de vários prêmios. Em literatura, possui a menção de “Altamente Recomendável” da Fundação Nacional do Livro pela sua tradução e adaptação de Os Miseráveis, de Victor Hugo, e de A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas. Já teve quatro obras selecionadas pelo Ministério da Educação para participação do Programa Nacional do Livro no Brasil, de distribuição em bibliotecas públicas e escolas, tendo alcançado, no conjunto, a marca de mais de três milhões de livros vendidos. Seu estilo bem-humorado, não só nas comédias teatrais, revela-se também nas crônicas que escreve quinzenalmente há quatorze anos para a revista Veja São Paulo. As crônicas têm sucesso absoluto e já foram reunidas em livros por duas vezes, participam de várias antologias e são constantemente usadas como material de apoio didático tanto em escolas como em universidades. Atualmente é autor da telenovela das 19h, Sete Pecados, sua primeira novela contemporânea.

Para roteiro:
TOALETE – Dias 25, 26 e 27 de abril, sexta e sábado às 21h e domingo às 19h, no Teatro do SESI.
Direção – Cininha de Paula.
Texto – Walcyr Carrasco.
Elenco – Alexandra Richter, Vera Mancini, Cynthia Falabella, Suzana Pires, Antoniela Canto e Renato Wiemer. Participação especial no dia 26/04: Márcia Cabrita.
Cenários e Figurinos – Cláudio Tovar.
Iluminação – Paulo César Medeiros.
Trilha Sonora – Marcelo Neves.
Direção de Movimento – Marcelle Sampaio.
Visagismo – Robson Lodo.
Assistente de Direção – Claudia Ricart.
Direção de Produção – Roberto Monteiro e Fernando Cardoso.
Duração – 90 minutos.

Recomendado para maiores de 14 anos.

ÚNICAS APRESENTAÇÕES.

TEATRO do SESI – ENDEREÇO: Rua Tupinambás, 240 – Jardim da Penha.
Telefone: (27) 3334-7300.
Capacidade – 300 lugares.
Ingressos – R$ 50,00 e meia entrada conforme legislação.
Bilheteria – Vendas de 18 a 27 de abril, a partir das 14h.

Sessões fechadas ou grupos: Aceita somente dinheiro.

Produção Local
Caju Produções
Tânia Silva
27 3227 4484 / 9963 5652
cajuproducoes@terra.com.br

Produção Executiva e Administração
MESA2 PRODUÇÕES
José Maria
tel. (11) 3334-1358/ 9172-4956

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Bibloteca Virtual - Domínio Público.com.BR

É interessante como o crescimento digital anda. Antigamente, internet servia para as pessoas enviarem mensagens ou mesmo bater papo em salas especializadas, hoje podemos assistir televisão, uma peça de teatro, ouvir rádio ou mesmo ler um bom livro. Numa proposta de disponibilizar a todos os brasileiros que desejam ou têm acesso a internet, o Governo Federal criou o site Domínio Público, onde os mais diversos livros são encontrados para pesquisa, estudo e entretenimento de quem quiser acessá-lo. O legal é que, se não estiver afim de ler pela internet, pode baixar o livro e lê-lo mais tarde. No portal, pelas palavras do Ministro de Estado da Educação, o Sr. Fernando Haddad, é mencionada a missão do site: "(...)propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral". A Biblioteca existe desde 2004, quando começou com 500 obras, hoje ela possui um enorme acervo de imagens, sons, textos e vídeos. No acervo de texto possui 22 obras do escritor William Shakespeare, a obra - quase - completa de Machado de Assis (tem no total 323 itens, mas muitos livros repetidos), vários poemas de Fernando Pessoa, textos de Qorpo Santo e A Divina Comédia, de Dante Alighieri, dentre vários outros itens.
Meu conhecimento parco da existência do site é uma falta que tenho comigo mesmo, mas graças ao meu caríssimo amigo Gleison Dutra, eu o conheci e peço que tenham o mesmo prazer de conhecê-lo e boa leitura!

