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quarta-feira, 9 de março de 2011

IV FACCI

Se eu tivesse conhecimento que há quatro anos Cachoeiro de Itapemirim/ES possuía um Festival de Artes Cênicas dedicado aos grupos teatrais da cidade, já teria divulgado há muito mais tempo. Mas antes tarde do que nunca!

FACCI Entre os dias 17 a 23 de março de 2011, o Teatro Rubem Braga sediará o IV FACCI (Festival de Arte Cênicas de Cachoeiro de Itapemirim), com espetáculo de teatro e dança de grupos da cidade. Serão setes dias de fomentação cultural-cênica com apoio da Lei de Incentivo Cultural “Rubem Braga”, da Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, da Rede Gazeta e da Grafband, sendo que é uma realização do ASTECA (Associação Teatral de Cachoeiro) e tem patrocínio da Unimed Sul Capixaba. Os trabalhos cênicos terão a maioria das apresentações as 19h30, com execeção de segunda-feira (21/03), que será apresentação do Grupo ELA de Teatro com a peça “A Menina do Cabelo Pixaim”, as 15h30, no Pátio da EMEB Zilma Coelho Pinto. Em todos os dias as entradas para apresentações serão gratuitas. Segue abaixo a programação, com algumas sinopses e fichas técnicas:

O IV FACCI – FESTIVAL DE ARTES CÊNICAS DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM, apresenta uma nova estrutura de espetáculos. Patrocinados pela Lei Rubem Braga 2010, os grupos integrantes da ASTECA puderam contar com uma verba para produzir seus cenários e figurinos, proporcionando, desta maneira, espetáculos mais elaborados tecnicamente, além da produção, pela primeira vez em Cachoeiro, de uma peça oficial da ASTECA: “O BURGUÊS RIDÍCULO”, demonstrando a profissionalização dos artistas cachoeirenses na montagem de um clássico do teatro mundial de Moliére."

Lucimar Costa - Produtor do Festival

PROGRAMAÇÃO:

17 de março – 19h30 – “O Burgês Ridículo”, de Moliére

Local: Teatro Rubem Braga

Direção: Carlos Ola

Elenco: Maria Ferreira, Carol Areias, Luiz Carlos Cardoso, Talita Miranda, Victor Coelho, Fernanda Camelo, Lucimar Costa, Eraldo Costa

Sinopse: O Grupo ASTECA monta pela primeira vez sua peça oficial mostrando a profissionalização dos artistas de Cachoeiro de Itapemirim com “O Burguês Ridículo”, de Moliére. Esse dramaturgo francês possui a fransa e a grande comédia como elemento de trabalho de suas peças e montagens. Os elementos estão todos ali, reunidos para contar histórias de uma sociedade que se liquefaz com a presença do burguês, personagem recorrente nas obeas deste dramaturgo. Observamos as estruturas cênicas muito bem distribuidas para contar uma história bem humorada de amor e ascensão social. Uma trupe de teatro dirigida pelo próprio autor da peça precisa apresentar uma encenação para o rei, mas a peça ainda não possui um final estruturado e a apresentação ocorre de forma ambivalente: atores e personagens se confundem em cena ao quererem realizar um evento para o entretenimento da corte. O burguês do titulo é quem conduz a narrativa, na busca impensada e ignorante de um poder imaginário e obsoleto. Tudo isso em meio a personagens românticos, divertidos, numa ótima discussão sobre quem manda e quem obedece, que seduz e quem deseja, numa peça onde a linha condutora é o bom humor e a vivacidade dos sentimentos farsescos e cômicos.

18 de março – 19h30 – “Emily”, de Wellington Lugon

Local: Teatro Rubem Braga

Direção: Lucimar Costa

Elenco: Maria Gonçalves

Sonoplastia: Luma Mara

Sinopse: O Grupo Sabiá de Teatro apresenta seu espetáculo oficial de 2011, baseado na história da poetisa Emily Elizabeth Dickinson, que nasceu em Amherst, Massachusetts (EUA) em 10 de dezembro de 1830, começou seus estudos numa escola local e, aos dezessete anos, matriculou-se em um colégio para moças, abandonando-o menos de um ano depois, alegando problemas de saúde. Após essa experiência, optou pela reclusão e foi então que começou a escrever. Emily morreu em 1886 praticamente desconhecida pelo público. Após seu falecimento, a família encontrou em seus pertences mais de 1750 poemas, escritos a partir de 1850 que só então foram publicados, transformando-a, assim, em um dos grandes nomes da lírica norte-americana do século XIX. Uma peça que fala da sensibilidade feminina, do amor e da solidão em que uma pessoa pode viver querendo ou por imposição da vida, onde muitas vezes tem apenas como válvula de escapes os poemas.

