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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

“Há Judas pra malhar” estreia nesta quinta-feira no Teatro Galpão

Agora é oficial (na verdade, desde a primeira publicação já era oficial!), “Há Judas pra malhar” da Companhia Folgazões estreia nesta quinta-feira (16/12/2010), as 20h00, no Teatro Galpão, localizado na Reta da Penha, em frente ao Wallmart, com entrada franca.

A peça é mais um espetáculo da Companhia, que geralmente desenvolve peças teatrais de rua. Ela é uma releitura da comédia “O Judas em Sábado de Aleluia” de Martins Pena e tem alguns convidados especiais em palco, como a atriz Daiana Scaramussa e o ator Leonardo Patrocínio.

“Há Judas pra malhar” estará em cartaz até domingo (19/12/2010) e deve voltar mais para frente, para uma temporada mais longa. A direção e adaptação fica por conta com o ator Esio Magalhães. Abaixo seguem algumas informações enviadas a mim, pelo grupo. Não percam!

Ha Judas pra malharA montagem
Passado, presente e futuro

esio-magalhaes Em Ouro Preto, Minas Gerais, numa cidade histórica, de arquitetura barroca que nos remete ao passado, em 2008, fui apresentado à Companhia Folgazões sedenta por novos horizontes, com um futuro a se construir e vivendo no mesmo presente que eu. Mais tarde, recebi um convite para ministrar uma oficina de máscaras em sua sede. Fui à casa dos Folgazões e conheci Vitória, uma cidade onde passado e presente convivem, e vi a vontade da Companhia em aprofundar o seu trabalho de brincantes profissionais. Tínhamos algo em comum!

Depois outro convite: desta vez para dirigir um espetáculo que associaria o Teatro Brasileiro, a Commedia dell’Arte e Brincadeiras Populares... Que desafio! Não por ser impossível, nem pela dificuldade de se fazer um recorte de assuntos tão amplos, mas pela nossa distância geográfica. Vivo em Campinas. Que bom que Santos Dumont inventou o avião... Um viva aos que já foram! Outro pra nós que ainda estamos!
Por que montar Martins Pena hoje? Por que “O Judas em sábado de Aleluia”? Ler Martins Pena hoje parece muito datado. E é! Ele criticava a sociedade de sua época com sua comédia de costumes. E por que não nos servirmos dele para criticar a nossa? Sou simpático à idéia de que o riso seja o mais inocente de todos os assassinos.
De 1844 pra hoje já se foram mais de um século e meio! Tudo está tão diferente, porém, nada mudou... Continuamos com os mesmos problemas o mesmo domínio de interesses, a mesma luta por viver que nos faz ver, a cada dia, mais desmandos e abusos...
Fazer uma visita ao Brasil Império, buscar nas máscaras da Commedia dell’Arte referências para corporificar tipos cômicos brasileiros para falar ao público de hoje e reinventar um ritual popular que tem por objetivo, expurgar o mal e ter um momento de desforra, ainda que só de brincadeira, é o sentido deste projeto de residência que resulta no nosso espetáculo “Há Judas pra malhar?”. Continuamos, olhando o passado, agindo no presente, construindo um futuro de mais possibilidades, sabendo que temos muitos motivos para chorar e desistir, mas rindo e brincando muito para mantermos vivo o frescor do sentido de viver, pois temos certeza de que ainda temos muito o que malhar!

Evoé Folgazões! Que seja viva a brincadeira!

Esio Magalhães – Diretor

O processo - Sempre um aprendizado

De repente éramos oito na sala de ensaio. A princípio com o mesmo projeto e FOCO: o de apreender uma nova linguagem teatral. Durante o processo foram se estabelecendo outros pequenos focos (não menos importantes). Como brincar com seu próprio ridículo? Como dar memória ao corpo? Como não dispersar diante do cansaço? Como dar foco ao seu parceiro de cena e não se perder diante da avalanche chamada Esio Magalhães, que nos transtornava, nos arrebatava e nos sugava dizendo que tudo que tínhamos dado ainda era pouco?

A experiência de nos lançar em uma sala de ensaio com sessões de trabalho de 4 a 8 horas diárias durante esses 5 meses nos fez, acredito, repensar não só o nosso fazer teatral mas principalmente nossa humanidade diante dos limites, dos conflitos e principalmente da generosidade frente à diversidade.

Vanessa Darmani – Folgazões

“Há Judas pra malhar?” (sinopse)

A Cia Folgazões vem a público malhar o Judas com a comédia de costumes de Martins Pena “O Judas em Sábado de Aleluia”. Nesta releitura do texto do século XIX, vemos como Faustino, um espertalhão funcionário público também integrante da Guarda Nacional, consegue seus objetivos em armações que deixam todos a sua volta com o “rabo preso”, pelas suas pequenas corrupções de todo o dia. E hoje, ainda Há Judas pra malhar?

Agradecimentos

Aos novos e velhos parceiros: Grupo Repertório e Vira Lata, em especial ao Cleverson Guerrera; ao Apolinário - grande mão-na-roda; à Daiana e Leo por aceitarem essa empreitada; ao Foca que passa de parceiro a amigo; ao Esio pela persistência; a Geruza que nos fez olhar pra frente; aos vizinhos por nos suportarem após as 22h sem chamar o Disque Silêncio; a Mila pelo apoio de sempre; ao Marcelo Siqueira pela disponibilidade; aos familiares que nos apoiaram e souberam entender nossa ausência.

Ficha Técnica

Elenco

Cabo José Pimenta - Duílio Kuster
Capitão Ambrosio - Foca Magalhães
Chiquinha - Vanessa Darmani
Faustino - Leonardo Patrocínio
Maricota - Daiana Scaramussa
Sr. Antônio Domingos - Wyller Villaças

Texto Original: Martins Pena

Direção Geral e Adaptação Dramatúrgica: Esio Magalhães

Direção Musical e Composição: Dori Sant’Ana

Concepção dos Figurinos: Antônio Apolinário

Assistente Figurinista: Fabricia Dias

Confecção dos Figurinos: Atelier Luz Divina

Cenografia: Antônio Apolinário, Esio Magalhães

Produção: Companhia Folgazões

Elaboração e Gestão do Projeto: Wyller Villaças

Atriz Estagiária: Geruza Vergna

Maquiagem: Nicolas Corres Lopes

Execução das Maquiagens: Nicolas Corres Lopes e Antônio Apolinário

Concepção e Montagem de Luz: Edgard Barbosa

Operação de Luz: Edson Nascimento

Projeto Gráfico: Foca Magalhães

Ilustrações: Gilmar Gomes e Foca Magalhães

Fotos Divulgação: Dominique Lima e Caio Perim

Registro Áudiovisual: Cinema Cosmos

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