terça-feira, 8 de abril de 2008

SATED x DRT

Bem, já que o assunto foi mencionado no Opiniões Cênicas, vamos falar sobre um dos assuntos mais discutidos do SATED-ES: A avaliação para a retirada de Registro de ator no estado, ou melhor, o DRT. Em pesquisa pela internet descobri que dentro os estados que nos rodeiam, aparentemente, só o Estado de Minas Gerais possui o mesmo processo do Espírito Santo, ou melhor, dividido em quatro etapas: entrega de documentos, prova escrita, prova prática e registro, sendo que na entrega de documentos você paga uma taxa referente sua inscrição e no momento do registro você paga outra taxa, além da taxa de sindicalização. Tá, Rio de Janeiro e São Paulo são os maiores pólos artísticos dentro do país, mas por que é tão dificil seguir o exemplo deles e fazer tudo em três etapas: entrega de documentos, avaliação da documentação e registro. Não que não ache necessário que um ator ou uma atriz (só estou falando do teatro, pois esta é a temática do blog) devam ter um conhecimento considerável sobre teatro, já que acredito que o mínimo de conhecimento é obrigatório para qualquer ator ou atriz, mas submetê-los a testes escritos e práticos, este segundo passando por uma banca que definirá se você é qualificado ou não, chega a ser humilhante e desnecessário. Tá, essa é minha opinião, que com certeza não é de todos, mas se entramos no site do SATED da Bahia, vemos que o mesmo processo é tomado por eles, apenas três etapas, também no Rio Grande do Sul e no Ceará.
Um ator/atriz, acredito eu, deve mostrar sua qualidade no palco, atuando e fazendo o seu público acreditar no que ele está querendo passar com sua interpretação. O Sindicato deveria dedicar seus esforços em tentar defender os direitos de sua classe de artistas e não submetê-los a testes que eles poderiam estar mostrando no palco, dentro ou fora do estado, profissionais ou amadores. O SATED-ES tem procurado um crescimento, tem até uma Assessoria Jurídica funcionando e procuram se estabelecer num local próprio, mas deveria se enriquecer de artistas e facilitar o registro destes. É complicado ficar fazendo comparações, mas em qualquer outro dos sites que acessarem, poderão ver como é o processo de cada um, diferente do Espírito Santo, que mal tem o piso salarial do ator. Para esclarecerem o que eu digo abaixo os direciono aos sites no qual falei:
Se quiserem, façam os comparativos de várias oportunidades e benefícios oferecidos por cada Sindicato, pois vale a pena reivindicarmos algo para a nossa classe. O mais interessante é ouvirmos que oportunidades, como um Festival do Sindicato, acontecia dentro do estado, mas deixou de existir.

domingo, 6 de abril de 2008

OFICINA DE LEITURA DRAMÁTICA NA ESCOLA DE TEATRO E DANÇA FAFI EM PARCERIA COM O SESC

A Fafi e o SESC montam mais um colaboração, com uma Oficina de Leitura Dramática cuja temática será Machado de Assis. Segue abaixo o que o Coordenador de Teatro da escola, Wilson Coelho, divulguou no Grupo Opiniões Cênicas (ainda bem que faço parte do grupo, senão não teria como divulgar!):


OFICINA DE LEITURA DRAMÁTICA NA ESCOLA DE TEATRO E DANÇA FAFI EM PARCERIA COM O SESC

DATAS: 12 de abril (sábado, de 14 as 18:00 horas) e 13 de abril (domingo, de 08 as 12:00 e de 14 às 18:00 horas)

LOCAL: Escola de Teatro e Dança da FAFI

TEMA DA OFICINA: "DE GALERIA EM GALERIA: O FLANÈUR NA DRAMATURGIA DE
MACHADO DE ASSIS"

INSCRIÇÕES (GRATUITAS): de 07 a 11 de Abril

NÚMERO DE VAGAS: 30 (15 para alunos da FAFI e 15 para a comunidade)

CRITÉRIOS DE INSCRIÇÃO: experientes e/ou estudantes de teatro e áreas de interesse como letras, educação artística e arte-educação.

Maiores informações: 3381.6921 (Coordenação de Eventos da FAFI) e
wilsoncoelho@gmail.com

Wilson Coêlho

Por que Machado de Assis?