18 de março - 21h00 – Trilogia Artaud: “Bubões – O Teatro e a Peste”, de Antonin Artaud

Local: Porão do Teatro Rubem Braga

Direção: Luiz Carlos Cardoso

Elenco: Márcio Porto, Talita Miranda, Luiz Carlos Cardoso, Ana Paula Ventury

Músicas: Alessandra Biato e João de Paula Junior

Sinopse: O Grupo Anônimos de Teatro prossegue sua investigação corporal sob os argumentos de um teatro pós-dramático, sensitivo, numa pesquisa do sentido da cena onde a atuação com os elementos cênicos comunicam a um público e que traz o espectador para dentro da cena. “Bubões – O Teatro e a Peste” parte de uma vivência pessoal do artista/autor dessa performance com seu corpo corpo e seus estudos teóricos e práticos numa experimentação viva e vertiginosa, executa-se uma leitura de um texto significativo para esse “estar presente”.

19 de março – 19h30 – “Juízo Final”, de Tonny Campbell

Local: Teatro Rubem Braga

Direção: Renato Cordeiro

Elenco: Felipe Rosa, Tonny Campbell, Márcio Porto, Mara Lovatti, Dionatan Alves, Eraldo Costa, Anne Garcia

Sinopse: O espetáculo do Personalidades Cia. Teatral fala da história de cinco almas que acabaram de sair de seus corpos e estão em um purgatório a espera da definição de seus destinos. Uma esposa adúltera, um político corrupto, um médico negligente, um traficante e uma menor infratora são as almas que estão esperando seus respectivos julgamentos para serem setenciados. Os julgadores são Emmanuel, um anjo de coração bom e de virtudes aguçadas. Já Malaghorn é o anjo porta-voz do inferno que não vê bondade, não vê arrependimento em nada e em ninguém e quer arrebanhar todos para o seu departamento, o inferno. Na esperança deser contemplado com merecidas férias, Malaghorn fará de tudo para levar esses pecadores ao seu destino de sofrimento e horror no inferno. Eis que a batalha entre esses dois seres começa. Muita diversão, muita loucura e cenas que vão enlouquecer céu e inferno. Entre o céu e o inferno, existe um Juízo Final.

20 de março – 19h30 - “Sonhos Iguais”

Local: Teatro Rubem Braga

Coordenador coreográfico: Alan Pereira

Elenco: Alan Pereira, Christian Menini, Fábio Ferreira, Jean Sant’Anna, Kelvin Markes, Rener de Freitas

Sinopse: O Grupo de Dança King of Dance foi formado há três anos por seis adolescentes cachoeirenses, inspirados pelo Hip Hop, grande sucesso da dança e da música norte americana, que contribui com a cultura mundial através da arte que vem da rua. Ela demonstra que as classes sociais mais simples também promovem e consomem cultura. Nesta apresentação, o grupo preparou cinco números com uma duração de 20 minutos aproximadamente. Os números demonstrarão os sentimentos e as emoções que a música pode provocar na alma de uma pessoa que passa a ser transformada, nesse caso da dança, em movimentos corporais realizados igualmente em conjunto pelo grupo, ou individualmente através dos dançarinos, demonstrando as diferentes reações numa mesma música.

20 de março – 20h00 - Trilogia Artaud: “Para Acabar com o Julgamento de Deus”, de Antonin Artaud

Local: Porão do Teatro Rubem Braga

Direção: Luiz Carlos Cardoso

Elenco: Márcio Porto, Talita Miranda, Luiz Carlos Cardoso, Ana Paula Ventury

Músicas: Alessandra Biato e João de Paula Junior

Sinopse: O Grupo Anônimos de Teatro prossegue sua investigação corporal sob os argumentos de um teatro pós-dramático, sensitivo, numa pesquisa do sentido da cena onde a atuação com os elementos cênicos comunicam a um público e que traz o espectador para dentro da cena. Em “Para Acabar com o Julgamento de Deus” temos um teatro ritual regido pelo áudio original do texto, gravado em 1948, numa clara e expressiva crítica a sociedade com seus carmas, desvaneios e subterfúgios.