Um pouco porque neste ano se comemora o centenário de sua morte. Mas isso não passa de um pretexto para que possamos colocar em evidência um fato praticamente desconhecido do grande público, ou seja, o de sua grande contribuição para com a dramaturgia no Brasil. De sua autoria, como dramaturgo, temos: "Queda que as mulheres têm para os tolos" (1861), "Hoje avental, amanhã luva" (1861) "Desencantos" (1861), "O caminho da porta" (1862), "O protocolo" (1862), "Quase ministro" (1863), " Os deuses da casaca" (1865), "Tu, só tu, puro amor" (1881), "Teatro coligido" (incluindo "Não consultes médico" e "Lições de botânica") (1910), sem esquecer da genial "Idéias de canário" que não me lembro a data. Também cabe ressaltar sua carreira de crítico teatral, cujos textos foram publicados no periódico "O Espelho", iniciado em 1858 e que se estendeu por mais de duas décadas. Ainda, no ano de 1862, cumpriu o papel de censor teatral do governo. No mais, a obra literária machadiana é mesclada de gêneros, onde o jogo teatral permeia toda a sua produção, pela estrutura de sua composição e pela caracterização dos personagens em suas narrativas. No que diz respeito à Escola de Teatro e Dança FAFI, temos ainda outros motivos para tal empreitada. O primeiro é que, dentro de nossa grade curricular, o 2º ano do curso de qualificação profissional em teatro deve montar uma peça do século XIX. Segundo, estamos oferecendo como disciplina optativa para o curso uma oficina de Dramaturgia. Neste sentido, a idéia é que, após as leituras dramatizadas da obra teatral de Machado de Assis, os alunos – orientados e em parceria com os professores – se exercitem para um diálogo entre a criação dramática e literária deste autor, visando a construção de um novo texto. Por terceiro, ainda estamos oferecendo outra optativa no curso, chamada "Crítica Teatral", que é a possibilidade de análise de toda esta construção, permeada com experiências e vivenciações de outros espetáculos. Dos três motivos, redundaremos na montagem de um espetáculo fruto deste projeto que se desdobrará ao longo do ano de 2008. Ademais, temos ainda previsto duas palestras e debates com convidados para explorar o tema machadiano, a saber, os convidados são o poeta e artista plástico francês Gilbert Chaudanne e o professor do mestrado em estudos literários da UFES Sérgio Amaral.

Wilson Coelho é Coordenador de Teatro da Escola de Teatro e Dança FAFI

DJALMA THÜRLER é ator, autor e Bacharel em Direção Teatral. Doutor em Letras, com área de concentração em Literatura Comparada e Indústria Cultural (UFF/2006), defendeu Tese sobre a "desauratização do ator contemporâneo". Mestre em Ciência da Arte (UFF/2000) é Professor do Curso de Artes Cênicas da EBA/UFRJ e do Curso de Teatro do CEFET/RJ-Maracanã. Tem experiência na área de Letras e Produção Cultural, com ênfase em Literatura Brasileira e Teatro, Sistemas de Comunicação, Artes, Cultura Brasileira e Indústria de Massa.
Apresentará uma oficina integrada intitulada "DE GALERIA EM GALERIA: O FLANÈUR NA DRAMATURGIA DE MACHADO DE ASSIS", tema de sua conferência no congresso internacional Machado de Assis y/en América Latina, a realizar-se em Cuba, em agosto de 2008, por ocasião do centenário de falecimento de Joaquim Maria Machado de Assis.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Teste para o espetáculo "O Pássaro Azul"

O Clã de Teatro abriu testes para a peça "O Pássaro Azul", de Maurice Maeterlinck, com direção de Leonardo Patrocínio. Os testes acontecerão neste domingo, dia 06/04/2008, as 09:00, no Centro Comunitário Eurico Salles, próximo ao Supermercados São José e Vitória Apart-Hospital. Eles buscam homens e/ou mulheres com a faixa etária de 18 a 30 anos. Os interessado devem comparecer ao local, indicado no mapa abaixo:

Desejo boa sorte a todos!

O espetáculo "O Pássaro Azul" esteve em cartaz no ano passado, no Teatro do Sesi, em Vitória - ES. Participou do Festival Nacional de Teatro da Cidade de Vitória, 3ª Edição, e este ano pretendem viajar pelo Espírito Santo apresentando o trabalho do grupo. O enredo: "Duas crianças, Tiltil e Mitil, viajam em diferentes tempos (passado, presente e futuro) e espaços com o objetivo de encontrar o pássaro azul. Nesta viagem - sonho, são redescobertos sentidos e significados do universo humano. Assim, o espetáculo convida crianças, jovens e adultos para um reencontro consigo e com as suas possibilidades de vir a ser." (retirado do site do Clã de Teatro).

A idéia de um grupo teatral, que mais tarde se chamaria Clã de Teatro, começou em 1998, na Escola de Teatro e Dança FAFI. Segue abaixo um histórico do grupo:

"A nossa formação não deve ser muito diferente de vários grupos. Algumas pessoas se conhecem num curso de Teatro e sob a tutela de um professor, decidem montar uma peça. Trocam referências, pontos de vista e aos poucos, encontram cada vez mais afinidades. Uns saem, outros entram, alguns retornam... E assim a peça é montada e seus integrantes percebem que podem ir além e produzir várias coisas juntos.
A história do Clã começou em 1998 na Escola de Teatro e Dança Fafi, em Vitória - ES, com a montagem do drama 'A Grande Estiagem'. A peça levou quase três anos para ficar pronta enfrentando diversos problemas como elenco, custos e tempo para ensaio: 'A própria peça era um reflexo da nossa situação, a história é cheia de dilemas', afirma Fabio Samora, Produtor do grupo e integrante desde a sua formação. Finalmente em 2002 estréia a peça 'A Grande Estiagem', de Isaac Goldim Filho com Gecimar Lima assumindo a direção.
Circulamos pelos principais teatros da Grande Vitória e do interior do estado como Castelo e São Mateus adquirindo, aos poucos, a maturidade que um grupo de Teatro precisa e foi a partir do V Festival Nacional de Teatro de Guaçuí, onde conquistamos diversos prêmios que encontramos a união e força necessárias para formar um grupo.
Um dos nossos objetivos é estimular uma política de grupos de Teatro, com repertório de peças, exercícios e pesquisas onde o ator é o centro do trabalho, mas cada detalhe do que está no palco tem um porquê e uma intenção.
Agora, baseados nas experiências cênicas e no aprimoramento através da pesquisa o antes 'Grupo do Pessoal da Grande Estiagem' procura o reconhecimento enquanto produtor cultural e artístico sustentado pelo nome Clã que significa '[...] organização de referência' (Miermont - 1994 p. 143), em uma outra leitura pode ser considerada 'união de comuns'".

1ª Mostra Unida de Teatro

Como eu já havia mencionado anteriormente, vamos "anunciar" a 1ª Mostra Unida de Teatro, que consiste em peças de conteúdo infantil, infanto-juvenil e adulta. A Mostra começa na sexta-feira (04/04/2008) e vai até o último domingo (27/04/2008) de abril. Segue abaixo o cromograma, com um breve release de cada peça (retirado do cartaz):
1ª SEMANA:

> 04/04 - 21:00 - Sexo, Drogas e Rock n' Roll = A história passa-se no final dos anos 50, quando uma turma de amigos projeta seus sonhos para o futuro no último dia de aula do "terceiro ano colegial". As meninas, fazendo conjecturas sobre o verdadeiro amor, esperam o seu "Sonho Dourado" entre suspiros e milk-shakes. Os meninos aliviam a fissura que a profusão dos hormônios causa nesta idade com muito "papo furado" sobre o que não fizeram de fato e em demorados banhos de chuveiros.

> 05 e 06/04 - 17:00 - Alladin = Um jovem muito malandrinho que se mete em muitas encrencas peas ruas de Agraba, com seu amiguinho Abu, um esperto macaquinho, Alladin conhece e salva a encantadora e belíssima princesa Jasmine que sonha encontrar o amor de sua vida, com quem possa se casar, mas um malvado feiticeiro com seu papagaio falante, vão atrapalhar esse romance, só que Alladin, depois de esfregar uma lâmapada mágica, encontra o Gênio mais maluco, engraçado e imprevisível.