21 de março – 15h30 - “A Menina do Cabelo Pixaim”, de Gilvan Balbino

Local: Escola Zilma Coelho Pinto

Direção: Gilvan Balbino

Elenco: Mário Ferreira, Carol Areias, Lucimar Costa

Cenário e figurinos: Lucimar Costa e Mário Ferreira

Sinopse: O Grupo ELA de teatro volta a sua história montando mais uma peça infantil, mas para rua, com um grande olhar para a história do folclore capixaba e também com o lócus onde se desenvolvem as relações sociais. O espetáculo “A Menina do Cabelo Pixaim” aborda o tema da relação humana por meio da conhecida história de Rapunzel que, do alto da torre, joga suas tranças para facilitar a subida do aguardado príncipe. Contudo, na leitura contemporânea da peça, nossa heroína convive com a maldade típica dos contos de fada, tendo que empreender escolhas  nem sempre fáceis para conquistar o sonhado final feliz. Um gato pintado, personificação da maldade e da intriga, representa a natureza em sua contrapartida aos demandos da sociedade. Uma rede de invejas, intrigas e outros sentimentos negativos vai sendo formada até que a história caminhe para o desfecho esperado. As relações sociais são apresentadas em meio a conflitos e o papel de cada personagem na melhoria do meio em que vive de uma forma leve e divertida com várias referências ao folclore capixaba e ao teatro mundial.

22 de março – 19h30 - “Filhos do Medo”, de Nelson Miranda

Local: Teatro Rubem Braga

Direção: Nelson Miranda

Elenco: Ingrid Matiello, Nelson Miranda, André Miranda, Marciel do Carmo, Laila Nogueira

Elenco de apoio: Gabriela Miranda e Luiz Miranda

Técnica: Lucinha Miranda e Wesley Monteiro

Sinopse: O De Palo e Cia. conta essa história de forma bem singular a vida de quatro jovens, cada um em seu mundo, de diferentes classes sociais, mas que de repente se vêem na mesma situação. Lisa (Gabriela Miranda), garota rica é sequestrada por Ximba (Marciel do Carmo) e Cal (Ingrid Matiello), mas levam junto Alex (André Miranda), que estava na hora errada, no lugar errado, ou não. O sequestro é visto pelos dois lados, do sequestrador e do sequestrado, abordando individualmente os estresses e medos de cada um dos envolvidos no conflito e a maneira de cada um de encarar essa realidade. “Filhos do Medo” nos mostra o mundo que podemos estar deixando para os nossos filhos e netos com o crescente índice de violência. Uma história repleta de surpresas que todos podemos saber o final, mas que nos prende desde o inicio na esperança de que talvez tenha um final feliz.

22 de março – 21h00 - Trilogia Artaud: “Arte e Existência”, de Antonin Artaud

Local: Porão do Teatro Rubem Braga

Direção: Sara Passabon Amorim

Elenco: Márcio Porto, Talita Miranda, Luiz Carlos Cardoso, Ana Paula Ventury

Músicas: Alessandra Biato e João de Paula Junior

Sinopse: O Grupo Anônimos de Teatro prossegue sua investigação corporal sob os argumentos de um teatro pós-dramático, sensitivo, numa pesquisa do sentido da cena onde a atuação com os elementos cênicos comunicam a um público e que traz o espectador para dentro da cena. Na encenação de “Arte e Existência” pretende-se provocar o público para um questionamento do “eu”, da relação entre corpo e vida, entre arte e existência.

23 de março – 19h30 - “Mabruk”

Local: Teatro Rubem Braga

Direção: Tânia Oliveira

Dançarinas: Angela Mignoni, Aline Rodrigues, Stéphanie Poubel, Tânia Oliveira, Mayra Passabon, Riélen Mariano

Coreografias: Tânia Oliveira e Angela Mignoni

Adaptações: Tânia Oliveira de Jilina (EUA) e Tânia Oliveira de Nanda Najla (MG)

Sinopse: “Mabruk” é um espetáculo de dança envolvendo a cultura árabe, apresentando danças típicas egípcias, libanesas e de diversas regiões do Oriente. As dançarinas se revezam em cena, sendo três componentes da Cia. Khalil de Dança do Ventre e três alunas da professora Tânia de Oliveira, que estudam a arte e suas variações. Cachoeiro de Itapemirim possui influências libanesas, que se instalaram no bairro Guandú no início do século XX e movimentaram o comércio da região. Portanto, segue o espetáculo em homenagem a esses imigrantes que movimentaram nossa cidade.

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