> 05 e 06/04 - 20:00 - Por que eu? = Oito realidades que se interagem relatando as discriminações que os personagens sofrem pelos outros e por eles mesmos, formam a base deste espetáculo que surge para analisarmos nossos atos. São eles o deficiente, o drogado, o mendigo, a idosa, o negro, a lésbica, a política e a bêbada. Sozinhos ou em diálogos nos mostra realidades cruéis que devem ser analisadas.
2ª SEMANA:

> 11/04 - 20:00 - As Panteras a procura de um gato = A história de nove mulheres, da terceira idade, que vivem em uma comunidade criada por elas e para elas. Na ocasião, o bichinho de estimação da casa desaparece, criando situações hilárias e reveladoras entre as doces senhoras. Apimentadas pela presença de uma empregada que tem a função de cuidar da casa, mas que parece ser dona, disputando com as senhoras um lugar no coração das visitas que aparecem repentinamente.

> 12 e 13/04 - 17:00 - Assembléia Geral... De Quem? = Todos nós sabemos da fama dos vilões de nossos contos de fadas, mas não sabemos de fato qual o mais cruel desses temidos seres, nesse caso "As Vilãs", que estão em assembléia querendo mostrar quem é a mais poderosa... Ou será que é apenas uma reunião marcada para uma festinha particular? Durante a assembléia. um segredo será revelado e o final da história é hilariante, assim como o seu desenrolar.

> 13/04 - 20:00 - Sexo Frágil, que nada! = Uma comédia que reúne quatro fatos diferentes em quatro histórias com lugares e epócas diferentes, mas que o enredo é basicamente o mesmo: A disputa do poder no relacionamento Homem x Mulher. Onde a força e a brutalidade do sexo masculino são abaladas pela delicadeza e esperteza do sexo feminino.
3ª SEMANA:
> 18/04 - 21:00 - Sexo, Drogas e Rock n' Roll = (release acima)

> 19 e 20/04 - 17:00 - A Bela quase adormecida = Nesta adaptação de José Celso Cavalieri, A Bela Adormecida é um princesa que tenta concluir sua história, mas é atrapalhada por personagens de várias histórias, seu sono a cada momento é interrompido, mesmo recebendo ajuda de sua mãe, da fada, e da própria bruxa. A fantasia vai contagiar a todos, com alguns contratempos e personagens que arrancarão muitas risadas, num clima de paixão, deixando mensagens para a garotada.

> 19/04 - 20:00 - Sentimentos = Dúvidas, medo, curiosidades, insegurança, o que se passa na cabeça, no coração, de um pessoa que sente atração por outra do mesmo sexo, da infância a maturidade, sua aceitação pela sociedade e por si próprio. A fuga e a busca por Deus, do tímido ao escrachado. Acompanhado de um trilha sonora envolvente.

>20/04 - 20:00 - Sexo Frágil, que nada! = (release acima)
4ª SEMANA

>26 e 27/04 - 17:00 - O Impossível Namoro = Os palhaços Simpatia e Chorão caem do caminhão do circo e seguem a pé até o teatro, onde resolvem apresentar um de seus números: uma encenação teatral, Romeu, o pé-de-jacarandá, que vive na encosta de uma colina, se apaixona por Julieta, a motosserra. Porém, o pobre Romeu não sabe que a motosserra é uma exímia cortadora de árvores. Mas logo descobre a verdade e tem que se virar para não ser cortado pela malvada Julieta.

>25/04 - 21:00 e 26 e 27/04 - 20:00 - O Marido da minha mulher = Alex e Paulo são amigos inseparáveis, torcedores "roxo" do Flamengo. Alex porém morre ao tentar pular um fosso do estádio para bater no juiz. Caminho aberto então para Nico, um rapaz simpático, sócio do Alex numa firma de engenharia e que viv dando em cima da mulher. Com Alex morto, o caminho está livre, porém Alex ressurge como um espírito e força Paulo a conquistar Bruna para que ela não caia na conversa de Nico. Como isso acontecerá?
Bem, as peças teatrais estarão em cartaz no Teatro Galpão e os ingressos custarão R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Quem for assistir, boa mostra para vocês!










terça-feira, 1 de abril de 2008

SERÁ O FIM DA LEI ROUANET?

A cada dia que passa vejo o quão benéfico tem sido entrar para o Grupo Opiniões Cênicas. Uma das co-criadoras do grupo, Rosa Rasuck, enviou hoje um assunto muito polêmico, sobre a Lei Rouanet, que abranje todo o Brasil, com isso o Espírito Santo (lógico!). O site Cultura e Mercado publicou a matéria abaixo, no dia 31/03/2008, no seu site. É interessante vermos o "interesse" dos políticos de Brasília com o incentivo cultural no país. No site do MinC tem outra matéria, ou melhor, a matéria que saiu no Folha de São Paulo, em 29/03/2008 e a matéria que saiu no Jornal do Brasil, no dia 30/03/2008, leia aqui. Leia abaixo a matéria do Cultura e Mercado (obrigado, Rosa!):

O Estado contra a Lei Rouanet
31/03/2008 Julinho da Adelaide Sobrinho
Semana passada vimos publicar o mesmo artigo com duas versões, dois títulos e um só conteúdo. O primeiro, no Jornal do Brasil, retumbava: “O teatro não é inviável economicamente”. Seu autor, Celso Frateschi, presidente da Funarte.
O outro traz a assinatura conjunta deste com o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Juca Ferreira, e é publicado na Folha de S.Paulo sob o título "MinC palneja alternativa à Lei Rouanet". O motivo é a comemoração do dia do teatro.
Com as mãos abanando diante do caos vivido pela produção teatral, vieram a público colocar a culpa pelos desmandos à Lei Rouanet, da falta de público à diminuição das temporadas. Só faltaram pedir o pescoço dos governantes, diante do descaso do mecanismo governamental em relação às necessidades das artes cênicas brasileiras.
Quase nos fizeram acreditar que o problema da lei é a própria lei, como se tivesse pernas próprias e não dependesse de governo para seguir o caminho correto, ou desejável. Cinco anos de poder foram necessários para descobrir verdadeiros exus: empresas e produtores culturais que lucram com a lei. A pena para a doença, matar o doente. Em português claro: acabar com a lei.
Mas como pode a Lei Rouanet ter esse poder todo se ela é tão-somente um mecanismo de estímulo ao investimento privado? Convenhamos que qualquer julgo além do seu campo de atuação constitui mera (ir)responsabilidade interpretativa de quem escreve, ou simplesmente assina, o petardo. O que espanta é o próprio poder público incitar uma visão equivocada da lei. Com que objetivo?
Vale lembrar que o teatro, assim como todas as outras artes, está órfão de políticas públicas. O MinC optou, já em 2003, por extinguir as secretarias chamadas finalísticas (música/artes cênicas, patrimônio/museus, livro e leitura), dando prioridade apenas para o audiovisual. No lugar, ampliou o escopo do Ministério e passou a dar prioridade para questões como Tv pública, propriedade intelectual, cultura digital, diversidade cultural. Apostou na transversalidade em detrimento da política setorial.
Amplamente aplaudida e reconhecida no Brasil e no mundo, as políticas propostas por Gilberto Gil carecem ainda de ações programáticas que as sustentem. Sem uma política transversal consistente (e que vá além do discurso) corremos o risco de perder o velho e não ganhar o novo.
Como pode o artigo do MinC vociferar: “não devemos propor o novo sem entender o velho”, se ele próprio não consegue dar conta do maior e mais eficaz sistema de financiamento à cultura que o Brasil já teve?
A Lei Rouanet tem problemas, todos sabemos. Já eram sérios e graves em 2002. Com a inabilidade deste ministério em resolvê-los, a Lei transformou-se numa bomba-relógio, pronta para estourar nas mãos do ministro Gilberto Gil. Como não está disposto a aceitar o fardo, o MinC quer colocar o problema da lei no colo do “mercado”, das empresas que se promovem e lucram com a lei. Como se o MinC não fosse o único órgão responsável por seu destino e gestão.
A Lei Rouanet é acusada de causar distorções no mercado cultural desde aquela campanha presidencial. Artistas carentes foram ao Canecão pedir socorro a Lula, pois a cultura estava sendo privatizada. Desde então o MinC realizou uma série de viagens com todo o seu gabinete para os quatro cantos, prometendo mudanças e ouvindo o que já sabíamos. Três anos depois, decretou mudanças cosméticas, sem efeitos práticos.
O que os fogos de artifício escondem é que a causa de tais distorções não está na lei, mas sim na falta de políticas mais amplas, tanto para as artes quanto para o mercado, que quer e precisa crescer e exige um conjunto de ações mais adequadas ao empreendedorismo e ao lucro (sim, avisa lá que somos capitalistas).
Mas estamos longe de alcançar uma realidade em que o Ministério da Cultura comemore o crescimento e o sucesso econômico de empresas culturais, dando-lhes o suporte necessário para empregar gente, recolher impostos e ajudar a financiar a rica diversidade cultural do Brasil.
Um mecanismo de financiamento privado não pode ter a responsabilidade de compensar a falta do Estado, mais ausente do que nunca. Em termos de financiamento público, a própria Lei já abarca mecanismos de compensação, como o Fundo Nacional de Cultura, que sempre foi acusado de ser uma caixa-preta. Hoje continua na mesma situação, com um volume insuficiente de editais, que continuam sem transparência, geridos e definidos por grupos que sustentam o poder e a ideologia do MinC.
Parece haver um entrave ideológico a ser superado pelo MinC. A Lei foi criada com base num princípio liberal, de que a sociedade (incluindo o mercado) teria condições, por si, de regular a lei. Mas como pode a sociedade saber o que é bom para a sociedade, se existe um grupo de pessoas privilegiadas com esse dom supremo?
Então o Governo faz de tudo para exercer comando sobre os projetos, interferindo diretamente na comissão que os aprova, gerando burocracias para segurar o que não lhe convém e facilitar o que considera alinhado com a “atual política”. E faz de maneira inábil, truculenta. Mostra-se cada vez mais perdido com a situação, chegando a implementar e mudar diretrizes e procedimentos como quem troca de roupa.
O Estado foi incapaz de incorporar a Lei Rouanet como política pública, deixando-o ao prazer do mercado. A primeira reunião que o MinC fez com as empresas patrocinadoras foi em 2007. Ainda assim para cobrar, não para orientar, dar diretrizes, ou declarar uma política clara para o investimento privado. Isso é um contra-senso, já que a aplicabilidade da lei está intimamente ligada à ação das empresas.
Este governo trata a lei como um filho bastardo, fruto das andanças do Estado com o mercado. Não o reconhece como um potente instrumento de financiamento à cultura. E por não o acolher, age contra ele. E por ele é consumido, pois não consegue formular alternativas para o aniquilar, substituir ou complementar.
Por outro lado, a lei foi apropriada pelo mercado. Empresas a utilizam como estratégia de comunicação. Isso não é uma distorção em si, e não é um mal em si. É apenas conseqüência do abandono do mecanismo como ingrediente de política cultural que dialoga com o capitalismo em que está (indesejavelmente) inserido.
Vendo-se incapaz de atuar na lei pela via do diálogo, o MinC passou a criar um arsenal de regras e burocracias, desenvolvidas com o objetivo único de tornar o instrumento moroso e ineficaz. A estratégia é esvaziar a lei, como fez Celso Frateschi em sua gestão municipal em relação à Lei Mendonça. Repete a dose à frente da Funarte, responsável por conceder parecer técnico à Lei.
Como resultado disso, criou-se um mercado paralelo de aprovação de leis dentro do próprio ministério, que atuava (ou atua?) no sentido de quebrar os bloqueios criados por este governo. A ação resultou no final de 2007 na prisão de uma quadrilha pela Polícia Federal. Um tiro no pé.
O mercado agora prepara ofensiva. Vários movimentos estão se formando pelo Brasil afora em defesa dos direitos culturais e liberdade de expressão, consagrados por nossa Carta Magna e pela própria Lei 8.313/91. Aplacados pela censura e pela perseguição, os autores deste artigos protegem-se sob o codinome Julinho da Adelaida Sobrinho, um parente fictício de Julinho da Adelaide, heterônimo de Chico Buarque de Holanda, criado para fugir da censura dos tempos difíceis da ditadura, que insiste em nos rodear.